Questõessobre Tipologia Textual

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Foram encontradas 168 questões
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UFPR 2017 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as afirmativas abaixo acerca dos usos de aspas presentes no texto:


1. Em “Tira a Dilma, Tira o Aécio, Tira o Cunha, Tira o Temer. Tira a calça jeans e bota o fio dental, morena você é tão sensual”, as aspas cumprem o papel de demarcar citação.

2. Em “jogando a toalha”, as aspas estão demarcando uma expressão idiomática.

3. Em “memecrítica”, as aspas estão demarcando um deslocamento do sentido usual da palavra.

4. Em “berço esplêndido” as aspas demarcam ironia pela via do recurso da intertextualidade.


Assinale a alternativa correta.

Texto A:


                                   A era dos memes na crise política atual


      Seria cômico, se não fosse trágico, o estado de irreverência do brasileiro frente à crise em que o país encontra-se imerso. A nossa capacidade de fazer piada de nós mesmos e da acentuada crise político-econômica atual nos instiga a refletir se estamos “jogando a toalha” ou se este é apenas um “jeitinho brasileiro” de encarar a realidade. A criatividade de produzir piadas, memes e áudios engraçados expõe um certo tipo de estratégia do brasileiro para lidar com situações de conflito: “Tira a Dilma. Tira o Aécio. Tira o Cunha. Tira o Temer. Tira a calça jeans e bota um fio dental, morena você é tão sensual”. Eis uma das milhares de piadas que circulam nas redes sociais e que, de forma irreverente, estimulam o debate. Não há aquele que não se divirta com essa piada ou outra congênere; que não gargalhe diante dos diversos textos engraçados que circulam por meio de postagens ou mensagens de celular, independentemente do grau de escolaridade de quem compartilha. Seja por meio do deboche e do riso, é de “notório saber” que todas as classes estão conscientes da gravidade da situação e que, por conseguinte, concordam que medidas enérgicas precisam ser tomadas. A diferença está na forma ideologicamente defendida para a tomada de medidas.

      A “memecrítica” é uma categoria de crítica social que tem causado desconforto nos políticos e membros dos poderes judiciário e executivo, estimulando, inclusive, tentativas frustradas de mapeamento e controle do uso da internet por parte dos internautas. [...]

      Por outro lado, questionar as contradições presentes apenas por meio da piada, em certo aspecto politizada, não garante mudanças sociais de grande impacto.

      Esses manifestos e/ou críticas de formas isoladas (ou uníssonas) podem, mesmo sem intenção, relegar os cidadãos brasileiros a um estado de inércia, a uma condição de estado permanente de sonolência eterna em “berço esplêndido”. Já os manifestos, protestos e/ou passeatas nas ruas e demais enfrentamentos em espaços de poder instituídos ainda são os mecanismos mais eloquentes e potenciais para contrapor discursos e práticas opressoras que contribuem para o caos social. É preciso o tête-à-tête, o diálogo crítico e reflexivo em casa, na comunidade e demais ambientes socioculturais. Entretanto, um diálogo respeitoso, cordial, que busca a alteridade. Que apresente discordâncias, entretanto respeite a opinião divergente, sem abrir mão da ética e do respeito aos direitos humanos.

 (Luciano Freitas Filho – Carta Capital (adaptado), junho/2017. Disponível em: <http://justificando.cartacapital.com.br/2017/06/07/era-dos-memes-na-crise-politica-atual/>.)

A
Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
E
As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
1a7b5b02-30
UNESP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

O modo de organização do discurso predominante no excerto é

Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder a questão.

    De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.
   É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participação coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo.
   A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas – especialmente as dos jovens e dos mais pobres –, dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente para pior. De potenciais cidadãos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado de direito?
(Violência urbana, 2003.)
A
a dissertação argumentativa.
B
a narração.
C
a descrição objetiva.
D
a descrição subjetiva.
E
a dissertação expositiva.
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UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Em relação à tipologia textual, é CORRETO afirmar que:


A
Trata-se de texto narrativo, onde prevalecem passagens que reproduzem fábula e momentos da vida do autor, como fica comprovado pelo contido nos três primeiros parágrafos (linhas 01 a 29);
B
Trata-se de texto descritivo, uma vez que são descritos aspectos da cordialidade do povo brasileiro (linhas 13 a 16) e algumas das belezas naturais do Brasil (linhas 41/42);
C
Trata-se de texto argumentativo, no qual, para construir os argumentos em favor de seu ponto de vista, o autor faz uso, dentre outras, de passagens narrativas (linhas 01 a 29), além de reproduzir um conhecido poema de Gonçalves Dias (linhas 41/42);
D
Trata-se de texto jornalístico, cuja tipologia não pode ser determinada com exatidão, uma vez ser construído pela sobreposição de passagens narrativas (como nas linhas 01 a 29), descritivas (linhas 25 a 29) e poéticas (linhas 41/42);
E
Faltam elementos para especificar com exatidão a tipologia predominante do texto, o que faz com que não se enquadre em nenhuma das classificações disponíveis.
4225c3fd-be
ENEM 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Fraudador é preso por emitir atestados com erro de português

Mais um erro de português leva um criminoso às mãos da polícia. Desde 2003, M.O.P., de 37 anos, administrava a empresa MM, que falsificava boletins de ocorrência, carteiras profissionais e atestados de óbito, tudo para anular multas de trânsito. Amparado pela documentação fajuta de M.O.P., um motorista poderia alegar às Juntas Administrativas de Recursos de Infrações que ultrapassou o limite de velocidade para levar uma parente que passou mal e morreu a caminho do hospital.

O esquema funcionou até setembro, quando M.O.P. foi indiciado. Atropelara a gramática. Havia emitido, por exemplo, um atestado de abril do ano passado em que estava escrito aneurisma “celebral” (com l no lugar de r) e “insulficiência” múltipla de órgãos (com um I desnecessário em “insuficiência” — além do fato de a expressão médica adequada ser “falência múltipla de órgãos”).

M.O.P. foi indiciado pela 2a Delegacia de Divisão de Crimes de Trânsito. Na casa do acusado, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, a polícia encontrou um computador com modelos de documentos.

Língua Portuguesa, n. 12, set. 2006 (adaptado)

O texto apresentado trata da prisão de um fraudador que emitia documentos com erros de escrita. Tendo em vista o assunto, a organização, bem como os recursos linguísticos, depreende-se que esse texto é um(a)

A
conto, porque discute problemas existenciais e sociais de um fraudador.
B
notícia, porque relata fatos que resultaram no indiciamento de um fraudador.
C
crônica, porque narra o imprevisto que levou a polícia a prender um fraudador.
D
editorial, porque opina sobre aspectos linguísticos dos documentos redigidos por um fraudador.
E
piada, porque narra o fato engraçado de um fraudador descoberto pela polícia por causa de erros de grafia.
fff8e747-86
UECE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Vendo sapatinho de bebê. Nunca usado” (linhas 111-112). Essa pequena história comoveu os amigos do escritor americano Ernest Hemingway, e o autor desta carta ao leitor ilustrou o seu texto com essa pequena história. Atente ao que se diz sobre essa pequena narrativa.

I. O primeiro enunciado da historinha de Hemingway – “Vendo sapatinho de bebê” expressa uma atividade normal, desenvolvida por muitas pessoas: vender sapatinho de bebê.

II. O segundo enunciado – “Nunca usado” – causa estranhamento, uma vez que não se costuma vender sapatinhos de bebê usados. Sendo isso verdade, não haveria necessidade de fazer essa observação.

III. O acréscimo da informação “Nunca usado” abre para o leitor a expectativa de que algo de mau, ou pelo menos desagradável, aconteceu à criança.

Está correto o que se diz em

                              Texto 2

                        “Unde Malum” 

 

(Carta ao Leitor. Veja. 9/09/2015. p. 12)

A
I, II e III.
B
I e II somente.
C
II e III somente.
D
I e III somente.
ffd83f76-86
UECE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Tipologia Textual

Sobre o excerto “A Suíça, de fato, é um país de contos de fada onde tudo funciona, onde todos são belos, onde a vida parece uma pintura, um rótulo de chocolate. Mas falta uma ebulição que a salve do marasmo” (linhas 22-26), é INCORRETO fazer a seguinte afirmação:

                                     Texto 1

                            Pessoas habitadas 


MEDEIROS, Martha. In: Org. e Int. SANTOS, Joaquim Ferreira dos. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva, 324-325.

A
ao longo do trecho, desenvolve-se uma descrição da Suíça incompatível com as noções do senso comum sobre esse país.
B
a avaliação inicial – “A Suíça, de fato, é um país de contos de fada” – é feita em forma de metáfora.
C
a avaliação, aparentemente positiva, torna-se negativa na perspectiva da crônica.
D
todas as informações subsequentes a “A Suíça, de fato, é um país de contos de fada” cumprem o papel argumentativo de reforçar a ideia de perfeição.
0470ec0e-60
UERJ 2011, UERJ 2011, UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Coesão e coerência, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Na coesão textual, ocorre o que se chama catáfora quando um termo se refere a algo que ainda vai ser enunciado na frase.


Um exemplo em que o termo destacado constrói uma catáfora é:

A

Como se ela restituísse, (l. 7)

B

Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, (l. 17)

C

não numa partícula verbal externa a elas, (l. 22-23)

D

No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam (l. 30)

046525a2-60
UERJ 2011, UERJ 2011, UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, (l. 17)


Neste fragmento, a expressão em destaque é empregada para formar um conhecido recurso da argumentação.


Esse recurso pode ser definido como:

A
admitir uma hipótese para depois discuti-la
B
retomar uma informação para depois criticá-la
C
relativizar um conceito para depois descrevê-lo
D
apresentar uma opinião para depois sustentá-la
7b1fd6ad-5f
UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Normalmente, é possível omitir elementos de construção de frases sem dificultar a compreensão do leitor, uma vez que ficam subentendidos pelo conjunto da própria estrutura ou pela sequência em que se apresentam.

O exemplo do texto em que há omissão de elementos de construção de frases, sem prejuízo da compreensão, é:


A
com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. (l. 3-4)
B
Se ele existisse, ver-me-ia propenso a consultá-lo a cada instante, mortificar-me-ia por dizer com rigor a hora exata de uma partida, (l. 18-19)
C
Afirmarei que sejam absolutamente exatas? Leviandade. (l. 25)
D
Com esforço desesperado arrancamos de cenas confusas alguns fragmentos. Dúvidas terríveis nos assaltam. (l. 30-31)
7b1481b2-5f
UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Redação - Reescritura de texto, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em sua reflexão acerca das possibilidades de recompor a memória para escrever o livro, o narrador utiliza um procedimento de construção textual que contribui para a expressão de suas inquietudes.

Tal procedimento pode ser identificado como:


A
encadeamento de fatos passados
B
extensão de parágrafos narrativos
C
sequência de frases interrogativas
D
construção de diálogos presumidos
7b048c33-5f
UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual

Memórias do cárcere, do romancista Graciliano Ramos, contam as desventuras do autor enquanto foi preso político no Presídio da Ilha Grande, em 1936.

Apesar de ser um livro autobiográfico, o autor expõe, logo na abertura, as dificuldades de reconstrução da memória.

A consciência de Graciliano Ramos em relação ao caráter parcialmente ficcional das suas memórias está evidenciada no seguinte trecho:


A
Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, (l. 1)
B
Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, (l. 6)
C
Outros devem possuir lembranças diversas. (l. 26-27)
D
conjugam-se, completam-se e me dão hoje impressão de realidade. (l. 27-28)
7afb6e67-5f
UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O segundo parágrafo do texto revela mais claramente a compreensão do menino acerca daquela sociedade de papéis bem definidos, a partir da situação econômica de cada um.

O par de vocábulos, presentes no texto, que remete à divisão entre grupos sociais, tal como caracterizada pelo narrador, é:


A
chá – fantasmas
B
elegância – laçarote
C
privativa – verdadeira
D
encanados – espichado
7af4946e-5f
UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Além da comparação entre papéis sociais, há no texto outra comparação, implícita, que indica uma compreensão do narrador acerca de comportamentos na sociedade.

Essa comparação implícita está em:


A
menino, naqueles tempos, não dava opinião (l. 4)
B
Também se falava misteriosamente em “moléstias de senhoras” (l. 6)
C
Nunca me apareceu nenhuma. (l. 9)
D
até hoje me assombra este verso único: (l. 11-12)
3129e6d9-60
UERJ 2010 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

No texto, as falas do professor universitário e da coordenadora do instituto de pesquisa reforçam o sentido geral antecipado pelo título da matéria jornalística.
A citação de falas como as referidas acima é um recurso conhecido da argumentação.
Esse recurso está corretamente descrito em:

https://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/images/provas/49763/hebert.png

A
exemplificação de fatos enunciados no texto
B
registro da divergência entre diferentes autores
C
apoio nas palavras de especialistas em uma área
D
apresentação de dados quantificados por pesquisas
51809492-37
PUC - RS 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Para responder à questão, analise as afirmativas sobre a composição e o conteúdo do texto 1, preenchendo os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).


( ) Não obstante a presença de sequências narrativas, o texto é predominantemente argumentativo.

( ) No texto, há presença de argumento de autoridade, como se comprova no 5º parágrafo.

( ) Os depoimentos pertencem a pessoas que se envolveram de forma diferente com o “nadismo”.

( ) O emprego do discurso direto confere maior veracidade às ideias apresentadas nos dois parágrafos
respectivamente anteriores.

O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

A prática de fazer nada

01    Há 10 anos, Marcelo Bohrer, 40 anos, criou um movimento

02 que, atualmente, é considerado absolutamente
03 inovador: o nadismo.
04 Em parques de Porto Alegre, convidava pessoas a
05 se juntar a ele para fazer absolutamente nada por um
06 período de cerca de uma hora. A proposta era trazer um
07 colchão e apreciar a vista, pensar, deixar o pensamento
08 livre, sem nenhuma técnica ou regra. É “freestyle”, como
09 ele define.
10 – Há um tempo, as pessoas achavam estranho,
11 não levavam a sério. Mas o dia a dia está sempre mais
12 intenso. As empresas já têm programas de prevenção
13 de estresse e estão vendo como a pausa é importante
14 para a saúde – diz.
15 No Brasil, há opções de turismo que já consideram o
16 valor dessa “parada”. Em São Paulo, na cidade de Serra
17 Negra, a pousada Shangri La reserva um espaço que se
18 destina aos que querem praticar o nadismo por alguns
19 dias. Zero agitação por lá. O local é perfeito para olhar
20 as montanhas e tem uma vista espetacular.
21 Sirlene Terenciani, 51 anos, é proprietária do lugar
22 há 19 anos e diz que o público que busca o ambiente
23 é composto principalmente por médicos, advogados e
24 profissionais que têm uma rotina corrida. A preocupação
25 com o bem-estar mental e emocional leva os clientes
26 até a pousada.
27 – Aqui a pessoa se dá o direito de fazer nada,
28 contemplar a montanha. O foco é descansar, praticar
29 nadismo mesmo. É isso que elas querem, tanto que me
30 dizem: não tire o nadismo daqui – relata, bem-humorada.
31 Depois de cumprir a agenda da manhã e da tarde, o
32 advogado Tarcisio Carneiro, 42 anos, coloca o celular no
33 silencioso, ignora ligações e e-mails e se acomoda em
34 um canto do escritório no bairro Petrópolis, na Capital.
35 Há cerca de 10 anos, ele leu sobre o nadismo e os
36 benefícios de tirar um tempinho para descansar a mente
37 durante a rotina frenética do dia a dia. Quando ouviu
38 falar, não deu muita atenção. Mas, em 2010, passou a
39 priorizar essa parada na rotina.
40 – É isso que mantém minha sanidade. Fico literalmente
41 contemplando a vista lá fora, o que está passando
42 pela rua, e deixo minha mente vagar, sem pensar em
43 nada próximo da minha realidade. É meu momento relax
44 que ajudou na minha ansiedade, insônia e que recarrega
45 as minhas energias – explica.

Adaptado de: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/.
Acesso em 02 abr. 2016
A
F – F – V – V
B
F – V – V – F
C
V – F – V – V
D
V – F – F – V
E
V – V – F – F
bd05e800-31
UERJ 2016, UERJ 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na verdade, para a maior parte da humanidade, a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades. (l. 16-17)

No terceiro parágrafo, as frases posteriores ao trecho citado desenvolvem a argumentação do autor por meio da apresentação de:


A
hipóteses
B
evidências
C
digressões
D
discordâncias
bce8f32a-31
UERJ 2016, UERJ 2016 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Umberto Eco narra, no segundo parágrafo do texto, uma experiência surpreendente que vivenciou.

Pode-se compreender essa experiência pela relação que se estabelece entre os seguintes elementos:


A
tempo cronológico e reconstrução ficcional
B
avanço tecnológico e ilusão cinematográfica
C
registro documental e sonho cotidiano
D
narrativa biográfica e história universal
bccc1fe5-31
UERJ 2016, UERJ 2016 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Tipologia Textual

A partir da narrativa de um episódio familiar, a autora elabora reflexões que vão além desse contexto pessoal, generalizando-o.

Essa generalização pode ser observada no emprego da primeira pessoa do plural no seguinte trecho:


A
Mas entre nós existe essa diferença na letra. (l. 14)
B
Um segundo ele deve ter demorado para nos transformar, (l. 16)
C
Pela memória nos colocamos não só em movimento, (l. 24)
D
Ele tinha de ser outro, assim como nós, (l. 29)
bcb32256-31
UERJ 2016, UERJ 2016 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No texto, a autora narra fatos e expõe suas opiniões relacionados à vinda de sua família para o Brasil.


A
Havia chegado a hora de Antônio se alistar, e o pai decidiu que não perderia seu filho. (l. 5-6)
B
No início dos anos 1990 cogitamos reivindicar a cidadania italiana. (l. 13)
C
Antes de ingressar com a documentação, seria preciso corrigir o erro do burocrata do governo imperial que substituiu um “n” por um “m”. (l. 14-16)
D
Quando Pietro Brun atravessou o mar deixando mortos e vivos na margem que se distanciou, ele não poderia ser o mesmo ao alcançar o outro lado. (l. 28-29)
6c53e527-24
PUC-GO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Gêneros Textuais, Tipologia Textual, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nos processos de construção textual, muitas vezes, é possível inferir ações, eventos, significados, mesmo que não explicitados no texto. Pensando nisso, assinale a alternativa que indica corretamente o aspecto linguístico responsável pela inferência de que, no último parágrafo do texto, Pássaro Azul tem uma relação sexual com um homem:

TEXTO 8

      Aos 60 anos, Rossmarc foi confinado na cadeia Raimundo Pessoa em Manaus, dividindo uma cela com 80 detentos. Dormia no chão junto de uma fossa sanitária. Para manter-se vivo usava toda a sua inteligência para fazer acordos com os detentos. Lá havia de tudo: drogados, jagunços, pseudomissionários, contrabandistas etc. Fora vítima do advogado. Com toda a lábia, nunca fora a Brasília defender Rossmarc. Por não ter apresentado a defesa, foi condenado a 13 anos de prisão. O advogado sumira, Rossmarc perdera o prazo para recorrer. Como era estrangeiro, os juízes temiam que fugisse do Brasil. O juiz ordenou sua prisão imediata. A cela, com oitenta detentos, fervilhava, era mais do que o inferno. Depressivo, mantinha-se tartamudo num canto, remoendo sua história, recordando-se dos bons tempos em que navegava pelos rios da Amazônia com seus amigos primatas.

      Visitas? Só a de Pássaro Azul. Mudara-se também para Manaus e, sem nada dizer a Rossmarc, para obter dinheiro, prostituía-se num cabaré. Estava mais magra e algumas rugas se mostravam em seu rosto antes reluzente, agora de cor negra desgastada. Com o intuito de obter dinheiro, tanto para Rossmarc pagar as contas de dois viciados em crack no presídio, como para as custas de um advogado inexperiente, pouco se alimentava e ao redor dos olhos manchas entumecidas apareciam, deixando-a como alguém que consumia droga em exagero. As noitadas no cabaré enfumaçado e fedorento deixavam-na enfraquecida. Mas não deixara de amar o biólogo holandês. Quando fugira do quilombola, naquela noite, jurara amor eterno e não estava disposta a quebrar o juramento.

      Enquanto Pássaro Azul se prostituía para obter os escassos recursos, Rossmarc, espremido entre os oitenta detentos, procurava desesperadamente uma luz no fim do túnel. Lembrava-se dos amigos influentes, de jornalistas, de políticos, e cada vez que Pássaro Azul o visitava, ele implorava que procurasse essas pessoas. Pássaro Azul corria atrás, mas sequer era recebida. Quem daria ouvidos a uma negra que se dizia íntima de Rossmarc, o biólogo que cometera crimes de biopirataria? Na visita seguinte, Rossmarc indagava:

      — E dai, procurou aquela pessoa?

      Para não magoar o amado, ela respondia que todos estavam muito interessados em sua causa. Dizia, entretanto, sem entusiasmo, com os olhos acuados e baixos, para não ver o rosto magro e chupado de Rossmarc. Entregava-lhe o pouco dinheiro que economizava, fruto da prostituição, e saia de lá com os olhos rasos d’água, tolhendo os soluços.

      Numa noite no cabaré, Pássaro Azul conheceu um homem gordo e vesgo, que usava correntões de ouro. Dizia-se dono de um garimpo no meio da selva. Bebia e fumava muito, ria alto, com gargalhadas por vezes irritantes. Entre todas as raparigas, escolheu Pássaro Azul, que lhe fez todas as vontades, pervertendo-se de forma baixa e vil. Foram três noitadas intermináveis, mas Pássaro Azul aprendera a administrar a bebida. Não era tola, como as demais, que se embebedavam a ponto de caírem e serem arrastadas. Era carinhosa com o fazendeiro e saciava-lhe todos os caprichos. Não o abandonava, sentava em seu colo gordo e fazia-lhe agrados fingidos. Dava-lhe mais bebida e um composto de viagra, e o rosto gordo se avermelhava como de um leão enraivecido. Então, ela o puxava para o quarto sórdido. Na cama, enfrentava como guerreira o monte de carne e ossos, trepando sobre suas grandes papadas balofas e cavalgando, como uma guerreira. O homem resfolegava, gritava, gemia, uivava, mas Pássaro Azul não parava aquela louca cavalgada.

      [...]

(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 217-218.)

A
o recurso da comparação tanto para o par masculino quanto para o par feminino, significando que ambos eram furiosos amantes.
B
o emprego predominante do pretérito imperfeito na descrição dos ruídos provocados pelo casal como forma de expressar que a ação era interminável.
C
o conjunto de elementos lexicais presentes no trecho e que são próprios do campo semântico da atividade sexual.
D
o uso de verbos de ação e de cognição que revelam o pensamento libidinoso do homem que usava correntões de ouro.