Questõessobre Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado

1
1
Foram encontradas 141 questões
c71ba15b-74
CEDERJ 2021 - Português - Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

A tirinha a seguir comemora 100 anos de Paulo Freire e cita um dos ideais do Educador. 


Disponível em https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a. 488361671209144/467697292 2347977 Acesso em: 11 out 2021.


Sobre o enunciado “Pessoas transformam o mundo”, é correto afirmar que

A
“transformam” é uma ação relacionada a um sujeito indeterminado.
B
“o mundo” é objeto da transformação operada pelo sujeito, “pessoas”.
C
“o” é o determinante de “mundo” na expressão adverbial de lugar “o mundo”.
D
“pessoas” é sujeito passivo da ação expressa pelo verbo “transformar”.
494fcd27-0b
UECE 2021 - Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto

Assinale a opção que apresenta a correta classificação sintática do termo em destaque.


A
“É recorrente o total desconhecimento do assunto.” (linhas 8-9) — predicativo do sujeito
B
“A omissão demonstra preconceitos perpetuados no dia a dia.” (linhas 43-44) — objeto indireto
C
Pobreza menstrual é um conceito que reúne em duas palavras um fenômeno complexo” (linhas 1-3) — sujeito
D
“A necessidade de enfrentamento da pobreza e redução das desigualdades incorpora urgência ao tratamento do problema da pobreza menstrual e seu impacto nas futuras gerações.” (linhas 131-136) — objeto direto
660c35fe-05
FGV 2020 - Português - Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

No verso "Não basta abrir a janela", a oração sublinhada funciona como sujeito do verbo "basta". Um sujeito oracional ocorre também no verso:

Leia o poema de Alberto Caeiro para responder à questão.

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave1 .
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

(Obra poética, 1992.)

1cave: pavimento de uma construção que fica abaixo do nível do solo.
A
"É preciso também não ter filosofia nenhuma."
B
"Com filosofia não há árvores: há ideias apenas."
C
"Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;"
D
"E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,"
E
"Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."
d8804761-05
PUC-MINAS 2021 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Atente para o excerto:

Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos. Aceitei fazê-la agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um pouco da importância do ato de ler.

Sobre ele, a afirmação CORRETA encontra-se na opção:

Texto 1 / Parte 1 
A importância do ato de ler1
Paulo Freire 

Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos. Aceitei fazê-la agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um pouco da importância do ato de ler. 

Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado - e até gostosamente - a "reler" momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo. 

Ao ir escrevendo este texto, ia "tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da “palavramundo”. 

A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me movia - e até onde não sou traído pela memória -, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, re-crio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós - à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores.

A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço - o sítio das avencas de minha mãe -, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. [...] Os "textos", as "palavras”, as "letras” daquele contexto - em cuja percepção experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber - se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais. 

Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam no canto dos pássaros - o do sanhaçu, o do olha-pro-caminho-quem-vem, o do bem-te-vi, o do sabiá; na dança das copas das árvores sopradas por fortes ventanias que anunciavam tempestades, trovões, relâmpagos; as águas da chuva brincando de geografia: inventando lagos, ilhas, rios, riachos. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto se encarnavam também no assobio do vento, nas nuvens do céu, nas suas cores, nos seus movimentos; na cor das folhagens, na forma das folhas, no cheiro das flores - das rosas, dos jasmins -, no corpo das árvores, na casca dos frutos. Na tonalidade diferente de cores de um mesmo fruto em momentos distintos.
[...] 

Daquele contexto faziam parte igualmente os animais: os gatos da família, a sua maneira manhosa de enroscar-se nas pernas da gente, o seu miado, de súplica ou de raiva; Joli, o velho cachorro negro de meu pai, o seu mau humor toda vez que um dos gatos incautamente se aproximava demasiado do lugar em que se achava comendo [...]. 

Daquele contexto - o do meu mundo imediato - fazia parte, por outro lado, o universo da linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os seus gostos, os seus receios, os seus valores. Tudo isso ligado a contextos mais amplos que o do meu mundo imediato e de cuja existência eu não podia sequer suspeitar. No esforço de re-tomar a infância distante, a que já me referi, buscando a compreensão do meu ato de ler o mundo particular em que me movia, permitam-me repetir, re-crio, re-vivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. E algo que me parece importante, no contexto geral de que venho falando, emerge agora insinuando a sua presença no corpo destas reflexões. [...] 

Mas, é importante dizer, a “leitura” do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de mim um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas. A curiosidade do menino não iria distorcer-se pelo simples fato de ser exercida, no que fui mais ajudado do que desajudado por meus pais. E foi com eles, precisamente, em certo momento dessa rica experiência de compreensão do meu mundo imediato, sem que tal compreensão tivesse significado malquerenças ao que ele tinha de encantadoramente misterioso, que eu comecei a ser introduzido na leitura da palavra. 

A decifração da palavra fluía naturalmente da “leitura” do mundo particular. Não era algo que se estivesse dando superpostamente a ele. Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi o meu quadro-negro; gravetos, o meu giz. Por isso é que, ao chegar à escolinha particular de Eunice Vasconcelos [...] já estava alfabetizado. Eunice continuou e aprofundou o trabalho de meus pais. Com ela, a leitura da palavra, da frase, da sentença, jamais significou uma ruptura com a "leitura" do mundo. Com ela, a leitura da palavra foi a leitura da “palavramundo”. 
A
Com o uso do conectivo “porém”, o autor pretende instaurar ideia de adversidade, oposição ao explicitado antes.
B
O conectivo “por isso” poderia ser substituído, sem alteração semântica, por “já que” ou “uma vez que”.
C
O pronome pessoal oblíquo “a”, na forma “fazê-la”, retoma o constituinte “prática pedagógica, por isso política”.
D
O sintagma nominal “rara” ocupa papel sintático de sujeito, por isso veio topicalizado, introduzindo o enunciado.
d8a0c869-05
PUC-MINAS 2021 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes relativos, Pronomes Indefinidos, Substantivos, Pronomes pessoais retos, Pronomes possessivos, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Analise o excerto dado e os itens lexicais nele destacados:

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas.

Sobre esse fragmento, é INCORRETO afirmar:

Texto 2 / Parte 2
A importância do ato de ler2
Paulo Freire

Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo através de sua prática, retomo o tempo em que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que lia em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa. Não eram, porém, aqueles momentos puros exercícios de que resultasse um simples dar-nos conta de uma página escrita diante de nós que devesse ser cadenciada, mecânica e enfadonhamente “soletrada” e realmente lida. Não eram aqueles momentos “lições de leitura”, no sentido tradicional desta expressão. Eram momentos em que os textos se ofereciam à nossa inquieta procura, incluindo a do então jovem professor José Pessoa.

Algum tempo depois, como professor também de português, nos meus vinte anos, vivi intensamente a importância de ler e de escrever, no fundo indicotomizáveis, com os alunos das primeiras séries do então chamado curso ginasial. A regência verbal, a sintaxe de concordância, o problema da crase, o sinclitismo pronominal, nada disso era reduzido por mim a tabletes de conhecimentos que devessem ser engolidos pelos estudantes. Tudo isso, pelo contrário, era proposto à curiosidade dos alunos de maneira dinâmica e viva, no corpo mesmo de textos, ora de autores que estudávamos, ora deles próprios, como objetos a serem desvelados e não como algo parado, cujo perfil eu descrevesse. Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda. Só apreendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do elo não se constitui em conhecimento do objeto. Por isso, é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la, nem é real leitura, nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala. 

Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler. Em minha andarilhagem pelo mundo, não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “devoradas" do que realmente lidas ou estudadas. [...] 

A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita. Visão que urge ser superada. A mesma, ainda que encarnada desde outro ângulo, que se encontra, por exemplo, em quem escreve, quando identifica a possível qualidade de seu trabalho, ou não, com a quantidade de páginas escritas. No entanto, um dos documentos filosóficos mais importantes de que dispomos, As teses sobre Feuerbach, de Marx, tem apenas duas páginas e meia... 

Parece importante, contudo, para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando, sublinhar que a minha crítica à magicização da palavra não significa, de maneira alguma, uma posição pouco responsável de minha parte com relação à necessidade que temos, educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos neste ou naquele campo do saber, de nos adentrarmos nos textos, de criar uma disciplina intelectual, sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes. 
A
A palavra “outro”, pronome indefinido, refere-se ao substantivo “ângulo”, com ele concordando em gênero e número.
B
O item “mesmo” (e flexões), segundo a gramática normativa, não deve substituir pronome pessoal – o correto seria “Ela, ainda que...”.
C
O item lexical “que”, nas duas ocorrências destacadas, é pronome relativo e retoma o termo “visão”.
D
O pronome possessivo “seu” concorda com o substantivo a que antecede, porém retoma outro pronome, “quem”, sujeito do verbo “escrever”.
2cb15aef-06
UNICENTRO 2015 - Português - Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Pronomes pessoais oblíquos, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

Em relação aos aspectos gramaticais da norma padrão da língua portuguesa, considere as afirmativas a seguir.

I. Em “Por falta d’água perdi meu gado”, há um sujeito elíptico.
II. Em “Então eu disse adeus Rosinha / Guarda contigo meu coração”, há uma inadequação de pessoa do verbo guardar.
III. Em “Espero a chuva cair de novo / Pra mim voltar pro meu sertão”, o pronome oblíquo foi usado corretamente.
IV. Em “Que eu voltarei, viu / Meu coração”, há um vocativo.

Assinale a alternativa correta.

Leia a canção e a charge a seguir e responda à questão.

Asa Branca

Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chores não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro Não chores não, viu?
Que eu voltarei, viu meu coração.


(GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Asa Branca. Disponível em: <http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.phd?titulo=Asa+Branca,+Luiz+Gonzaga+Teixeira&ltr=a&id_perso=7038>. Acesso em: 9 set. 2015.)

A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
849520c1-06
UFRGS 2016 - Português - Interpretação de Textos, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa em que o sujeito das formas verbais tem o mesmo referente.


A
tem (l. 06), demoniza (l. 10) e tende (l. 11).
B
tem (l. 06), está (l. 08) e costuma (l. 09).
C
alberga (l. 08), está (l. 08) e costuma (l. 09).
D
alberga (l. 08), (l. 13) e chega (l. 14).
E
está (l. 08), (l. 13) e chega (l. 14).
857c5819-04
ESPM 2019 - Português - Pronomes Indefinidos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Uso da Vírgula, Morfologia - Pronomes

Considere o trecho: “No quintal a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lavadouro, nada sabia de mim” e assinale a afirmação incorreta:

Texto para a questão:

2189cbd9d441d2fdd0d1.png (207×276)

Leia:

    (...) Esta casa do Engenho Novo, conquanto reproduza a de Mata-cavalos, apenas me lembra aquela, e mais por efeito de comparação e de reflexão que de sentimento. Já disse isto mesmo.

    Hão de perguntar-me por que razão, tendo a própria casa velha, na mesma rua antiga, não impedi que a demolissem e vim reproduzi-la nesta. A pergunta devia ser feita a princípio, mas aqui vai a resposta. A razão é que, logo que minha mãe morreu, querendo ir para lá, fiz primeiro uma longa visita de inspeção por alguns dias, e toda a casa me desconheceu. No quintal a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lavadouro, nada sabia de mim. A casuarina era a mesma que eu deixara ao fundo, mas o tronco, em vez de reto, como outrora, tinha agora um ar de ponto de interrogação; naturalmente pasmava do intruso. (...)  

    Tudo me era estranho e adverso. Deixei que demolissem a casa, e, mais tarde, quando vim para o Engenho Novo, lembrou-me fazer esta reprodução por explicações que dei ao arquiteto, segundo contei em tempo.

(Machado de Assis, Dom Casmurro, Capítulo CXLIV)
A
O pronome indefinido “nada” funciona sintaticamente, na oração, como aposto resumidor
B
O segmento “a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lavadouro” exerce a função sintática de sujeito composto.
C
A flexão do verbo no singular (“sabia”) se deve ao fato de haver uma concordância ideológica, ou seja, uma silepse de número.
D
Trata-se de um caso especial de concordância, a qual não segue a regra geral que estabelece: “todo verbo deve concordar em número e pessoa com o núcleo do sujeito”.
E
Após o adjunto adverbial de lugar “No quintal”, poderia haver uma vírgula.
8c97d68f-f8
UEG 2015 - Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Comparando-se as frases “A população humana se aproxima da marca de 7 bilhões” (linha 13) e “Compreender os princípios ecológicos é um passo necessário para lidar com esses problemas” (linhas 18-19), verifica-se que os trechos sublinhados desempenham a função sintática de

Leia o texto para responder à questão.



RICKLEFS, Robert E. A economia da natureza. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. p. 15. (Adaptado).
A
sujeito em ambas as orações.
B
objeto na primeira oração e sujeito na segunda.
C
objeto em ambas as orações.
D
sujeito na primeira oração e objeto na segunda.
cd391203-eb
ULBRA 2010 - Português - Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Em qual das alternativas abaixo, a expressão exerce a função de sujeito?


A
Pai (Primeiro quadrinho).
B
Todas as pessoas do mundo (Primeiro quadrinho).
C
Mafalda (Segundo quadrinho).
D
Preocupada (Terceiro quadrinho).
E
Iguais (Quinto quadrinho).
f7b2bb63-fc
FUVEST 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Leia o trecho extraído de uma notícia veiculada na internet:


“O carro furou o pneu e bateu no meio fio, então eles foram obrigados a parar. O refém conseguiu acionar a população, que depois pegou dois dos três indivíduos e tentaram linchar eles. O outro conseguiu fugir, mas foi preso momentos depois por uma viatura do 5º BPM”, afirmou o major.

Disponível em https://www.gp1.com.br/.


No português do Brasil, a função sintática do sujeito não possui, necessariamente, uma natureza de agente, ainda que o verbo esteja na voz ativa, tal como encontrado em:

A
“O carro furou o pneu”.
B
“e bateu no meio fio”.
C
“O refém conseguiu acionar a população”.
D
“tentaram linchar eles”.
E
“afirmou o major”.
c51629c5-ff
UNICENTRO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Pronomes possessivos, Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Sintaxe, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Sobre os recursos sintático-semânticos presentes no texto, a única afirmativa sem suporte gramatical é a que diz respeito à alternativa

A
As formas verbais “tem assistido” (l. 1) e “está atingindo” (l. 3) indicam, respectivamente, que o fato se repete, estando muito próximo do presente, e uma ação contínua.
B
O articulador “pelo” (l. 4) introduz uma expressão com uma função sintática, já a introduzida por “pela” (l. 27) exerce outra.
C
Os pronomes “seu” (l. 16) e “seu” (l. 21) indicam posse de diferentes sujeitos nos contextos em que se inserem.
D
Os vocábulos “bem” (l. 25) e “bem” (l. 35), tal como se apresentam, pertencem à mesma classe de palavras.
E
As expressões “de produção” (l. 27) e “de trabalho” (l. 28) possuem valores diferentes: o primeiro é passivo, e o segundo, restritivo.
269597bf-ff
UFC 2016 - Português - Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Assinale a alternativa que apresenta o que como pronome na função de sujeito.


FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. Rio de Janeiro: Editora Record, 1998. p. 18 a 31

Com base no texto 01 da Língua Portuguesa I, responda à questão.


A
do mesmo modo que a inglesa (linha 01).
B
Domínio a que só o da Igreja (linha 03).
C
Claro que esse domínio de família (linha 09).
D
condições físicas no Brasil, que poderiam (linha 12).
E
Antagonismo que a terra vasta pode tolerar (linha 30).
2699dedc-ff
UFC 2016 - Português - Uso dos conectivos, Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional...

Sobre o período “Claro que esse domínio de família não se teria feito sentir sem a base agrícola, em que repousou entre nós, como entre os ingleses colonizadores da Virgínia e das Carolinas, a colonização” (linhas 09-10), é correto afirmar que:


FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. Rio de Janeiro: Editora Record, 1998. p. 18 a 31

Com base no texto 01 da Língua Portuguesa I, responda à questão.


A
“base agrícola” (linha 09) é o sujeito da oração adjetiva.
B
“domínio de família” (linha 09) é objeto direto de sentir.
C
“entre nós” (linha 10) é objeto indireto de repousar.
D
o sujeito do verbo repousou é “colonização” (linha 10).
E
existe uma oração causal introduzida por “como” (linha 10).
e2f3db53-ff
UECE 2019 - Português - Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

O sujeito de uma oração é o elemento que pratica a ação ou sofre uma ação ou estado. Assinale a opção em que a expressão sublinhada corresponde ao sujeito da oração no texto 1.


A
“[...] provocam a dispersão de minerais pesados” (linhas 62-63) — às margens de rios (linha 62).
B
“[...] lançam esgotos domésticos sem nenhum tipo de tratamento” (linhas 44-45) — países pobres (linha 44).
C
“[...] estão nas proximidades das cidades” (linhas 47-48) — lençol freático (linhas 46-47).
D
“[...] atinge as reservas subterrâneas de água” (linhas 73-74) — um líquido (linha 72).
01bd75cb-fd
MULTIVIX 2019 - Português - Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Nas alternativas abaixo, temos um verbo sublinhado e o sujeito correspondente entre parênteses. Marque a alternativa em que essa associação está correta:

Como o uso de redes sociais impacta nossa saúde mental? Pesquisas indicam que tempo demais na internet tem relação com aumento da ansiedade e da depressão, mas que redes sociais também têm efeitos positivos.

22/04/2019 (Adaptado)

(1) “Eu sei que não deveria, mas não posso evitar” ou “ter este objeto perto de mim enquanto estou dormindo é um conforto” são frases típicas de quem sofre de algum tipo de dependência. Neste caso, o vício é em redes sociais. As duas declarações foram ouvidas pela professora de psicologia da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, Jean Twenge, autora do livro “The Narcissism Epidemic”, ou “A Epidemia do Narcisismo”, em tradução livre (Free Press, 2010).

(6) Em um artigo de opinião publicado na revista ‘The Atlantic’, Twenge afirmou que o uso exagerado de internet e redes sociais pode ter relação direta com o aumento exponencial de ansiedade e depressão – de acordo com a ONU, elas incidem em 3,6% e 4,4% da população mundial, respectivamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ligada à ONU, a depressão é vista como “mal do século”.

(11) A conclusão de Twenge encontra eco na mais recente pesquisa sobre o tema publicada pela ‘Royal Society for Public Health’, uma organização sem fins lucrativos inglesa que se dedica ao estudo de melhorias na saúde pública há mais de 140 anos. O estudo ouviu 1.500 jovens britânicos com idades entre 14 anos e 24 anos e reportou dados importantes sobre impacto das redes sociais em suas vidas. De forma geral, a maioria desses jovens acredita que o uso de Facebook, Instagram e outras redes faz mal a seu bem-estar, embora também contribua positivamente em suas vidas.

(18) De acordo com o documento, o vício em mídias sociais afeta 5% dos jovens britânicos, e o poder de dependência desse canal de comunicação é superior ao do cigarro e do álcool. Um outro estudo conduzido por neurocientistas da University of Southern California e da Beijing Normal University, entre outras, e publicado em edição de 2014 da ‘Psychological Reports’, concluiu que o Facebook aciona a mesma parte do cérebro que o jogo e o abuso de substâncias.

(23) Largar o prazer efêmero dos “likes” e das interações é difícil mesmo nos casos em que os jovens se sentem mal. Uma enquete online conduzida pelo ‘Moment’, um aplicativo de monitoramento consentido para smartphones, perguntou a 1 milhão de usuários do Instagram se eles estavam felizes com o tempo gasto nas plataformas online: 63% daqueles que passam mais de uma hora por dia no aplicativo relataram infelicidade. Já o FaceTime, da Apple, aplicativo que, como o Skype, da Microsoft e o Hangouts, do Google, tem a função de realizar chamadas e promover uma interação mais longa e pessoal, teve o melhor desempenho: 91% de felicidade entre seus usuários.

(31) Para a pesquisa, o Instagram é o maior vilão da saúde mental dos jovens: ele está relacionado a problemas de sono, FoMO (“Fear of Missing Out”, expressão equivalente a “medo de estar por fora”), bullying, ansiedade, depressão, solidão e imagem corporal. “Aquilo que vejo no outro, é o que eu quero ser. No Instagram, muitas imagens são produzidas e tratadas, mas quando as observamos, não notamos isso instintivamente e o que fica é uma imagem de perfeição, impossível de atingir”, explica Luciana Ruffo, do Núcleo em Pesquisa em Psicologia e Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (NPPI-PUC/SP), e especialista em tecnologia. “Mas aquilo não é real”, afirma. 


Disponível em: https://bluevisionbraskem.com/desenvolvimento-humano/como-o-uso-de-redessociais-impacta-nossa-saude-mental/. Acesso em 24 ago. 2019. 

A
(l. 15) “uso de Facebook, Instagram e outras redes faz mal a seu bem-estar, embora também contribua positivamente em suas vidas”.
B
(l. 6) “Twenge afirmou que o uso exagerado de internet e redes sociais pode ter relação direta”.
C
(l. 13) “o estudo ouviu 1.500 jovens britânicos com idades entre 14 anos e 24 anos”.
D
(l. 25) “perguntou a 1 milhão de usuários do Instagram se eles estavam felizes com o tempo gasto nas plataformas online”.
E
(l. 34) “no Instagram, muitas imagens são produzidas e tratadas, mas quando as observamos, não notamos isso instintivamente”.
5034a064-fc
FUVEST 2018 - Português - Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Sobre o sujeito da oração “em que vivem” (L. 12‐13), é correto afirmar:

Mito, na acepção aqui empregada, não significa mentira, falsidade ou mistificação. Tomo de empréstimo a formulação de Hans Blumenberg do mito político como um processo contínuo de trabalho de uma narrativa que responde a uma necessidade prática de uma sociedade em determinado período. Narrativa simbólica que é, o mito político coloca em suspenso o problema da verdade. Seu discurso não pretende ter validade factual, mas também não pode ser percebido como mentira (do contrário, não seria mito). O mito político confere um sentido às circunstâncias que envolvem os indivíduos: ao fazê‐los ver sua condição presente como parte de uma história em curso, ajuda a compreender e suportar o mundo em que vivem. 

ENGELKE, Antonio. O anjo redentor. Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24.
A
Expressa indeterminação, cabendo ao leitor deduzir a quem se refere a ação verbal.
B
Está oculto e visa evitar a repetição da palavra “circunstâncias” (L. 10).
C
É uma função sintática preenchida pelo pronome “que” (L. 12).
D
É indeterminado, tendo em vista que não é possível identificar a quem se refere a ação verbal.
E
Está oculto e seu referente é o mesmo do pronome “os” em “fazê‐los” (L. 11).
11bb95c2-fd
UNICENTRO 2017 - Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto

Assinale a única alternativa incorreta em relação à frase: “A menina deu muito amor aos pais durante a vida toda”.

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Apresenta sujeito simples.
B
“Muito amor” funciona como objeto direto do verbo dar.
C
“Aos pais” funciona como objeto direto preposicionado do verbo dar.
D
O verbo é transitivo direto.
E
Durante a vida toda funciona como adjunto adverbial.
11b5b03d-fd
UNICENTRO 2017 - Português - Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Assinale a única alternativa em que o sujeito é inexistente.

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Roubaram todas as coisas daquele pobre rapaz.
B
“Do riso fez-se o pranto”, escreveu o poeta.
C
Dolores e Nélson casaram-se durante o verão.
D
Fiz tudo que me foi pedido.
E
Havia muitas pessoas em Barcelona durante a festa.
4e5657f8-fd
FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Na frase “disse-me meu pai”, ocorre ordem indireta, uma vez que seu sujeito está posposto ao verbo. No texto, há outros exemplos desse tipo de inversão. Considere os seguintes trechos:

I “que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho”;
II “que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental”;
III “e não viesse de longe a enfiada das decepções”.


Configura também frase com sujeito posposto a que está citada em

    “Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.” Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico; diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora, e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam. 
    Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas.

Raul Pompeia, O Ateneu.  
A
I, apenas.
B
II, apenas.
C
II e III, apenas.
D
III, apenas.
E
I, II e III.