Questõessobre Substantivos

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Foram encontradas 111 questões
712c909d-b6
FGV 2016 - Português - Substantivos, Problemas da língua culta, Morfologia

Considere as passagens do texto:

– O restaurante, ao que se disse no jornal, levantou-se como uma só pessoa.
– ... e dava-se muito bem com as guardiãs...

Pretendendo-se conferir sentido pejorativo à primeira passagem e obter na segunda passagem um termo masculino plural que siga a mesma regra do masculino plural de “guardiãs”, os termos em destaque devem ser substituídos, respectivamente, por

Leia o texto para responder a questão.

Foi exatamente durante o almoço que se deu o fato.
Almira continuava a querer saber por que Alice viera atrasada e de olhos vermelhos. Abatida, Alice mal respondia. Almira comia com avidez e insistia com os olhos cheios de lágrimas.
– Sua gorda! disse Alice de repente, branca de raiva. Você não pode me deixar em paz?!
Almira engasgou-se com a comida, quis falar, começou a gaguejar. Dos lábios macios de Alice haviam saído palavras que não conseguiam descer com a comida pela garganta de Almira G. de Almeida.
– Você é uma chata e uma intrometida, rebentou de novo Alice. Quer saber o que houve, não é? Pois vou lhe contar, sua chata: é que Zequinha foi embora para Porto Alegre e não vai mais voltar! Agora está contente, sua gorda?
Na verdade Almira parecia ter engordado mais nos últimos momentos, e com comida ainda parada na boca.
Foi então que Almira começou a despertar. E, como se fosse uma magra, pegou o garfo e enfiou-o no pescoço de Alice. O restaurante, ao que se disse no jornal, levantou-se como uma só pessoa. Mas a gorda, mesmo depois de ter feito o gesto, continuou sentada olhando para o chão, sem ao menos olhar o sangue da outra.
Alice foi ao pronto-socorro, de onde saiu com curativos e os olhos ainda regalados de espanto. Almira foi presa em flagrante.
Na prisão, Almira comportou-se com delicadeza e alegria, talvez melancólica, mas alegria mesmo. Fazia graças para as companheiras. Finalmente tinha companheiras. Ficou encarregada da roupa suja, e dava-se muito bem com as guardiãs, que vez por outra lhe arranjavam uma barra de chocolate.

(Clarice Lispector. A Legião Estrangeira, 1964. Adaptado)
A
periódico e alemães.
B
jornalzinho e cidadãos.
C
noticiário e órfãos.
D
jornaleco e capitães.
E
diário e barões.
5f62327f-b5
IF-PR 2017 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Substantivos, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que condiz com a articulação entre texto e imagem nos dois anúncios.

A
“Bom pra xuxu” é outra expressão popular que poderia substituir “bom pra burro”, no primeiro anúncio.
B
Os vocábulos “burro” e “privada”, nos respectivos anúncios, podem ser classificados tanto como substantivos quanto como adjetivos.
C
No texto do primeiro anúncio, o vocábulo “bom” pertence à mesma classe de palavras que “pública”, no segundo anúncio.
D
Há uma identificação entre os dois anúncios, pois os textos sugerem que “dicionário” e “vaso sanitário” são “depósitos” (de palavras e de rejeitos).
34cc2ab6-b4
IF-TO 2017 - Português - Adjetivos, Advérbios, Substantivos, Morfologia

Considere a fraseAgora, que os ventos uivantes soam nos bosques espessos, a vida é de pouca esperança”, quanto às classes gramaticais dos termos destacados. Assinale a alternativa CORRETA de aparição dessas classes, respectivamente:

A
Adjetivo, adjetivo, adjetivo, substantivo, advérbio, advérbio.
B
Advérbio, advérbio, adjetivo, adjetivo, advérbio, adjetivo.
C
Adjetivo, adjetivo, adjetivo, substantivo, advérbio, advérbio.
D
Advérbio, substantivo, adjetivo, adjetivo, adverbio, adjetivo.
E
Advérbio, adjetivo, adjetivo, substantivo, advérbio, adjetivo.
bc82dfaf-b3
UFBA 2013 - Português - Substantivos, Morfologia

Mattoso Câmara Jr. afirma que todos os substantivos da língua portuguesa pertencem a um gênero, mas há casos em que o gênero é determinado pelo contexto sintático em que o substantivo se encontra, como ocorre em vítima, criança, tartaruga e carrasco.

C
Certo
E
Errado
bc7d307b-b3
UFBA 2013 - Português - Substantivos, Morfologia

Segundo Mattoso Câmara Jr., o plural de açúcar, arroz e feijão, entre outros, é considerado um caso especial na língua, visto que, para essas palavras, o plural se refere não à quantidade, mas à qualidade da substância contínua, ou seja, aos tipos.

C
Certo
E
Errado
11b72730-b3
IF-TO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Artigos, Substantivos, Análise sintática, Sintaxe, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe a tira a seguir e marque a alternativa incorreta.


A
No 2º quadrinho, o pressuposto presente na fala de Helga é que Hagar costuma mentir.
B
No 3º quadrinho, a conjunção “porque” inicia uma oração subordinada adverbial causal.
C
Ainda no 2º quadrinho, a forma verbal “Lembrese” deve ser entendida como uma advertência.
D
A expressão corporal de Hagar no 1º quadrinho sugere que ele não queria ser visto.
E
Considerando o contexto geral da tira, principalmente seu aspecto semântico, podemos inferir que na expressão “uma mentira”, 2º quadrinho, temos artigo indefinido seguido de substantivo.
ac2d4396-b1
UDESC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Substantivos, Gêneros Textuais, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Coesão e coerência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa incorreta em relação à obra As fantasias eletivas, Carlos Henrique Schroeder, e ao Texto 5.




A
Infere-se, da leitura do texto, que em relação à ponte Hercílio Luz há uma sensação de vazio, de solidão porque não mais desempenha a função para a qual foi criada: a travessia de veículos e pedestres.
B
Quanto à formação de palavras, os vocábulos “Descontente” (linha 8), “metálica” (linha 7), “cartão-postal” (linha 4) e “impossibilidade” (linha 5) são, sequencialmente, derivação prefixal, derivação sufixal, composição por justaposição e derivação prefixal e sufixal.
C
Em “Descontente com os sonetos” (linha 8), a palavra destacada refere-se à composição poética de forma fixa, com catorze versos, formando dois quartetos e dois tercetos.
D
Em “Usada apenas como cartão-postal” (linha 4), a palavra destacada é um substantivo composto e, se pluralizado, apenas o primeiro elemento vai para o plural, pois é formado por substantivo e advérbio.
E
Da leitura do período “a ponte se pergunta todas as noites quando chegará o dia em que, finalmente, vão destruí-la” (linhas 4 e 5), infere-se que a ponte se sente angustiada, e só se sentirá livre quando a demolirem.
5b7d5000-b0
UNEMAT 2010 - Português - Adjetivos, Substantivos, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Considerando as duas frases do seguinte diálogo:


I – “Minha nova bolsa da Lacoste.”

II – Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos.”


Assinale a afirmativa correta.

A
Na frase II, “tamanho” é um advérbio.
B
Na frase I, as palavras “nova” e “minha” são, respectivamente, substantivo e pronome demonstrativo.
C
Na frase II, segundo a norma padrão ou culta, é inadequada a concordância entre o sujeito e o verbo.
D
Na frase II, “todos” é um pronome relativo.
E
Na frase II, o pronome “seus” faz referência a um terceiro personagem que não aparece no diálogo.
82cc4b7c-af
UECE 2013 - Português - Interpretação de Textos, Substantivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Morfologia

O substantivo “diligência” (linha 73) foi empregado, no texto, com o significado de

Texto 2


A obra D. Guidinha do Poço conta a história de D. Margarida Reginaldo de Sousa Barros — conhecida como Guida ou Guidinha —, herdeira do Capitão-Mor Reginaldo Venceslau. Depois da morte do pai, ela se casa com o Major Joaquim Damião de Barros, o Major Quim, dezesseis anos mais velho do que ela. Embora tivessem casa na vila, fixaram residência na fazenda Poço da Moita, herdade de Margarida. Depois de alguns anos de casados, Margarida se apaixona por Secundino, jovem praciano, sobrinho do marido. Quando o Major Quim descobre a traição, pede o divórcio, que Guida não aceita. O Major deixa-a na fazenda e vai morar na casa da Vila. A mulher, então, contrata um capanga de nome Naiú para matar o marido. O caboclo faz o serviço, mas, quando é preso, revela que fora D. Margarida a mandante do homicídio.

O capítulo que você lerá é o último da obra, quando se dá a prisão de D. Guidinha do Poço. 


Manuel de Oliveira Paiva. Dona Guidinha do Poço. p. 125-126. Texto adaptado. 

A
busca minuciosa, pesquisa, investigação.
B
serviço urgente e extraordinário, executado fora do quartel.
C
carruagem de tração animal, para transportar gente ou carga.
D
corpo de tropa encarregado de executar um serviço especial.
6e3e8ae2-1b
IFN-MG 2017 - Português - Ortografia, Advérbios, Substantivos, Morfologia

Contrariando a mais elementar psicologia, mal perdemos uma pessoa amada, todos nos instigam a passar por cima.” (Linhas 21-22)

A
O termo destacado, nessa ocorrência, é um advérbio de modo, que modifica o verbo “perdemos”.
B
“Mal”, nessa ocorrência, funciona como um substantivo.
C
A autora cometeu um deslize ortográfico, deveria ter escrito “mau”.
D
“Mal”, nessa ocorrência, funciona como advérbio de tempo, podendo ser substituída pela palavra “quando”, sem prejuízo de sentido.
5b65fde9-cc
UFRGS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Substantivos, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A regra gramatical de flexão nominal, expressa pelo autor nas linhas 52 e 53 ("faz-se o plural acrescentando um “s” ao singular” ), não se aplica a todas as palavras da língua portuguesa. Qual alternativa comprova essa afirmação?


A
Mamão.
B
Bênção.
C
Degrau.
D
Exame.
E
Cidadão.
54606ff1-a5
UECE 2011 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Substantivos, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o que se diz sobre os versos 7 (linha 11) e 8 (linha 12): Eu voltava trocando as pernas bambas. / Meus medos crescidos, enormes...


I. Trocar as pernas bambas é um indício, não uma prova do medo que a menina sentia.

II. A pluralização do substantivo medo tem o efeito expressivo de tornar a sensação do medo quase física.

III. Há, entre os adjetivos crescidos e enormes, uma gradação ascendente, à qual a reticência parece dar continuidade.

Está correto o que se diz em

Imagem 001.jpg

A
II e III apenas.
B
I, II e III.
C
I e III apenas.
D
II apenas.
c1f493d6-c2
UNESPAR 2016 - Português - Substantivos, Morfologia

Na frase “Havia filas durante todo o dia de pessoas interessadas [...]” (linha 14), o verbo “havia” está no singular porque foi usado no sentido de existir e, por isso, é impessoal, ou seja, não apresenta sujeito. Nesse caso, o verbo em questão só é conjugado na terceira pessoa do singular. Assinale a alternativa em que também ocorre um caso de verbo impessoal.


A
A falta de dinheiro e a greve dos bancos confirmaram o caos;
B
Muitos candidatos chegaram atrasados ao local da prova;
C
Os alunos já haviam saído quando o professor chegou;
D
Fazia dois anos que não via os seus colegas de turma;
E
Os que perseverarem até o fim haverão de ser vitoriosos.
403c0087-a6
UCS 2015 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Substantivos, Morfologia

Com base no texto, analise as proposições a seguir, quanto à sua veracidade (V) ou falsidade (F), em relação ao emprego de elementos linguísticos.

( ) O substantivo regimes (linha 10) pode ser substituído, sem comprometimento de sentido, por governos.

( ) O fragmento No romance (linha 14) refere-se ao livro 1984.

( ) O adjetivo dissidente (linha 15) pode ser substituído, sem comprometimento de sentido, por divergente.

Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente os parênteses, de cima para baixo.


A
V – F – V
B
V – V – V
C
F – V – V
D
F – V – F
E
V – V – F
e7c8f87b-94
UNESP 2011 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Substantivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Morfologia

Partiste um dia / Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.

O emprego da palavra brasil com inicial minúscula, no poema de Vinicius, tem a seguinte justificativa:

   Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes,
poeta e cidadão

A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas.
Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva.
De repente não tinha pai.
No escuro de minha casa em Los Angeles procurei recompor
    [tua lembrança
Depois de tanta ausência. Fragmentos da infância
Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me eu menino
Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna
Tinham-se apenas acendido os lampiões a gás, e a clarineta
De Augusto geralmente procrastinava a tarde.
Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho
Rangia nos trilhos a muitas praias de distância...
Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva
Se acendia de luzes semoventes*, ah, corríamos
Corríamos ao teu encontro. A grande coisa era chegar antes
Mas ser marraio** em teus braços, sentir por último
Os doces espinhos da tua barba.
Trazias de então uma expressão indizível de fidelidade e
   [paciência
Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da doçura
De quem se deixou ser. Teus ombros possantes
Se curvavam como ao peso da enorme poesia
Que não realizaste. O barbante cortava teus dedos
Pesados de mil embrulhos: carne, pão, utensílios
Para o cotidiano (e frequentemente o binóculo
Que vivias comprando e com que te deixavas horas inteiras
Mirando o mar). Dize-me, meu pai
Que viste tantos anos através do teu óculo de alcance
Que nunca revelaste a ninguém?
Vencias o percurso entre a amendoeira e a casa como o atleta
    [exausto no último lance da maratona.

Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais
Uma palavra dura, um rosnar paterno. Entravas a casa
humilde

A um gesto do mar. A noite se fechava
Sobre o grupo familial como uma grande porta espessa.
Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixavas-te olhando
   [o mar
Com mirada de argonauta. Teus pequenos olhos feios
Buscavam ilhas, outras ilhas... — as imaculadas, inacessíveis
Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia aportar
E trazer — depositar aos pés da amada as joias fulgurantes
Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre eles
Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi, comandante
Comandar, batido de ventos, perdido na fosforência
De vastos e noturnos oceanos
Sem jamais.
Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste
A suprema pobreza: o dom da poesia, e a capacidade de amar
Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amor
Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas
Teu amor inventou. Financiaste uma lancha
Movida a água: foi reta para o fundo. Partiste um dia
Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
Doze luas voltaste. Tua primogênita — diz-se —
Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e pequenas
     [águas-marinhas.
    (Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1974, p. 180-181.)


(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se move por si próprio.”
(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, palavra que dá, a quem
primeiro a grita, o direito de ser o último a jogar.”
(***) Provecto: “Que conhece muito um assunto ou uma ciência,
experiente, versado, mestre.”
             (Dicionário Eletrônico Houaiss)

A
O eu-poemático se serve da inicial minúscula para menosprezar o país.
B
Empregar um nome próprio com inicial minúscula era comum entre os modernistas.
C
O eu-poemático emprega “brasil" como metáfora de “paraíso", onde crê estar a alma de seu pai.
D
O emprego da inicial maiúscula em nomes de países é facultativo.
E
Na acepção em que é empregada no texto, a palavra “brasil" é um substantivo comum.
e794aa2f-94
UNESP 2011 - Português - Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas, Substantivos, Sintaxe, Morfologia

Assinale a alternativa cuja frase contém um numeral cardinal empregado como substantivo.

Uma campanha alegre, IX
Há muitos anos que a política em Portugal apresenta este
singular estado:
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente
possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder,
trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos,
como uma pela* que quatro crianças, aos quatro cantos de
uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder,
esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres de todos os
outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da
Fazenda, a ruína do País!
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua
própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os
salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses
do País.
Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem
tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da
Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E
os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se,
para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros
liberais, e os interesses do País!
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os
verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designação
herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto
que os que caíram do Poder se resignam, cheios de fel e de tédio
— a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País.
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de
doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não tenha
sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País...
Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado
a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações
mais hostis...
Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de
dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra dos
oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa
constitucional do poder moderador...
E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que
continuarão dirigindo o País, neste caminho em que ele vai,
feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto**
tão triunfante!
(*) Pela: bola.
(**) Chouto: trote miúdo.
                    (Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].)
A
Há muitos anos que a política em Portugal apresenta...
B
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder...
C
... os cinco que estão no Poder fazem tudo o que podem para continuar...
D
... são tirados deste grupo de doze ou quinze indivíduos...
E
... aos quatro cantos de uma sala...
833d21f1-97
FGV 2015, FGV 2015 - Português - Morfologia - Verbos, Substantivos, Morfologia

Destoam da variedade linguística predominante no texto o substantivo “dica” e o verbo

                                     Equilibre suas atitudes

     Para melhorar a expectativa de vida, atitudes como dietas balanceadas, prática de atividades físicas e relacionamentos interpessoais são de extrema importância. No entanto, um fator pouco lembrado pelas pessoas pode representar um papel ainda maior para uma vida mais longa e saudável: o estudo.

      Segundo o psiquiatra Daniel Barros, pessoas que estudam mais tendem a elevar a expectativa de vida. “Existem diversas pesquisas mostrando que cada ano investido em conhecimento se reverte em anos a mais na vida do indivíduo”, afirma.

      Os benefícios do estudo para a longevidade e qualidade de vida são resultados de um efeito global causado no indivíduo. “O impacto não é explícito no organismo; são as atitudes, os comportamentos da pessoa que vão mudando conforme ela ganha conhecimento”, explica o psiquiatra.

      De acordo com Barros, a principal habilidade adquirida por meio do estudo “é conseguir saber a hora de adiar as gratificações. Então, em detrimento de um prazer imediato, a pessoa consegue pensar no futuro e fazer um planejamento no longo prazo para aproveitar melhor sua vida”.

      Para uma maior qualidade de vida, a dica do especialista é equilibrar atitudes. “Claro que é importante malhar, praticar atividades físicas, comer saudavelmente, mas não somos feitos somente de ‘corpo’. Não podemos nos esquecer da mente”, observa.

                                                                                            O Estado de S.Paulo, 12/07/2015.  

A
“malhar”
B
“melhorar”.
C
“adiar’.
D
“tendem”.
E
“reverte”.
3bd06973-8d
UNESP 2011 - Português - Adjetivos, Advérbios, Pronomes Indefinidos, Substantivos, Morfologia, Morfologia - Pronomes

A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo.

Considerando o contexto e o relacionamento sintático entre os elementos deste período do texto, verifica-se que humano é empregado como

Instrução: A questão toma por base uma passagem da Proposta Curricular do Estado de São Paulo (2008).

                               Prioridade para a competência da leitura e da escrita

      A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo. O ser humano constitui-se assim um ser de linguagem e disso decorre todo o restante, tudo o que transformou a humanidade naquilo que é. Ao associar palavras e sinais, criando a escrita, o homem construiu um instrumental que ampliou exponencialmente sua capacidade de comunicar-se, incluindo pessoas que estão longe no tempo e no espaço.

      Representar, comunicar e expressar são atividades de construção de significado relacionadas a vivências que se incorporam ao repertório de saberes de cada indivíduo. Os sentidos são construídos na relação entre a linguagem e o universo natural e cultural em que nos situamos. E é na adolescência, como vimos, que a linguagem adquire essa qualidade de instrumento para compreender e agir sobre o mundo real.

      A ampliação das capacidades de representação, comunicação e expressão está articulada ao domínio não apenas da língua mas de todas as outras linguagens e, principalmente, ao repertório cultural de cada indivíduo e de seu grupo social, que a elas dá sentido. A escola é o espaço em que ocorre a transmissão, entre as gerações, do ativo cultural da humanidade, seja artístico e literário, histórico e social, seja científico e tecnológico. Em cada uma dessas áreas, as linguagens são essenciais.

      As linguagens são sistemas simbólicos, com os quais recortamos e representamos o que está em nosso exterior, em nosso interior e na relação entre esses âmbitos; é com eles também que nos comunicamos com os nossos iguais e expressamos nossa articulação com o mundo.

      Em nossa sociedade, as linguagens e os códigos se multiplicam: os meios de comunicação estão repletos de gráficos, esquemas, diagramas, infográficos, fotografias e desenhos. O design diferencia produtos equivalentes quanto ao desempenho ou à qualidade. A publicidade circunda nossas vidas, exigindo permanentes tomadas de decisão e fazendo uso de linguagens sedutoras e até enigmáticas. Códigos sonoros e visuais estabelecem a comunicação nos diferentes espaços. As ciências construíram suas próprias linguagens, plenas de símbolos e códigos. A produção de bens e serviços foi em grande parte automatizada e cabe a nós programar as máquinas, utilizando linguagens específicas. As manifestações artísticas e de entretenimento utilizam, cada vez mais, diversas linguagens que se articulam.

      Para acompanhar tal contexto, a competência de leitura e de escrita vai além da linguagem verbal, vernácula – ainda que esta tenha papel fundamental – e refere-se a sistemas simbólicos como os citados, pois essas múltiplas linguagens estão presentes no mundo contemporâneo, na vida cultural e política, bem como nas designações e nos conceitos científicos e tecnológicos usados atualmente.

                                                (Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa / Coord.

                                                                          Maria Inês Fini. São Paulo: SEE, 2008. p. 16. Adaptado.)

A
adjetivo.
B
pronome indefinido.
C
advérbio.
D
substantivo.
E
verbo.
04872c52-8d
UNESP 2010 - Português - Substantivos, Morfologia

O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram
(...)

Nesta passagem, levando-se em conta o contexto, a função sintática e o significado, verifica-se que faz-sono é:

Instrução: A questão  toma por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986).

                                                          O Bumba-Meu-Boi

Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi.
Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”.
Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumbameu-boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.

Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita:
                                 
                                  Não sou padre, não sou nada
                                  “Quem me ver estar dançando
                                  Não julgue que estou louco;
                                  Secular sou como os outros”.

Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo:
                                 
                                 “CAPITÃO – Eu te atiro, negro
                                                      Eu te amarro, ladrão,
                                                      Eu te acabo, cão.”

Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis:

                                     “CORO – Capitão de campo
                                                     Veja que o mundo virou
                                                     Foi ao mato pegar negro
                                                     Mas o negro lhe amarrou.

                                  CAPITÃO – Sou valente afamado
                                                     Como eu não pode haver;
                                                     Qualquer susto que me fazem
                                                     Logo me ponho a correr”.

(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.)
A
substantivo.
B
adjetivo.
C
verbo.
D
advérbio.
E
interjeição.
0fa37eb1-36
UNESP 2010 - Português - Adjetivos, Substantivos, Morfologia

O soneto Acrobata da dor revela, entre outras, uma das características notáveis do estilo poético de Cruz e Sousa, que é a grande presença de adjetivos, colocados antes ou após os substantivos a que se referem. Observe estes cinco exemplos retirados do texto:


I. Riso absurdo.


II. Gargalhada atroz.


III. Agonia lenta.


IV. Macabras piruetas.


V. Tristíssimo palhaço.


Aponte os dois exemplos em que o adjetivo precede o substantivo:

Instrução: A  questão  toma  por base o soneto Acrobata da dor, do poeta simbolista brasileiro Cruz e Sousa (1861-1898):


                                             Acrobata da Dor


                             Gargalha, ri, num riso de tormenta,

                             como um palhaço, que desengonçado,

                             nervoso, ri, num riso absurdo, inflado

                             de uma ironia e de uma dor violenta.


                             Da gargalhada atroz, sanguinolenta,

                             agita os guizos, e convulsionado

                             Salta, gavroche, salta clown, varado

                             pelo estertor dessa agonia lenta...


                             Pedem-te bis e um bis não se despreza!

                             Vamos! retesa os músculos, retesa,

                             nessas macabras piruetas d’aço...


                             E embora caias sobre o chão, fremente,

                             afogado em teu sangue estuoso e quente,

                             ri! Coração, tristíssimo palhaço.


                (João da Cruz e Sousa. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora Aguilar, 1961.)

A
I e II.
B
II e III.
C
I e III.
D
II e IV.
E
IV e V.