Questõessobre Substantivos
Assinale a alternativa que condiz com a articulação
entre texto e imagem nos dois anúncios.
Considere a frase “Agora, que os ventos uivantes
soam nos bosques espessos, a vida já é de
pouca esperança”, quanto às classes gramaticais
dos termos destacados. Assinale a alternativa
CORRETA de aparição dessas classes,
respectivamente:
Mattoso Câmara Jr. afirma que todos os substantivos da língua portuguesa pertencem a um gênero,
mas há casos em que o gênero é determinado pelo contexto sintático em que o substantivo se encontra,
como ocorre em vítima, criança, tartaruga e carrasco.
Segundo Mattoso Câmara Jr., o plural de açúcar, arroz e feijão, entre outros, é considerado um caso
especial na língua, visto que, para essas palavras, o plural se refere não à quantidade, mas à qualidade
da substância contínua, ou seja, aos tipos.
Observe a tira a seguir e marque a
alternativa incorreta.
Observe a tira a seguir e marque a
alternativa incorreta.
Assinale a alternativa incorreta em relação à obra As fantasias eletivas, Carlos Henrique
Schroeder, e ao Texto 5.
Considerando as duas frases do seguinte
diálogo:
I – “Minha nova bolsa da Lacoste.”
II – Pelo tamanho, deve caber todos os seus
sonhos.”
Assinale a afirmativa correta.
Considerando as duas frases do seguinte diálogo:
I – “Minha nova bolsa da Lacoste.”
II – Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos.”
Assinale a afirmativa correta.
O substantivo “diligência” (linha 73) foi
empregado, no texto, com o significado de
Texto 2
A obra D. Guidinha do Poço conta a história de D. Margarida Reginaldo de Sousa Barros — conhecida como Guida ou Guidinha —, herdeira do Capitão-Mor Reginaldo Venceslau. Depois da morte do pai, ela se casa com o Major Joaquim Damião de Barros, o Major Quim, dezesseis anos mais velho do que ela. Embora tivessem casa na vila, fixaram residência na fazenda Poço da Moita, herdade de Margarida. Depois de alguns anos de casados, Margarida se apaixona por Secundino, jovem praciano, sobrinho do marido. Quando o Major Quim descobre a traição, pede o divórcio, que Guida não aceita. O Major deixa-a na fazenda e vai morar na casa da Vila. A mulher, então, contrata um capanga de nome Naiú para matar o marido. O caboclo faz o serviço, mas, quando é preso, revela que fora D. Margarida a mandante do homicídio.
O capítulo que você lerá é o último da obra, quando se dá a prisão de D. Guidinha do Poço.
Manuel de Oliveira Paiva. Dona Guidinha do Poço.
p. 125-126. Texto adaptado.
Contrariando a mais elementar psicologia, mal perdemos uma pessoa amada, todos nos instigam a passar por cima.”
(Linhas 21-22)
A regra gramatical de flexão nominal, expressa pelo autor nas linhas 52 e 53 ("faz-se o plural
acrescentando um “s” ao singular” ), não se aplica a todas as palavras da língua portuguesa.
Qual alternativa comprova essa afirmação?
Leia o que se diz sobre os versos 7 (linha 11) e 8 (linha 12): Eu voltava trocando as pernas bambas. / Meus medos crescidos, enormes...
I. Trocar as pernas bambas é um indício, não uma prova do medo que a menina sentia.
II. A pluralização do substantivo medo tem o efeito expressivo de tornar a sensação do medo quase física.
III. Há, entre os adjetivos crescidos e enormes, uma gradação ascendente, à qual a reticência parece dar continuidade.
Está correto o que se diz em
I. Trocar as pernas bambas é um indício, não uma prova do medo que a menina sentia.
II. A pluralização do substantivo medo tem o efeito expressivo de tornar a sensação do medo quase física.
III. Há, entre os adjetivos crescidos e enormes, uma gradação ascendente, à qual a reticência parece dar continuidade.
Está correto o que se diz em
Na frase “Havia filas durante todo o dia de pessoas
interessadas [...]” (linha 14), o verbo “havia” está no
singular porque foi usado no sentido de existir e, por
isso, é impessoal, ou seja, não apresenta sujeito. Nesse
caso, o verbo em questão só é conjugado na terceira
pessoa do singular. Assinale a alternativa em que
também ocorre um caso de verbo impessoal.
Com base no texto, analise as proposições a seguir, quanto à sua veracidade (V)
ou falsidade (F), em relação ao emprego de elementos linguísticos.
( ) O substantivo regimes (linha 10) pode ser substituído, sem comprometimento
de sentido, por governos.
( ) O fragmento No romance (linha 14) refere-se ao livro 1984.
( ) O adjetivo dissidente (linha 15) pode ser substituído, sem comprometimento
de sentido, por divergente.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente os parênteses, de
cima para baixo.
( ) O substantivo regimes (linha 10) pode ser substituído, sem comprometimento de sentido, por governos.
( ) O fragmento No romance (linha 14) refere-se ao livro 1984.
( ) O adjetivo dissidente (linha 15) pode ser substituído, sem comprometimento de sentido, por divergente.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente os parênteses, de cima para baixo.
Partiste um dia / Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
O emprego da palavra brasil com inicial minúscula, no poema de Vinicius, tem a seguinte justificativa:
O emprego da palavra brasil com inicial minúscula, no poema de Vinicius, tem a seguinte justificativa:
Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes,
poeta e cidadão
A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas.
Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva.
De repente não tinha pai.
No escuro de minha casa em Los Angeles procurei recompor
[tua lembrança
Depois de tanta ausência. Fragmentos da infância
Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me eu menino
Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna
Tinham-se apenas acendido os lampiões a gás, e a clarineta
De Augusto geralmente procrastinava a tarde.
Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho
Rangia nos trilhos a muitas praias de distância...
Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva
Se acendia de luzes semoventes*, ah, corríamos
Corríamos ao teu encontro. A grande coisa era chegar antes
Mas ser marraio** em teus braços, sentir por último
Os doces espinhos da tua barba.
Trazias de então uma expressão indizível de fidelidade e
[paciência
Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da doçura
De quem se deixou ser. Teus ombros possantes
Se curvavam como ao peso da enorme poesia
Que não realizaste. O barbante cortava teus dedos
Pesados de mil embrulhos: carne, pão, utensílios
Para o cotidiano (e frequentemente o binóculo
Que vivias comprando e com que te deixavas horas inteiras
Mirando o mar). Dize-me, meu pai
Que viste tantos anos através do teu óculo de alcance
Que nunca revelaste a ninguém?
Vencias o percurso entre a amendoeira e a casa como o atleta
[exausto no último lance da maratona.
Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais
Uma palavra dura, um rosnar paterno. Entravas a casa
humilde
A um gesto do mar. A noite se fechava
Sobre o grupo familial como uma grande porta espessa.
Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixavas-te olhando
[o mar
Com mirada de argonauta. Teus pequenos olhos feios
Buscavam ilhas, outras ilhas... — as imaculadas, inacessíveis
Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia aportar
E trazer — depositar aos pés da amada as joias fulgurantes
Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre eles
Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi, comandante
Comandar, batido de ventos, perdido na fosforência
De vastos e noturnos oceanos
Sem jamais.
Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste
A suprema pobreza: o dom da poesia, e a capacidade de amar
Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amor
Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas
Teu amor inventou. Financiaste uma lancha
Movida a água: foi reta para o fundo. Partiste um dia
Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
Doze luas voltaste. Tua primogênita — diz-se —
Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e pequenas
[águas-marinhas.
(Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1974, p. 180-181.)
(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se move por si próprio.”
(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, palavra que dá, a quem
primeiro a grita, o direito de ser o último a jogar.”
(***) Provecto: “Que conhece muito um assunto ou uma ciência,
experiente, versado, mestre.”
(Dicionário Eletrônico Houaiss)
Assinale a alternativa cuja frase contém um numeral cardinal empregado como substantivo.
singular estado:
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente
possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder,
trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos,
como uma pela* que quatro crianças, aos quatro cantos de
uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder,
esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres de todos os
outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da
Fazenda, a ruína do País!
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua
própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os
salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses
do País.
Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem
tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da
Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E
os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se,
para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros
liberais, e os interesses do País!
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os
verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designação
herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto
que os que caíram do Poder se resignam, cheios de fel e de tédio
— a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País.
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de
doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não tenha
sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País...
Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado
a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações
mais hostis...
Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de
dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra dos
oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa
constitucional do poder moderador...
E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que
continuarão dirigindo o País, neste caminho em que ele vai,
feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto**
tão triunfante!
(*) Pela: bola.
(**) Chouto: trote miúdo.
(Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].)
Destoam da variedade linguística predominante no
texto o substantivo “dica” e o verbo
Equilibre suas atitudes
Para melhorar a expectativa de vida, atitudes como dietas balanceadas, prática de atividades físicas e relacionamentos interpessoais são de extrema importância. No entanto, um fator pouco lembrado pelas pessoas pode representar um papel ainda maior para uma vida mais longa e saudável: o estudo.
Segundo o psiquiatra Daniel Barros, pessoas que estudam mais tendem a elevar a expectativa de vida. “Existem diversas pesquisas mostrando que cada ano investido em conhecimento se reverte em anos a mais na vida do indivíduo”, afirma.
Os benefícios do estudo para a longevidade e qualidade de vida são resultados de um efeito global causado no indivíduo. “O impacto não é explícito no organismo; são as atitudes, os comportamentos da pessoa que vão mudando conforme ela ganha conhecimento”, explica o psiquiatra.
De acordo com Barros, a principal habilidade adquirida por meio do estudo “é conseguir saber a hora de adiar as gratificações. Então, em detrimento de um prazer imediato, a pessoa consegue pensar no futuro e fazer um planejamento no longo prazo para aproveitar melhor sua vida”.
Para uma maior qualidade de vida, a dica do especialista é equilibrar atitudes. “Claro que é importante malhar, praticar atividades físicas, comer saudavelmente, mas não somos feitos somente de ‘corpo’. Não podemos nos esquecer da mente”, observa.
O Estado de S.Paulo, 12/07/2015.
A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano,
seu traço distintivo.
Considerando o contexto e o relacionamento sintático entre os
elementos deste período do texto, verifica-se que humano é
empregado como
A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo.
Considerando o contexto e o relacionamento sintático entre os elementos deste período do texto, verifica-se que humano é empregado como
Instrução: A questão toma por base uma passagem da Proposta Curricular do Estado de São Paulo (2008).
Prioridade para a competência da leitura e da escrita
A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo. O ser humano constitui-se assim um ser de linguagem e disso decorre todo o restante, tudo o que transformou a humanidade naquilo que é. Ao associar palavras e sinais, criando a escrita, o homem construiu um instrumental que ampliou exponencialmente sua capacidade de comunicar-se, incluindo pessoas que estão longe no tempo e no espaço.
Representar, comunicar e expressar são atividades de construção de significado relacionadas a vivências que se incorporam ao repertório de saberes de cada indivíduo. Os sentidos são construídos na relação entre a linguagem e o universo natural e cultural em que nos situamos. E é na adolescência, como vimos, que a linguagem adquire essa qualidade de instrumento para compreender e agir sobre o mundo real.
A ampliação das capacidades de representação, comunicação e expressão está articulada ao domínio não apenas da língua mas de todas as outras linguagens e, principalmente, ao repertório cultural de cada indivíduo e de seu grupo social, que a elas dá sentido. A escola é o espaço em que ocorre a transmissão, entre as gerações, do ativo cultural da humanidade, seja artístico e literário, histórico e social, seja científico e tecnológico. Em cada uma dessas áreas, as linguagens são essenciais.
As linguagens são sistemas simbólicos, com os quais recortamos e representamos o que está em nosso exterior, em nosso interior e na relação entre esses âmbitos; é com eles também que nos comunicamos com os nossos iguais e expressamos nossa articulação com o mundo.
Em nossa sociedade, as linguagens e os códigos se multiplicam: os meios de comunicação estão repletos de gráficos, esquemas, diagramas, infográficos, fotografias e desenhos. O design diferencia produtos equivalentes quanto ao desempenho ou à qualidade. A publicidade circunda nossas vidas, exigindo permanentes tomadas de decisão e fazendo uso de linguagens sedutoras e até enigmáticas. Códigos sonoros e visuais estabelecem a comunicação nos diferentes espaços. As ciências construíram suas próprias linguagens, plenas de símbolos e códigos. A produção de bens e serviços foi em grande parte automatizada e cabe a nós programar as máquinas, utilizando linguagens específicas. As manifestações artísticas e de entretenimento utilizam, cada vez mais, diversas linguagens que se articulam.
Para acompanhar tal contexto, a competência de leitura e de escrita vai além da linguagem verbal, vernácula – ainda que esta tenha papel fundamental – e refere-se a sistemas simbólicos como os citados, pois essas múltiplas linguagens estão presentes no mundo contemporâneo, na vida cultural e política, bem como nas designações e nos conceitos científicos e tecnológicos usados atualmente.
(Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa / Coord.
Maria Inês Fini. São Paulo: SEE, 2008. p. 16. Adaptado.)
O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram(...)
Nesta passagem, levando-se em conta o contexto, a função sintática e o significado, verifica-se que faz-sono é:
O soneto Acrobata da dor revela, entre outras, uma das características
notáveis do estilo poético de Cruz e Sousa, que é a grande
presença de adjetivos, colocados antes ou após os substantivos a
que se referem. Observe estes cinco exemplos retirados do texto:
I. Riso absurdo.
II. Gargalhada atroz.
III. Agonia lenta.
IV. Macabras piruetas.
V. Tristíssimo palhaço.
Aponte os dois exemplos em que o adjetivo precede o substantivo:
O soneto Acrobata da dor revela, entre outras, uma das características notáveis do estilo poético de Cruz e Sousa, que é a grande presença de adjetivos, colocados antes ou após os substantivos a que se referem. Observe estes cinco exemplos retirados do texto:
I. Riso absurdo.
II. Gargalhada atroz.
III. Agonia lenta.
IV. Macabras piruetas.
V. Tristíssimo palhaço.
Aponte os dois exemplos em que o adjetivo precede o substantivo:
Instrução: A questão toma por base o soneto Acrobata da dor, do poeta simbolista brasileiro Cruz e Sousa (1861-1898):
Acrobata da Dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
Salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta...
Pedem-te bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa,
nessas macabras piruetas d’aço...
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
(João da Cruz e Sousa. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora Aguilar, 1961.)