Questõessobre Sintaxe

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ABEPRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos dois-pontos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Pronomes pessoais retos, Sintaxe, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Considere os trechos abaixo extraídos do texto:

1. Na ciência, não basta descobrir, é preciso contar aos outros o que você descobriu. (1°  parágrafo)
2. Para fazer essas avaliações, a comunidade acadêmica adotou basicamente dois critérios: a quantidade de artigos científicos publicados em revistas – um suposto sinal de produtividade e dedicação – e o número de vezes em que esses artigos são citados em outros artigos – o que, em teoria, é uma evidência de que o trabalho foi relevante e influente. (2°  parágrafo)
3. Isso deu origem a um modelo de negócio sem igual: você, dono da editora de periódicos científicos, recebe conteúdo de graça e vende a um público disposto a pagar muito. (3°  parágrafo)

Assinale a alternativa correta.

De Newton à Nature


Na ciência, não basta descobrir, é preciso contar aos outros o que você descobriu. Copérnico, Galileu e Newton, por exemplo, escreviam livros técnicos, relatando suas experiências e resultados. Com o tempo, a divulgação passou a acontecer menos por livros e mais por artigos científicos – peças curtas, publicadas em revistas e periódicos especializados.


As primeiras revistas científicas, lá no século XVIII, não tinham fins lucrativos. Mas com o aumento dos investimentos públicos nos laboratórios, a partir da década de 1950, as universidades passaram a ter muito mais pesquisadores. São todos funcionários com carteira assinada, que precisam mostrar serviço – e que recebem avaliações de desempenho. Para fazer essas avaliações, a comunidade acadêmica adotou basicamente dois critérios: a quantidade de artigos científicos publicados em revistas – um suposto sinal de produtividade e dedicação – e o número de vezes em que esses artigos são citados em outros artigos – o que, em teoria, é uma evidência de que o trabalho foi relevante e influente.


Pois bem. Os cientistas não querem lucro, só divulgação. Então entregam o material de graça. Na outra ponta da equação, há as universidades, que não têm outra opção a não ser pagar o que as editoras pedem para ter acesso às pesquisas mais importantes (afinal, um pesquisador só consegue trabalhar se puder ler o trabalho de outros pesquisadores). Isso deu origem a um modelo de negócio sem igual: você, dono da editora de periódicos científicos, recebe conteúdo de graça e vende a um público disposto a pagar muito. Criaram-se grifes da ciência: periódicos muito seletivos, que só publicam a nata das pesquisas. Sair em títulos como Cell, Nature ou Science dá visibilidade e é bom para a carreira dos cientistas.


“Na era digital, a figura da editora científica é ainda mais importante”, afirma Dante Cid, vice-presidente de relações acadêmicas da Elsevier no Brasil. “Ela inibe a disseminação de informações equivocadas e colabora com a distribuição da pesquisa de qualidade.” De fato, os padrões de excelência da Elsevier e de outras editoras de peso continuam altos. Mas o sistema causa distorções. “Um Newton da vida, que passava a vida toda trabalhando e publicava pouco, não teria chance no século XXI”, diz Fernando Reinach, ex-biólogo da USP.


VOIANO, B. A máquina que trava a ciência. Superinteressante. ed. 383, dez/2017. p. 40-41. [Adaptado]

A
Em 1 e 3, o pronome “você” faz referência direta a um determinado leitor do texto, tomado especificamente como interlocutor, em uma interação dialógica explícita entre a primeira e a segunda pessoa do discurso.
B
Em 2, as expressões “suposto” e “em teoria” intensificam o grau de assertividade das afirmações em cujo escopo se encontram.
C
Em 2, os dois critérios mencionados são de natureza quantitativa e qualitativa, respectivamente.
D
Em 2 e 3, o sinal de dois-pontos é usado para introduzir uma enumeração, em cada uma das ocorrências.
E
Em 3, “dono da editora de periódicos científicos” funciona como aposto explicativo, que esclarece a referência pronominal precedente.
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FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021 - Português - Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe

“Alguns pacientes, apesar de cônscios de que seu estado é perigoso, recuperam a saúde através de sua satisfação com a bondade do médico”.

(Hipócrates (460 a.C.-377 a.C.) médico grego,
considerado o pai da Medicina).

Assinale a opção em que, a substituição de um termo da frase por outro, é inadequada.

A
Apesar de / mesmo que.
B
Através de / por meio de.
C
Cônscios / conscientes.
D
Bondade / qualidade.
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URCA 2017 - Português - Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas, Sintaxe, Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional..., Orações subordinadas substantivas: Subjetivas, Objetivas diretas, Objetivas indiretas...

Cada pessoaque chegavase impressionava com o nacionalismo exagerado, /embora não o compreendesse.

Há no fragmento acima, três orações, assim distribuídas: 1. Cada pessoa se impressionava com o nacionalismo exagerado; 2. Que chegava; 3. Embora não o compreendesse. A segunda oração é:



A
Substantiva subjetiva;
B
Substantiva objetiva direta;
C
Adverbial causal;
D
Adjetiva;
E
Adverbial final.
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URCA 2017 - Português - Análise sintática, Sintaxe, Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas..., Orações coordenadas assindéticas

Cada pessoa/ que chegava/ se impressionava com o nacionalismo exagerado, /embora não o compreendesse.

Há no fragmento acima, três orações, assim distribuídas: 1. Cada pessoa se impressionava com o nacionalismo exagerado; 2. Que chegava; 3. Embora não o compreendesse. A primeira oração é:

A
Absoluta;
B
Coordenada assindética;
C
Principal;
D
Coordenada sindética;
E
Subordinada.
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URCA 2017 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Cada pessoa/ que chegava/ se impressionava com o nacionalismo exagerado, /embora não o compreendesse.

Há no fragmento acima, três orações, assim distribuídas: 1. Cada pessoa se impressionava com o nacionalismo exagerado; 2. Que chegava; 3. Embora não o compreendesse. A terceira oferece uma ideia de:

A
Causa;
B
Fim;
C
Condição;
D
Concessão;
E
Consequência.
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URCA 2017 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

...uma variedade de profissões miseráveis que as nossas pequena e grande burguesia não podem adivinhar. O termo em destaque apresenta uma regra de concordância nominal, observando a regra da Gramática Normativa, assinale a alternativa em que, pluralizando-se a frase, as palavras destacadas permanecem invariáveis:

ESPINHOS E FLORES


Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa cousa em matéria de edificação de cidade. A topografia do local, caprichosamente montuosa, influiu decerto para tal aspecto, mais influíram, porém, os azares das construções. Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiam como se fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas se fizeram. Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir ao alinhamento reto com um ódio tenaz e sagrado. Às vezes se sucedem na mesma direção com uma frequência irritante, outras se afastam, e deixam de permeio um longo intervalo coeso e fechado de casas. Num trecho, há casas amontoadas umas sobre outras numa angústia de espaço desoladora, logo adiante um vasto campo abre ao nosso olhar uma ampla perspectiva.

Marcham assim ao acaso as edificações e conseguintemente o arruamento. Há casas de todos os gostos e construídas de todas as formas. Vai-se por uma rua a ver um correr de chalets, de porta e janela, parede de frontal, humildes e acanhados, de repente se nos depara uma casa burguesa, dessas de compoteiras na cimalha rendilhada, a se erguer sobre um porão alto com mezaninos gradeados. Passada essa surpresa, olha-se acolá e dá-se com uma choupana de pau-a-pique, coberta de zinco ou mesmo palha, em torno da qual formiga uma população; adiante, é uma velha casa de roça, com varanda e colunas de estilo pouco classificável, que parece vexada a querer ocultar-se, diante daquela onda de edifícios disparatados e novos. Não há nos nossos subúrbios cousa alguma que nos lembre os famosos das grandes cidades européias, com as suas vilas de ar repousado e satisfeito, as suas estradas e ruas macadamizadas e cuidadas, nem mesmo se encontram aqueles jardins, cuidadinhos, aparadinhos, penteados, porque os nossos, se os há, são em geral pobres, feios e desleixados.

Os cuidados municipais também são variáveis e caprichosos. Às vezes, nas ruas, há passeios em certas partes e outras não; algumas vias de comunicação são calçadas e outras da mesma importância estão ainda em estado de natureza. Encontra-se aqui um pontilhão bem cuidado sobre um rio seco e passos além temos que atravessar um ribeirão sobre uma pinguela de trilhos mal juntos. Há pelas ruas damas elegantes, com sedas e brocados, evitando a custo que a lama ou o pó lhes empane o brilho do vestido; há operário de tamancos; há peralvilhos à última moda; há mulheres de chita; e assim pela tarde, quando essa gente volta do trabalho ou do passeio, a mescla se faz numa mesma rua, num quarteirão, e quase sempre o mais bem posto não é que entra na melhor casa. Além disto, os subúrbios têm mais aspectos interessantes, sem falar no namoro epidêmico e no espiritismo endêmico; as casas de cômodos (quem as suporia lá!) constituem um deles bem inédito. Casas que mal dariam para uma pequena família, são divididas, subdivididas, e os minúsculos aposentos assim obtidos, alugados à população miserável da cidade. Aí, nesses caixotins humanos, é que se encontra a fauna menos observada da nossa vida, sobre a qual a miséria paira com um rigor londrino. Não se podem imaginar profissões mais tristes e mais inopinadas da gente que habita tais caixinhas. Além dos serventes de repartições, contínuos de escritórios, podemos deparar velhas fabricantes de rendas de bilros, compradores de garrafas vazias, castradores de gatos, cães e galos, mandingueiros, catadores de ervas medicinais, enfim, uma variedade de profissões miseráveis que as nossas pequena e grande burguesias não podem adivinhar. Às vezes, num cubículo desses se amontoa uma família, e há ocasiões em que os seus chefes vão a pé para a cidade por falta do níquel do trem. Ricardo Coração dos Outros morava em uma pobre casa de cômodos de um dos subúrbios. Não era das sórdidas, mas era uma casa de cômodos dos subúrbios. Desde anos que ele a habitava e gostava da casa que ficava trepada sobre uma colina, olhando da janela do seu quarto para uma ampla extensão edificada que ia da Piedade a Todos os Santos.

Vistos assim do alto, os subúrbios têm a sua graça. As casas pequeninas, pintadas de azul, de branco, de oca, engastadas nas comas verde-negras das mangueiras, tendo de permeio, aqui e ali, um coqueiro ou uma palmeira, alta e soberba, fazem a vista boa e a falta de percepção do desenho das ruas põe no programa um sabor de confusão democrática, de solidariedade perfeita entre as gentes que as habitavam; e o trem minúsculo, rápido, atravessa tudo aquilo, dobrando à esquerda, inclinando-se para a direita, muito flexível nas suas grandes vértebras de carros, como uma cobra entre pedrouços. Era daquela janela que Ricardo espraiava as suas alegrias, as suas satisfações, os seus triunfos e também os seus sofrimentos e mágoas. Ainda agora estava ele lá, debruçado no peitoril, com a mão em concha no queixo, colhendo com a vista uma grande parte daquela bela, grande e original cidade, capital de um grande país, de que ele a modos que era e se sentia ser, a alma, consubstanciado os seus tênues sonhos e desejos em versos discutíveis, mas que a plangência do violão, se não lhes dava sentido, dava um quê de balbucio, de queixume dorido da pátria criança ainda, ainda na sua formação... Em que pensava ele? Não pensava só, sofria também. Aquele tal preto continuava na sua mania de querer fazer a modinha dizer alguma cousa, e tinha adeptos. Alguns já o citavam como rival dele, Ricardo; outros já afirmavam que o tal rapaz deixava longe o Coração dos Outros, e alguns mais – ingratos! – já esqueciam os trabalhos, o tenaz trabalhar de Ricardo Coração dos Outros em prol do levantamento da modinha e do violão, e nem nomeavam o abnegado obreiro.


                                                                                                        

(Triste Fim de Policarpo Quaresma, pp.160­-165)

A
estudei o elementar, o que me deixa meio apreensivo
B
Meia palavra, meio tom – índice de sua sensatez.
C
Estava naquela ocasião; acreditei, pois em sua meia promessa.
D
Passei muito inverno .
E
Este é o meio mais exato para você resolver o problema: estude .
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ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe

No trecho: Esta casa do Engenho Novo, conquanto reproduza a de Mata-cavalos, apenas me lembra aquela..., o termo em destaque pode ser substituído sem prejuízo semântico por:

Texto para a questão:

2189cbd9d441d2fdd0d1.png (207×276)

Leia:

    (...) Esta casa do Engenho Novo, conquanto reproduza a de Mata-cavalos, apenas me lembra aquela, e mais por efeito de comparação e de reflexão que de sentimento. Já disse isto mesmo.

    Hão de perguntar-me por que razão, tendo a própria casa velha, na mesma rua antiga, não impedi que a demolissem e vim reproduzi-la nesta. A pergunta devia ser feita a princípio, mas aqui vai a resposta. A razão é que, logo que minha mãe morreu, querendo ir para lá, fiz primeiro uma longa visita de inspeção por alguns dias, e toda a casa me desconheceu. No quintal a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lavadouro, nada sabia de mim. A casuarina era a mesma que eu deixara ao fundo, mas o tronco, em vez de reto, como outrora, tinha agora um ar de ponto de interrogação; naturalmente pasmava do intruso. (...)  

    Tudo me era estranho e adverso. Deixei que demolissem a casa, e, mais tarde, quando vim para o Engenho Novo, lembrou-me fazer esta reprodução por explicações que dei ao arquiteto, segundo contei em tempo.

(Machado de Assis, Dom Casmurro, Capítulo CXLIV)
A
porquanto (relação de causa).
B
entretanto (relação de oposição de ideias que se anulam).
C
embora (relação de oposição de ideias que coexistem).
D
uma vez que (relação de causa).
E
à medida que (relação de proporcionalidade)
857c5819-04
ESPM 2019 - Português - Pronomes Indefinidos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Uso da Vírgula, Morfologia - Pronomes

Considere o trecho: “No quintal a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lavadouro, nada sabia de mim” e assinale a afirmação incorreta:

Texto para a questão:

2189cbd9d441d2fdd0d1.png (207×276)

Leia:

    (...) Esta casa do Engenho Novo, conquanto reproduza a de Mata-cavalos, apenas me lembra aquela, e mais por efeito de comparação e de reflexão que de sentimento. Já disse isto mesmo.

    Hão de perguntar-me por que razão, tendo a própria casa velha, na mesma rua antiga, não impedi que a demolissem e vim reproduzi-la nesta. A pergunta devia ser feita a princípio, mas aqui vai a resposta. A razão é que, logo que minha mãe morreu, querendo ir para lá, fiz primeiro uma longa visita de inspeção por alguns dias, e toda a casa me desconheceu. No quintal a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lavadouro, nada sabia de mim. A casuarina era a mesma que eu deixara ao fundo, mas o tronco, em vez de reto, como outrora, tinha agora um ar de ponto de interrogação; naturalmente pasmava do intruso. (...)  

    Tudo me era estranho e adverso. Deixei que demolissem a casa, e, mais tarde, quando vim para o Engenho Novo, lembrou-me fazer esta reprodução por explicações que dei ao arquiteto, segundo contei em tempo.

(Machado de Assis, Dom Casmurro, Capítulo CXLIV)
A
O pronome indefinido “nada” funciona sintaticamente, na oração, como aposto resumidor
B
O segmento “a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lavadouro” exerce a função sintática de sujeito composto.
C
A flexão do verbo no singular (“sabia”) se deve ao fato de haver uma concordância ideológica, ou seja, uma silepse de número.
D
Trata-se de um caso especial de concordância, a qual não segue a regra geral que estabelece: “todo verbo deve concordar em número e pessoa com o núcleo do sujeito”.
E
Após o adjunto adverbial de lugar “No quintal”, poderia haver uma vírgula.
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ESPM 2019 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Segundo Celso Cunha, a partícula expletiva ou de realce não possui função sintática, serve para dar destaque ou ênfase e pode ser retirada da frase, sem prejuízo algum para o sentido.

Em todas as passagens abaixo, está presente essa partícula, exceto em uma. Assinale-a:

Textos para a questão:


    Os fenômenos da linguagem examinavam-se outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já era muito se a análise reconhecia como palavras expletivas ou de realce os termos sobejantes¹ unidos à oração ou nela encravados.

    Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos sem deixar-se pear² por antigos preconceitos, já não podemos levar essas expressões à conta da superfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo, o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no discurso eloquente e retórico e se usam a cada instante justamente no falar desataviado de todos os dias.

    Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pessoas desconhecidas, de condições diversas, e que nos ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a linguagem em atenção a essa pessoa que está diante de nós, para que fique sempre bem impressionada com as nossas palavras.

(Said Ali, Meios de Expressão e Alterações Semânticas, RJ)


¹sobejantes: demasiados, excessivos, de sobras.

²pear: prender.



A
O que não vão pensar quando souberem que o filho do ministro defendia os traficantes ?
B
Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada.
C
Sinha Terta é que tinha uma ponta de língua terrível.
D
Mas, homem de Deus, que diabo! pense um pouco! Você ali não pode construir nada!
E
Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei.
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ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Ortografia, Regência, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

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Observando o aviso acima, é possível constatar duas ocorrências linguísticas (uma ligada à transgressão gramatical e outra ligada à semântica). Essas ocorrências são respectivamente de:

A
concordância nominal e ambiguidade.
B
concordância verbal e ambiguidade.
C
flexão de gênero e polissemia.
D
ortografia e redundância.
E
regência verbal e léxico.
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UNIFOA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Pronomes pessoais retos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Em relação à coesão do TEXTO, não se pode afirmar que:

A indiferença com a violência nas favelas do Rio de Janeiro

O silêncio de autoridades e instituições revela o fatalismo de uma política de segurança pública falida

Marcelo Baumann Burgo

 

A rotina de tiroteios em diversas favelas do Rio de Janeiro tem por cenário um labirinto de casas recheadas de seres humanos, acuados e humilhados. O quadro ultrapassa as raias do absurdo, e nem os escritores do realismo mágico seriam capazes de imaginá-lo.

O que mais surpreende, contudo, é o silêncio condescendente das autoridades e instituições cujo papel deveria ser o de, antes de qualquer outra coisa, zelar pelas garantias mínimas do direito à vida e integridade física dos cidadãos.

            Mas ao que tudo indica, para os moradores das favelas cariocas, nem mesmo esse aspecto elementar do pacto hobbesiano tem sido preservado, o que sugere que, para eles, a lei é a da barbárie. Na favela da Rocinha, por exemplo, desde setembro de 2017, a cada três dias pelo menos uma pessoa – incluindo policiais - morreu nesses confrontos.

O primeiro e mais ensurdecedor silêncio é o do governador e das autoridades da segurança pública estaduais e federais. No máximo, se manifestam quando algum policial é morto no “campo de batalha”, para lamentar sua perda e reafirmar o “espírito de combate da tropa”.

Diante desse silêncio deliberado, ficam no ar várias perguntas: como explicar o sentido de uma política de segurança que tem como efeito real a tortura diária da população das favelas, que se vê obrigada a conviver com um fogo cruzado intenso e aleatório? Quem realmente responde por ela, e pelas mortes e sofrimento que ela provoca? Onde se pretende chegar com isso? Quais as suas razões “técnicas”, se é que não é uma ofensa às vítimas formular essa pergunta? SILÊNCIO...

Sob esse primeiro vácuo de respostas, há um segundo nível de silêncio, o das instituições que deveriam questionar as autoridades estaduais e federais. Cadê os poderes legislativos, que não criam um grupo suprapartidário de parlamentares para interpelar o governo? Neste caso, não vale alegar que estamos aguardando as próximas eleições para “fazer o debate”, pois o sofrimento é hoje, e a morte espreita diariamente a vida dessa população.

E o Ministério Público, que não organiza uma força-tarefa para, tempestivamente, proteger a ordem jurídica escandalosamente violada, com a agressão de todo tipo aos direitos fundamentais dos cidadãos? SILÊNCIO...

Sob essa segunda e espessa camada de silêncios, subsiste uma terceira igualmente decisiva, a da grande imprensa. Não que ela não faça a crônica diária dos tiroteios, mas em geral as faz descrevendo os fatos com aparente neutralidade, como se eles simplesmente fizessem parte da rotina, não dando sinais, portanto, de que reflete sobre o que significa informar, em uma mesma matéria, que três ou quatro pessoas morreram ou se feriram, e que a operação teve como saldo a apreensão de “um fuzil”, “dez trouxinhas de maconha”, e “alguns papelotes de cocaína”...

Cadê os editoriais cobrando respostas das autoridades? Cadê o trabalho que, em outras áreas da vida pública, por exemplo na questão da corrupção, a grande imprensa faz com tanto zelo para mobilizar a opinião pública? No caso da rotina de tiroteios nas favelas o que parece resultar do trabalho da grande imprensa é o oposto da mobilização, ou seja, um efeito de resignação diante da violência ordinária.

Restaria, ainda, a sociedade civil organizada. Cadê a OAB, CNBB, ABI, as universidades, associações de bairro, e tantas outras que se irmanaram na luta contra a ditadura? Para ser justo com elas, até esboçaram alguma reação, mas sem força para fazer diferença. Com isso, tudo se passa como se esse bangue-bangue diário e estúpido dissesse respeito apenas aos moradores das favelas. Será que devemos esperar que somente eles se mobilizem?

Como se vê, para além de quaisquer outras razões de ordem econômica e social, o que se passa com a (in)segurança nos territórios populares do Rio de Janeiro deve ser creditado, antes de mais nada, aos silêncios e omissões de diferentes autoridades e instituições. Tal postura não deixa de revelar o quadro de fatalismo e perplexidade a que chegamos e não por acaso! Pois não há mesmo muito a se fazer com o modelo atual de segurança pública.

Em face de uma trama social que se torna cada vez mais complexa, a verdade é que não há como insistir com respostas casuísticas, provisórias e crescentemente brutais, que sintomaticamente já não podem prescindir do apoio recorrente das Forças Armadas.

Mas se é assim, que ao menos se reconheça, com honestidade, a necessidade de enfrentarmos um amplo debate sobre a reforma estrutural das instituições de segurança pública, a começar pelas polícias civil e militar. A cada dia, sua incompatibilidade com o projeto de democracia se mostra mais explícita.

O sofrimento de quem convive diariamente sob a tortura da loteria dos tiroteios nos territórios populares não terá como ser reparado, mas ainda não é tarde demais para mobilizarmos energia para esse debate.

No caso do Rio de Janeiro, o mínimo aceitável seria exigir que as autoridades, de um lado, contribuíssem para precipitar esta discussão e, de outro, interrompessem imediatamente a escalada do descalabro que elas vêm chancelando, movidas sabe-se lá por que tipo de cálculo.

 

Adaptado a partir de: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-indiferenca-com-a-violencia-nasfavelas-do-rio-de-janeiro /. Acesso em 10 de maio de 2018.

A
no primeiro parágrafo, em "...seriam capazes de imaginá-lo", a partícula "lo" faz referência ao termo "O quadro...".
B
no quarto parágrafo, em "...se manifestam quando algum policial é morto", a partícula "se" faz referência à sequência "governador e das autoridades da segurança pública estaduais e federais".
C
no sexto parágrafo, em "...pois o sofrimento é hoje...", a partícula "pois" introduz uma ideia de contrariedade ao conteúdo apresentado anteriormente na sentença.
D
no oitavo parágrafo, em "...como se eles simplesmente fizessem parte da rotina...", o vocábulo "eles" faz referência ao termo "tiroteios".
E
no décimo quinto parágrafo, os conectivos "de um lado" e "de outro" funcionam no intuito de organizar o plano textual, abrindo uma série e acentuando a sua continuidade.
b05f1fe4-02
UEA 2018, UEA 2018 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

“Mas essa realidade atual, por mais evidente que seja para nós, não deveria nos levar à crença enganosa de que terá sido sempre assim” (1º parágrafo)


No contexto em que se encontra, a locução sublinhada indica uma

Considere o texto de Rodrigo Duarte para responder à questão.


Um dos aspectos mais óbvios de nossa realidade – amplamente difundido em todo o mundo contemporâneo – é a divisão do tempo de cada um numa parte dedicada ao trabalho e noutra dedicada ao lazer. Mas essa realidade atual, por mais evidente que seja para nós, não deveria nos levar à crença enganosa de que terá sido sempre assim: a divisão entre tempo de trabalho e tempo livre – inexistente na Idade Média e no período que a sucedeu imediatamente – se consolidou apenas com o amadurecimento do modo de produção capitalista, isto é, após a chamada Revolução Industrial, que eliminou o trabalho produtivo realizado nas próprias casas dos trabalhadores (quase sempre com o auxílio de suas famílias), limitando as atividades à grande indústria: um estabelecimento exclusivamente dedicado à produção por meio de maquinário pesado, concentrando massas de operários em turnos de trabalhos previamente estabelecidos.

Na Idade Média, por um lado, a aristocracia, mesmo não tendo necessidade de se dedicar a qualquer trabalho produtivo, reservava para si atividades que, não obstante seu caráter socialmente obrigatório, eram também consideradas prazerosas. Os bailes e jantares, as festas e os concertos, as caçadas e a frequência às óperas eram parte integrante da vida cortesã e nobre.

Por outro lado, o horizonte vital das classes servis – e possivelmente também da burguesia em sua fase inicial – era dado pelo trabalho de sol a sol, com pouquíssimo tempo que extrapolasse a produção material. Esse exíguo período antes do sono preparador para a próxima jornada de trabalho, embora não deva ser entendido como tempo de lazer no sentido moderno do termo, provavelmente constituía o momento coletivo de se cantar e narrar, tempo que servia, ao mesmo tempo, como pretexto e elemento aglutinador para a comida e a bebida em comum. 


(Indústria cultural: uma introdução, 2010.)

A
explicação.
B
condição.
C

causa.

D
consequência.
E
concessão.
b0424820-02
UEA 2018, UEA 2018 - Português - Regência, Sintaxe

Em “a melhor forma de saber o que significa é ir direto ao assunto”, o termo sublinhado é um verbo 

Considere o poema de Chacal para responder à questão.


Beijo beijos


qual o sentido da palavra beijo?

ato de tocar com os lábios em alguém

ou alguma coisa, fazendo leve sucção; ósculo?

ou aquele que o cauã reymond deu na mariana

ximenes na novela?

ou aquele que você deu no daniel que só você sentiu?

que é diferente do que eu dei na dolores que nunca

vou esquecer.

já a gabi, sempre que sai de casa, dá em sua mãe

um beijo automático

parecido com os dois beijos de cumprimento que eu

dou numa garota

se estiver no rio, um em são paulo ou três em minas

gerais.

diferente ainda do beijo de despedida apaixonado que

você deu no julinho

quando ele foi para a austrália

diferente do derradeiro beijo no leito de morte que o

luís deu na laís, sua avó

ou do beijo da traição de judas ou do beijo que a

princesa deu no sapo.

diante de tantos sentidos diferentes da palavra beijo,

a melhor forma de saber o que significa é ir direto ao

assunto:

língua pra que te quero!

(Murundum, 2012.)

A
de ligação.
B
transitivo direto e indireto.
C
transitivo direto, apenas.
D
intransitivo.
E
transitivo indireto, apenas.
cb45b5a9-02
MACKENZIE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa INCORRETA sobre o texto.

Texto para a questão



A
A forma verbal simular (linha 07) evidencia o posicionamento argumentativo que sustenta não ser possível linguagem artificial sem a participação do elemento humano.
B
O fragmento mesmo que o homem conseguisse (linha 01) apresenta marcas linguísticas que reforçam o argumento central de que a linguagem artificial depende da linguagem humana.
C
O fragmento e não as ferragens (linha 06) reforça a ideia defendida no texto de que a linguagem artificial depende do cérebro e da mente humanos.
D
A expressão no entanto (linha 20) introduz posicionamento argumentativo contrário ao que se vinha afirmando em todo o texto.
E
A palavra todos (linha 21) contribui para reforçar a tese principal defendida ao longo do texto a respeito da dependência da linguagem artificial em relação ao trabalho intelectual humano.
6b22e7d0-01
MACKENZIE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Artigos, Pronomes relativos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa correta

Texto para a questão.


A
É opcional o uso de vírgula antes do pronome relativo que na linha 03.
B
A expressão por exemplo (linha 05) deve obrigatoriamente vir separada por vírgulas.
C
Os artigos definidos masculinos nas linhas 07 e 08 apresentam como função refererir-se anaforicamente ao termo participantes, anteriormente utilizado.
D
A concordância em só podem ser (linha 09) apresenta outra possibilidade de realização como “só podem serem”, de acordo com as regras da norma culta.
E
As expressões na verdade (linha 08) e no entanto (linha 12) são sinônimas, pois denotam o mesmo sentido no contexto em que são empregadas no texto.
81ffb4de-ff
FIMCA 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Pronomes relativos, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Na organização das ideias do texto, pode-se afirmar que está correto o que se afirma em:

O que é prevenção de suicídio, afinal?

   Dia mundial de prevenção de suicídio, 10 de setembro. De um tempo para cá todo ano voltamos ao tema. Mas ainda estamos encontrando o tom.
   Após uma vida inteira ignorando o assunto os meios de comunicação resolveram finalmente abordá-lo. Mas, presos aos modelos de campanhas de conscientização habituais focaram-se nos números, taxas de crescimento, histórias individuais, entrevistas com pessoas afetadas pela questão. Tudo muito importante para que a sociedade fique mais esclarecida sobre o panorama local, nacional e até mundial sobre o suicídio. Mas inócuo para prevenção de fato.
  O que é prevenção, afinal? A prevenção em saúde se dá em três níveis:
   Prevenção primária: estratégias para evitar o adoecimento, retirando fatores de risco.
  Prevenção secundária: detecção precoce de pessoas acometidas por um problema, se possível antes de ele se manifestar.
  Prevenção terciária: intervenções para evitar sequelas depois que o problema acontece.
   De trás para frente, quando se fala em suicídio, não é possível fazer prevenção terciária, a não ser tratar das feridas emocionais de quem ficou (na chamada pósvenção).
  E o que seria a prevenção secundária nesses casos? Evitar que pessoas já com intenções ou planos suicidas cometam o ato. Tal situação normalmente se dá quando existe um transtorno mental que agrava uma situação de crise – por estar doente ela não vê outra saída que não a morte. É preciso então dissuadi-las disso, mostrando que o ser humano consegue superar qualquer coisa se tiver ajuda suficiente e se suas emoções não estiverem adoecidas. Não adianta apresentar números, contar histórias tristes. Ninguém nessa situação vai pensar “Puxa, quanta gente já se matou, né? Melhor eu não fazer isso”. Ao contrário, tais dados podem até normalizar para elas esse comportamento. Faremos prevenção se ensinarmos todo mundo a detectar sintomas de depressão, a diferenciar uso e dependência de substâncias; se combatermos o preconceito com psiquiatria, psicologia, estimulando em quem precisa a busca de ajuda e apresentando caminhos para atendimento em crises (como o CVV – fone 188). Se a sociedade inteira compreender que essas são formas eficazes de se buscar saídas para situações aparentemente insolúveis e insuportáveis, poderemos prevenir alguns casos.
  Evidentemente o ideal é que a gente não chegue a ponto de considerar seriamente o suicídio. Como já vimos que isso normalmente ocorre quando crises parecem insuportáveis e insolúveis em função do adoecimento emocional, esse último deveria ser o alvo da prevenção primária. É ingênuo achar ser possível prevenir crises. Mas evitar o adoecimento é um alvo a ser perseguido com afinco. Atividade física regular, sono de qualidade, alimentação saudável, desenvolvimento de vínculos afetivos, criação de uma rede de suporte, tudo isso – de preferência ao mesmo tempo – oferece boa proteção ao adoecimento ou ao agravamento dos transtornos mentais. Falar disso – que aparentemente nada tem a ver com o suicídio – talvez seja uma das formas mais importantes de prevenir novos casos.
    Ah, e apesar de óbvio, vale a pena lembrar: não adianta voltarmos a esses temas apenas ano que vem, ok?
  Já percebeu como diante das mesmas situações – mesmo as dramáticas – tem gente que desmorona, outros sofrem por um tempo mas seguem em frente, e ainda há quem não se abale? Isso mostra que boa parte do problema diante de eventos negativos não está neles, mas em nós – como nossa história, nossos pensamentos, pressupostos e crenças interferem na forma com que lidamos com as adversidades. Em O poder da resiliência (Sextante, 2019) o psicólogo Rick Hanson se uniu ao consultor Forrest Hanson para mostrar, baseado em pesquisas científicas e exemplos práticos, como resiliência vai além da capacidade de absorver os golpes e ficar em pé (o que já é bastante). Ela também coopera para termos mais qualidade de vida e um bem-estar efetivo. Habilidades que vêm muito a calhar tanto para prevenção primária como para secundária e pósvenção.

(Daniel Martins de Barros, 10/09/2019. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de-barros/o-que-eprevencao-de-suicidio-afinal/.)
A
O elemento destacado em “É preciso então dissuadi-las disso” (8º§) retoma “pessoas”.
B
O pronome demonstrativo destacado em isso normalmente ocorre” (9º§) indica a omissão das ideias anteriores.
C
Em “um transtorno mental que agrava uma situação de crise” (8º§)o pronome “que” tem a função de complemento verbal.
D
No trecho “estimulando em quem precisa” (8º§) o termo destacado evita a repetição inadequada de “todo mundo”.
E
A expressão destacada em “poderemos prevenir alguns casos (8º§) retoma os casos específicos de suicídio citados anteriormente no texto.
82043543-ff
FIMCA 2019 - Português - Regência, Colocação Pronominal, Análise sintática, Preposições, Pronomes pessoais oblíquos, Sintaxe, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Considerando o trecho destacado “Após uma vida inteira ignorando o assunto os meios de comunicação resolveram finalmente abordá-lo.”, (2º§) pode-se afirmar que:

O que é prevenção de suicídio, afinal?

   Dia mundial de prevenção de suicídio, 10 de setembro. De um tempo para cá todo ano voltamos ao tema. Mas ainda estamos encontrando o tom.
   Após uma vida inteira ignorando o assunto os meios de comunicação resolveram finalmente abordá-lo. Mas, presos aos modelos de campanhas de conscientização habituais focaram-se nos números, taxas de crescimento, histórias individuais, entrevistas com pessoas afetadas pela questão. Tudo muito importante para que a sociedade fique mais esclarecida sobre o panorama local, nacional e até mundial sobre o suicídio. Mas inócuo para prevenção de fato.
  O que é prevenção, afinal? A prevenção em saúde se dá em três níveis:
   Prevenção primária: estratégias para evitar o adoecimento, retirando fatores de risco.
  Prevenção secundária: detecção precoce de pessoas acometidas por um problema, se possível antes de ele se manifestar.
  Prevenção terciária: intervenções para evitar sequelas depois que o problema acontece.
   De trás para frente, quando se fala em suicídio, não é possível fazer prevenção terciária, a não ser tratar das feridas emocionais de quem ficou (na chamada pósvenção).
  E o que seria a prevenção secundária nesses casos? Evitar que pessoas já com intenções ou planos suicidas cometam o ato. Tal situação normalmente se dá quando existe um transtorno mental que agrava uma situação de crise – por estar doente ela não vê outra saída que não a morte. É preciso então dissuadi-las disso, mostrando que o ser humano consegue superar qualquer coisa se tiver ajuda suficiente e se suas emoções não estiverem adoecidas. Não adianta apresentar números, contar histórias tristes. Ninguém nessa situação vai pensar “Puxa, quanta gente já se matou, né? Melhor eu não fazer isso”. Ao contrário, tais dados podem até normalizar para elas esse comportamento. Faremos prevenção se ensinarmos todo mundo a detectar sintomas de depressão, a diferenciar uso e dependência de substâncias; se combatermos o preconceito com psiquiatria, psicologia, estimulando em quem precisa a busca de ajuda e apresentando caminhos para atendimento em crises (como o CVV – fone 188). Se a sociedade inteira compreender que essas são formas eficazes de se buscar saídas para situações aparentemente insolúveis e insuportáveis, poderemos prevenir alguns casos.
  Evidentemente o ideal é que a gente não chegue a ponto de considerar seriamente o suicídio. Como já vimos que isso normalmente ocorre quando crises parecem insuportáveis e insolúveis em função do adoecimento emocional, esse último deveria ser o alvo da prevenção primária. É ingênuo achar ser possível prevenir crises. Mas evitar o adoecimento é um alvo a ser perseguido com afinco. Atividade física regular, sono de qualidade, alimentação saudável, desenvolvimento de vínculos afetivos, criação de uma rede de suporte, tudo isso – de preferência ao mesmo tempo – oferece boa proteção ao adoecimento ou ao agravamento dos transtornos mentais. Falar disso – que aparentemente nada tem a ver com o suicídio – talvez seja uma das formas mais importantes de prevenir novos casos.
    Ah, e apesar de óbvio, vale a pena lembrar: não adianta voltarmos a esses temas apenas ano que vem, ok?
  Já percebeu como diante das mesmas situações – mesmo as dramáticas – tem gente que desmorona, outros sofrem por um tempo mas seguem em frente, e ainda há quem não se abale? Isso mostra que boa parte do problema diante de eventos negativos não está neles, mas em nós – como nossa história, nossos pensamentos, pressupostos e crenças interferem na forma com que lidamos com as adversidades. Em O poder da resiliência (Sextante, 2019) o psicólogo Rick Hanson se uniu ao consultor Forrest Hanson para mostrar, baseado em pesquisas científicas e exemplos práticos, como resiliência vai além da capacidade de absorver os golpes e ficar em pé (o que já é bastante). Ela também coopera para termos mais qualidade de vida e um bem-estar efetivo. Habilidades que vêm muito a calhar tanto para prevenção primária como para secundária e pósvenção.

(Daniel Martins de Barros, 10/09/2019. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de-barros/o-que-eprevencao-de-suicidio-afinal/.)
A
O complemento verbal de “abordar” poderia ser substituído por seu equivalente “lhe”.
B
Os termos “ignorando” e “abordar” apresentam como complemento verbal termos que equivalem ao mesmo referente.
C
Para que o enunciado fosse mais sucinto, a expressão “ignorando o assunto” deveria ser substituída por “ignorando-lhe“.
D
De acordo com as normas da língua formal, é facultativo o emprego da preposição “a” diante de “o assunto” sendo “ao assunto”.
E
Caso o complemento verbal de “abordar” fosse alterado para “pauta”, o emprego da preposição antecedendo-o seria uma obrigatoriedade.
2af76e2c-f8
UFRGS 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Advérbios, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Locução Verbal, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia

Assinale a alternativa correta, acerca de palavras do texto.

Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.  

Adaptado de: VERISSIMO. Erico, Caminhos
Cruzados. 26. ed. Porto Alegre/Rio de Janeiro:
Editora Globo, 1982. p. 57-58.
A
A palavra culminante (l1. 01) é formada por derivação sufixal a partir do substantivo culmo.
B
A forma verbal olhar (1. 03) está empregada como verbo principal, em sua forma infinitiva, na locução verbal viaja o olhar(I. 02-03).
C
As palavras bergamotelras (1. OS) e laranjeiras (1. 06) são formadas por processo de derivação prefixai e sufixal a partir de substantivos.
D
O adjetivo alta (1. 10) poderia ser substituído pelo advérbio alto, sem que se incorresse em erro gramatical.
E
Os advérbios levemente (1. 12), misteriosamente (1. 49) e interiormente (1. 53) são formados por derivação sufixal a partir de adjetivos.
2b0171dc-f8
UFRGS 2019 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Se a expressão duma criança (l. 26-27) fosse substituída por de crianças, quantas outras palavras, no segmento que vai da linha 25 à linha 30, deveriam sofrer alterações para fins de concordância?

Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.  

Adaptado de: VERISSIMO. Erico, Caminhos
Cruzados. 26. ed. Porto Alegre/Rio de Janeiro:
Editora Globo, 1982. p. 57-58.
A
Uma.
B
Duas.
C
Três.
D
Quatro.
E
Cinco.
2ae8928f-f8
UFRGS 2019 - Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Sintaxe

Assinale a alternativa em que um pronome está desempenhando a função sintática de objeto direto.

Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.  

Adaptado de DUMONT, Santos. O que eu vi, o que
nós veremos. Rio de Janeiro: Hedra, 2016 ..
Organização de Marcos Villares.
A
eu (1. 08).
B
me (1. 20).
C
lhe (1. 20).
D
me (1. 39).
E
eu (1. 42).