Cada pessoa/ que chegava/ se impressionava com o nacionalismo exagerado, /embora não o compreendesse.

Há no fragmento acima, três orações, assim distribuídas: 1. Cada pessoa se impressionava com o nacionalismo exagerado; 2. Que chegava; 3. Embora não o compreendesse. A segunda oração é:

Tema central: Análise sintática de orações subordinadas (sintaxe das orações)

Para resolver a questão, o ponto-chave é identificar a função da oração “que chegava” dentro da estrutura.

A frase “Cada pessoa que chegava se impressionava com o nacionalismo exagerado” pode ser dividida assim:

• Oração principal: “Cada pessoa se impressionava com o nacionalismo exagerado”
• Oração subordinada: “que chegava”

“Que chegava” inicia-se pelo pronome relativo “que”, retomando o substantivo “pessoa”. Segundo a Norma Padrão (Bechara; Cunha & Cintra), orações subordinadas adjetivas exercem papel semelhante ao de um adjetivo, caracterizando o termo anterior:

— “Toda pessoa que chegava” = toda pessoa chegadora (quem chega).

Justificativa da alternativa correta – D) Adjetiva:

“Que chegava” qualifica e restringe o sujeito “pessoa”, funcionando, portanto, como oração subordinada adjetiva restritiva (não separada por vírgulas).

Análise das alternativas incorretas:

A) Substantiva subjetiva: Só ocorre quando a subordinada exerce função de sujeito da principal, o que não acontece aqui.
B) Substantiva objetiva direta: Seria objeto direto de um verbo, o que não é o caso neste contexto.
C) Adverbial causal: Não exprime causa (uma explicação do porquê de outra ação); “que chegava” expressa qualificação, não motivo.
E) Adverbial final: Não indica finalidade; não podemos entender “para que chegava” ou algo semelhante.

Dica de prova: O uso do pronome relativo (ex: “que”) retomando um substantivo é indício fortíssimo de oração subordinada adjetiva! Fuja da pegadinha de achar que toda oração iniciada por “que” é substantiva!

Em resumo, a alternativa correta é D) Adjetiva, pois a oração “que chegava” qualifica e restringe o sentido do termo “pessoa”. Isso está fundamentado nos principais manuais de gramática da língua portuguesa, como Bechara e Cunha & Cintra.

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