Questõessobre Regência

1
1
Foram encontradas 179 questões
198c8398-fa
UECE 2018 - Português - Regência, Sintaxe

Em função de uma linguagem mais simples e coloquial, a crônica, muitas vezes, pode “desrespeitar” a norma gramatical própria do uso culto da escrita formal da língua, o que pode ser observado no texto de Martha Medeiros na seguinte passagem:


A
“Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco” (linhas 01-02), em que, gramaticalmente, o verbo “ser”, indicando tempo, não varia em número para concordar com “quatro da manhã”.
B
“Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda” (linhas 35-37), em que o verbo “anteceder” exige um complemento com preposição.
C
“A música que você mais gosta tocando no rádio do carro” (linhas 57-58), em que a regência do verbo “gostar” não é obedecida.
D
“O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado” (linhas 49-50), em que a expressão “a chegada’ deveria vir com o acento indicativo de crase, já que o verbo “aguardar” exige complemento com a preposição “a”, bem como o artigo que acompanha o substantivo é do gênero feminino.
9bab8726-dd
UNIFESP 2017 - Português - Regência, Sintaxe

Em “Um a um tombavam os soldados da guarnição estoica.” (4o parágrafo), o termo destacado é um

Os sertões, de Euclides da Cunha (1866-1909), em que se narram eventos referentes a uma das expedições militares enviadas pelo governo federal para combater Antônio Conselheiro e seus seguidores sediados em Canudos.
   
      Oitocentos homens desapareciam em fuga, abandonando as espingardas; arriando as padiolas, em que se estorciam feridos; jogando fora as peças de equipamento; desarmando- -se; desapertando os cinturões, para a carreira desafogada; e correndo, correndo ao acaso, correndo em grupos, em bandos erradios, correndo pelas estradas e pelas trilhas que as recortam, correndo para o recesso das caatingas, tontos, apavorados, sem chefes...
   Entre os fardos atirados à beira do caminho ficara, logo ao desencadear-se o pânico – tristíssimo pormenor! – o cadáver do comandante. Não o defenderam. Não houve um breve simulacro de repulsa contra o inimigo, que não viam e adivinhavam no estrídulo dos gritos desafiadores e nos estampidos de um tiroteio irregular e escasso, como o de uma caçada. Aos primeiros tiros os batalhões diluíram-se.
      Apenas a artilharia, na extrema retaguarda, seguia vagarosa e unida, solene quase, na marcha habitual de uma revista, em que parava de quando em quando para varrer a disparos as macegas traiçoeiras; e prosseguindo depois, lentamente, rodando, inabordável, terrível...
       [...]
        Um a um tombavam os soldados da guarnição estoica. 
Feridos ou espantados os muares da tração empacavam; torciam de rumo; impossibilitavam a marcha.
      A bateria afinal parou. Os canhões, emperrados, imobilizaram-se numa volta do caminho...
     O coronel Tamarindo, que volvera à retaguarda, agitando-se destemeroso e infatigável entre os fugitivos, penitenciando-se heroicamente, na hora da catástrofe, da tibieza anterior, ao deparar com aquele quadro estupendo, procurou debalde socorrer os únicos soldados que tinham ido a Canudos. Neste pressuposto ordenou toques repetidos de “meia-volta, alto!”. As notas das cornetas, convulsivas, emitidas pelos corneteiros sem fôlego, vibraram inutilmente. Ou melhor – aceleraram a fuga. Naquela desordem só havia uma determinação possível: “debandar!”.
    Debalde alguns oficiais, indignados, engatilhavam revólveres ao peito dos foragidos. Não havia contê-los. Passavam; corriam; corriam doudamente; corriam dos oficiais; corriam dos jagunços; e ao verem aqueles, que eram de preferência alvejados pelos últimos, caírem malferidos, não se comoviam. O capitão Vilarim batera-se valentemente quase só e ao baquear, morto, não encontrou entre os que comandava um braço que o sustivesse. Os próprios feridos e enfermos estropiados lá se iam, cambeteando, arrastando-se penosamente, imprecando os companheiros mais ágeis...
    As notas das cornetas vibravam em cima desse tumulto, imperceptíveis, inúteis...
    Por fim cessaram. Não tinham a quem chamar. A infantaria desaparecera...

(Os sertões, 2016.)
A
verbo transitivo direto e indireto.
B
verbo intransitivo.
C
verbo transitivo indireto.
D
verbo de ligação.
E
verbo transitivo direto.
d60ce501-cc
IFN-MG 2018 - Português - Regência, Sintaxe

Marque a opção em que houve o uso INADEQUADO da regência verbal, conforme a exigência da língua padrão proposta na maioria das gramáticas.


A
“As iniciativas da sociedade brasileira têm sido incipientes como prática preventiva para proteger a água.” (Linha 8).
B
“Continuam desguarnecidos os elementos vitais para a manutenção dos ciclos naturais, como a proteção das florestas para a transposição continental da umidade”. (Linhas 9-10).
C
“Espera-se que o controle da água, por grandes empresas globais, torne-se uma das principais fontes de conflito neste século.” (Linhas 49-50).
D
“Gerir bens comuns não é adequado ao perfil de empresas que visam ao lucro.” (Linha 53).
5b401fb6-cc
UFRGS 2018 - Português - Regência, Sintaxe

Se a forma verbal almejava fosse substituída por aspirava em Aquela, sim, era a morte que eu almejava (l. 40-41), qual das alternativas abaixo estaria gramaticalmente correta?


A
Aquela, sim, era a morte a que eu aspirava.
B
Aquela, sim, era a morte para a qual eu aspirava.
C
Aquela, sim, era a morte que eu aspirava.
D
Aquela, sim, era a morte de que eu aspirava.
E
Aquela, sim, era a morte com a qual eu aspirava.
3b3d7279-9b
FGV 2017 - Português - Interpretação de Textos, Ortografia, Regência, Coesão e coerência, Sintaxe

Considere a correção proposta para o sublinhado nos seguintes trechos do texto:


I “em uma seção de análise”: em uma sessão de análise.

II “eu e toda a humanidade”: eu e toda humanidade.

III “para expressar minha esperança que você também tenha esse prazer”: para expressar minha esperança de que você também tenha esse prazer.


Está de acordo com a norma culta o que se propõe em

                              Quando você significa eu


      Outro dia, deitado no divã em uma seção de análise, descrevi meus sentimentos. “Quando sobe a raiva, você perde a capacidade de ser generoso.” Antes de terminar a frase, eu me dei conta de que tinha usado “você”, apesar de estar descrevendo um comportamento meu. Instintivamente repeti a frase. “Quando sobe a raiva, eu perco a capacidade de ser generoso.”

      Não me senti bem. Não era o que eu queria expressar. O que seria esse estranho “você” que havia usado falando de mim, e seguramente não me referindo a ele, meu analista, que era o único na sala? Como você sabe, o “você” normal é usado como nessa frase, para se referir ao interlocutor. Descobri que esse estranho “você” é o chamado “você” genérico e pode significar muitas coisas, entre elas “eu e toda a humanidade”. O que eu queria dizer era o seguinte: “Quando sobe a raiva, eu e toda a humanidade perdemos a capacidade de sermos generosos.” Ao usar o “você” genérico estava tentando me eximir um pouco da culpa.

      Imagine qual não foi minha surpresa ao me deparar com um estudo que investiga exatamente em que condições as pessoas usam esse “você” genérico. O prazer é grande quando você (o prazer é meu, mas estou usando o “você “genérico para expressar minha esperança que você também tenha esse prazer) lê sobre algo que já observou.

                              Fernando Reinach, O Estado de S. Paulo, 08/04/2017.  

A
I e em III, apenas.
B
I, apenas.
C
III, apenas.
D
I, em II e em III.
E
II, apenas.
323f252d-58
UNESP 2018 - Português - Regência, Sintaxe

Em “Quase nada, no século XVII, escapava à astúcia dos que adulteravam alimentos” (1° parágrafo), o termo sublinhado é um verbo

Leia o trecho do livro Em casa, de Bill Bryson, para responder à questão.


      Quase nada, no século XVII, escapava à astúcia dos que adulteravam alimentos. O açúcar e outros ingredientes caros muitas vezes eram aumentados com gesso, areia e poeira. A manteiga tinha o volume aumentado com sebo e banha. Quem tomasse chá, segundo autoridades da época, poderia ingerir, sem querer, uma série de coisas, desde serragem até esterco de carneiro pulverizado. Um carregamento inspecionado, relata Judith Flanders, demonstrou conter apenas a metade de chá; o resto era composto de areia e sujeira. Acrescentava-se ácido sulfúrico ao vinagre para dar mais acidez; giz ao leite; terebintina1 ao gim. O arsenito de cobre era usado para tornar os vegetais mais verdes, ou para fazer a geleia brilhar. O cromato de chumbo dava um brilho dourado aos pães e também à mostarda. O acetato de chumbo era adicionado às bebidas como adoçante, e o chumbo avermelhado deixava o queijo Gloucester, se não mais seguro para comer, mais belo para olhar.

      Não havia praticamente nenhum gênero que não pudesse ser melhorado ou tornado mais econômico para o varejista por meio de um pouquinho de manipulação e engodo. Até as cerejas, como relata Tobias Smollett, ganhavam novo brilho depois de roladas, delicadamente, na boca do vendedor antes de serem colocadas em exposição. Quantas damas inocentes, perguntava ele, tinham saboreado um prato de deliciosas cerejas que haviam sido “umedecidas e roladas entre os maxilares imundos e, talvez, ulcerados de um mascate de Saint Giles”?

      O pão era particularmente atingido. Em seu romance de 1771, The expedition of Humphry Clinker, Smollett definiu o pão de Londres como um composto tóxico de “giz, alume2 e cinzas de ossos, insípido ao paladar e destrutivo para a constituição”; mas acusações assim já eram comuns na época. A primeira acusação formal já encontrada sobre a adulteração generalizada do pão está em um livro chamado Poison detected: or frightful truths, escrito anonimamente em 1757, que revelou segundo “uma autoridade altamente confiável” que “sacos de ossos velhos são usados por alguns padeiros, não infrequentemente”, e que “os ossuários dos mortos são revolvidos para adicionar imundícies ao alimento dos vivos”.

                                                                    (Em casa, 2011. Adaptado.)


1 terebintina: resina extraída de uma planta e usada na fabricação de vernizes, diluição de tintas etc.

2 alume: designação dos sulfatos duplos de alumínio e metais alcalinos, com propriedades adstringentes, usado na fabricação de corantes, papel, porcelana, na purificação de água, na clarificação de açúcar etc.

A
transitivo direto.
B
intransitivo.
C
de ligação.
D
transitivo indireto.
E
transitivo direto e indireto.
aafd69ee-6d
UFT 2010 - Português - Interpretação de Textos, Regência, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe

Avalie as assertivas abaixo e assinale a alternativa INCORRETA:

A
Em 'A audiência terminou em confusão‘ e 'Você precisa perseverar nos seus propósitos‘, os verbos terminar e perseverar são regidos pela preposição em.
B
Em 'Isto é para mim‘ e 'Isto é para mim fazer‘, a preposição para rege o pronome mim, estando, portanto, de acordo com a norma padrão da língua.
C
O verbo formar-se, quando se refere a graduar-se, é reflexivo, resultando em orações como: 'Paulo formou-se em Medicina muito cedo‘.
D
Em 'Pedi para ele um favor‘, a regência do verbo pedir, seguido da preposição para, pede objeto direto (um favor) e indireto (ele).
E
Em 'Prejudicial à saúde‘, temos que a preposição a rege o adjetivo prejudicial, gerando a crase com o artigo a, que precede saúde.
1da938c4-58
UFAC 2010 - Português - Regência, Sintaxe

Assinale a alternativa correta segundo o padrão culto da língua portuguesa, quanto à regência verbal:

A
Os brasileiros desobedecem o código de trânsito.
B
Crianças corriam e pulavam-se no jardim.
C
Ontem assisti a um ótimo filme.
D
Os impostos devem ser pagos a Prefeitura.
E
Os vencedores se confraternizaram com os organizadores do evento.
333baae1-1b
UNESP 2017 - Português - Regência, Sintaxe

“Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse.” (4° parágrafo)


Na oração em que está inserido, o termo destacado é um verbo que pede

Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis (1839-1908), para responder à questão.


      A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.

      O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.

      Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.

      Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse.

      Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.

                                                                         (Contos: uma antologia, 1998.)

A
apenas objeto direto, representado pelo vocábulo “lho”.
B
objeto direto e objeto indireto, ambos representados pelo vocábulo “lho”
C
objeto direto, representado pelo vocábulo “dinheiro”, e objeto indireto, representado pelo vocábulo “lho”.
D
apenas objeto indireto, representado pelo vocábulo “quem”.
E
objeto direto, representado pelo vocábulo “dinheiro”, e objeto indireto, representado pelo vocábulo “quem”.
cf382e3b-be
UFPR 2017 - Português - Uso dos conectivos, Regência, Sintaxe

O parágrafo a seguir dá continuidade ao texto de Joice Beth.


O mito da democracia racial foi amplamente propagado, __________ sempre, nas telenovelas, negros e brancos conviviam de forma pacífica, __________ alicerçou na mentalidade do sujeito negro uma aceitação inexistente da negritude, __________ essa convivência era claramente hierarquizada, estabelecendo sem nenhum constrangimento quem era “superior” – e mandava – e quem era “inferior” – e, __________, obedecia.


Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas, na ordem em que aparecem no texto.

                                   TV a Serviço da Tecnologia e do Racismo


      Os meios de comunicação, todos eles, têm sido braço direito e esquerdo da propagação das tecnologias da estrutura racista. Isso é uma verdade que se pode confirmar com absoluta facilidade em todos os veículos de comunicação disponíveis, em especial a televisão.

      O poderoso e influente jornalista Assis Chateaubriand foi o responsável pela primeira transmissão televisiva no Brasil, em 18 de setembro de 1950, pela TV Tupi, em São Paulo. No ano seguinte, seria a vez de o Rio de Janeiro ser contemplado com essa novíssima ferramenta, viabilizada por recursos importados dos Estados Unidos. O Brasil, então, passou a ser o quarto país do mundo a operar esse tipo de veículo, ficando atrás apenas da Inglaterra, França e dos próprios Estados Unidos. O país seguia pouco mais de meio século de pós-abolição. Uma pós-abolição que ora tentava se livrar das sobras humanas, cuja exploração explícita já não era mais permitida pela lei, ora se valia da fragilidade dessas sobras vivas para prosseguir com os acúmulos de riqueza construída à custa da exploração histórica e não reparada. [...]


                                             (Joice Beth, Le Monde Diplomatique Brasil, junho/2017, p. 38. Adaptado.)

A
visto que – o que – pois – portanto.
B
onde – desse modo – mas – no entanto.
C
mesmo que – por isso – de modo que – por isso.
D
que – a qual – entretanto – por conseguinte.
E
pois – contudo – sendo que – assim.
79a3fa5f-e1
FATEC 2010 - Português - Regência, Sintaxe

É indispensável, qualquer que seja o fim a que se destine a couve-flor, prepará-la, antes, da seguinte forma (...)

O emprego da palavra "A" no trecho – ... qualquer que seja o fim a que se destine a couve-flor... – justifica-se da seguinte forma:

                            Modo de aferventar a couve-flor

É indispensável, qualquer que seja o fim a que se destine a couve-flor, prepará-la, antes, da seguinte forma: depois de tirar suas folhas, lave-a, deixando por algum tempo num molho de água e vinagre, para largar qualquer bichinho que possa ter. Lave a couve-flor outra vez, antes de ir para a caçarola, a fim de sair bem o gosto do vinagre. Ela pode ser aferventada inteira ou em pedaços. Se for em pedaços, faz-se da seguinte maneira: corta-se a couve-flor em diversos ramos e põe-se numa caçarola com água salgada a ferver em quantidade tal que os pedaços fiquem completamente cobertos de água para não escurecerem.

A
classifica-se como parte da locução conjuntiva a que.
B
funciona como uma preposição regida pelo verbo destinar-se.
C
trata-se de um artigo feminino que acompanha a palavra que.
D
é empregada com um valor redundante, daí ser uma partícula expletiva.
E
atua como um pronome pessoal oblíquo que substitui a palavra couve-flor.
76abc6a1-ad
FGV 2015 - Português - Regência, Crase, Sintaxe

De acordo com a norma-padrão, assinale a alternativa correta quanto à regência e ao uso ou não do acento indicativo da crase.

 
    Na virada do século, chegou o euro. Na prática, era como se o marco alemão mudasse de nome para “euro" e passasse a suprir o resto do continente (a maior parte dele, pelo menos). Parecia bom para todas as partes. Os governos dos países menos pibados passariam a receber os impostos dos seus cidadãos em euros, uma moeda garantida pelo PIB alemão. Impostos servem para pagar as dívidas dos governos – além da lagosta dos governantes. E agora os contribuintes pagavam em euros. Resultado: o mercado passou a emprestar para os países bagunçados da Europa a juros baixíssimos.

      Aí choveu euro na periferia da Europa. A economia ali cresceu como nunca, mas os governantes gastaram como sempre. Além disso, não perceberam que seus países eram pequenos demais para suportar o peso de uma moeda forte.

      Com os PIBs dos europobres caindo, a arrecadação deles diminuiu. Menos arrecadação, mais problemas para pagar dívidas. Aí tome mais dinheiro emprestado para ir rolando a pendura, só que agora a juros menos fofos.

(Superinteressante, agosto de 2015. Adaptado)


A
Coube à moeda alemã à garantia que o euro chegasse com segurança a países europeus.
B
Coube a moeda alemã à garantia de que o euro chegasse com segurança nos países europeus.
C
Coube à moeda alemã a garantia de que o euro chegasse com segurança aos países europeus.
D
Coube à moeda alemã a garantia que o euro chegasse com segurança à países europeus.
E
Coube a moeda alemã a garantia que o euro chegasse com segurança nos países europeus.
e7a8d547-94
UNESP 2011 - Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Regência, Análise sintática, Sintaxe, Orações subordinadas substantivas: Subjetivas, Objetivas diretas, Objetivas indiretas...

Nós criamos produtos; fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos anúncios. Nós controlamos a mensagem.


Nas orações que compõem os dois períodos transcritos, os termos destacados exercem a função de

                   O fim do marketing
A empresa vende ao consumidor
— com a web não é mais assim


Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do
marketing — produto, praça, preço e promoção — não funcionam
mais. O paradigma era simples e unidirecional: as
empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos;
fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos
anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma
todas essas atividades.
(...)
Os produtos agora são customizados em massa, envolvem
serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos
consumidores. Por meio de comunidades online, os consumidores
hoje participam do desenvolvimento do produto. Produtos
estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas
concepções industriais na definição e marketing de produtos.
(...)

Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado,
os preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais
desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à
medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas
que lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os consumidores
vão oferecer vários preços por um produto, dependendo
de condições específicas. Compradores e vendedores
trocam mais informações e o preço se torna fluido. Os mercados,
e não as empresas, decidem sobre os preços de produtos
e serviços.
(...)
A empresa moderna compete em dois mundos: um físico
(a praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação
(o espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não
devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso,
mas sim de uma grande comunidade online e com o capital
de relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta.
Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida
no espaço mercadológico. Uma nova fronteira de comércio é a
marketface — a interface entre o marketplace e o marketspace.
(...)
Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram
“mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho
único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder.
As comunidades online perturbam drasticamente esse modelo.
Os consumidores com frequência têm acesso a informações
sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles
que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem
o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas
por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião
pública” online.
   Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.
(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo,Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)

A
sujeito.
B
objeto direto.
C
objeto indireto.
D
predicativo do sujeito.
E
predicativo do objeto.
8322a1d8-97
FGV 2015, FGV 2015 - Português - Regência, Sintaxe

Levando-se em conta a norma-padrão escrita da língua portuguesa, das frases abaixo, a única correta do ponto de vista da regência verbal é:

A
A cidade tem características que a rendem, ao mesmo tempo, críticas e elogios.
B
Para você evitar o estresse, é imprescindível seguir o estilo de vida que mais o interesse.
C
É importante prezar não só a ordem mas também a liberdade.
D
Sua distração acarretou em grandes prejuízos para todo o grupo.
E
Alguém precisa se responsabilizar sobre a abertura do prédio na hora combinada.
3bca5761-8d
UNESP 2011 - Português - Interpretação de Textos, Regência, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto

E é na adolescência, como vimos, que a linguagem adquire essa qualidade de instrumento para compreender e agir sobre o mundo real.

Neste período do texto, considerando que o verbo compreender não pede a preposição sobre, como ocorre com agir, a construção ficaria sintaticamente mais adequada com a substituição da sequência “para compreender e agir sobre o mundo real” por:

Instrução: A questão toma por base uma passagem da Proposta Curricular do Estado de São Paulo (2008).

                               Prioridade para a competência da leitura e da escrita

      A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo. O ser humano constitui-se assim um ser de linguagem e disso decorre todo o restante, tudo o que transformou a humanidade naquilo que é. Ao associar palavras e sinais, criando a escrita, o homem construiu um instrumental que ampliou exponencialmente sua capacidade de comunicar-se, incluindo pessoas que estão longe no tempo e no espaço.

      Representar, comunicar e expressar são atividades de construção de significado relacionadas a vivências que se incorporam ao repertório de saberes de cada indivíduo. Os sentidos são construídos na relação entre a linguagem e o universo natural e cultural em que nos situamos. E é na adolescência, como vimos, que a linguagem adquire essa qualidade de instrumento para compreender e agir sobre o mundo real.

      A ampliação das capacidades de representação, comunicação e expressão está articulada ao domínio não apenas da língua mas de todas as outras linguagens e, principalmente, ao repertório cultural de cada indivíduo e de seu grupo social, que a elas dá sentido. A escola é o espaço em que ocorre a transmissão, entre as gerações, do ativo cultural da humanidade, seja artístico e literário, histórico e social, seja científico e tecnológico. Em cada uma dessas áreas, as linguagens são essenciais.

      As linguagens são sistemas simbólicos, com os quais recortamos e representamos o que está em nosso exterior, em nosso interior e na relação entre esses âmbitos; é com eles também que nos comunicamos com os nossos iguais e expressamos nossa articulação com o mundo.

      Em nossa sociedade, as linguagens e os códigos se multiplicam: os meios de comunicação estão repletos de gráficos, esquemas, diagramas, infográficos, fotografias e desenhos. O design diferencia produtos equivalentes quanto ao desempenho ou à qualidade. A publicidade circunda nossas vidas, exigindo permanentes tomadas de decisão e fazendo uso de linguagens sedutoras e até enigmáticas. Códigos sonoros e visuais estabelecem a comunicação nos diferentes espaços. As ciências construíram suas próprias linguagens, plenas de símbolos e códigos. A produção de bens e serviços foi em grande parte automatizada e cabe a nós programar as máquinas, utilizando linguagens específicas. As manifestações artísticas e de entretenimento utilizam, cada vez mais, diversas linguagens que se articulam.

      Para acompanhar tal contexto, a competência de leitura e de escrita vai além da linguagem verbal, vernácula – ainda que esta tenha papel fundamental – e refere-se a sistemas simbólicos como os citados, pois essas múltiplas linguagens estão presentes no mundo contemporâneo, na vida cultural e política, bem como nas designações e nos conceitos científicos e tecnológicos usados atualmente.

                                                (Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa / Coord.

                                                                          Maria Inês Fini. São Paulo: SEE, 2008. p. 16. Adaptado.)

A
para compreender o mundo real e agir sobre este.
B
para compreender e agir o mundo real.
C
para compreender sobre o mundo real e agir.
D
para compreender o mundo real e agi-lo.
E
para compreender o mundo real e agir-lhe.
5b743485-3c
FGV 2014 - Português - Funções morfossintáticas da palavra COMO, Regência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional...

Sem que haja alteração de sentido do texto, assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.

    Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com a fita verde- amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar. E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão, achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.

– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.

– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?

– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.

(José Lins do Rego, Fogo Morto)

A
Quando o Capitão Vitorino chegou na sua casa, Mestre José Amaro foi cumprimentar-lhe.
B
Mestre José Amaro lembrou-se que tinha desfeito a imagem de Vitorino como um bobo.
C
A forma solícita como Vitorino tratou a filha vinha de encontro à imagem dele como pobre bobo.
D
Vitorino não se simpatizava de Quinca Napoleão e lhe desaprovava o que fizera a D. Inês.
E
Vitorino não era amigo de Quinca Napoleão, pensava de que ele vivia de roubar o povo.
21307ca2-29
UFBA 2013 - Português - Pronomes relativos, Regência, Preposições, Sintaxe, Morfologia, Morfologia - Pronomes

"Todas estas palavras da baronesa lisonjeavam o sobrinho, em cujos  lábios pairava agora um sorriso de íntima satisfação. De quando em quando não ouvia ele nada do que lhe dizia a tia; seus ouvidos voltavam-se para dentro; ele escutava-se a si próprio." (ASSIS, 2013, p. 31).


O uso da preposição diante do pronome relativo está de acordo com a regência do verbo, visto que o que se pode constatar na frase de Machado de Assis é que o em foi usado por causa do verbo pairar, que rege o seu complemento de forma indireta, precisando do auxílio da preposição.

Esse tipo de explicação e a respectiva exemplificação, fazem parte do corpo teórico da gramática tradicional, cuja premissa básica, historicamente construída, é “a arte de falar e escrever corretamente"


C
Certo
E
Errado
71070770-06
UniCEUB 2014 - Português - Regência, Sintaxe

Leia as frases abaixo e assinale a alternativa incorreta em relação à regência verbal.

A
Sua atitude inconveniente implicará demissão.
B
Os jovens aspiram ao sucesso profissional.
C
Nós nos lembramos de todos os fatos.
D
Somos cinco lá em casa.
E
Ele chegou tarde no trabalho.
71fa4528-06
UniCEUB 2014 - Português - Regência, Sintaxe

Leia as frases abaixo e assinale a alternativa incorreta em relação à regência nominal.

A
Ele ainda não está apto ao trabalho.
B
Marina era propensa para o magistério.
C
Seu vizinho foi considerado suspeito em assaltar a padaria.
D
Elas são incapazes de perdoar.
E
Esses alunos possuem tendência para as artes.
e942b416-08
UniCEUB 2014 - Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Regência, Sintaxe

Classifique a função sintática das três palavras em destaque e assinale a alternativa correta.

Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho.

Texto para responder a questão

                          Felicidade clandestina

        Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
       Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do
Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia" e “saudade".
      Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas,
de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que  ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros
que ela não lia.
      Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
      Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
      (...)

                                                                                                                                                  Clarice Lispector
                                                                                                 O Primeiro Beijo - São Paulo, Ed. Ática, 1996.
A
verbo de ligação / verbo transitivo direto / objeto direto
B
verbo intransitivo / verbo transitivo direto / objeto indireto
C
verbo transitivo indireto / verbo intransitivo / adjunto adnominal
D
verbo de ligação / verbo de ligação / sujeito simples
E
verbo de ligação / verbo transitivo indireto / objeto indireto