Questõessobre Pronomes pessoais oblíquos

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66f0c0cd-d8
FAMEMA 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais retos, Crase, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Transpondo-se a forma de tratamento para “você”, os versos “Embarca, pobre de ti, / que há já muito que te espero!” e “Pois digo-te que não quero!” assumem, de acordo com a norma-padrão, as seguintes redações:

A
“Embarque, pobre de você, / que há já muito que lhe espero!” e “Pois digo-lhe que não quero!”
B
“Embarque, pobre de você, / que há já muito que o espero!” e “Pois digo-lhe que não quero!”
C
“Embarque, pobre de você, / que há já muito que o espero!” e “Pois digo-o que não quero!”
D
“Embarque, pobre de você, / que há já muito que lhe espero!” e “Pois digo à você que não quero!”
E
“Embarque, pobre de você, / que há já muito que espero você!” e “Pois digo-o que não quero!”
8dfaa24b-d5
CESMAC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

A coesão entre segmentos do texto acontece graças a recursos que criam sua continuidade semântica. A esse propósito, analise os comentários em relação ao seguinte trecho: “É assim desde o Brasil Colônia, quando o país não dispunha de um modelo de atenção à saúde e nem mesmo do interesse em criálo, por parte do governo colonizador.”


1) Os termos em destaque têm sua compreensão dependente de informações dadas em segmentos anteriores do texto.
2) Em: “o país não dispunha de um modelo de atenção à saúde e nem mesmo do interesse em criá-lo”, o pronome ‘lo’ retoma a referência a ‘pais’.
3) Há uma continuidade semântica entre os termos ‘Brasil Colônia’ e ‘governo colonizador’.
4) O trecho em análise ilustra o princípio de que a arrumação sintática das palavras é fundamental à sua interpretação semântica.


Estão corretas:

TEXTO 1


A realidade da saúde no Brasil.


(1) A crise da saúde no Brasil vem de longa data e continua presente. Frequentemente, nos deparamos com notícias de filas de pacientes nos hospitais públicos, além da falta de leitos, equipamentos etc. E, no meio da crise, está a população que precisa de atendimento, e estão os médicos que, quase sempre, atuam em condições precárias.
(2) Independente do jogo de empurra-empurra, há escassez de recursos financeiros, materiais e humanos, para manter os serviços de saúde operando com eficiência. Problemas, como atraso no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde, baixos valores pagos pelo SUS aos procedimentos médico-hospitalares consolidam o entrave no setor. O mundo econômico da saúde é cruel. Segundo estatísticas oficiais, são gastos R$ 31 bilhões para cuidar de 35 milhões de segurados, enquanto todo o SUS, para suprir o direito à saúde de mais de 145 milhões de brasileiros, gasta quase a mesma quantia. Por essas razões, nos encontramos no 124º lugar no ranking da OMS em qualidade de saúde.
(3) É difícil para qualquer especialista apontar apenas um motivo para tal crise. Mesmo com a evolução do contexto político-social pelo qual o Brasil passou, pouco mudou. Na realidade, em 500 anos de Brasil, independentemente do regime vigente, a saúde nunca ocupou lugar de destaque. Só se olhou atentamente para o setor quando certas epidemias representaram eminentes ameaças à sociedade.
(4) É assim desde o Brasil Colônia, quando o país não dispunha de um modelo de atenção à saúde e nem mesmo do interesse em criá-lo, por parte do governo colonizador. As noções empíricas (a cargo dos curandeiros) eram a opção. Com a vinda da família real ao Brasil, se fez necessária a organização de uma estrutura sanitária mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava no Rio de Janeiro. A carência de médicos no Brasil Colônia e no Brasil Império era enorme. Para se ter uma ideia, no Rio, em 1789, só existiam quatro médicos exercendo a profissão. Em outros estados, eram mesmo inexistentes, o que fez com que proliferassem pelo país os Boticários, a quem cabia a manipulação das fórmulas prescritas pelos médicos.
(5) Veio a República, e o Brasil continuou o mesmo. No início do século passado, a cidade do Rio apresentava um quadro sanitário caótico, com doenças graves que acometiam a população, como varíola, malária e febre amarela. Isso gerou sérias consequências tanto para a saúde coletiva quanto para o comércio exterior, já que navios estrangeiros evitavam atracar no porto do Rio. Poderíamos escrever muito mais sobre o tema e chegaríamos à mesma conclusão: em pleno século XXI, no Brasil, pouco se evoluiu em política de saúde.
(6) Dados do Conselho Federal de Medicina revelam que a má distribuição de médicos no país ainda persiste. São 65,9% deles atuando nas regiões Sul e Sudeste, onde se concentra apenas cerca de 25% da população.
(7) É a saúde continuando um sistema embrionário e contraditório, pois nos destacamos mundialmente por nossas pesquisas pioneiras, no combate a Aids, por exemplo, mas não conseguimos dar atendimento básico à maioria do povo.
Disponível em: https://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/1466/a-realidadesaude-brasil.
A
1, 2 e 4, apenas.
B
1, 2 e 3, apenas.
C
3 e 4, apenas.
D
1, 3 e 4, apenas.
E
1, 2, 3 e 4.
7c68aa00-e3
UEM 2013, UEM 2013, UEM 2013 - Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Pronomes pessoais oblíquos, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

De acordo com o texto, é correto afirmar que

“a”, em “seríamos capazes de desencadear uma dinâmica rumo a uma sociedade autônoma” (linhas 46-48), é um pronome pessoal oblíquo e desempenha a função de objeto direto.

TEXTO
A economia precisa parar de crescer

Serge Latouche


(Texto Adaptado. Revista Galileu. São Paulo: Globo, jun. 2013, p. 82.)

Vocabulário:
Desmesura
(linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
C
Certo
E
Errado
36db37da-e6
UFMT 2008 - Português - Adjetivos, Artigos, Pronomes relativos, Substantivos, Pronomes pessoais oblíquos, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Tome o trecho: O vício que lhe dá origem é a gutembergomania, uma dependência patológica na palavra impressa. Assinale a alternativa que NÃO apresenta relação correta entre a palavra do trecho e sua classificação morfológica.

Fobias

        Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos), acrofobia (medo de altura), collorfobia (medo do que ele vai nos aprontar agora) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até treiskaidekafobia (medo do número treze), mas o pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a gutembergomania, uma dependência patológica na palavra impressa. Na falta dela, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham “Frio” e “Quente” escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri a lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
        Alguns hotéis brasileiros imitam os americanos e deixam uma Bíblia no quarto, e ela tem sido a minha salvação, embora não no modo pretendido. Nada como um best-seller numa hora dessas. A Bíblia tem tudo para acompanhar uma insônia: enredo fantástico, grandes personagens, romance, o sexo em todas as suas formas, ação, paixão, violência – e uma mensagem positiva. Recomendo “Gênesis” pelo ímpeto narrativo, “O cântico dos cânticos” pela poesia e “Isaías” e “João” pela força dramática, mesmo que seja difícil dormir depois do Apocalipse.
        Mas, e quando não tem nem a Bíblia? Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
        - Desculpe, cavalheiro, mas o hotel não fornece companhia feminina...
        - Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
        - Infelizmente, não tenho nenhuma revista.
        - Não é possível! O que você faz durante a noite?
        - Tricô.
        Uma esperança!
        - Com manual?
        - Não. Danação.
        - Você não tem nada para ler?
        - Bem ... Tem uma carta da mamãe.
        - Manda!

(VERÍSSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2001.)
A
uma → artigo
B
que → pronome relativo
C
lhe → pronome pessoal
D
patológica → substantivo
E
impressa → adjetivo
2f57d480-e5
UFCG 2009, UFCG 2009 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

As três estrofes, a seguir, constituem um excerto do poema Crianças Negras, de Cruz e Sousa:

As pequeninas, tristes criaturas
ei-las, caminham por desertos vagos,
sob o aguilhão de todas as torturas,
na sede atroz de todos os afagos.

Vai, coração! Na imensa cordilheira
da Dor, florindo como um loiro fruto,
partindo toda a horrível gargalheira
da chorosa falange cor do luto.

As crianças negras, vermes da matéria,
colhidas do suplício à estranha rede,
arranca-as do presídio da miséria
e com teu sangue mata-lhes a sede!

Sobre o uso de pronomes e seu funcionamento sintático, nessas estrofes, é CORRETO afirmar:

A
O pronome “las” (1ª estrofe) aponta, cataforicamente, para o substantivo “torturas”.
B
Os pronomes “las” (1ª estrofe) e “lhes” (3ª estrofe) remetem, anaforicamente, a “torturas” e “vermes da matéria”.
C
O pronome “lhes” (3ª estrofe) funciona, de acordo com o sentido, como adjunto adnominal de “sede”.
D
Os pronomes “as” e “lhes” (3ª estrofe) substituem, igualmente, o grupo nominal “as crianças negras”.
E
O pronome “las” (1ª estrofe) funciona como dêitico porque aponta para uma referência extratextual.
80b374b2-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Em relação aos recursos lingüísticos e textuais, assinale a afirmativa correta.

 Leia a tira abaixo e responda à questão.



A
No primeiro quadrinho, o pronome isso retoma Todo mundo busca a felicidade!
B
Em Eu não!, a elipse serve para evitar a repetição de parte da frase anterior.
C
A palavra Haroldo, no último quadrinho, tem a função de aposto.
D
O pronome lhe, no último quadrinho, na linguagem padrão deveria ser substituído pelo pronome o.
E
Na única fala de Haroldo, a palavra que, nas três ocorrências, é conjunção integrante.
de54ba7e-e1
UCPEL 2007 - Português - Pronomes pessoais oblíquos, Morfologia - Pronomes

Em "No alvo seio a embebeu" (v.91), a classe gramatical do termo sublinhado é



LOBO DA COSTA, Francisco. Auras do sul. Rio Grande: Pinto & Cia, 1914.


A
artigo definido.
B
pronome indefinido.
C
preposição.
D
pronome pessoal oblíquo.
E
nenhuma das respostas anteriores.
b7bb461c-e0
UEPB 2011, UEPB 2011 - Português - Colocação Pronominal, Pronomes pessoais oblíquos, Sintaxe, Termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto, Morfologia - Pronomes

Em “- É, sua fisionomia não me é estranha. [...]” (linha 4), é correto afirmar que:


I - A ocorrência da próclise é similar à frequência de uso em textos informais falados e escritos.

II - O uso da próclise se deve à exigência de um atrator que justifica essa ocorrência.

III - O pronome oblíquo exerce no contexto uma função sintática completiva verbal.

IV - O atributo “estranha” exerce função de predicativo em relação ao objeto indireto.


Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).

A
III apenas
B
I, II e III
C
II apenas
D
II e IV
E
IV apenas
129aabd3-dd
UEM 2011, UEM 2011 - Português - Pronomes pessoais oblíquos, Morfologia - Pronomes

O pronome “te”, em “Não! Te demitir”, pode ser substituído pelo pronome oblíquo “lhe”, sem prejuízo para a norma padrão.

Charge

Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma da charge.
C
Certo
E
Errado
13d629f1-de
FGV 2014, FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Substantivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Pronomes pessoais oblíquos, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Considere as seguintes afirmações sobre diferentes elementos do texto:


I O verbo “rimarei”, empregado duas vezes no início do texto, pode ser entendido em seu sentido literal nas duas ocorrências.

II No verso “nem deslizar de lancha entre camélias” (2ª. estrofe), a palavra “deslizar” deve ser lida como substantivo e não como verbo.

III O pronome que ocorre na frase “se ainda as há” (3ª. estrofe), embora esteja no plural, relaciona-se, quanto ao sentido, com uma palavra no singular.


Está correto apenas o que se afirma em

Texto para a questão


Consideração do poema



Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo.

A
I.
B
II.
C
III.
D
I e II,
E
II e III.
67c1cd47-dd
MACKENZIE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Análise sintática, Tipologia Textual, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa INCORRETA.

Texto para a questão


Vera Teixeira de Aguiar, O verbal e o não verbal

A
Se precisamos estar em constante contato com os outros (linha 01) exprime a finalidade do fato contido na oração que lhe segue imediatamente.
B
A partícula las em pô-las (linha 05) refere-se anaforicamente a regras de comunicação.
C
A expressão a que (linha 10) pode ser substituída por “ao qual”, sem que haja alteração dos sentidos originais do texto.
D
O advérbio aliás (linha 09) denota, no texto, noção de retificação.
E
Verbais ou não verbais (linha 21) é expressão que caracteriza os sinais criados pelo homem, mencionados posteriormente no texto.
33cc9746-dc
UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais oblíquos, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

No texto,


A
o termo “o” nas expressões “o tomam da essa, e o levantam, e o descem” (linha 5), retoma a palavra “cadáver” (linha 2).
B
a ausência de conjunção, marcadamente no primeiro período, não compromete o seu conteúdo semântico.
C
os verbos empregados no texto sugerem que a cena descrita caracteriza-se pela ausência de ações por parte dos envolvidos no evento do velório.
D
o uso da linguagem informal por parte do autor é adequado à cena apresentada, pois ressalta a solenidade característica do ritual fúnebre.
73c845d7-d8
FAGOC 2019 - Português - Colocação Pronominal, Pronomes pessoais oblíquos, Morfologia - Pronomes

Não há doença que passe perto dele e não se detenha, para convencê-lo em iniludíveis sintomas de que está com os dias contados.” (5º §) Em relação ao trecho destacado, é correto afirmar que

Obrigado, Doutor

    Quando lhe disse que um vago conhecido nosso tinha morrido, vítima de tumor no cérebro, levou as mãos à cabeça:
     — Minha Santa Efigênia! Espantei-me que o atingisse a morte de alguém tão distante de nossa convivência, mas logo ele fez sentir a causa da sua perturbação:
     — É o que eu tenho, não há dúvida nenhuma: esta dor de cabeça que não passa! Estou para morrer.
    Conheço-o desde menino, e sempre esteve para morrer. Não há doença que passe perto dele e não se detenha, para convencê-lo em iniludíveis sintomas de que está com os dias contados. Empresta dimensões de síndromes terríveis à mais ligeira manifestação de azia ou acidez estomacal:
    — Até parece que andei comendo fogo. Estou com pirofagia crônica. Esta cólica é que é o diabo, se eu fosse mulher ainda estava explicado. Histeria gástrica. Úlcera péptica, no duro.
    Certa ocasião, durante um mês seguido, tomou injeções diárias de penicilina, por sua conta e risco. A chamada dose cavalar.
    — Não adiantou nada — queixa-se ele: — Para mim o médico que me operou esqueceu alguma coisa dentro de minha barriga.
     Foi operado de apendicite quando ainda criança e até hoje se vangloria:
    — Menino, você precisava de ver o meu apêndice: parecia uma salsicha alemã. No que dependesse dele, já teria passado por todas as operações jamais registradas nos anais da cirurgia: “Só mesmo entrando na faca para ver o que há comigo”. Os médicos lhe asseguram que não há nada, ele sai maldizendo a medicina: “Não descobrem o que eu tenho, são uns charlatas, quem entende de mim sou eu”. O radiologista, seu amigo particular, já lhe proibiu a entrada no consultório: tirou-lhe radiografia até dos dedos do pé. E ele sempre se apalpando e fazendo caretas: “Meu fígado hoje está que nem uma esponja, encharcada de bílis. Minha vesícula está dura como um lápis, põe só a mão aqui”.
     — É lápis mesmo, aí no seu bolso.
    — Do lado de cá, sua besta. Não adianta, ninguém me leva a sério.
    Vive lendo bulas de remédio: “Este é dos bons” — e seus olhos se iluminam: “justamente o que eu preciso. Dá licença de tomar um, para experimentar?” Quando visita alguém e lhe oferecem alguma coisa para tomar, aceita logo um comprimido. Passa todas as noites na farmácia: “Alguma novidade da Squibb?”
    Acabou num psicanalista: “Doutor, para ser sincero eu nem sei por onde começar — dizem que eu estou doido? O que eu estou é podre”. Desistiu logo: “Minha alma não tem segredos para ninguém arrancar. Estou com vontade é de arrancar todos os dentes”.
    E cada vez mais forte, corado, gordo e saudável. “Saudável, eu?” — reage, como a um insulto: “Minha Santa Efigênia! Passei a noite que só você vendo: foi aquele bife que comi ontem, não posso comer gordura nenhuma, tem de ser tudo na água e sal”. No restaurante, é o espantalho dos garçons: “Me traga um filé aberto e batido, bem passado na chapa em três gotas de azeite português, lave bem a faca que não posso nem sentir o cheiro de alho, e duas batatinhas cozidas até começarem a desmanchar, só com uma pitadinha de sal, modesta porém sincera”.
     De vez em quando um amigo procura agradá-lo: “Você está pálido, o que é que há?” Ele sorri, satisfeito: “Menino, chega aqui que eu vou lhe contar, você é o único que me compreende”. E começa a enumerar suas mazelas — doenças de toda espécie, da mais requintada patogenia, que conhece na ponta da língua. Da última vez enumerou cento e três. E por falar em língua, vive a mostrá-la como um troféu: “Olha como está grossa, saburrosa. Estou com uma caverna no pulmão, não tem dúvida: essa tosse, essa excitação toda, uma febre capaz de arrebentar o termômetro. Meu pulmão deve estar esburacado como um queijo suíço. Tuberculoso em último grau”. E cospe de lado: “Se um mosquito pousar nesse cuspe, morre envenenado”.
    Ultimamente os amigos deram para conspirar, sentenciosos: o que ele precisa é casar. Arranjar uma mulherzinha dedicada, que cuidasse dele. “Casar, eu?” — e se abre numa gargalhada: “Vocês querem acabar de liquidar comigo?”. Mas sua aversão ao casamento não pode ser tão forte assim, pois consta que de uns dias para cá está de namoro sério com uma jovem, recém-diplomada na Escola de Enfermagem Ana Néri.

(SABINO, Fernando. O homem nu. 43ª ed. Rio de Janeiro: Distribuidora Record de Serviços SA, 2005.)
A
o complemento verbal de “convencer” poderia ser substituído por “lhe” já que tal uso é facultativo.
B
a ênclise em “e não se detenha” seria possível mantendo-se a correção de acordo com a norma culta
C
a ocorrência de próclise em “e não se detenha” está corretamente empregada devido à presença de palavra atrativa.
D
a forma verbal “está” poderia ser substituída por “estão” tendo em vista a intenção do enunciador em destacar “os dias contados”.
982a55f2-d7
FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Os pronomes oblíquos assumem, geralmente, a função de complementos verbais. Em “projeta-o” (2ª estrofe) e “Demore-a” (4ª estrofe), os pronomes oblíquos referem-se, respectivamente, aos termos

Leia o poema “A última nau”, da obra Mensagem, de Fernando Pessoa, para responder à questão.

Levando a bordo El-Rei D. Sebastião,
E erguendo, como um nome, alto o pendão
Do Império,
Foi-se a última nau, ao sol aziago1
Erma2 , e entre choros de ânsia e de pressago3
Mistério.

Não voltou mais. A que ilha indescoberta
Aportou? Voltará da sorte incerta
Que teve?
Deus guarda o corpo e a forma do futuro,
Mas Sua luz projeta-o, sonho escuro
E breve.

Ah, quanto mais ao povo a alma falta,
Mais a minha alma atlântica se exalta
E entorna,
E em mim, num mar que não tem tempo ou spaço,
Vejo entre a cerração teu vulto baço
Que torna.

Não sei a hora, mas sei que há a hora,
Demore-a Deus, chame-lhe a alma embora
Mistério.
Surges ao sol em mim, e a névoa finda:
A mesma, e trazes o pendão ainda
Do Império.

(Obra poética, 1987.)
1aziago: funesto.
2erma: solitária.
3pressago: presságio.
A
“Deus” e “alma”.
B
“sol” e “nau”.
C
“corpo” e “hora”.
D
“Mistério” e “cerração”.
E
“Império” e “névoa”.
365fddc6-b7
UEPB 2010 - Português - Colocação Pronominal, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

Em “- É, sua fisionomia não me é estranha. [...]” (linha 4), é correto afirmar que:

I - A ocorrência da próclise é similar à frequência de uso em textos informais falados e escritos.
II - O uso da próclise se deve à exigência de um atrator que justifica essa ocorrência.
III - O pronome oblíquo exerce no contexto uma função sintática completiva verbal.
IV - O atributo “estranha” exerce função de predicativo em relação ao objeto indireto.

Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).

Leia o texto 04 e responda à questão.

Ziraldo. Anedotinhas do Bichinho da maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1988, p. 23-24.

A
III apenas
B
I, II e III
C
II apenas
D
II e IV
E
IV apenas
093452c9-c8
UFSC 2011 - Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Pronomes pessoais oblíquos, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

Considere o texto 5 para contextualizar as proposições abaixo e assinale a CORRETA.


Por uma escolha estilística da autora, a palavra “Beirute” aparece três vezes seguidas (linha 6). As duas últimas ocorrências poderiam ser substituídas pelo pronome oblíquo aquando a perdi, esqueci-a – porque em ambos os casos “Beirute” funciona como objeto direto.

C
Certo
E
Errado
0902c878-c8
UFSC 2011 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Quanto aos fatos gramaticais, marque a proposição CORRETA relativamente aos textos 3 e 4.


Em “estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos” (texto 3, linhas 12-13), a forma “sê-lo” é uma combinação do verbo ser com o pronome oblíquo átono “o”, o qual se refere a “amantes”.



C
Certo
E
Errado
a4900ad2-b5
UFJF 2018 - Português - Interpretação de Textos, Regência, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

Releia o trecho:


“Ela passava a mão em mim, me convidava para sair e queria ir para minha casa. Um dia até mordeu as minhas costas”, conta Barroso, que, no ano passado, enfrentou, durante dois meses, as cantadas de sua chefe na empresa de telefonia celular na qual trabalhava, em Brasília. “As pessoas riam de mim o tempo todo”, lembra. Ao se sentir rejeitada, a mulher, por volta dos 50 anos, passou a persegui-lo. Chegou a criar situações para que ele fosse demitido, como lhe atribuir faltas, mesmo diante de um atestado médico.


Sobre a construção “como lhe atribuir faltas”, pode-se afirmar que:

TEXTO 2:

O assédio sexual feminino


O empresário Márcio André Barbosa Barroso, 37 anos, o estagiário R., 27, o jornalista L., 44, e o assistente financeiro P., 35, não se conhecem, mas, caso se encontrassem, teriam experiências semelhantes para compartilhar. Eles tiveram de abandonar seus empregos por causa de uma violência sutil e silenciosa que afeta mais as mulheres, mas que resulta na mesma dor moral quando a vítima é um homem. Assediados sexualmente por suas chefes, foram perseguidos, humilhados e se tornaram alvo de chacota após recusarem as investidas delas. Barroso largou tudo e foi viajar pela Europa. R. desistiu do estágio. L. deixou o cargo e voltou para sua cidade natal. E P. abandonou o trabalho, mesmo sem ter outro emprego em vista. Histórias de homens que foram coagidos e humilhados por rejeitarem suas chefes e tiveram de deixar seus empregos por causa disso. 

“Ela passava a mão em mim, me convidava para sair e queria ir para minha casa. Um dia até mordeu as minhas costas”, conta Barroso, que, no ano passado, enfrentou, durante dois meses, as cantadas de sua chefe na empresa de telefonia celular na qual trabalhava, em Brasília. “As pessoas riam de mim o tempo todo”, lembra. Ao se sentir rejeitada, a mulher, por volta dos 50 anos, passou a persegui-lo. Chegou a criar situações para que ele fosse demitido, como lhe atribuir faltas, mesmo diante de um atestado médico. As consultas eram justamente para se tratar da síndrome do pânico que desenvolveu devido à opressão que sofria. 

Barroso tentou denunciá-la, mas foi em vão. “Achavam que eu estava mentindo, que era um absurdo uma mulher assediar um homem.” Sem saber a quem recorrer, ele procurou a Justiça. O assédio sexual é crime no Brasil desde 2001. Apesar de as mulheres terem hoje mais liberdade sexual e ocuparem mais cargos de chefia, os casos de assédio delas contra eles ainda são considerados raros. Estima-se que eles sejam vítimas em apenas um de cada 100 casos. Ainda assim, dificilmente essas histórias se transformam em ações ou chegam aos consultórios. 

(Texto adaptado. Disponível em:<https://istoe.com.br/103744_O+ ASSEDIO+ SEXUAL+ FEMININO/> . Acesso em: 31 jul. 2018.) 

A
está correta, pois o pronome lhe se refere a Barroso, e o verbo atribuir foi empregado como transitivo indireto.
B
está incorreta, pois o pronome lhe se refere a sua chefe, e o verbo atribuir foi empregado como bitransitivo.
C
está correta, pois o pronome lhe se refere a Barroso, e o verbo atribuir foi empregado como bitransitivo.
D
está incorreta, pois o pronome lhe se refere a Barroso, e o verbo atribuir foi empregado como intransitivo.
E
está correta, pois o pronome lhe se refere a sua chefe, e o verbo atribuir foi empregado como transitivo direto.
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IFF 2016 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

“Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.”
Sobre o trecho transcrito, NÃO é correto afirmar:

TEXTO 1

MEIRELES, C.Romanceiro da Inconfidência. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p.182. 



TEXTO 2


Disponível em:< http://filosofiavo2.blogspot.com.br/2011/04/argumento-falacias.html>
Acesso em: 07 out 2016. 



TEXTO 3
Fuja da falácia no texto argumentativo

(Mayra Gabriella de Rezende Pavan)
Em um texto argumentativo, é importante tomar cuidado com a falácia, ou seja, argumentos falsos, ilógicos, raciocínios infundados, pois prejudicam a argumentação. 
Falar que o ovo é “fruto” do coelho é um argumento falso (falácia). Entretanto, apesar de ilógico, na
Páscoa, todos o aguardam

       Todo texto argumentativo busca convencer. Para alcançar esse objetivo, os argumentos tornam-se imprescindíveis. Há várias estratégias argumentativas, as citações, exemplos, argumento, contra-argumento, entre outras.
       Todos os argumentos são válidos? Posso usar qualquer exemplo para embasar meu texto? Ao argumentar, buscam-se razões que embasem uma conclusão, por isso é preciso tomar cuidado com as falácias.
       Falácia é um substantivo, derivado de um adjetivo latino fallace, que significa enganador, ilusório. Todas as vezes em que um raciocínio errado ou mentiroso é colocado como verdadeiro ocorre a falácia.
[...]
        Por isso, é preciso estar atento à construção textual, porque o texto argumentativo deve usar argumentos plausíveis, pautados na lógica. Então, cuidado com aqueles que parecem sustentar uma conclusão, mas na realidade não sustentam. [...]  
Disponível em:< http://portugues.uol.com.br/redacao/fuja-falacia-no-texto-argumentativo.html>
Acesso em: 07 out 2016.


TEXTO 4

      Disponível em http://acervo.novaescola.org.br/lingua-portuguesa/fundamentos/leitura-textoscomplexidades-diferentes-466478.shtml
Acesso em: 07 out 2016. 

A
A conjunção “mas” pode ser substituída por “contudo”.
B
A última oração pode ser assim reescrita: “...a fim de que também eles tomem parte na confraternização.”, sem que haja alteração semântica.
C
Apresenta valor semântico de conformidade a oração “como lá vêm vindo três cachorros”.
D
O pronome pessoal oblíquo “los” retoma o termo “três cachorros”, contribuindo para a coesão textual.
E
A expressão “tomem parte”, nesse contexto, pode ser entendida como sinônimo “participem”.
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FGV 2016 - Português - Pronomes pessoais oblíquos, Morfologia - Pronomes

A única frase em que o emprego do pronome “lhe” está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa é:

A
O réu entrou no tribunal, ciente de que o júri não lhe condenaria.
B
O jogador estava convicto de que os torcedores iriam absolver-lhe.
C
Os netos, ao saírem, gritaram: nós lhe amamos, vovó.
D
O atleta supôs que aquele treinamento poderia prejudicar-lhe.
E
O freguês foi logo dizendo ao vendedor: no momento, não posso pagar-lhe.