Questõessobre Pronomes demonstrativos

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Foram encontradas 87 questões
f1d8c611-d7
EBMSP 2018 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

A temática desenvolvida no texto estrutura-se em torno de elementos que promovem o encadeamento de ideias e a progressão do tema abordado.

A esse respeito, identifica-se no texto que

    De acordo com dados do Ministério da Saúde, nos últimos anos ocorreu um aumento significativo no número de transplantes de órgãos em quase todos os estados brasileiros, situando o Brasil entre os países que mais realizam transplante no mundo, com um índice de captação anual de órgãos de, aproximadamente, seis doadores por milhão de habitantes.
     O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na substituição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido saudável, de uma pessoa viva ou morta (doador). Além disso, requer uma avaliação completa do paciente e cuidados intensivos durante e depois da cirurgia, correspondendo, muitas vezes, à derradeira esperança de cura para pessoas com incapacidades orgânicas terminais e que não obtiveram sucesso com outros tratamentos.
     No entanto, o índice de captação anual de órgãos, no Brasil, ainda é insuficiente quando comparado ao de países mais desenvolvidos, que alcançam números superiores a 22 doadores por milhão. Esse entrave se encontra fortemente vinculado à desinformação do meio médico, e da população em geral, visto que muitos profissionais da área da saúde desconhecem a legislação vigente sobre doação e transplante de órgãos.
    O nascimento, a vida e a morte dos seres humanos são processos cada vez mais passíveis de intervenção pelo próprio homem. Todavia, ao mesmo tempo que a ciência traz essa possibilidade de intervenção, a ética vem para servir como elemento definidor no que diz respeito à necessidade de se interferir.
    Aliada a isto, encontra-se a polêmica que gira em torno desse tema na sociedade civil e científica. A ideia de prolongar a vida humana ou de minimizar o sofrimento das pessoas, oferecendo-lhes uma possível melhoria em sua qualidade de vida, é uma premissa que guia o comportamento dos profissionais da área da saúde que lidam com esses casos e aqueles que têm à sua volta pessoas com problemas que as impedem de usufruir normalmente da vida ou que determinam sua morte prematura. Assim, a questão da doação e do transplante de órgãos torna-se complexa na medida em que envolve aspectos éticos, religiosos e sociais com os quais aqueles que o defendem têm de se deparar, além das questões legais que envolvem o assunto. 

MELO, Vanessa Costa de. et al. Doação e transplante de órgãos: aspectos éticos e legais. Disponível em: . Acesso em: mai. 2018. Adaptado. 


A
a expressão “além disso”, em “Além disso, requer uma avaliação completa do paciente e cuidados intensivos” funciona como um organizador textual que exprime uma adição à ideia anterior.
B
o conectivo “No entanto”, em “No entanto, o índice de captação anual de órgãos no Brasil ainda é insuficiente”, introduz uma ratificação, estabelecendo relações concessivas sobre a doação de órgãos.
C
o demonstrativo “Esse”, em “Esse entrave se encontra fortemente vinculado à desinformação do meio médico, e da população em geral”, além de catafórico, introduz uma generalização sobre o assunto.
D
a expressão “Aliada a isto”, em “Aliada a isto, encontra-se a polêmica que gira em torno desse tema”, estabelece uma relação de ordem explicativa, que contraria as ideias sobre doações de órgãos no Brasil.
E
o termo “Assim”, em “Assim, a questão da doação e do transplante de órgãos torna-se complexa’’, pode ser substituído pela expressão “do mesmo modo”, mantendo a mesma ideia de particularização.
a62939d8-d8
IFF 2016 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

A respeito das referências internas do texto 1, assinale a alternativa em que essa relação está correta.

Texto 1
O desserviço da ‘cultura das princesas’ 

Todo sonho de menina é tornar-se uma princesa. Foi partindo desse pressuposto equivocado que a Escola de Princesas abriu suas portas em Uberlândia (MG) com a finalidade de, mais do que ensinar meninas de 4 a 15 anos a portar vestidos extravagantes e tiaras brilhantes, resguardar valores e princípios morais e sociais. Entre eles, boas maneiras e postura corporal, etiqueta à mesa, a importância da aparência pessoal, como se “guardar” para o príncipe e restaurar a moralidade do casamento. 
Para o espanto geral, a proposta pitoresca convenceu famílias e se alastrou. Além da matriz, três outras unidades da Escola de Princesas funcionam no Brasil hoje; duas outras em Minas Gerais, nas cidades de Uberaba e Belo Horizonte, e a terceira em São Paulo, inaugurada por Silvia Abravanel, filha de Sílvio Santos.
Desde que caiu na mídia, a existência das escolas é alvo de uma avalanche de críticas. “Como se já não bastasse todas as novelas, revistas e filmes, ainda temos que nos deparar com a institucionalização do que é o ideário de mulher em uma escola”, indigna-se a antropóloga Michele Escoura. (…) 
“É uma visão excludente de felicidade porque nem todas se encaixam nesse padrão ou querem segui-lo. E quando o negam, sofrem repreensões sociais. Basta olhar para os comentários que fazem das mulheres que não são vaidosas ou que não querem casar”. Em sua pesquisa, Michele analisou como as princesas da Disney influenciavam a visão de feminilidade de meninos e meninas da pré-escola e concluiu que, para as crianças, a mulher feliz, ideal, era aquela casada, com dinheiro e dentro de determinado padrão de beleza – jovem, branca, cabelos lisos e longos. “Fiz parte da pesquisa em uma escola pública de periferia onde a maioria das meninas era negra e, quando brincavam de salão, falavam sempre em fazer chapinha e luzes. Isso é o mais nocivo, pois leva uma série de meninas a rejeitar o próprio corpo, a desenvolver uma baixa autoestima”, diz.
Para Hélio Deliberador, professor do departamento de Psicologia Social da PUC-SP, o fascínio que as princesas exercem sobre as crianças explica-se também pelo ângulo da fantasia, da imaginação, de sonhar com um mundo imaginário. “Essas histórias são recorrentes porque se renovam sempre. A indústria do entretenimento se aproveita desses símbolos para trazer sempre algo novo”. (…)

Disponível em: cartacapital.com.br. Acesso em: 27 out. 2016. 
A
No trecho “É uma visão excludente de felicidade porque nem todas se encaixam nesse padrão ou querem segui-lo. E quando o negam, sofrem repreensões sociais”, o pronome demonstrativo “o”, sublinhado, refere-se ao termo “padrão”.
B
Na passagem “E quando o negam, sofrem repreensões sociais”, o termo “sofrem” refere-se a “repreensões sociais”.
C
Em “Todo sonho de menina é tornar-se uma princesa. Foi partindo desse pressuposto equivocado que a Escola de Princesas abriu suas portas em Uberlândia (MG)”, a passagem “pressuposto equivocado” refere-se à decisão de abrir a escola em Uberlândia.
D
Na passagem “Michele analisou como as princesas da Disney influenciavam a visão de feminilidade de meninos e meninas da pré-escola e concluiu que, para as crianças (...)”, o termo “concluiu” refere-se a “meninos e meninas”.
E
Na passagem “Em sua pesquisa, Michele analisou como as princesas da Disney influenciavam a visão de feminilidade de meninos e meninas”, o termo “influenciavam” refere-se a “em sua pesquisa”.
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FGV 2013 - Português - Pronomes demonstrativos, Regência, Colocação Pronominal, Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

Do ponto de vista das normas da língua escrita padrão, está correta apenas a proposta de substituição feita, entre colchetes, em

CHEGANDO AO RECIFE, O RETIRANTE SENTA-SE PARA DESCANSAR AO PÉ DE UM MURO ALTO E CAIADO E OUVE, SEM SER NOTADO, A CONVERSA DE DOIS COVEIROS 


— O dia hoje está difícil; 
não sei onde vamos parar. 
Deviam dar um aumento, 
ao menos aos deste setor de cá. 
As avenidas do centro são melhores, 
mas são para os protegidos: 
há sempre menos trabalho 
e gorjetas pelo serviço; 
e é mais numeroso o pessoal 
(toma mais tempo enterrar os ricos). 
— pois eu me daria por contente 
se me mandassem para cá. 
 Se trabalhasses no de Casa Amarela 
não estarias a reclamar. 
De trabalhar no de Santo Amaro 
deve alegrar-se o colega 
porque parece que a gente 
que se enterra no de Casa Amarela 
está decidida a mudar-se 
toda para debaixo da terra. 

João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina. 

A
“não sei onde [ou “aonde”] vamos parar”.
B
“Deviam dar um aumento / ao menos aos deste [ou “desse”] setor de cá”.
C
“Há [ou “existem”] sempre menos trabalho / e gorjetas pelo serviço”.
D
“— pois eu me daria [ou “daria-me”] por contente”.
E
“que se enterra [ou “enterra-se] no de Casa Amarela”.
861cd6ca-c6
UECE 2013 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Atente para o que se afirma sobre os versos “ah, isso não: o vagabundo ficará mofando lá fora/ e leva no boletim uma galáxia de zeros” (linhas 55- 57).


I. Eles são construídos sobre duas metáforas hiperbólicas, isto é, metáforas que contêm um exagero.

II. O pronome isso em “ah, isso não”, aponta para um referente na cena enunciativa.

III. O pronome isso, no poema, aponta para o que é dito nos dois primeiros versos, sintetizando-os.


Está correto o que se diz em

TEXTO II

PORTÃO


ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Carlos Drummond de Andrade: Poesia e Prosa. Editora Nova Aguilar:1988. p. 506-507.
A
I e II.
B
I, II e III.
C
II e III.
D
I e III.
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IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Analise alguns fragmentos do TEXTO 1 e marque a alternativa que contém uma afirmação VERDADEIRA.

TEXTO 1

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.

(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.

(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.

(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.

(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.

[...]

LIMA, Victor. Disponível em:. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado)

A
Em “Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é [...]” (1º parágrafo), o pronome destacado tem a função de retomar o trecho sublinhado.
B
Em “O livro que tem tudo isso é ‘O leão, a feiticeira e o guarda-roupa’, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis.” (1º parágrafo), o emprego da vírgula, nas duas situações, se deve à mesma razão: separa termos de uma mesma função sintática.
C
Em “‘As Crônicas de Nárnia’ é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas [...]” (2º parágrafo), há inadequações na concordância das palavras em destaque. Conforme a norma culta, deveria ser “são”, concordando com “Crônicas”, e “abrange”, combinando com “conjunto”.
D
Em “São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.” (3º parágrafo), o sujeito das formas verbais sublinhadas é o mesmo, o que pode ser comprovado pela adequada concordância verbal.
E
Em todo o quarto parágrafo, o autor focaliza o enredo de intrigas já anunciado no início do texto – “[...] batalhas épicas entre o bem e o mal”. O emprego de palavras como “oposição”, “conflitos” e “contrastes” comprova isso, embora, no quinto parágrafo, o autor mostre que os personagens são semelhantes entre si.
e7cc7c31-ca
URCA 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

O relatório da CPI da Previdência apontou que o sistema não tem défice e destacou que a Reforma e análise no Congresso é desnecessária. O resultado dos trabalhos da comissão deve ser analisado até o dia 06 de novembro. Com 253 páginas, o relatório final dos trabalhos da CPI da Previdência apresentado ao Senado faz um histórico do sistema da Previdência Social do Brasil, desde a sua criação, em 1923, e aponta perspectivas para assegurar o pagamento dos benefícios no futuro. Depois de seis meses de trabalho e trinta e uma reuniões, o texto assegura que não há défice na Previdência e explica que o orçamento da seguridade social também engloba os recursos da Saúde e de Assistência Social, além das aposentadorias e pensões. Isso quer dizer que não há necessidade de aprovar a Reforma da Previdência. (A voz do Brasil – 30/10/2018; adaptado). O termo em destaque é um pronome demonstrativo em relação ao espaço:

A
Não se refere a nenhum elemento em particular;
B
Faz referência ao que vai ser dito;
C
Refere-se a dois elementos anteriormente expressos;
D
Refere-se ao elemento mais próximo;
E
Faz referência ao elemento mais distante.
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URCA 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

O relatório da CPI da Previdência apontou que o sistema não tem défice e destacou que a Reforma e análise no Congresso é desnecessária. O resultado dos trabalhos da comissão deve ser analisado até o dia 06 de novembro. Com 253 páginas, o relatório final dos trabalhos da CPI da Previdência apresentado ao Senado faz um histórico do sistema da Previdência Social do Brasil, desde a sua criação, em 1923, e aponta perspectivas para assegurar o pagamento dos benefícios no futuro. Depois de seis meses de trabalho e trinta e uma reuniões, o texto assegura que não há défice na Previdência e explica que o orçamento da seguridade social também engloba os recursos da Saúde e de Assistência Social, além das aposentadorias e pensões. Isso quer dizer que não há necessidade de aprovar a Reforma da Previdência. (A voz do Brasil – 30/10/2018; adaptado). O termo em destaque é um pronome demonstrativo em relação ao espaço:

A
Não se refere a nenhum elemento em particular;
B
Faz referência ao que vai ser dito;
C
Refere-se a dois elementos anteriormente expressos;
D
Refere-se ao elemento mais próximo;
E
Faz referência ao elemento mais distante.
a375ea26-b9
UNIVESP 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Os pronomes demonstrativos “deste” e “esse”, destacados nos versos de Drummond, são usados, respectivamente, para

Leia os versos de Carlos Drummond de Andrade para responder a questão.


Poesia

Gastei uma hora pensando um verso

que a pena não quer escrever.

No entanto ele está cá dentro

inquieto, vivo.

Ele está cá dentro

e não quer sair.

Mas a poesia deste momento

inunda minha vida inteira.


Procura da Poesia

Não faças versos sobre acontecimentos.

Não há criação nem morte perante a poesia.

Diante dela, a vida é um sol estático,

não aquece nem ilumina.

As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.

Não faças poesia com o corpo,

esse excelente, completo e confortável corpo, tão infensoà efusão2

lírica.

[...]

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. Nova Reunião. Rio de Janeiro: BestBolso, 2012, p. 28 e 141.


Glossário

1. Infenso: em oposição a, inimigo de; contrário, hostil, oponente.

2. Efusão: manifestação expansiva de sentimentos amistosos, de afetos, de alegria.

A
expressar o tempo presente, momento da poesia; e retomar o substantivo “corpo”
B
expressar o tempo passado, momento ali rememorado; e retomar o substantivo “corpo”.
C
expressar a proximidade com o leitor do poema; e retomar a ação do verso anterior: “não faças poesia”.
D
expressar o tempo passado; e retomar o substantivo “poesia”.
E
expressar o tempo presente, momento da poesia; e apontar o adjetivo “excelente”.
9d7d667d-b7
UECE 2012 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa em que o emprego dos pronomes esse(a,s) nas expressões referenciais — as asas dessa abelha; essa fúlvida centelha; esses pares de andorinhas — e aquele(s)aqueles negros, inúteis elefantes, entre as linhas 185 e 191, foi justificado INCORRETAMENTE.

Contextualização para o texto III

(Ronald de Carvalho foi um dos escritores brasileiros que tiveram participação ativa na famigerada Semana de Arte Moderna, na qual pronunciou a conferência intitulada “A pintura e escultura moderna no Brasil”. Era um poeta de tendência conservadora, “indeciso entre o Simbolismo e o Parnasianismo”, conforme diz Agripino Grieco e como denunciam suas duas primeiras obras — Luz Gloriosa e Poemas e sonetos. Em 1922, porém, publica Epigramas Irônicos e Sentimentais, onde se pode encontrar uma teoria do verso moderno. Segundo Júlio de Carvalho, Ronald de Carvalho mostra, nessa obra, haver adquirido “consciência de que o poeta rompe em cada poema com uma série de códigos: o da língua, o da arte poética, etc.”.)Ronald de Carvalho foi um dos escritores brasileiros que tiveram participação ativa na famigerada Semana de Arte Moderna, na qual pronunciou a conferência intitulada “A pintura e escultura moderna no Brasil”. Era um poeta de tendência conservadora, “indeciso entre o Simbolismo e o Parnasianismo”, conforme diz Agripino Grieco e como denunciam suas duas primeiras obras — Luz Gloriosa e Poemas e sonetos. Em 1922, porém, publica Epigramas Irônicos e Sentimentais, onde se pode encontrar uma teoria do verso moderno. Segundo Júlio de Carvalho, Ronald de Carvalho mostra, nessa obra, haver adquirido “consciência de que o poeta rompe em cada poema com uma série de códigos: o da língua, o da arte poética, etc.”.)


TEXTO III 


A
O esse, nas três expressões transcritas acima, pode ser interpretado no nível do simbolismo como um indício do estado de espírito do enunciador: ele está triste e transmite sua tristeza para o enunciatário.
B
Em as asas dessa abelha; essa fúlvida centelha; esses pares de andorinhas há sugestão de que o enunciador pode estar no mesmo cenário em que estão as abelhas, a centelha e as andorinhas.
C
O pronome esse nas três expressões pode sugerir, na cenografia criada pelo escritor, que o enunciatário provavelmente se encontra ao lado do enunciador.
D
Na cenografia em que se desenrola o texto, o aquele pode sugerir que os elefantes estão no mesmo cenário em que se encontram o enunciador e o enunciatário, mas distantes dos dois, ou em outro cenário, daí porque este apela para a memória daquele.
c76fb3b3-b7
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Observe os comentários sobre o emprego de (d)aquele na expressão referencial daquele tipo de tristeza mórbida (linha 19).

I. Indica uma referência ao passado distante, feita pela personagem.
II. Sugere que o narrador acredita que aquela informação faz parte do conhecimento de mundo do leitor.
III. Aponta para alguma coisa que já foi dita no texto ou ainda vai ser dita.

É correto o que se diz 

Texto 
MENSAGEM DE NATAL 
  
(Moacyr Scliar. Histórias que os jornais não contam.
A
apenas em I e II.
B
apenas em II e III.
C
apenas em II.
D
apenas em III.
c767aefa-b7
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Observe com atenção o excerto transcrito do texto: Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo o recado chegara a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo? (linhas 79-84) 

Considerando o excerto acima, marque (V) ou (F), conforme seja VERDADEIRO ou FALSO o que se declara.

( ) O emprego de esta (mensagem) e esta (promessa) é uma marca da intromissão da voz do narrador (de terceira pessoa).

( ) O pronome esta é próprio do discurso direto – a fala da personagem –, por isso não deveria, em tese, aparecer no contexto em destaque.

( ) As duas últimas frases do excerto são exemplos clássicos de discurso indireto livre – confunde-se a fala do narrador com a fala da personagem.

( ) O pronome esta, pelas perspectivas da gramática tradicional, deveria ser substituído por aquela: Aquela mensagem e aquela promessa jamais tinham chegado a seu destino.

A sequência correta, de cima para baixo, é

Texto 
MENSAGEM DE NATAL 
  
(Moacyr Scliar. Histórias que os jornais não contam.
A
V, V, F, F.
B
V, F, V, F.
C
F, V, V, V.
D
V, V, V, V.
7f6567bd-b7
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

O pronome aquilo (linha 79) é um elemento referencial. Indique a alternativa que oferece uma afirmação INCORRETA sobre o processo referencial do qual ele participa.

TEXTO

CIDADE SEM LUZ 

(Olavo Drummond. O vendedor de estrelas. Contos.) 

A
Aquilo retoma o elemento referencial Violeta (linha 61), e o que é dito sobre ele, e, ao mesmo tempo, antecipa o que é dito entre as linhas 80 e 83: Uma mulher, linda, séria, sem empenho de novo casamento, eleita como o único encanto de uma cidadezinha quieta e triste.
B
O elemento referencial Violeta (linha 61), foi referido ao longo do parágrafo, pela seguintes expressões: a viúva Violeta (linhas 61); Violeta (linha 65); (pel)a viúva (linha 67); (d)a deusa (linhas 70- 71); (assisti-l)a (linha 71); (a)a Violeta (linha 76).
C
O elemento referencial de retomada – (d)a deusa (linhas 70-71) – é avaliativo, portanto expressa um juízo de valor do narrador a respeito de Violeta.
D
Aquilo (linha 79), um pronome gramaticamente neutro, tem, no contexto em pauta, conotações negativas, indicando certo sarcasmo da personagem Policarpo em relação a Violeta.
4e1db368-b6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Marque a opção em que o elemento aquele remete para a memória do leitor, além de apontar para informações que vêm posteriormente no texto.


A
''No mesmo gênero, também, é aquele conto de fadas'' (linhas 7-8).
B
''E então magicamente se suscita aquele instante perdido do passado'' (linhas 53-54).
C
''Que tem em comum com o você de hoje, aquele estranho que subitamente acordou ao apelo do seu nome''' (linhas 57-59).
D
''E quase não acredita ter sido você também aquele rapaz desvairado, ou sonso, ou bobo'' (linhas 63-65).
9e0b8858-b6
UEAP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Analise as proposições que compõe a questão e, posteriormente, assinale a alternativa que contém a opção correta. 

I- O o que aparece em ...o que fazia a serpente... (L.10) tem o valor de um pronome demonstrativo.

II- Por anteceder a um verbo, o vocábulo a apresenta equivalência morfológica nas três situações seguintes: a evitem (L.18), a competirem (L.26), a cobiçar (L.31).

III- Em ...pinta aquele incômodo persistente...(L.30/31), o vocábulo em destaque é marca predominante da linguagem informal.

IV- Em Essa simples história retrata com clareza um sentimento conhecido por todos nós: a inveja. (L.13/14), os termos em negrito designam uma expressão que faz menção à palavra história. 

TEXTO I


A
Apenas I está correta.
B
Apenas II e III estão corretas.
C
Apenas I e III estão corretas.
D
Apenas I, II e IV estão corretas.
E
Todas as proposições estão corretas. 
3329c76b-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Considere o emprego do pronome “este”, na seguinte passagem do texto: “Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!” (linhas 69-72).

I - O pronome “este”, que compõe a expressão referencial “este livro”, indica que o objeto, como ensina a gramática normativa, está, no texto, próximo do sujeito que fala.
II - O pronome “este”, na expressão referencial “este livro”, indica um referente que, de forma repentina, se torna claro para o falante.
III - O emprego do pronome “este”, na expressão em destaque, tem a função textual de pôr em relevo o referente.

Está correto o que se diz

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
apenas em I.
B
apenas em I e II.
C
apenas em II e III.
D
em I, II e III.
6583fa8f-09
CEDERJ 2018 - Português - Artigos, Pronomes demonstrativos, Preposições, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Em “abrir a cabeça de uma pessoa” e “Recomendo o de Assis”, os vocábulos sublinhados são, respectivamente, classificados do ponto de vista morfológico como:


A
preposição e artigo definido.
B
pronome demonstrativo e artigo definido.
C
artigo definido e pronome demonstrativo.
D
preposição e pronome demonstrativo.
5f63159f-a5
UECE 2011 - Português - Pronomes demonstrativos, Morfologia - Pronomes

Atente ao seguinte verso: Durante muitos anos minha repugnância por esta fruta (verso 14, linhas 21-22). Leia as considerações tecidas sobre ele.

I. O emprego do pronome demonstrativo esta, em esta fruta, está de acordo com os padrões da gramática normativa.

II. O uso de esta na expressão esta fruta reforça a ideia de proximidade e presentifica o episódio do abacate.

III. A gramática normativa desabonaria, nesse caso, o emprego dos pronomes “essa” e “aquela”.

Está correto o que se afirma em

Imagem 001.jpg

A
I, II e III.
B
I apenas.
C
I e III apenas.
D
II apenas.
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UECE 2011 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Morfologia - Pronomes

A crônica inicia-se com o pronome demonstrativo aquela. Na primeira linha do segundo parágrafo (linha 7), aparece outro pronome demonstrativo: esses. Atente ao que se diz sobre esses pronomes e as expressões em que eles aparecem.

I. Aquela velha carta de A B C, na linha 1, aponta para a memória do enunciatário, o que sugere ter o enunciador a certeza de que o enunciatário partilha com ele a informação que vem a seguir.

II. Ao contrário de Aquela velha carta de A B C (linha1), esses horrores (linha 7) aponta para algo que está expresso na materialidade do texto.

III. A interpretação coerente dos dois pronomes — aquela e esses — exige do leitor mais domínio das normas gramaticais do que das normas textuais.

Está correto o que se afirma em

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A
I e II apenas.
B
II e III apenas.
C
I, II e III.
D
I e III apenas.
22f9e647-84
IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Pronomes demonstrativos, Morfologia - Pronomes

Sobre os elementos coesivos destacados, é correto afirmar que, no

Leia o texto, para responder à questão.

Contra a mera “tolerância” das diferenças

Renan Quintanilha

    “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

    “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

    “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

    Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegemônica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

    Tolerar não deve ser celebrado e buscado nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

    Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

    Marcuse1 identificava dois tipos de tolerância: a passiva e a ativa. No primeiro caso, a tolerância é vista como uma resignação e uma omissão diante de uma sociedade marcadamente injusta em suas diversas dimensões. Por sua vez, no segundo caso, ele trata da tolerância enquanto uma disposição efetiva de construção de uma sociedade igualitária. Não é este, no entanto, o discurso mais recorrente da tolerância em nossos tempos.

    Assim, quando alguém te disser que é preciso “tolerar” a liberdade das mulheres, os direitos das pessoas LGBT, a busca por melhores condições de vida das pessoas pobres, as reivindicações por igualdade material das pessoas negras, dentre outros segmentos vulneráveis, simplesmente não problematize esse discurso.

    Admitir a existência do outro não significa aceitá-lo em sua particularidade como integrante da comunidade política. É preciso valorizar os laços mais profundos de reciprocidade e respeito pelas diferenças, o que só o reconhecimento, estágio superior da tolerância, pode ajudar a promover, como ensinou Axel Honneth2

    Diversidade é um valor em si mesmo e não depende da concordância dos que ocupam posições de privilégios. Direitos e liberdades não se “toleram”. Devem ser respeitados e promovidos, por serem conquistas jurídicas e políticas antecedidas de muitas lutas.

    O que não se pode tolerar é o discurso aparentemente “benevolente” e “generoso” – mas na verdade bem perverso – da “tolerância das diferenças”. Ninguém precisa da licença de ninguém pra existir.

Disponível em:<http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/>  Acesso em: 03 mai 2016. 

1 Marcuse: filósofo e sociólogo alemão, naturalizado norte-americano.

2 Axel Honneth: filósofo e sociólogo alemão.
A
4° parágrafo, em “... funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este...”, o pronome destacado retoma “desejo de estigmatizar o diferente”.
B
5° parágrafo, em “... não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.”, o pronome destacado retoma “tolerância”.
C
6° parágrafo, em “... isso não pode funcionar em um mundo...”, o pronome destacado retoma “a defesa liberal-igualitária da tolerância”.
D
7° parágrafo, em “... no segundo caso, ele trata da tolerância...”, o pronome em destaque retoma um dos “tipos de tolerância”.
592cd1f3-42
UFAL 2013 - Português - Pronomes demonstrativos, Pronomes relativos, Morfologia - Pronomes

Os elementos linguísticos destacados no fragmento são, respectivamente,

Os canadenses descobriram que até nas universidades prolifera um tipo de leitor: o que lê bem e não entende. Estudo com 400 alunos da Universidade de Alberta mostrou um déficit de compreensão não detectado em 5% de toda a população. São pessoas que, quando investem numa leitura, esquecem o significado específico de uma passagem.
Revista Língua Portuguesa. Ano 7. Nº 78. Abril de 2012 (fragmento).  
A
pronome demonstrativo e conjunção subordinativa consecutiva.
B
pronome demonstrativo e pronome relativo.
C
pronome pessoal oblíquo e conjunção subordinativa integrante.
D
artigo e conjunção coordenativa explicativa.
E
artigo e pronome relativo.