Questõessobre Pontuação

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Foram encontradas 378 questões
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IF Sul Rio-Grandense 2017 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Uso dos dois-pontos, Pontuação, Uso da Vírgula

Em relação ao emprego dos sinais de pontuação, a informação correta está em que

Disponível em:<http://istoe.com.br/o-acesso-educacao-e-o-ponto-de-partida/> . Acesso em: 20 març. 2017)

A
a vírgula presente na linha 11 poderia ser substituída por um ponto-final sem prejudicar a correção sintática.
B
a expressão por um lado (linha 12) deveria estar isolada por vírgulas, a fim de estabelecer a correção gramatical.
C
os dois-pontos presentes na linha 17 têm por função introduzir uma expressão de caráter enumerativo.
D
as vírgulas que isolam a expressão segundo os especialistas (linha 20) poderiam ser retiradas sem alterar a correção linguística.
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IF Sul Rio-Grandense 2017 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Pronomes demonstrativos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Coesão e coerência, Uso das aspas, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Analise as afirmativas a seguir e julgue-as como Verdadeiras (V) ou Falsas (F).

( ) A substituição do verbo haver pelo verbo existir (linha 11) acarretaria obrigatoriamente a flexão plural deste último verbo.
( ) O verbo reduzir (linha 31) está conjugado na terceira pessoa do singular do tempo presente do modo subjuntivo.
( ) As aspas empregadas na linha 18 sinalizam que a expressão geração nem-nem foi utilizada em sentido irônico.
( ) O pronome demonstrativo presente na linha 34 retoma o PIB e o IDH do Brasil, mencionados anteriormente.

A sequência correta, de cima para baixo, é

Disponível em:<http://istoe.com.br/o-acesso-educacao-e-o-ponto-de-partida/> . Acesso em: 20 març. 2017)

A
V – V – F – V.
B
V – V – F – F.
C
F – F – V – V.
D
V – F – V – V.
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UFT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Uso das aspas, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ao longo do texto, o autor faz uso de diversas citações, destacadas pelos sinais gráficos de aspas. Sobre essa utilização, analise as afirmativas a seguir.


I. Em: “Eu tenho direito às minhas crenças” (1º parágrafo), as aspas marcam o discurso direto do aluno.

II. Em: “Não creio em bruxas, ainda que existam” (7º parágrafo), as aspas marcam a fala de Sancho Pança, estabelecendo intertextualidade, ou seja, o diálogo entre textos.

III. Em: “[...] passar debaixo de uma escada dá azar” (7º parágrafo), as aspas foram usadas para transcrever um dito popular, com o intuito de exemplificar uma crença que, de acordo com o autor, não pode ser provada.


Assinale a alternativa CORRETA.

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 
A
Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
B
Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
C
Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
D
Todas as afirmativas estão corretas.
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UNB 2019 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.


No trecho “Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Acre e Amazonas” (ℓ. 6 a 8), as vírgulas foram empregadas para separar termos em uma enumeração.

Luiz Carlos Azedo. Nas entrelinhas, “A língua do índio”. Correio

Braziliense, Política, 19/12/2018, p.2 (com adaptações).

C
Certo
E
Errado
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IFAL 2015 - Português - Substantivos, Análise sintática, Preposições, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Funções morfossintáticas da palavra SE, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula

“Aliás versos não se escrevem para leitura de olhos mudos. Versos cantam-se, urram-se, choram-se. Quem não souber cantar não leia Paisagem nº 1. Quem não souber urrar não leia Ode ao Burguês. Quem não souber rezar, não leia Religião. Desprezar: A Escalada. Sofrer: Colloque Sentimental. Perdoar: a cantiga do berço, um dos solos de Minha Loucura, das Enfibraturas do Ipiranga. Não continuo. Repugna-me dar a chave de meu livro. Quem for como eu tem essa chave.”

Mário de Andrade. Literatura Comentada, p.131. Ed. Nova Cultural Ltda.


Tomando como base esse texto de Mário de Andrade, assinale a única alternativa falsa quanto às classes de palavras e suas flexões no uso da língua.

A
Os verbos “escrever”, “cantar”, “urrar” e “chorar” têm como sujeito o substantivo “Versos”, por isso estão no plural.
B
Em: “Versos cantam-se, urram-se, choram-se.”, o pronome “se” é índice de indeterminação do sujeito.
C
A vírgula, em: “Quem não souber rezar, não leia Religião.”, de acordo com os aspectos básicos da pontuação, está empregada indevidamente, uma vez que não se separa o sujeito do predicado.
D
Os substantivos “Escalada”, “Colloque” e “cantiga” são, respectivamente, núcleos dos objetos diretos do verbo “ler”, subentendido em: “Desprezar: A Escalada. Sofrer: Colloque Sentimental. Perdoar: a cantiga do berço...”
E
Se substituirmos a preposição “a”, em: “Ode ao Burguês”, pela preposição “de”, teremos o sentido de finalidade alterado para o sentido de posse.
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UNICENTRO 2016 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Uso do ponto e vírgula, Uso dos dois-pontos, Uso das aspas, Pontuação, Uso da Vírgula

O sinal de pontuação usado no texto que tem sua aplicação devidamente justificada é o citado em

BOFF, Leonardo. Cultura da paz. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2016. Adaptado.

A
As aspas que destacam o termo “Exterminador do Futuro” (l. 10) recebem a mesma justificativa das que isolam o período que começa por “É impossível” (l. 15-16) e o que se conclui com “a farinha.” (l. 19).
B
As vírgulas que aparecem na frase “Nessa cultura, o militar, o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo.” (l. 10-12) foram usadas pela mesma razão.
C
Os dois-pontos depois de “1932” (l. 14) apresentam-se com uma função completamente diferente da que possuem os colocados após a forma verbal “responde” (l. 15).
D
A interrogação presente em “é possível superar ou controlar a violência?” (l. 14-15) expressa dúvida, assim como a que encerra a pergunta “Onde buscar as inspirações para cultura da paz?” (l. 61).
E
O ponto e vírgula existente entre as expressões “hoje globalizada” (l. 38) e “sua lógica” (l. 39) pode ser substituído por um ponto, sem comprometer gramaticalmente o contexto, desde que o possessivo “sua” passe a ser grafado com a consoante inicial maiúscula.
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IF-RS 2014 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

As vírgulas do segundo parágrafo foram propositalmente suprimidas. Assinale a única alternativa correta quanto ao uso das vírgulas.

O prazer e o risco de emprestar um livro 


    “Empresto até dinheiro, mas não me peça meus livros.” Perdi a conta de quantas vezes ouvi amigos repetirem essa frase e muitas de suas variações. Alguns diziam o mesmo sobre os CDs, quando o CD ainda existia. O mundo mudou. As coleções de CDs acumulam poeira e, hoje em dia, é difícil achar alguém que queira pegar um deles emprestado. Para os leitores, a vida mudou pouco. Nunca vi alguém pedir um Kindle emprestado. Mas enquanto tivermos livros impressos - e os temos aos montes -, nos veremos frequentemente diante dessa questão: emprestar ou não emprestar? A decisão de emprestar um livro é em sua natureza um gesto de amor à leitura. O prazer de ler é tão grande que precisamos compartilhá-lo. Nada mais frustrante do que terminar uma história incrível e não ter com quem conversar sobre ela. Emprestar um livro é buscar companhia num mundo em que os leitores infelizmente ainda são minoria.

     Quem é contra o empréstimo de livros costuma ter um argumento forte para justificar sua postura: por mais que confiemos em quem pediu o livro emprestado, há uma enorme chance de que o livro não seja devolvido. O mundo fora da estante é perigoso. Mesmo ambientes aparentemente seguros escondem armadilhas. Já fui vítima de uma delas. Pouco depois do lançamento de A visita cruel do tempo, de Jennifer Egan, deixei meu exemplar com um colega de trabalho. Ele gostou tanto do romance quanto eu. Animados com a nossa conversa, outros colegas se interessaram pela obra. O livro passou de mão em mãos e o perdi de vista. Não posso dizer que o revés foi inesperado. Outros livros tiveram um destino parecido. Continuo a emprestar livros, mesmo correndo o risco de perdê-los. Gosto de saber que meu exemplar de A visita cruel dotempo foi parar nas mãos de um leitor misterioso, em vez de acumular poeira em minha estante. [...] (adaptado).


VENTICINQUE, Danilo. Disponível em: <http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/04/o-prazer-e-o-risco-debemprestar-um-livrob.html>.

Acesso em: 5 abr. 2014



A
A decisão de emprestar um livro é em sua natureza um gesto de amor à leitura. O prazer de ler, é tão grande, que precisamos compartilhá-lo. Nada mais frustrante do que terminar uma história incrível, e não ter com quem conversar sobre ela. Emprestar um livro é buscar companhia num mundo em que os leitores infelizmente ainda são minoria.
B
A decisão de emprestar um livro é em sua natureza, um gesto de amor à leitura. O prazer de ler é tão grande que precisamos compartilhá-lo. Nada mais frustrante do que terminar uma história incrível e não ter com quem conversar sobre ela. Emprestar um livro, é buscar companhia num mundo em que os leitores infelizmente ainda são minoria.
C
A decisão, de emprestar um livro, é em sua natureza um gesto de amor à leitura. O prazer de ler é tão grande que precisamos compartilhá-lo. Nada mais frustrante do que terminar uma história incrível e não ter com quem conversar sobre ela. Emprestar um livro é buscar companhia num mundo em que os leitores infelizmente, ainda são minoria.
D
A decisão de emprestar um livro é, em sua natureza, um gesto de amor à leitura. O prazer de ler é tão grande que precisamos compartilhá-lo. Nada mais frustrante do que terminar uma história incrível e não ter com quem conversar sobre ela. Emprestar um livro é buscar companhia num mundo em que os leitores, infelizmente, ainda são minoria.
E
A decisão de emprestar, um livro, é em sua natureza um gesto de amor à leitura. O prazer de ler é tão grande que precisamos compartilhá-lo. Nada mais frustrante, do que terminar uma história incrível e não ter com quem conversar sobre ela. Emprestar, um livro, é buscar companhia num mundo em que os leitores infelizmente ainda são minoria.
f2403565-f9
PUC - SP 2017 - Português - Uso das aspas, Pontuação

• Indique em qual passagem as aspas são empregadas para assinalar o pronunciamento do jornal:

A
“José Mayer me assediou” [terceiro parágrafo]
B
“O conteúdo foi retirado do ar porque desrespeitou o princípio editorial da Folha de só publicar acusação após ouvir e registrar os argumentos da parte acusada, salvo nos casos em que isso não for possível” [quarto parágrafo]
C
(...) “ouvidos todos os envolvidos, em busca da verdade” [quinto parágrafo]
D
“Mexeu com uma, mexeu com todas” [sexto parágrafo]
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PUC - SP 2017 - Português - Orações Intercaladas, Pontuação, Uso da Vírgula

“É dever das titulares de um blog feminino e feminista trazer a público, sabendo ser verdadeira, uma denúncia de prática machista.”


• Nesse trecho do antepenúltimo parágrafo, a intercalação da oração demarcada por vírgulas implica

A
conclusão.
B
condição.
C
oposição.
D
consequência.
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CÁSPER LÍBERO 2014 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

A vírgula em “Países desiguais são lugares perigosos para viver, e a insegurança afeta tanto ricos quanto pobres” foi usada para separar

Leia o texto a seguir e responda à questão:

Desiguais até na crise
O abismo entre ricos e pobres continua a crescer, aponta estudo
Em um mundo angustiado pela crise econômica, aprendemos que de março de 2009 a março de 2014, exatamente o período considerado mais crítico, depois da bancarrota do Lehman Brothers, o número de bilionários do planeta dobrou: eram 793 no começo do furacão e agora somam 1.645. Os 85 mais ricos entre eles, no mesmo período, incrementaram seus capitais em 668 milhões de dólares a cada dia e sua renda equivale àquela de metade da população mundial, 3,5 bilhões de outros seres humanos. Os dados constam, entre outras “pérolas”, do recente estudo sobre a desigualdade no mundo, publicado pela Oxfam, rede internacional de 19 ONGs que combatem a pobreza. Na sequência da divulgação do relatório, originalmente chamado Even it up: time to end extreme inequality (“Equilibrando o jogo: é hora de acabar com a desigualdade extrema”, em tradução livre) foi lançada a campanha mundial de sensibilização “Equilibre o jogo”.
Crise é um termo utilizado no mundo inteiro para descrever situações diferentes, mas com um denominador comum, a desaceleração do crescimento das economias, que em média superava os 4% anuais na década passada e hoje sofre para chegar perto dos 3,5%. Para resolver os problemas provocados por esse recuo e retomar o ritmo anterior, os defensores do atual sistema econômico-financeiro indicam caminho único, a ampliação do espaço da iniciativa privada em detrimento do setor público, com corolário de cortes nos gastos sociais e intensificação da produtividade no trabalho. Em outras palavras, salários mais baixos para criar produtos mais baratos. Essa receita, baseada numa visão brutalmente quantitativa do bem-estar da humanidade e sem nenhuma atenção à equilibrada convivência social, é rotundamente recusada pela Oxfam. Com riqueza de informações e análises, a desigualdade é descrita sob diversos aspectos, e o estudo chega à conclusão de que essa praga contemporânea não só é contrária a uma ética humanista, mas também a causa fundamental da crise econômica em curso. O primeiro mito que o relatório se encarrega de derrubar é aquele que considera natural a desigualdade entre os seres humanos. Melhor se concentrar na redução da pobreza, afirmaram os liberais a partir da Revolução Industrial, pois a compaixão é a única maneira de mitigar a lei natural que inevitavelmente produz as diferenças. Mas a desigualdade excessiva tem comprometido o combate à pobreza, apesar dos bons resultados conseguidos nesse campo até o início dos anos 80 do século passado. O abismo entre ricos e pobres nas últimas três décadas, demonstra a pesquisa, tem clara correlação com a baixa mobilidade social. Em outros termos, nos países em que o fenômeno é mais acentuado, quem nasce rico fica rico, quem nasce pobre não tem outra alternativa além de permanecer pobre. A esperança de uma vida melhor, na evolução entre pais e filhos, é banida do horizonte de bilhões de seres humanos. Com raras exceções, a desigualdade tem aumentado em todos os países do mundo. Caso particularmente emblemático, a Oxfam calcula que até na África do Sul a desigualdade é hoje maior do que no período do Apartheid. Com base em dados de 2013, 7 de cada 10 habitantes do mundo vivem em países em que a desigualdade econômica é maior do que há 30 anos.
O enriquecimento desmedido de um número restrito de indivíduos, a depender dos países, encolheu ou limitou o crescimento da classe média, comprometendo a sua capacidade de gasto e, em última análise, o motor do crescimento mundial. Desde 1990, a participação do trabalho na composição do PIB mundial é constantemente decrescente. O ataque ao valor e à dignidade do trabalho é particularmente acentuado nos países mais pobres, mas também ocorre nas nações ricas. Por consequência, o PIB mundial é composto por uma porcentagem crescente do capital, que se autoalimenta cada vez mais da especulação financeira. As 150 páginas da pesquisa, com amplíssima bibliografia, demonstram que a desigualdade extrema também está associada à violência. A América Latina, a região mais desigual do mundo do ponto de vista econômico, reúne 41 das cidades mais violentas do planeta e registrou 1 milhão de assassinatos entre 2000 e 2010. Países desiguais são lugares perigosos para viver, e a insegurança afeta tanto ricos quanto pobres. (...) (Claudio Bernabucci, Carta Capital n. 825, ano XX, 12 de novembro de 2014, p. 46-47).  
A
as orações coordenadas, que têm sujeitos diferentes.
B
a oração subordinada adjetiva explicativa.
C
a oração intercalada.
D
o aposto.
E
as orações coordenadas assindéticas.
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Esamc 2015 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Uso das aspas, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Neles tem ‘dérbi’ à vontade, e com o sentido que você quiser” (anote-se a ocorrência de ‘tem’, embora a questão seja outra). Assinale a alternativa que complete corretamente a afi rmação sobre o trecho do texto de Sírio Possenti:


O uso de __(1)__ tem como função marcar um comentário de Sírio Possenti. Este sugere que haveria __(2)__ em Ruy Castro devido ao uso __(3)__ do verbo “ter” no mesmo texto em que critica o uso corriqueiro da expressão “dérbi”.

Da arte de citar
SÍRIO POSSENTI


     No texto, chamado ‘Com o sentido que você quiser’, publicado na Folha de S. Paulo de 25/04/2012, Ruy Castro estranha o emprego de ‘dérbi’ para designar embates como Guarani X Ponte Preta e cita uma série de dicionários que não anotam a acepção relativa a confrontos futebolísticos.
     Cita o Aurélio, que informa que dérbi é a “mais importante e tradicional carreira inglesa, disputada em Epsom pela primeira vez no século 18, e que veio a dar o nome ao primeiro clube de corrida de cavalos do Brasil, no RJ, depois incorporado ao Jóquei Clube”. Não há referências ao futebol, o que o deixou tranquilo.
     Para mostrar que aqueles jornalistas estão mesmo errados, consultou também o Webster’s Dictionary, cujas informações traduz: “1. Corrida de cavalos em Epsom, Inglaterra, patrocinada pelo 12º conde de Derby em 1780, daí o nome. Por extensão, corrida de cachorros (sic). 2. Chapéu-coco. 3. Um certo tipo de sapato com fivela para homens”. Ruy não lamenta os sentidos 2 e 3, nem explica suas razões.
     O final da coluna dele é irônico: “Ora, que besteira. Por que não fui logo ao Google ou à Wikipédia? Neles tem ‘dérbi’ à vontade, e com o sentido que você quiser” (anote-se a ocorrência de ‘tem’, embora a questão seja outra).
     O brilhante Ruy Castro erra pelo menos três vezes (imaginem os outros!): a) não se chateia com o fato de ‘dérbi’ signifi car chapéu-coco ou um tipo de sapato, mas acha estapafúrdio que designe uma partida de futebol; b) diz que se pode atribuir à palavra o sentido que se quiser; c) não consultou outros dicionários (ou não contou ao leitor o que eles dizem).
     Começo pelo final, que cobre as outras questões. Consultar outras fontes pode ser revelador. Vamos lá.
     O Houaiss informa que dérbi é um “jogo, partida ou competição esportiva de grande destaque (como o Derby de Epsom, na Inglaterra)”. Como se vê, ele não o restringe ao turfe; só menciona o evento ‘original’ entre parênteses.
     O Petit Larousse (traduzo) diz que é um “encontro esportivo entre equipes vizinhas” (como Ponte e Guarani, portanto). Segundo o Petit Robert, é um “encontro de futebol entre duas cidades vizinhas”.
     O McMillan anota: “um jogo entre dois times da mesma cidade” (nada de cavalos, como se vê) e o YOURDictionary repete a mesma informação (ou será o contrário?).
     Finalmente, o Diccionario de La Lengua Española (da Real Academia) informa que dérby é um “encontro, geralmente futebolístico, entre duas equipes cujos torcedores mantêm permanente rivalidade”. De novo, nada de cavalos. E prioriza claramente o futebol!
     Gostaria muito de conseguir entender outras coisas (que dérbi não significa só corridas de cavalos está mais do que claro; já entendi). Uma: por que será que dérbi significa chapéu-coco e um tipo de sapato com fivela para homens? Meu faro diz que eram peças usadas para ir aos dérbis.
    Pergunta: por que Ruy Castro teve a má sorte de só conhecer dicionários que, casualmente, não citam o sentido relativo a encontros futebolísticos?
     Outra pergunta: por que Ruy Castro estranha os sentidos analógicos (no caso, a extensão de uma disputa turfística para uma futebolística), que são uma das principais características das línguas humanas? Será que ele pensa, por exemplo, que uma pessoa doce vem coberta de açúcar?
    Finalmente, queria entender como Ruy Castro consegue não entender que, se todo mundo emprega ‘dérbi’ para falar de certos jogos de futebol e os dicionários que ele consultou não registram o fato, o problema deve ser dos dicionários.
(Ciência Hoje, 24/04/2015. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/ colunas/palavreado/da-arte-de-citar, acesso em 02/09/2015. Adaptado.)
A
1. aspas; 2. uma contradição; 3. incorreto.
B
1. parênteses; 2. um erro; 3. oral.
C
1. aspas; 2. uma citação; 3. descontextualizado.
D
1. parênteses; 2. uma incoerência; 3. uso informal.
E
1. parênteses; 2. um truísmo; 3. pleonástico.
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UNIVIÇOSA 2015 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Portanto, juntos na esperança,afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.”


As vírgulas, destacadas no período acima, foram usadas para separar

A
adjunto adverbial de tempo, vocativo e conjunção conclusiva.
B
adjunto adverbial de modo , conjunção explicativa elementos da mesma categoria.
C
conjunção conclusiva, adjunto adverbial de modo e elementos da mesma categoria.
D
adjunto adverbial de lugar, vocativo e conjunção adversativa.
a60eb45d-d4
CESMAC 2015 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Analise o seguinte trecho: “as enormes quantidades de substâncias químicas encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente estão diretamente relacionadas com uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória”. Nesse trecho, pode-se ver que as vírgulas sinalizam que se trata:

A
da distinção entre expressões linguísticas semanticamente sinônimas.
B
de uma enumeração de vários itens comuns a uma mesma área.
C
de declarações relevantes, imprescindíveis aos sentidos globais do texto.
D
de expressões que desempenham a função sintática de ‘sujeito’.
E
de uma indicação de elementos aleatórios ao conteúdo principal do texto.
547968ef-e9
UNIVIÇOSA 2015 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

O uso das vírgulas está corretamente justificado em:

A
“– Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?” (Separar vocativo)
B
“A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, (...)”(Separar aposto)
C
“A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho,(...)” (Separar oração subordinada adverbial)
D
“Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas”. (Separar orações coordenadas)
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UNICENTRO 2018 - Português - Pontuação, Uso da Vírgula

Identifique a alternativa que apresenta uma explicação correta para a pontuação do período.

Leia o texto a seguir e responda à questão:

Viver em cima do muro é prejudicial à saúde
Élida Ramirez
    Ocre. Sempre me incomodou essa cor. Sabe aquele marrom amarelado? O tal burro fugido? Exato isso! Quando vejo alguém com roupa ocre, tenho maior aflição. Certa feita, entrei em um consultório médico to-di-nho ocre. Paredes, chão, quadros. Tive uma gastura horrorosa. A sensação é que o ocre existe no dilema de não ser amarelo nem marrom. Invejando o viço das outras colorações definidas e nada fazendo para mudar sua tonalidade. Isso explica meu desconforto. O ocre, para mim, ultrapassa o sentido de cor. Ele dá o tom da existência do viver em cima do muro. E conviver com gente assim é um transtorno.
    É fato que a tal “modernidade líquida”, definida por Bauman, favorece o comportamento. Pensemos. Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias, borrando fronteiras. E, ao reconfigurar esses limites geográficos, mudou a concepção de si do sujeito bem como sua relação com as instituições. Muito rapidamente houve um esfacelamento de estruturas rígidas como a família e o estado. Essa mudança do sólido para líquido detonou o processo de individualização generalizado no mundo ocidental reforçando o conceito de que “Nada é para durar” (Bauman). Então, desse jeito dá para ser mutante pleno nesse viver em cima do muro. Nem amarelo ou marrom. Ocre. Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço. E vão tomando a forma do ambiente, assim como a água. Uma fusão quase nebulosa que embaça o comprometimento.
    Nota-se ainda certo padrão do viver em cima do muro. Como uma receitinha básica. Vejam só: Misture meias palavras em um discurso politicamente correto. Inclua, com ar de respeito, a posição contrária. Cozinhe em banho-maria. Deixe descansar, para sempre, se puder. Se necessário, volte ao fogo brando. Não mexa mais. Sirva morno. Viu? Simples de fazer. Difícil é digerir.
    É porque, na prática, a legião de ocres causa a maior complicação. Quem vive do meio de campo, sem decidir sua cor publicamente, não tem o inconveniente de arcar com as escolhas. Quase nunca se tornará um desafeto. Fará pouco e, muitas vezes, será visto com um sujeito comedido. Quem não escolhe tem mais liberdade para mudar de ideia. Não fica preso ao dito anteriormente. Exatamente porque não disse nada. Não se comprometeu com nada. Apenas proferiu ideias genéricas e inconclusivas estando liberado para transitar por todos os lados, segundo sua necessidade. Ao estar em tudo não estando em nada, seja para evitar responsabilidades, não se expor à crítica ou fugir de polêmicas, o em cima do muro se esconde, sobrecarrega e expõe aqueles que bancam opiniões.
    Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar. Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo. Todos temos medos que nos impedem de agir. Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia. Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter. É que o sacana, ao menos, se define. Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento. Já o indefinido, não. Ele vive na toada do alheio. E, curiosamente, também avacalha o próprio percurso por delegar ao outro a sua existência.
    Recorro outra vez a Bauman para esclarecer: “Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas da felicidade genuína, adequada e total, sempre parece residir em algum lugar à frente”. Por isso, atenção! Viver em cima do muro é prejudicial à sua própria saúde. Facilita a queda e impede novos caminhos. Um deles, o da alegria de poder ser. Talvez seja isso a que Bauman se refere quando trata da fuga da incerteza para alcançar a felicidade genuína. E, pensando bem, desconheço imagem de alegria predominantemente ocre.
    
Texto adaptado e disponível em: https://www.revistabula.com/16514-viver-em-cima-do-muro-e-prejudicial-a-saude/. Acesso em 14 de ago. 2018.
A
“Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento”. A vírgula se justifica para separar uma oração subordinada adverbial que está deslocada.
B
“Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias”. A vírgula é necessária para separar os termos essenciais da oração.
C
“Fará pouco e, muitas vezes, será visto como um sujeito comedido”. A expressão explicativa muitas vezes, que está separada por vírgulas e serve como aposto, intercalou a oração principal e a subordinada.
D
“Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia”. Os dois pontos estão empregados incorretamente, pois, depois de um verbo dicendi, emprega-se vírgula.
E
“Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter”. As vírgulas são inapropriadas, pois separam blocos prosódicos dependentes entre si.
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UNICENTRO 2018 - Português - Interpretação de Textos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Análise sintática, Coesão e coerência, Uso das aspas, Sintaxe, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando os recursos linguísticos que atuam na construção dos sentidos do poema, avalie as seguintes afirmativas:

I. A recorrência das estruturas sintáticas funciona como um elemento de coesão textual e não interfere na formação do ritmo do poema.
II. O vocativo senhores é dirigido aos leitores e, ironicamente, aos poetas que produzem poemas que não fedem e não cheiram.
III. A frase “não fede nem cheira” está empregada em sentido conotativo e expressa uma ideia de indiferença.
IV. As aspas em “Não há vagas” são empregadas porque se trata de uma gíria utilizada no âmbito do mercado de trabalho.

É correto apenas o que se afirma em

Texto para a questão:
Não há vagas
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
 Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira

Gullar, Ferreira in 'Antologia Poética'. Disponível em Acesso em 08 de ago. 2018.
A
II e III
B
I e III
C
I e IV
D
II, III e IV
E
I, II e III
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UFT 2019 - Português - Interpretação de Textos, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre os aspectos gramaticais e seus respectivos contextos, analise as afirmativas.


I. Em: “[...] o problema do egocentrismo e da falta de amor ao próximo não é exclusivo dos brasileiros. É uma preocupação mundial.” (2º parágrafo), o verbo destacado deveria estar grafado no plural, a fim de manter a concordância verbal.

II. Em: “E é uma característica que pode, sim, ser aprendida ou, pelo menos, treinada.” (3º parágrafo), empregam-se as vírgulas para isolar um elemento adverbial, neste caso, “sim”.

III. Em: “Fez questão de escolher para a pequena uma escola que seguisse os mesmos valores apreciados por ela.” (7º parágrafo), o sujeito da oração é oculto, pois está marcado na oração anterior: “A servidora pública Clara Fagundes”.

IV. Em: “As crianças ajudaram na organização e em toda a decoração: até as mais velhas, que não a conheciam, ajudaram.” (8º parágrafo), o termo destacado faz referência à “decoração”.


Assinale a alternativa CORRETA.

Texto I
Empatia, o sentimento que pode mudar a sociedade

      Sem empatia, sobra intolerância, bullying, violência. Sem gastar um segundo imaginando como o outro se sente, de onde vem, em qual contexto foi criado, ao que foi exposto, sem se lembrar que cada um tem sua história e sem tentar entender como é estar na pele do outro, surgem os crimes de ódio, as discussões acaloradas nas redes sociais, o fim de amizades de uma vida toda. É preciso ter empatia para aprender que não existe verdade absoluta, que tudo depende do ponto de vista.
      Segundo uma pesquisa da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, o Brasil não é dos países mais empáticos do mundo. Sim, somos conhecidos pela alegria e pela hospitalidade, mas quando falamos em se colocar no lugar do outro e tentar entender o que ele sente, ainda estamos muito longe do ideal. [...] Mas o problema do egocentrismo e da falta de amor ao próximo não é exclusivo dos brasileiros. É uma preocupação mundial.

Afinal, o que é empatia?
      A empatia é, em termos simples, a habilidade de se colocar no lugar do outro. Por exemplo, se você, leitor, escuta uma história sobre uma criança que teve muitos problemas de saúde, que vem de uma família muito pobre, e se comove, é possível ter dois tipos de emoção: o dó, que é a simpatia; ou se colocar no lugar daquela criança, imaginar o que ela passou e tentar entender o que ela sentia, enxergar o panorama a partir dos olhos dela. “É ser sensível a ponto de compreender emoções e sentimentos de outras pessoas”, explica Rodrigo Scaranari, presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional. E é uma característica que pode, sim, ser aprendida ou, pelo menos, treinada. Para Rodrigo, o exercício passa pelo autoconhecimento: para compreender a emoção do outro, é preciso conhecer e entender o que se passa dentro da própria cabeça. [...]
      Mas por que nos colocamos no lugar do outro? Para o psicólogo, psicanalista e professor João Ângelo Fantini, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a empatia seria “uma forma de restabelecer um contato com um objeto de amor perdido, uma parte incompreendida do sujeito”. Enxergamos no outro uma humanidade compartilhada, sentimentos que também temos e que são aplicados em situações completamente diferentes. Por reconhecermos nós mesmos no próximo, temos empatia. [...]

Um caminho desde a infância

      Para reverter o cenário de crianças que crescem cada vez mais centradas em si mesmas e nos próprios problemas como reflexo da sociedade atual, a ONG (Organização Não Governamental) americana Roots of Empathy (Raízes da Empatia) atua em escolas tentando ensinar os pequenos a se colocar no lugar do outro. Uma vez por mês, durante nove meses, uma sala de aula recebe um bebê e sua família, além de um instrutor, para que as crianças acompanhem o crescimento da confiança e dos laços emocionais de outras pessoas. Frequentemente, eles começam a enxergar nos colegas emoções que aprenderam com os instrutores.
       Os resultados desse experimento são crianças menos agressivas, que combatem o bullying por entender como o outro se sente, e que têm inteligência emocional mais apurada, entendendo as próprias emoções. O programa é internacional, mas o ensino da empatia pode ser feito de diversas outras maneiras.
       A servidora pública Clara Fagundes, 32 anos, por exemplo, considera importante estimular a filha, Helena, 3 anos, a conviver harmonicamente com os outros e com o meio ambiente. Fez questão de escolher para a pequena uma escola que seguisse os mesmos valores apreciados por ela. “Minha mãe já era muito adepta ao diálogo comigo nos anos 1980, mas, hoje em dia, há tantas outras questões que não são discutidas, como a do desperdício”, cita Clara.
        A festa de aniversário de Helena foi na escola. Não produziram lixo, não foram usados enfeites descartáveis. As crianças ajudaram na organização e em toda a decoração: até as mais velhas, que não a conheciam, ajudaram. Além disso, em vez de receber um presente de cada colega, a aniversariante ganhou apenas um presente coletivo, feito pelos próprios colegas: uma casinha de papelão. Sem egoísmo, todos brincaram com o presente e, no fim, Helena levou à sua casa.
[...]
Fonte: SCARANARI, Rodrigo. Disponível em:
<http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/ciencia-esaude/2017/01/04/internas_cienciaesaude,682928/empatia-o-sentimento-quepode-mudar-a-sociedade.shtml> Acesso em: 06 fev. 2019 (adaptado).
A
Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
B
Somente as afirmativas I e III estão corretas.
C
Somente as afirmativas II e III estão corretas.
D
Todas as afirmativas estão corretas.
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PUC - RS 2017 - Português - Uso do ponto e vírgula, Pontuação, Uso da Vírgula

Assinale a alternativa correta em relação ao emprego dos sinais de pontuação no texto.

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.



A
O ponto e vírgula da linha 07 poderia ser substituído, sem prejuízo para a estrutura do período, por vírgula.
B
A vírgula da linha 13 poderia ser suprimida já que o “e” liga duas orações que compõem uma única função sintática.
C
Na linha 31, a vírgula após “minuciosamente” poderia ser retirada, pois é opcional.
D
Na linha 33, “aos seus deuses” é um termo intercalado, podendo, portanto, estar entre vírgulas.
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IFAL 2016 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Conjunções: Relação de causa e consequência, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula, Morfologia - Pronomes

Quanto às flexões das palavras no uso da língua, assinale a única alternativa correta.

A
O substantivo feminino “Cara”, no primeiro balão, funciona como vocativo, uma vez que expressa, na conversa, a interpelação de um menino ao outro, razão por que vem separado por vírgula.
B
O verbo “passa”, ainda no primeiro balão, deveria estar no plural concordando com a expressão numérica de porcentagem (93%), que funciona como sujeito.
C
Considerando a relação com as pessoas do discurso, o pronome “essa”, no segundo balão, está empregado corretamente pelo personagem, porque a notícia a que este se refere encontra-se no jornal em suas mãos.
D
A fala do segundo garoto, iniciada pela conjunção “mas”, configura uma circunstância adversativa ao ato de ler, se se tomar por base o conceito de que “ler” é, segundo o Dicionário Aurélio, “4. Decifrar ou interpretar o sentido de”.
E
A expressão “quase nada”, no terceiro balão, pode ser substituída por “coisa alguma”, sem comprometer o discurso do personagem.
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Esamc 2018 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A palavra ‘sim’, no artigo de opinião:

Releia o excerto a seguir, para a questão.


    Tais órgãos ajudaram a dar as disposições institucionais do sistema brasileiro de C&T contemporâneo. Sistema este que apresenta sim muitas lacunas que dificultam a geração de sinergias e a ampliação das oportunidades inovativas domésticas.

A
pressupõe que há vozes discordantes da afirmação de que o sistema de C&T apresenta lacunas.
B
é polifônica ao trazer a reafirmação das vozes que defendem a hipótese das lacunas em C&T.
C
é bastante inadequada, considerando a formalidade do gênero e de seu campo de circulação.
D
teria outro sentido se fosse utilizada entre vírgulas, separando o verbo de seu objeto.
E
dada sua oralidade, fragiliza o caráter argumentativo esperado em artigos de opinião.