Questõesde UNEB sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Uso das aspas, Sintaxe, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto, é correto afirmar:

BLACH, Mateus. Patrimônio Cultural, parte II: a contemporaneidade. Disponível em:. Acesso em: 9 nov. 2014. 

A
A forma verbal “pode ser explicada” (l. 2) estrutura-se com base em um sujeito paciente, tendo como agente da ação verbal o termo “pela dicotomia na relação entre o global e o local.” (l. 2-3).
B
As expressões que mantêm a progressão temática “De um lado” (l. 3) e “Por outro lado” (l. 6) conectam ideias através de uma comparação de situações consideradas paradoxais e inconciliáveis.
C
As aspas presentes no termo “ ‘contramovimento’ ” (l. 7) ratificam o discurso irônico do enunciador do texto, diante de uma expressão com a qual ele não concorda.
D
O vocábulo “sobretudo” (l. 12) é um modificador verbal que sugere ideia de retificação quanto à informação apresentada.
E
O termo coesivo “como”, em “como danças típicas, ritos, expressões religiosas” (l. 26-27), evidencia uma comparação entre as categorias culturais consideradas pertencentes ao patrimônio ou não.
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Entre as ideias desenvolvidas no último parágrafo do texto, ocorre o que está devidamente identificado em

BLACH, Mateus. Patrimônio Cultural, parte II: a contemporaneidade. Disponível em:. Acesso em: 9 nov. 2014. 

A
A citação de um fato e sua explicação.
B
Uma relação de causa e consequência.
C
A conversão de um discurso para outro.
D
A transferência de um lugar de origem para outro destino.
E
O desenvolvimento de um fato canalizado para uma conclusão.
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Sobre o texto, é correto afirmar:

BLACH, Mateus. Patrimônio Cultural, parte II: a contemporaneidade. Disponível em:. Acesso em: 9 nov. 2014. 

A
A relação dialógica entre o local e o global permitiu uma ampliação no conceito de patrimônio, abarcando práticas cotidianas que referendam a construção identitária, muitas vezes impalpável, de uma sociedade.
B
A incompatibilidade entre movimentos de cunho global e capitalista e movimentos de cunho regional resulta na necessidade de revisitação do conceito de patrimônio, que passa a considerar apenas elementos imateriais.
C
O fenômeno da globalização, embora tenha apresentado mudanças significativas na compreensão da cultura local, não empreendeu mudanças na concepção da salvaguarda de patrimônios.
D
Uma transformação, com os novos paradigmas de cultura popular, ocorreu na maneira de se preservar o patrimônio histórico de uma comunidade.
E
O patrimônio imaterial, ao contrário do histórico, que só valoriza arquiteturas antigas, engrandece tão somente práticas culturais contemporâneas.
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COUTINHO, Laerte. Tira. Disponível em: . Acesso em: 5 nov. 2014.


A leitura dos quadrinhos permite inferir que

A
toda manifestação precisa pautar-se em propostas concretas para que não se torne inócua e insipiente.
B
a manutenção de valores arraigados não mobiliza, não ressignifica nem transforma comportamentos sociais.
C
as manifestações não garantem a melhoria de uma sociedade, uma vez que elas geram mais o caos do que propõem mudanças.
D
a principal crítica à fixação de valores sociais está no fato de que as mudanças estruturais não garantem um futuro melhor para os jovens.
E
os jovens não concordam com o discurso que se funda na tradição, mas não encontram mecanismos eficientes para mudar a ordem instaurada.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com as ideias desenvolvidas pela articulista, é correto afirmar que a cultura de massa


A
é vista pela sociedade como um fenômeno positivo, capaz de mobilizar reflexões e comportamentos críticos.
B
constitui a principal representante da ideologia de instituições consolidadas na sociedade, como a família e a escola.
C
constitui a principal representante da ideologia de instituições consolidadas na sociedade, como a família e a escola.
D
representa a ideologia hedonista e manipuladora do poder, apresentando valores consumistas que desconstroem o conceito de cidadania.
E
apresenta, alternativamente, aspectos positivos e negativos, havendo um diálogo entre os elementos de produção e os de recepção, como sujeitos agentes do processo comunicativo.
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O fragmento do texto que explicita a contra-argumentação de um discurso já consolidado sobre as culturas de massa está presente em


A
“Estão estreitamente influenciados pela trajetória e apropriação de um capital cultural oriundo da família e das instituições educativas pelas quais quase todos experimentam ao longo de suas vidas.” (l. 7-10).
B
“apoio a ideia de que a cultura de massa pode ser considerada uma terceira cultura, ou seja, uma cultura que se alimenta a partir de uma relação de interdependência com outras culturas, seja esta escolar, seja nacional, seja religiosa.” (l. 12-16).
C
“Creio que, dessa forma, posso compreender o processo comunicativo proposto pela TV e demais mídias como um processo de interação, um diálogo contínuo entre criação (produtor) e consumo (receptor).” (l. 20-24).
D
“acredito que o receptor da mensagem midiática, televisiva ou não, não é passivo, não apreende as mensagens tal como foram propostas. A recepção não é o estágio final do processo comunicativo.” (l. 25-29).
E
“A etapa da interiorização é essencialmente particular e singular, derivada sobretudo da trajetória anterior de cada um.” (l. 33-35).
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A análise dos elementos presentes no fragmento retirado do texto está correta na alternativa


A
“A TV e os demais produtos da cultura de massa são fenômenos, sem dúvida, controversos e complexos.” (l. 1-2) — Os adjetivos “controversos e complexos” reforçam a ideia de que a cultura de massa é incoerente e incompatível com construção de valores.
B
“Ora educam, segundo uma lógica hedonista, ora educam para a emancipação.” (l. 4-5) — O qualificador “hedonista” reitera a proposta de liberdade de expressão e consciência crítica.
C
“Os usos das mensagens desses veículos são heterogêneos e circunstanciados.” (l. 5-7) — Os atributos “heterogêneos” e circunstanciados” referendam o perfil plural e situacional das ideologias veiculadas por meio dos suportes da cultura de massa.
D
“A etapa da interiorização é essencialmente particular e singular, derivada, sobretudo, da trajetória anterior de cada um.” (l. 33-35) — O substantivo “interiorização” evidencia o caráter identitário e regional da cultura das mídias.
E
“toda explicitação de sentido que sustenta hierarquias e relações de poder.” (l. 40-42) — Os termos “hierarquias e relações de poder” denotam, no contexto, o caráter preconceituoso e excludente que se manifesta através da cultura midiática.
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UNEB 2014 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Análise sintática, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre os aspectos linguísticos do texto, é correto afirmar:


A
O conector “ora”, em “ora educam para a emancipação” (l. 5), pode ser substituído por portanto, sem prejuízo de sentido, uma vez que conclui uma linha de raciocínio que vinha se desenvolvendo desde o início do texto.
B
A expressão “pela trajetória e apropriação de um capital cultural” (l. 8) apresenta uma circunstância de modo, sugerindo a maneira como a cultura de massa inculca sua ideologia na sociedade em geral.
C
A oração reduzida “Concordando com as colocações de Edgar Morin” (l. 11), por revelar uma hipótese polifônica levantada pela articulista, pode se desenvolver, sem alteração do sentido original, da seguinte forma: Caso concorde com as colocações de Edgar Morin.
D
A oração “empreender uma análise interdisciplinar.” (l. 19-20) apresenta função subjetiva de uma declaração que considera essa atitude indispensável para a compreensão da cultura de massa, proposta pela articulista.
E
O termo “tal”, em “tal como foram propostas” (l. 27) explicita uma ideia de intensidade, denunciando uma crítica da articulista em relação a discursos generalizados e preconceituosos sobre a TV e a cultura das mídias.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Foi assim que o temporal, o vento uivando, as águas encrespadas, os alcançou em viagem. (...) Ninguém sabe como Quincas se pôs de pé, encostado à vela menor. (...) Mulheres e homens se seguravam às cordas, agarravam às bordas do saveiro... e a figura de Quincas, de pé, cercado pela tempestade, impassível e majestoso, o velho marinheiro.
(...) Foi quando cinco raios sucederam-se no céu, a trovoada reboou num barulho de fim de mundo, uma onda sem tamanho levantou o saveiro. (...) ...à luz dos raios, viram Quincas atirar-se e ouviram sua frase derradeira.” (p.101- 102)
AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro d’Água. Rio de Janeiro: Record, 42 ed., 1980.

A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água, de Jorge Amado, enquadra-se num estilo bastante desenvolvido na América Latina chamado Realismo Mágico.
O trecho destacado ilustra bem esse estilo porque apresenta

A
linguagem coloquial, próxima do falar do povo, articulada em orações coordenadas e semanticamente fluida.
B
sensorialismo e figuras de linguagem, o que remete à predominância de um estilo cheio de conotação.
C
sentimentalismo e racionalismo em estado de equilíbrio, rompido pela ação impensada de Quincas.
D
detalhes sobre a atitude das personagens, inclusive de Quincas, tornando verossímil a ideia de valorização de sua morte memorável sobre as outras duas: a física e a moral.
E
determinismo como explicação para o comportamento das personagens que se encontravam em eminente situação de perigo.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

    “Tudo aquilo que foi meu lastro, terra onde tinha fincado os pés, tudo se transformou num jogo fácil de adivinhas. O que era milagrosa descida dos santos reduziu-se a um estado de transe que qualquer calouro da Faculdade analisa e expõe. Para mim, professor, só existe a matéria. Nem por isso deixo de ir ao terreiro e de exercer as funções de meu posto de Ojuobá, cumprir meu compromisso. Não me limito como o senhor que tem medo do que os outros possam pensar, tem medo de diminuir o tamanho de seu materialismo.
    — Sou coerente, você não é!, explodiu Fraga Neto, Se não acredita mais, não acha desonesto praticar uma farsa, como se acreditasse?
    — Não. Primeiro, como já lhe disse, gosto de dançar e de cantar, gosto de festa, antes de tudo de festa de candomblé. Ademais, há o seguinte: estamos numa luta, cruel e dura. Veja com que violência querem destruir tudo que nós, negros e mulatos, possuímos, nossos bens, nossa fisionomia.
Ainda há pouco tempo, com o delegado Pedrito, ir a candomblé era um perigo, o cidadão arriscava a liberdade e até a vida (…) O senhor pensa que, seu eu fosse discutir com o delegado Pedrito, como estou discutindo com o senhor, teria obtido algum resultado? Se eu houvesse proclamado meu materialismo, largo de mão o candomblé, dito que tudo aquilo não passava de um brinquedo de criança, resultado do medo primitivo, da ignorância e da miséria, a quem eu ajudaria? Eu ajudaria, professor, ao delegado Pedrito e sua malta de facínoras, ajudaria a acabar com uma festa do povo. Prefiro continuar a ir ao candomblé, ademais gosto de ir, adoro puxar cantiga e dançar em frente aos atabaques.
    — Assim, mestre Pedro, você não ajuda a modificar a sociedade, não transforma o mundo.
    — Será que não? Eu penso que os orixás são um bem do povo. A luta da capoeira, o samba-de-roda, os afoxés, os atabaques, os berimbaus são bens do povo. Todas essas coisas e muitas outras que o senhor, com seu pensamento estreito, quer acabar, professor, igualzinho ao delegado Pedrito, me desculpe lhe dizer. Meu materialismo não me limita…”


AMADO, Jorge. Tenda dos Milagres. Disponível em: < https://armonte.wordpress.com/2012/11/20/jorge-amado-em-estado-de-graca-tendados-milagres/> . Acesso em: 13 nov. 2018.


O trecho destacado expõe uma oposição de ideias entre suas personagens.

A alternativa que melhor explica esse conflito é

A
Confrontam-se duas vertentes ideológicas: capitalismo e socialismo; assim como em outros livros, Jorge Amado defende a ideologia socializante.
B
Estão em jogo razão e imaginação: as personagens colocam em foco seus anseios profundos, mostrando assim suas posições.
C
A discussão se dá entre a dualidade materialismo/fé, respectivamente, de Fraga Neto e mestre Pedro Arcanjo, que, embora esse último apresente uma racionalidade intelectual, não considera essa situação uma barreira para as suas questões de fé.
D
O confronto se dá entre uma ideologia burguesa e uma ideologia proletária em virtude das atividades profissionais que cada uma das personagens exerce na sua vida diária.
E
O confronto é apenas ilusório, na verdade são formas idênticas de pensar, divergindo-se apenas na maneira de expressá-las.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Texto 1

Lutou contra a existência num humilde barracão
Joana de tal, por causa de um tal joão.
Depois de medicada, retirou-se pro seu lar
Aí a notícia carece de exatidão.
O lar não existe,
Ninguém volta ao que acabou.
Joana é mais uma mulata triste que errou,
Errou na dose, errou no amor,
Joana errou de João.
Ninguém notou,
Ninguém morou
Na dor que era o seu mal,
A dor da gente não sai no jornal.



HOLANDA. Chico Buarque de. Notícia de Jornal. Disponível em:
<https://www.vagalume.com.br/chico-buarque/noticia-dejornal.html>. Acesso em: 14 nov. 2018.


Texto 2



“Sabe que Odilon – e se não mudou inteiramente – examinar-lhe-á o rosto com atenção a observar todos os detalhes.”

“Depois, o prédio magro de três andares na ruazinha de ladeira, no Rio Vermelho, onde permaneceria os últimos quinze anos ao lado do mar e de Geraldo.”


FILHO, Adonias. O Largo Branco. Largo da Palma. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. p. 32-35.





O texto de Chico Buarque, Notícia de Jornal, mantém uma relação de intertextualidade com o conto “O Largo de Branco”, da obra de Adonias Filho, O Largo da Palma.

Baseando-se na narrativa do conto e na canção, é correto afirmar:

A
A história de Joana, personagem da música de Chico, ilustra bem a relação entre Eliane e Geraldo, comprovando-se, dessa forma, a intertextualidade temática.
B
No poema de Chico, encontra-se um retrato da relação entre Eliane e Odilon, homem ardiloso que a explora financeiramente, configurando-se, assim, a intertextualidade em nível semântico.
C
A música de Chico apresenta uma verossimilhança de estilo com o conto “O Largo de Branco”, estabelecendo uma intertextualidade contextual-histórica.
D
No que concerne à forma, há uma identidade entre os textos, isso configura também uma relação de intertextualidade.
E
A intertextualidade pode ser comprovada na medida em que os textos são engajados e apresentam crítica social e a mesma tipologia narrativa.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Trecho 1
“Até hoje permanece certa confusão em torno da morte de Quincas Berro d’Água. Dúvidas por explicar, detalhes absurdos, contradições nos depoimentos das testemunhas, lacunas diversas.” (p.15).

Trecho 2
“Quando finalmente, naquela manhã, um santeiro estabelecido na ladeira do Taboão chegou aflito à pequena porém bem arrumada casa da família Barreto e comunicou à filha Vanda e ao genro Leonardo estar Quincas definitivamente espichado, morto em sua pocilga miserável...” (p. 21).

Trecho 3
“Quando já estavam fartos de tanto cantar, Curió perguntou:
- Não era hoje de noite a moqueca de Mestre Manuel?
- Hoje mesmo. Moqueca de Arraia – acentou Pé de Vento.
- Ninguém faz moqueca igual a Maria Clara – afirmou Cabo.
Quincas estalou a língua. Negro Pastinha riu:
-Tá doidinho pela moqueca.” (p. 91).
AMADO, Jorge. A morte e a morte de Quincas Berro d’Água. Rio de Janeiro: Record, 42 ed., 1980.

Os trechos destacados permitem afirmar que a narrativa utilizada pelo autor se dá

A
através de Quincas, que acompanha fielmente o movimento das personagens ao tempo em que faz uma investigação psicológica delas.
B
em terceira pessoa, alternando discurso direto e discurso indireto na tessitura do enredo.
C
em primeira pessoa, alternando discurso direto e discurso indireto livre com a finalidade de aproximar o leitor das personagens.
D
em primeira pessoa, discorrendo sobre os momentos finais de sua vida num estilo fragmentado em que a linearidade narrativa é quebrada a todo momento.
E
em terceira pessoa, dirigindo-se a um interlocutor imaginário, técnica que cria um clima de realismo mágico.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Três pastos, uma casa, uma roça de mandioca, arado, carro de bois, cavalo, gado e cachorro. Uma mulher, doze filhos. O baque da cancela era um adeus a tudo isso. Já tinha sido um homem, agora não era mais nada, não tinha mais nada.”
TORRES, Antônio. Essa Terra. Rio de Janeiro: Record, 2005, 20 ed. edição, p. 67.

Considerando-se a totalidade do romance e a temática do trecho acima, é correto afirmar:

A
As questões existenciais perdem importância no desenrolar da narrativa à medida que os fatos sociais e políticos ganham relevância.
B
A crítica social e política é a tônica da narrativa, colocando o ser humano como mero coadjuvante de uma trama que é a própria vida pulsante da sociedade.
C
A degradação humana está condicionada a um contexto econômico e político cuja lógica submete a população de Junco a um processo de desumanização acentuado.
D
A desumanização das personagens ilustra a decadência da sociedade de classe capitalista.
E
A análise psicológica inexiste no romance em proveito de uma abordagem social e antropológica.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analisando-se o poema, em destaque, é correto afirmar:

Mágoas
Quando nasci, num mês de tantas flores,
Todas murcharam, tristes, langorosas,
Tristes fanaram redolentes rosas,
Morreram todas, todas sem olores.

Mais tarde da existência nos verdores
Da infância nunca tive as venturosas
Alegrias que passam bonançosas,
Oh! Minha infância nunca tive flores!

Volvendo à quadra azul da mocidade,
Minh’alma levo aflita à Eternidade,
Quando a morte matar meus dissabores.

Cansado de chorar pelas estradas,
Exausto de pisar mágoas pisadas,
Hoje eu carrego a cruz de minhas dores!
ANJOS, Augusto. Mágoas. Eu e outras poesias. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2018.
A
A temática está vinculada à problemática existencial, analisada sob um olhar de um eu lírico imparcial e amadurecido pelo tempo.
B
A linguagem de que se apropria o eu lírico para sua expressão poética é científica, agressiva e filosófica, sem uso de qualquer termo que remeta o leitor à reflexão.
C
A presença de elementos da natureza constitui um recurso amenizador diante das questões filosóficas tratadas pelo eu lírico
D
As imagens evocadas traduzem o percurso angustiante e existencial do eu lírico, assim como sua percepção de irreversibilidade diante dos fatos.
E
O uso enfático de elementos da pontuação, vírgulas e exclamações compromete a intenção poética e, em consequência, a percepção temática.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A alternativa que está improcedente em relação à análise do poema é

A
A miscigenação cultural.
B
Apologia ao coloquialismo brasileiro.
C
Ironia sutil e irreverência social.
D
Ruptura com os padrões literários.
E
Valorização da cultura dominante.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Excerto 1
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai Carlos! Ser gauche na vida.
ANDRADE, Carlos Drummond de.Poema das Sete Faces. Alguma Poesia. Rio de Janeiro. Ed. José Olímpio, 1983. p.3-4).

Excerto 2
Quando eu nasci
um anjo louco muito louco
veio ler a minha mão
não era um anjo barroco
era um anjo muito louco, torto
com asas de avião.
Let’s play that Todo Dia É Dia D, CD Torquato Neto Vários Artistas, Dubas Música, 2002.

Excerto 3
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
PRADO, Adélia. Com licença poética. Poesia Reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.

Excerto 4
Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

Assim como Augusto dos Anjos em “Mágoas”, os excertos 1, 2, 3 e 4 constituem uma reflexão acerca do nascimento, distintas entre si, pela época, pela visão de mundo e pelo tratamento que cada um deles dá a esse tema, mantendo um perceptível distanciamento.
Considerando-se esses excertos, é improcedente afirmar:

Mágoas
Quando nasci, num mês de tantas flores,
Todas murcharam, tristes, langorosas,
Tristes fanaram redolentes rosas,
Morreram todas, todas sem olores.

Mais tarde da existência nos verdores
Da infância nunca tive as venturosas
Alegrias que passam bonançosas,
Oh! Minha infância nunca tive flores!

Volvendo à quadra azul da mocidade,
Minh’alma levo aflita à Eternidade,
Quando a morte matar meus dissabores.

Cansado de chorar pelas estradas,
Exausto de pisar mágoas pisadas,
Hoje eu carrego a cruz de minhas dores!
ANJOS, Augusto. Mágoas. Eu e outras poesias. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2018.
A
Para Drummond, a palavra “anjo” contém um sentido semântico ligado à previsão fatídica, consolidada pelo uso do estrangeirismo “gauche”.
B
No excerto 2, os termos “barroco” e “louco” remetem a uma contradição ideológica, comprovada pelo verso “com asas de avião”, que remete ao desejo de liberdade.
C
Em Adélia Prado, o ”anjo esbelto” traz a enunciação de uma nova era, em que a libertação se faz pela expressão “carregar bandeira”.
D
O último excerto revela uma atitude de rejeição do sujeito poético a um determinismo “predestinado” pelo “anjo safado”, configurado pela adversativa “Mas”.
E
A palavra “anjo”, em todos os fragmentos, mantém o sentido ideológico judaico-cristão, perpetuado desde a Idade Média, de respeito e reverência, sem registro de ressignificação.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando-se os recursos de estilo do poema “Mágoas” e a escola literária em que o poeta está inserido, é procedente o que se afirma em

Mágoas
Quando nasci, num mês de tantas flores,
Todas murcharam, tristes, langorosas,
Tristes fanaram redolentes rosas,
Morreram todas, todas sem olores.

Mais tarde da existência nos verdores
Da infância nunca tive as venturosas
Alegrias que passam bonançosas,
Oh! Minha infância nunca tive flores!

Volvendo à quadra azul da mocidade,
Minh’alma levo aflita à Eternidade,
Quando a morte matar meus dissabores.

Cansado de chorar pelas estradas,
Exausto de pisar mágoas pisadas,
Hoje eu carrego a cruz de minhas dores!
ANJOS, Augusto. Mágoas. Eu e outras poesias. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2018.
A
O epíteto de “Poeta da Morte”, que os críticos literários atribuem ao poeta, dá-se pela presença de um antilirismo exagerado, seguramente comprovada no poema em questão.
B
O uso do soneto como forma de expressão poética permite classificá-lo como um poeta da vanguarda modernista.
C
Augusto dos Anjos, assim como Álvares de Azevedo, em “Adeus, meus sonhos”, cantou suas angústias de adolescente, daí o seu epiteto poeta do byronismo.
D
A subjetividade do poema e o uso da função emotiva da linguagem permitem inserir seu autor na geração romântica, em que também se encontra Castro Alves.
E
As metáforas e suas associações às circunstâncias da vida mostram uma forte influência do Simbolismo, sobretudo em relação ao sofrimento e à transcendência.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Classificação dos verbos (Regulares, Irregulares, Defectivos, Abundantes, Unipessoais, Pronominais), Colocação Pronominal, Sintaxe, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Concordância verbal, Concordância nominal, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Considerando-se os recursos linguísticos na tessitura do poema, é correto afirmar:

A
O título do poema é incompatível com o seu teor temático, as palavras, em sua relação morfossintática, não permitem assim denominá-lo.
B
A expressão “Dê-me um cigarro” (v.1) deveria flexionar-se no plural, pois são três os enunciadores desse discurso direto.
C
O uso da ênclise e próclise, simultaneamente, em um mesmo texto, compromete a norma-padrão culta, justamente, por se tratar de uma linguagem literária.
D
As formas verbais “diz” (v. 2) e “dizem “(v. 7) pertencem ao verbo “dizer”, irregular, com diferentes transitividades, exercendo, nesse poema, uma predicação transitiva direta.
E
As expressões “Do professor e do aluno/ E do mulato sabido” (v. 3-4) exercem morfossintaticamente função de complemento nominal.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A construção de uma identidade nacional, segundo o texto, é de responsabilidade, sobremaneira, de uma

TEXTO:

Importância de se preservar a identidade cultural do Brasil. Disponível

em: http://www.saaesp.org.br/arquivos/2117>. Acesso em: 14 nov. 2018.

A
economia estabilizada.
B
sociedade receptiva às múltiplas vivências.
C
consciência educacional efetiva.
D
política transparente e com fortes objetivos sociais.
E
legislação baseada nos interesses coletivos diferenciados das diversas culturas.
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UNEB 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo as ideias do texto, a questão da identidade nacional brasileira é bastante discutida e de difícil consenso.

A alternativa que melhor justifica essa opinião é

TEXTO:

Importância de se preservar a identidade cultural do Brasil. Disponível

em: http://www.saaesp.org.br/arquivos/2117>. Acesso em: 14 nov. 2018.

A
As dimensões geográficas do país dificultam a troca de contato entre seus habitantes e, em consequência disso, não existe uma norma-padrão para a língua falada e escrita.
B
A diversidade de hábitos, costumes, língua e religiosidade de nossa população não permite definir uma única cultura nacional como os demais países.
C
A multiplicidade cultural de nosso povo confunde-se com identidade nacional, que se configura impar e, ao mesmo tempo, plural.
D
A identidade nacional brasileira não se estabelece em virtude da falta de resgate das memórias de diferentes origens que compuseram nossa história
E
O sentimento de pertencimento a uma determinada identidade cultura faz com que seja impossível se construir uma identidade nacional.