Questõesde IF-PE sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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Foram encontradas 29 questões
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IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Analise alguns fragmentos do TEXTO 1 e marque a alternativa que contém uma afirmação VERDADEIRA.

TEXTO 1

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.

(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.

(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.

(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.

(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.

[...]

LIMA, Victor. Disponível em:. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado)

A
Em “Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é [...]” (1º parágrafo), o pronome destacado tem a função de retomar o trecho sublinhado.
B
Em “O livro que tem tudo isso é ‘O leão, a feiticeira e o guarda-roupa’, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis.” (1º parágrafo), o emprego da vírgula, nas duas situações, se deve à mesma razão: separa termos de uma mesma função sintática.
C
Em “‘As Crônicas de Nárnia’ é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas [...]” (2º parágrafo), há inadequações na concordância das palavras em destaque. Conforme a norma culta, deveria ser “são”, concordando com “Crônicas”, e “abrange”, combinando com “conjunto”.
D
Em “São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.” (3º parágrafo), o sujeito das formas verbais sublinhadas é o mesmo, o que pode ser comprovado pela adequada concordância verbal.
E
Em todo o quarto parágrafo, o autor focaliza o enredo de intrigas já anunciado no início do texto – “[...] batalhas épicas entre o bem e o mal”. O emprego de palavras como “oposição”, “conflitos” e “contrastes” comprova isso, embora, no quinto parágrafo, o autor mostre que os personagens são semelhantes entre si.
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IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando-se o gênero do TEXTO 1 e sua pretensão comunicativa, assinale a alternativa CORRETA.

TEXTO 1

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.

(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.

(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.

(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.

(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.

[...]

LIMA, Victor. Disponível em:. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado)

A
Devido à visível impessoalidade e à predominância de sequências narrativas, trata-se de uma notícia que apresenta tempo, espaço e personagens envolvidos no acontecimento abordado.
B
Por ser um artigo de opinião, a intenção do autor foi, prioritariamente, defender seu ponto de vista sobre a obra de Clive Staples Lewis, o que já fica evidente no primeiro parágrafo.
C
É uma carta do leitor, uma vez que o autor leu o conjunto de histórias de Clive Staples Lewis e emitiu um julgamento, visando à publicação de seu texto em um jornal de grande circulação.
D
Tendo em vista as características predominantes, é um relato, por meio do qual o interlocutor passa a conhecer tanto as histórias de Nárnia, quanto a experiência de Victor Lima ao lê-las
E
Trata-se de uma resenha, cujo objetivo foi apresentar, de forma sintetizada, o conjunto de histórias “As Crônicas de Nárnia”, de modo a estimular o interlocutor à leitura da obra.
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IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O TEXTO 5 é literário e, portanto, possui uma linguagem carregada de significados, possibilitada pelo uso de figuras de linguagem e outras estratégias. Considerando isso, analise as proposições a seguir e, em seguida, assinale a alternativa CORRETA.


I. No terceiro verso da primeira estrofe do TEXTO 5, percebemos a inserção do poeta quando ele dá seu próprio nome ao eu-lírico.

II. A terceira estrofe do TEXTO 5 revela a massificação das pessoas, refletida no transporte que “passa cheio de pernas”. Neste mesmo verso, o poeta faz uso de metonímia ao trocar “pessoas” por “pernas”.

III.A inexistência de pontuação no interior de alguns versos do TEXTO 5 está ligada à liberdade de expressão e à licença poética do Modernismo brasileiro.

IV.As “pernas brancas pretas amarelas”, mencionadas na terceira estrofe do TEXTO 5, ilustram a diversidade de raças que compõem o povo brasileiro.

V. Na penúltima estrofe do TEXTO 5, através de uma metalinguagem, Drummond reflete sobre a composição das rimas do poema.


Estão CORRETAS as proposições

TEXTO 4

NO MEIO DO CAMINHO

No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

 tinha uma pedra                                   

no meio do caminho tinha uma pedra.


           Nunca me esquecerei desse acontecimento

    na vida de minhas retinas tão fatigadas.

               Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra                                  

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra.

ANDRADE, Carlos Drummond de. No meio do caminho. Disponível em: http://www.algumapoesia.com.br/drummond/ drummond04.htm. Acesso: 12 out. 2017.


TEXTO 5

POEMA DE SETE FACES


Quando nasci, um anjo torto           

  desses que vivem na sombra          

      disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.


As casas espiam os homens          

que correm atrás de mulheres.      

A tarde talvez fosse azul,               

  não houvesse tantos desejos.          


O bonde passa cheio de pernas:   

pernas brancas pretas amarelas. 

                       Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu

 coração.                                         

Porém meus olhos                        

não perguntam nada.                   


 O homem atrás do bigode             

é sério, simples e forte.               

Quase não conversa.                  

    Tem poucos, raros amigos              

            o homem atrás dos óculos e do bigode. 


Meu Deus, por que me                

abandonaste                               

 se sabias que eu não era Deus   

     se sabias que eu era fraco.             


Mundo mundo vasto mundo,       

 se eu me chamasse Raimundo    

seria uma rima, não seria uma    

solução.                                      

Mundo mundo vasto mundo,      

mais vasto é meu coração.        


 Eu não devia te dizer                 

 mas essa lua                             

 mas esse conhaque                  

botam a gente comovido como

o diabo.                                    

ANDRADE, Carlos Drummond de. Poema de sete faces. Disponível em: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/poema-das-sete-faces-carlos-drummond-de-andrade/. Acesso: 12 out. 2017

A
I, II e III, apenas.
B
I, II, III, IV e V.
C
III, IV e V, apenas.
D
I, II e IV, apenas.
E
II e V, apenas.
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IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analisando o diálogo entre as personagens e o contexto da tira que constitui o TEXTO 3, pode-se afirmar que

Disponível em: http://www.a12.com/redacaoa12/opiniao/doses-de-altruismo. Acesso: 10 out. 2017.

A
o termo “altruísmo”, utilizado no último quadrinho, é o oposto de filantropia.
B
ao falar, a personagem do terceiro quadrinho expressa admiração pela atitude de sua interlocutora.
C
o primeiro e o segundo quadrinhos criam uma expectativa que é atendida pela fala presente no terceiro.
D
o termo “altruísmo”, utilizado no último quadrinho, poderia ser substituído por misantropia.
E
a personagem que fala no último quadrinho não acredita que a atitude de sua interlocutora seja sincera e espontânea.
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IF-PE 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o TEXTO 3 para responder a questão.


TEXTO 3




SAMUCA – Diario de Pernambuco – 24 de maio de 2014. Disponível em: < http://blogs.diariodepernambuco.com.br/esportes/2014/05/16/ilustrando-em-charges-o-pais-da-copa/commentpage-1/>. Acesso em: 5 maio 2018.

O TEXTO 3 é uma charge que foi publicada no dia 24 de maio de 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil, e faz referência ao dia em que a taça da competição começou a ser exibida em Pernambuco. Ela foi levada a várias cidades do país e muitos torcedores foram vê-la de perto. Sabendo disso, conclui-se que, nessa charge, há uma

A
crítica à relevância que se dá ao futebol no Brasil, o que é representado pela posição de reverência dos personagens com relação à taça da Copa.
B
mensagem otimista sobre a conquista da Copa do Mundo de 2014, o que é representado pela devoção dos personagens à taça.
C
mensagem pessimista sobre a conquista da Copa do Mundo de 2014, o que é representado ironicamente pelas súplicas ao Fuleco (mascote) e à Brazuca (bola).
D
construção de sentido que se apoia na devoção dos personagens à taça para mostrar que os torcedores estavam inseguros com o desempenho da seleção brasileira.
E
crítica bem-humorada sobre os contrastes sociais e problemas políticos que são esquecidos em períodos de Copa do Mundo no Brasil.
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IF-PE 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o TEXTO 6 para responder à questão.


TEXTO 6


FOI-SE A COPA?


Foi-se a Copa? Não faz mal.

Adeus chutes e sistemas.

A gente pode, afinal,

Cuidar de nossos problemas.


Faltou inflação de pontos?

Perdura a inflação de fato.

Deixaremos de ser tontos

se chutarmos no alvo exato.


O povo, noutro torneio,

havendo tenacidade,

ganhará, rijo, e de cheio,

A Copa da Liberdade.


ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008, p. 1345.


O poema “Foi-se a Copa”, de Carlos Drummond de Andrade,

A
apresenta um eu-lírico desencantado, pessimista e isolado de questões sociais.
B
evoca características ufanistas típicas da primeira fase do Modernismo.
C
critica a alienação causada pela Copa e apresenta preocupação com questões sociais.
D
parte do lirismo filosófico para construir uma simbologia abstrata entre a Copa e a sociedade.
E
apresenta uma poesia metalinguística a partir da escolha do próprio tema, a Copa do Mundo.
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Leia o TEXTO 4 para responder à questão.


TEXTO 4




Disponível em: <https://www.barrazine.com.br/2012/03/futebol-sem-violencia-novo-modelo-administrativ/>. Acesso em: 5 maio 2018.

O TEXTO 4 faz parte de uma campanha contra a violência nos estádios de futebol. As principais estratégias utilizadas para conquistar a adesão do público alvo à campanha são

I. a relação entre a palavra “guerra” e a imagem central da bola/bomba.
II. o uso da negação antes dos verbos no indicativo, como em “não deixe” e “não leve”.
III.o emprego de verbos no imperativo, como “deixe” e “leve”.
IV.a oposição entre dois campos semânticos: o do futebol e o da paz.
V. a sinonímia entre arma e guerra, futebol e paz.

Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas

A
II e IV.
B
IV e V.
C
II e III.
D
I e V.
E
I e III.
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O efeito de humor, no TEXTO 2, decorre, principalmente,

Leia o TEXTO 2 para responder a questão.


TEXTO 2 


FUTEBOL DE RUA



(1) Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim:
(2) DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa. No caso de se usar uma pedra, lata ou outro objeto contundente, recomenda-se jogar de sapatos. De preferência os novos, do colégio. Quem jogar descalço deve cuidar para chutar sempre com aquela unha do dedão que estava precisando ser aparada mesmo.

(3) DA DURAÇÃO DO JOGO – Até a mãe chamar ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.

(4) DA FORMAÇÃO DOS TIMES – O número de jogadores em cada equipe varia, de um a 70 para cada lado. Algumas convenções devem ser respeitadas. Ruim vai para o gol. De óculos é meia-armador, para evitar os choques.

(5) DO JUIZ – Não tem juiz.

(6) DAS INTERRUPÇÕES – No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada numa destas eventualidades:

(7) a) Se a bola for para baixo de um carro estacionado e ninguém conseguir tirá-la, mande o seu irmão menor.

(8) b) Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar não mais de 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isto não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa ou apartamento e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação. Se o apartamento ou casa for de militar reformado com cachorro, deve-se providenciar outra bola. Se a janela atravessada pela bola estiver com o vidro fechado na ocasião, os dois times devem reunir-se rapidamente para deliberar o que fazer. A alguns quarteirões de distância.

(9) c) Quando passarem veículos pesados pela rua. De ônibus para cima. Bicicletas e Volkswagen, por exemplo, podem ser chutados junto com a bola e se entrar é gol.

(10) DO INTERVALO PARA DESCANSO – Você deve estar brincando!

(11) DA TÁTICA – Joga-se o futebol de rua mais ou menos como o futebol de verdade (que é como, na rua, com reverência, chamam a pelada), mas com algumas importantes variações. O goleiro só é intocável dentro da sua casa, para onde fugiu gritando por socorro. É permitido entrar na área adversária tabelando com uma Kombi. Se a bola dobrar a esquina é córner.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. Futebol de rua. Disponível em: < http://contobrasileiro.com.br/futebol-de-ruacronica-de-luis-fernando-verissimo/>. Acesso em: 05 maio 2018 (adaptado).

A
da subjetividade com a qual os fatos são narrados, trazendo à tona lembranças da infância.
B
da elaboração de um regimento para uma prática bastante desregrada: o futebol de rua.
C
da comparação entre a pelada e o futebol de rua, que enquadra aquele como mais rudimentar que este.
D
da utilização de termos antigos relacionados ao futebol, tais como “córner”, no último parágrafo.
E
da construção de imagens que remetem a um passado afetivo da infância do narrador.
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IF-PE 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A partir da leitura atenta do TEXTO 1, infere-se que

Leia o TEXTO 1 para responder a questão.


A COPA DO MUNDO NA RÚSSIA PODE SER A ÚLTIMA TENTATIVA DE UNIÃO NACIONAL


(1) Mais do que a principal competição do maior esporte no planeta, a Copa do Mundo deve ser considerada um evento político. Futebol é política, e vice-versa. Como instituição, é parte estrutural da formação de diversos povos e sua cultura, contribuindo para a formatação de seus costumes, de suas marcas, hábitos, vocabulário. Quem ignora o papel do futebol, na formação histórica de algumas nações, pouco entende da antropologia social e cultural delas -  e nisso estamos inclusos. As seleções nacionais são representantes de seus países muito mais importantes e reconhecidas do que o melhor dos embaixadores. E a Copa, o único espaço pelo qual países frágeis na economia e geopolítica mundial podem derrotar países muito à frente nesses aspectos.

(2) Como Diego Maradona sempre gosta de lembrar, a seleção argentina, na Copa de 1986, entrou em campo contra a Inglaterra, pelas quartas de finais, para jogar pelos mortos na Guerra das Malvinas, e não simplesmente para ganhar um jogo. Isso não era restrito apenas aos jogadores: era o sentimento nacional de todos os argentinos. E, quando questionado sobre o gol de mão que abriu o placar na partida, El Pibe não teve dúvidas sobre a sensação: “Foi como bater a carteira de um inglês”.

(3) Na França, a vitória na Copa de 1998 ajudou a amenizar o conflito racial que pairava na nação - entre brancos, negros e árabes - e a derrota nas duas Copas seguintes o acirrou novamente. A Copa do Mundo também foi capaz de colocar no mesmo espaço de disputa o que um dos muros mais implacáveis da história separava: em 1974, Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental se enfrentaram pela primeira fase, com vitória da ala soviética (que muitos afirmam ter sido entregue pela parte capitalista para evitar adversário mais forte na fase seguinte). Momento épico.

(4) Copa traz integração. A última vez que a Champs-Élysées tinha enchido tanto quanto na final da Copa de 98 foi na Queda da Bastilha. Na Copa de 2014, o esboço que vimos disso não aconteceu nos estádios, elitizados, mas sim nas fan-fests, que, como o próprio nome diz, foram espaços de festa, miscelânea, diversidade. Mas é muito maior do que isso: Copa traz a união comunitária. A gente não trabalha, a gente pinta a rua de casa, a gente compra camisa do Neymar ou do Ronaldinho ou do Ronaldo ou do Romário. Na hora do gol ou da vitória, a gente abraça até quem não conhece. Muitas vezes, uma televisãozinha é o suficiente para que toda a vizinhança se amontoe e torça pela sua representante internacional naquele momento. O País se volta, inteirinho, para um momento em que 11 homens são capazes de mudar, a qualquer instante, todo o seu sistema nervoso. E quem sequer reconhece isso tem que revisar seu próprio elitismo e sair da bolha.


PROIETE, Gabriel. A Copa do Mundo na Rússia pode ser a última tentativa de união nacional. Disponível em: < https://medium.com/@gabriel_proiete/a-copa-do-mundo-da-r%C3%BAssia-pode-ser-a- %C3%BAltima-tentativa-de-uni%C3%A3o-nacional-8aa3a939ed53 >. Acesso em: 07 maio 2018 (adaptado).

A
a Copa do Mundo é mais do que um evento, pois tem uma dimensão política grande e pode até provocar um conflito internacional.
B
o futebol faz parte da formação de diversos povos e suas culturas, mas não se relaciona à antropologia social das nações.
C
o futebol faz parte da construção sócio-histórica e política de algumas nações, influenciando costumes, hábitos e, até mesmo, o vocabulário de um povo.
D
a Copa é também um evento político, já que, em 1974, foi capaz de cooperar diplomaticamente sobre acordos de paz entre a Alemanha Oriental e Ocidental
E
o futebol provoca a união de classes sociais das mais elitizadas às mais populares, principalmente nos estádios que abrigam jogos da Copa.