Questõessobre Gêneros Textuais
Em relação ao conto “Preciosidade”, considere as afirmativas a seguir.
I. Narra a história de uma adolescente comum, sem nenhuma beleza que a tornasse especial e nenhum
acontecimento em sua vida que a fizesse olhar para si.
II. Sua preciosidade era sua virgindade.
III. Os sapatos simbolizam a passagem da infância para a vida adulta, além de lhe trazer a culpa de ter
sido estuprada por fazer barulho e chamar a atenção na rua.
IV. O barulho dos sapatos a incomodava porque ela não queria ser notada por ninguém por onde passasse porque era muito tímida.
Assinale a alternativa correta.
Leia a notícia a seguir e responda à questão.
90% das mulheres estupradas não denunciam agressor, diz especialista
Medo de morte, vergonha e humilhação e sentimento de culpa são os principais motivos para a falta de
denúncia.
Três dias antes do Natal do ano passado, a agente de atendimento Isabela (nome fictício), de 18 anos
de idade, estava voltando para casa após um culto na igreja onde frequenta quando foi abordada por
um desconhecido em uma moto. A princípio, ela diz ter pensado se tratar de um assalto e chegou a
entregar o telefone celular ao homem com capacete. “Esse foi o único dia que eu estava voltando para
casa sozinha. Ele me pegou em uma rua deserta e apontou a arma para mim. Por medo, eu não gritei.
Ele pegou o celular e disse que ia me guiar. Me levou a uma rua mais deserta e colocou um capuz em
mim para eu não ver o rosto dele”, diz. O estupro aconteceu na rua mesmo. Com medo do agressor
que a ameaçou de morte caso contasse para alguém, Isabela ficou calada e relatou apenas o assalto
para a mãe.
(Adaptado de: OLIVEIRA, A. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-04-25/90-das-mulheres-estupradas-nao-denunciam-agressor-diz-especialista.html>. Acesso em: 25 abr. 2014.)
Com base no conto “Preciosidade” e na notícia, assinale a alternativa correta.
Em relação à charge, considere as afirmativas a seguir.
I. É uma sátira em relação à migração, na direção inversa, mas por motivos semelhantes aos das migrações ocorridas no início do século XX.
II. É uma sátira referente às migrações e à falta de emprego em São Paulo, redirecionando muitos trabalhadores a outras regiões.
III. É uma crítica ao inchaço da cidade de São Paulo, ocasionado pela migração ocorrida no início do
século XX, a qual acarretou a crise da água no século XXI.
IV. O tema principal está relacionado à crise da água em São Paulo, intensificada nos últimos anos.
Assinale a alternativa correta.
Acerca das características gerais da crônica, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) Seu destinatário é Joana, seu grande amor.
( ) O uso do pronome de tratamento “você” traz uma esfera de intimidade com o leitor.
( ) Não é possível identificar o destinatário da carta.
( ) O tom da conversa é quebrado pelo uso formal da linguagem.
( ) É uma resposta ao questionamento sobre a relação amorosa.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
Em relação ao título e ao conteúdo do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Quando prescritos por especialistas, os conselhos amorosos têm grande possibilidade de dar certo.
II. Apesar de se chamar “Receita”, o texto não contém todos os elementos típicos de um texto instrucional.
III. Como um texto instrucional, o gênero receita é construído com o uso de verbos no modo imperativo.
IV. Para o eu do cronista, os conselhos não resolverão os problemas, só servirão para passar o tempo.
Assinale a alternativa correta.
Por ser um artigo de divulgação científica, o texto apresenta
uma linguagem
Na constituição do gênero do TEXTO, há a predominância do tipo textual:
A indiferença com a violência nas favelas do Rio de Janeiro
O silêncio de autoridades e instituições revela o fatalismo de uma política de segurança pública falida
Marcelo Baumann Burgo
A rotina de tiroteios em diversas favelas do Rio de Janeiro tem por cenário um labirinto de casas recheadas de seres humanos, acuados e humilhados. O quadro ultrapassa as raias do absurdo, e nem os escritores do realismo mágico seriam capazes de imaginá-lo.
O que mais surpreende, contudo, é o silêncio condescendente das autoridades e instituições cujo papel deveria ser o de, antes de qualquer outra coisa, zelar pelas garantias mínimas do direito à vida e integridade física dos cidadãos.
Mas ao que tudo indica, para os moradores das favelas cariocas, nem mesmo esse aspecto elementar do pacto hobbesiano tem sido preservado, o que sugere que, para eles, a lei é a da barbárie. Na favela da Rocinha, por exemplo, desde setembro de 2017, a cada três dias pelo menos uma pessoa – incluindo policiais - morreu nesses confrontos.
O primeiro e mais ensurdecedor silêncio é o do governador e das autoridades da segurança pública estaduais e federais. No máximo, se manifestam quando algum policial é morto no “campo de batalha”, para lamentar sua perda e reafirmar o “espírito de combate da tropa”.
Diante desse silêncio deliberado, ficam no ar várias perguntas: como explicar o sentido de uma política de segurança que tem como efeito real a tortura diária da população das favelas, que se vê obrigada a conviver com um fogo cruzado intenso e aleatório? Quem realmente responde por ela, e pelas mortes e sofrimento que ela provoca? Onde se pretende chegar com isso? Quais as suas razões “técnicas”, se é que não é uma ofensa às vítimas formular essa pergunta? SILÊNCIO...
Sob esse primeiro vácuo de respostas, há um segundo nível de silêncio, o das instituições que deveriam questionar as autoridades estaduais e federais. Cadê os poderes legislativos, que não criam um grupo suprapartidário de parlamentares para interpelar o governo? Neste caso, não vale alegar que estamos aguardando as próximas eleições para “fazer o debate”, pois o sofrimento é hoje, e a morte espreita diariamente a vida dessa população.
E o Ministério Público, que não organiza uma força-tarefa para, tempestivamente, proteger a ordem jurídica escandalosamente violada, com a agressão de todo tipo aos direitos fundamentais dos cidadãos? SILÊNCIO...
Sob essa segunda e espessa camada de silêncios, subsiste uma terceira igualmente decisiva, a da grande imprensa. Não que ela não faça a crônica diária dos tiroteios, mas em geral as faz descrevendo os fatos com aparente neutralidade, como se eles simplesmente fizessem parte da rotina, não dando sinais, portanto, de que reflete sobre o que significa informar, em uma mesma matéria, que três ou quatro pessoas morreram ou se feriram, e que a operação teve como saldo a apreensão de “um fuzil”, “dez trouxinhas de maconha”, e “alguns papelotes de cocaína”...
Cadê os editoriais cobrando respostas das autoridades? Cadê o trabalho que, em outras áreas da vida pública, por exemplo na questão da corrupção, a grande imprensa faz com tanto zelo para mobilizar a opinião pública? No caso da rotina de tiroteios nas favelas o que parece resultar do trabalho da grande imprensa é o oposto da mobilização, ou seja, um efeito de resignação diante da violência ordinária.
Restaria, ainda, a sociedade civil organizada. Cadê a OAB, CNBB, ABI, as universidades, associações de bairro, e tantas outras que se irmanaram na luta contra a ditadura? Para ser justo com elas, até esboçaram alguma reação, mas sem força para fazer diferença. Com isso, tudo se passa como se esse bangue-bangue diário e estúpido dissesse respeito apenas aos moradores das favelas. Será que devemos esperar que somente eles se mobilizem?
Como se vê, para além de quaisquer outras razões de ordem econômica e social, o que se passa com a (in)segurança nos territórios populares do Rio de Janeiro deve ser creditado, antes de mais nada, aos silêncios e omissões de diferentes autoridades e instituições. Tal postura não deixa de revelar o quadro de fatalismo e perplexidade a que chegamos e não por acaso! Pois não há mesmo muito a se fazer com o modelo atual de segurança pública.
Em face de uma trama social que se torna cada vez mais complexa, a verdade é que não há como insistir com respostas casuísticas, provisórias e crescentemente brutais, que sintomaticamente já não podem prescindir do apoio recorrente das Forças Armadas.
Mas se é assim, que ao menos se reconheça, com honestidade, a necessidade de enfrentarmos um amplo debate sobre a reforma estrutural das instituições de segurança pública, a começar pelas polícias civil e militar. A cada dia, sua incompatibilidade com o projeto de democracia se mostra mais explícita.
O sofrimento de quem convive diariamente sob a tortura da loteria dos tiroteios nos territórios populares não terá como ser reparado, mas ainda não é tarde demais para mobilizarmos energia para esse debate.
No caso do Rio de Janeiro, o mínimo aceitável seria exigir que as autoridades, de um lado, contribuíssem para precipitar esta discussão e, de outro, interrompessem imediatamente a escalada do descalabro que elas vêm chancelando, movidas sabe-se lá por que tipo de cálculo.
Adaptado a partir de: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-indiferenca-com-a-violencia-nasfavelas-do-rio-de-janeiro /. Acesso em 10 de maio de 2018.
A respeito do gênero literário crônica, indique a alternativa correta.
Texto para a questão
Leia a crônica "Farra", de Millôr Fernandes.
Nossa modesta profissão - "artista" ou
"escritor" - tem uma incrível concorrência
amadora. Todo medico, engenheiro, ou físico,
sempre desenha melhor do que nos; todo
arquiteto, biólogo ou construtor, nas horas de
folga, escrevem coisas que ... nem Flaubert, pô!
Todos, naturalmente, esperando se aposentar
de suas coisas mais serias e profundas para se
dedicar full-time a estas (nossas) atividades e
provar que apenas não tinham tempo
disponível. Mas se pensam que não vou reagir,
estão enganados. Também estou apenas
esperando me aposentar para ser um militar
amador ou melhor, por que não?, um
ginecologista amador. Ou não pode?
Considere as seguintes afirmações sabre a crônica.
I - O uso de aspas em "artista" e "escritor" marca
a ironia em relação a profissões reconhecidas,
coma medico, engenheiro ou físico.
II - O autor quer se aposentar para ser
ginecologista amador.
Ill- O uso da ironia permite discutir o que e ser
profissional ou amador.
Quais estão corretas?
Leia as seguintes afirmações sabre os sonetos "Horas rubras" e "Suavidade", de Florbela Espanca.
I - Em ambos os sonetos, o sujeito lírico discute o fazer poético, ao lado da temática amorosa.
II - Em "Horas rubras", o sujeito lírico fala do amor sensual.
III- Em "Suavidade", o sujeito Iírico fala do amor fraternal.
Quais estão corretas?
Em razão das características do gênero textual, o autor busca imprimir ao seu texto um tom mais informal e próximo
do uso cotidiano da língua. Essa escolha estilística pode ser exemplificada pelo uso da seguinte construção:
Leia o texto a seguir para responder à questão.
O texto de Eugênio Bucci:
I – é uma crônica.
II – é um miniconto.
III – apresenta função predominantemente fática.
Está (ão) correta (s):
O texto de Eugênio Bucci:
I – é uma crônica.
II – é um miniconto.
III – apresenta função predominantemente fática.
Está (ão) correta (s):
Considerando as características do gênero discursivo
entrevista, assinale a alternativa que descreve
corretamente o texto 1.
Texto 1
P: Assistimos nesta pandemia a segmentos da sociedade que embarcaram num processo de relativizar a gravidade da doença. Como a psicanálise explica o negacionismo?
R: Poucas pessoas se dão conta de que a expressão negacionismo vem da psicanálise. Freud tem um texto clássico, chamado A negação, sobre a nossa atitude diante de realidades que são mais dolorosas ou complexas do que conseguimos aguentar. Essa é uma atitude muito básica, muito simples, é o começo de muitas outras formas de negação e foi descrita ali no início da psicanálise. (...) A chegada do novo coronavírus pegou o Brasil em meio a dois processos particulares: a divisão social discursiva e a pauperização da vida econômica e dos direitos trabalhistas. A retórica de campanha eleitoral, tornada depois método de governo, baseada na produção contínua de inimigos imaginários, foi impactada pela chegada de um inimigo real, biológico e natural. (...) A pandemia não é inimigo político, não é um inimigo intencional, é um fato que vem da natureza, vem desse lugar terceiro, algo que nos une. Mas num governo que adota esse método, não se pode admitir que exista esse terceiro, algo que nos une, porque esse terceiro destrói a retórica da produção contínua de inimigos. Nada mais óbvio que isso gerasse a resposta descrita por Freud como a negação. E por que o negacionismo é importante como método deste governo? Para criar os processos de transferência de autoridade simbólica das instituições para a autoridade pessoal de quem as desafia.
P: Em sua avaliação, qual é o impacto social desta conduta no enfrentamento da COVID-19?
R: O negacionismo representou um prejuízo dramático para o enfrentamento da COVID-19, custou a vida de milhares de brasileiros, nos colocou no segundo lugar do número de mortes no mundo (...). Nessa hora, para que todos fizessem o sacrifício das restrições, seria esperado que figuras de autoridade dissessem: vai ser muito difícil, mas faço em nome de alguém. Mas, nessa hora encontramos uma divisão na política sanitária, marcada por uma hesitação e pela negação do consenso científico. (...)
P: Embora a educação formal seja, em princípio, um elemento central para combater o negacionismo, há também pessoas adultas e de alta escolaridade que adotam alguns raciocínios simplificadores para o enfrentamento da COVID-19. O negacionismo se vincula a algum tipo de regressão intelectual?
R: Quando apresentei a ideia de negação, disse que ela ocorre por algo doloroso ou algo que supera a nossa capacidade de simbolização por ser excessivamente complexo. Vamos encontrar a ideia de anomia em Émile Durkheim, da impossibilidade de reconhecer uma sociedade que se torna mais complicada do que os nossos dispositivos de interpretação. O que ela desencadeia? A regressão, as formas de pensamento regressivas. Voltamos da instituição que representa a razão no seu sentido impessoal para as instituições que representam a razão no sentido pessoal: voltamos para a família. Como a ideia de que a Terra é plana, entre várias outras, se infiltra aí? Ao questionar verdades muito sólidas, muito consensuais, você mostraria que a ciência não está dando as respostas que gostaria para todas as perguntas que você tem. (...) Ao conseguir dividir a autoridade simbólica, se produzem efeitos de reempoderamento da autoridade política particular. (...)
(Adaptado de O negacionismo como arma de destruição durante a
pandemia. Entrevista com o psicanalista Christian Dunker. Estado de
Minas, 24/07/2020. Disponível em https://www.em.com.br. Acessado
em 05/11/2020.)
A análise dos elementos constitutivos desse texto, como
forma de composição, tema e estilo de linguagem, permite
identificá-lo como
Isaac Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643, no condado de Lincolnshire, Inglaterra. Filho de fazendeiros, o cientista, físico e matemático nunca conheceu seu pai, morto três meses antes de o filho nascer.
Estudou na escola King’s School, onde era um aluno mediano. Entretanto, depois de uma briga com um colega de classe, começou a se esforçar mais nos estudos. Passou então a ser um dos melhores alunos da escola. O sucesso nos estudos levou Newton a entrar na Faculdade Trinity, em Cambridge, onde auxiliava outros alunos em troca de uma bolsa de estudos paga pela faculdade.
Newton se interessava pelos pioneiros da ciência, como o filósofo Descartes e os astrônomos Copérnico, Galileu e Kepler. Depois de formado, fez estudos em matemática e foi eleito professor da matéria em 1669. Em 1670, começou a dar aulas de ótica. Nessa época, demonstrou como, através de um prisma, é possível separar a luz branca nas cores do arco-íris.
Em 1679, o cientista inglês voltou-se para mecânica e os efeitos da gravitação sobre as órbitas dos planetas. Em 1687, publicou o livro Principia mathematica, em que demonstrou as três leis universais do movimento. Com esse livro, Newton ganhou reconhecimento mundial.
Disponível em: www.invivo.fiocruz.br. Acesso em: 1 dez. 2017 (adaptado).
NOVAES, C. O menino sem imaginação. São Paulo: Ática, 1993.
O gênero capa de livro tem, entre outras, a função de
antecipar uma possível leitura a ser feita da obra em
questão. Pela leitura dessa capa, infere-se que seu
criador teve como propósito
NOVAES, C. O menino sem imaginação. São Paulo: Ática, 1993.
O gênero capa de livro tem, entre outras, a função de
antecipar uma possível leitura a ser feita da obra em
questão. Pela leitura dessa capa, infere-se que seu
criador teve como propósito
Roberto Segre. Arquiteto do mundo.
Nascido em Milão, em 1934, o arquiteto Roberto
Segre emigrou para a Argentina aos cinco anos, fugindo
do fascismo italiano. Ainda jovem, aos 29 anos, mudou-se
para Cuba, onde permaneceu dando aulas de história da
arquitetura e urbanismo na Universidade de Havana até
1994. Segre se mudaria definitivamente para o Brasil, em
1994, a convite da UFRJ. Em 2007, recebeu o título de
doutor honoris causa pelo Instituto Superior Politécnico
de Havana. Roberto Segre morreu, na manhã de
anteontem, aos 78 anos, atropelado por um motociclista,
quando caminhava na Praia de Icaraí, em Niterói, onde
morava. Ele chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu
aos ferimentos. O corpo será velado amanhã, das 9 h às
17 h, no Palácio Universitário da UFRJ, Avenida Pasteur,
250, na Praia Vermelha, Urca.
Disponível em: www.iabrj.org.br. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).
Na organização desse texto, observam-se traços
comumente característicos de biografias, entretanto,
trata-se de um(a)
Roberto Segre. Arquiteto do mundo.
Nascido em Milão, em 1934, o arquiteto Roberto Segre emigrou para a Argentina aos cinco anos, fugindo do fascismo italiano. Ainda jovem, aos 29 anos, mudou-se para Cuba, onde permaneceu dando aulas de história da arquitetura e urbanismo na Universidade de Havana até 1994. Segre se mudaria definitivamente para o Brasil, em 1994, a convite da UFRJ. Em 2007, recebeu o título de doutor honoris causa pelo Instituto Superior Politécnico de Havana. Roberto Segre morreu, na manhã de anteontem, aos 78 anos, atropelado por um motociclista, quando caminhava na Praia de Icaraí, em Niterói, onde morava. Ele chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo será velado amanhã, das 9 h às 17 h, no Palácio Universitário da UFRJ, Avenida Pasteur, 250, na Praia Vermelha, Urca.
Disponível em: www.iabrj.org.br. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).
Na organização desse texto, observam-se traços
comumente característicos de biografias, entretanto,
trata-se de um(a)
O Brasil (descrição física e política)
O Brasil é um país maior do que os menores e
menor do que os maiores. É um país grande, porque,
medida sua extensão, verifica-se que não é pequeno.
Divide-se em três zonas climatéricas absolutamente
distintas: a primeira, a segunda e a terceira. Sendo que
a segunda fica entre a primeira e a terceira. Há muitas
diferenças entre as várias regiões geográficas do país,
mas a mais importante é a principal. Na agricultura
faz-se exclusivamente o cultivo de produtos vegetais,
enquanto a pecuária especializa-se na criação de gado.
A população é toda baseada no elemento humano, sendo
que as pessoas não nascidas no país são, sem exceção,
estrangeiras. Tão privilegiada é hoje, enfim, a situação do
país que os cientistas procuram apenas descobrir o que
não está descoberto, deixando para a indústria tudo o que
já foi aprovado como industrializável e para o comércio
tudo o que é vendável. É, enfim, o país do futuro, e este
se aproxima a cada dia que passa.
FERNANDES, M. In: ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível.
São Paulo: Parábola, 2009 (adaptado).
Em relação ao propósito comunicativo anunciado no
título do texto, esse gênero promove uma quebra de
expectativa ao
O Brasil (descrição física e política)
O Brasil é um país maior do que os menores e menor do que os maiores. É um país grande, porque, medida sua extensão, verifica-se que não é pequeno. Divide-se em três zonas climatéricas absolutamente distintas: a primeira, a segunda e a terceira. Sendo que a segunda fica entre a primeira e a terceira. Há muitas diferenças entre as várias regiões geográficas do país, mas a mais importante é a principal. Na agricultura faz-se exclusivamente o cultivo de produtos vegetais, enquanto a pecuária especializa-se na criação de gado. A população é toda baseada no elemento humano, sendo que as pessoas não nascidas no país são, sem exceção, estrangeiras. Tão privilegiada é hoje, enfim, a situação do país que os cientistas procuram apenas descobrir o que não está descoberto, deixando para a indústria tudo o que já foi aprovado como industrializável e para o comércio tudo o que é vendável. É, enfim, o país do futuro, e este se aproxima a cada dia que passa.
FERNANDES, M. In: ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível.
São Paulo: Parábola, 2009 (adaptado).
Em relação ao propósito comunicativo anunciado no
título do texto, esse gênero promove uma quebra de
expectativa ao
Leia o trecho a seguir e
assinale a alternativa que contém uma assertiva
ERRADA sobre o texto:
“O prédio de onde Miguel caiu é uma das “torres
gêmeas”, encravadas em local de patrimônio
histórico, entre diversas construções tombadas, e
que foram levantadas debaixo de disputa judicial. Os dois espigões de alto luxo de 41 andares foram
alvo de protesto e apagados do filme Aquarius, de
Kleber Mendonça Filho, que tinha como um de
seus temas justamente a especulação imobiliária
promovida pela elite. A historiadora Larissa Ibúmi, mestranda em história
social da diáspora centro-africana, usou seu
Instagram para chamar a atenção do componente
racista da trágica morte de Miguel. “A história desse
país de herança escravista (e esta história) mostra que, para essa patroa branca, uma criança negra não vale
mais que seus cachorros. Hoje eu novamente tenho
dificuldade de respirar pensando na mãe de Miguel e
em todas as mães de crianças pretas nesse país”, escreveu.” (VASCONCELLOS, Caê. EL PAIS, “Enquanto as redes falavam ‘blacklivesmatter’, perdemos
outra criança negra para o racismo”, 04 Jun. 2020. Disponível em < https://brasil.elpais.com/brasil/2020-06- 05/enquanto-as-redes-falavam-blacklivesmatter-perdemos- outra-crianca-negra-para-o-racismo-enraizado.html>)
Ponto morto
A minha primeira mulher
se divorciou do terceiro marido.
A minha segunda mulher
acabou casando com a melhor amiga dela.
A terceira (seria a quarta?)
detesta os filhos do meu primeiro casamento.
Estes, por sua vez, não suportam os filhos
do terceiro casamento da minha primeira mulher.
Confesso que guardo afeto pelas minhas ex-sogras.
Estava sozinho
quando um dos meus filhos acenou para mim no
meio do engarrafamento.
A memória demorou para engatar seu nome.
Por segundos, a vida parou em ponto morto.
MASSI, A. A vida errada. Rio de Janeiro: 7Letras, 2001.
No poema, a singularidade da situação representada é efeito da correlação entre
Ponto morto
A minha primeira mulher
se divorciou do terceiro marido.
A minha segunda mulher
acabou casando com a melhor amiga dela.
A terceira (seria a quarta?)
detesta os filhos do meu primeiro casamento.
Estes, por sua vez, não suportam os filhos
do terceiro casamento da minha primeira mulher.
Confesso que guardo afeto pelas minhas ex-sogras.
Estava sozinho
quando um dos meus filhos acenou para mim no
meio do engarrafamento.
A memória demorou para engatar seu nome.
Por segundos, a vida parou em ponto morto.
MASSI, A. A vida errada. Rio de Janeiro: 7Letras, 2001.
No poema, a singularidade da situação representada é efeito da correlação entre