Questõesde FGV 2016 sobre Português

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Foram encontradas 63 questões
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FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos

       - A excelentíssima, declarou Seu Ribeiro, entende de escrituração.

      Seu Ribeiro morava aqui, trabalhava comigo, mas não gostava de mim. Creio que não gostava de ninguém. Tudo nele se voltava para o lugarejo que se transformou em cidade e que tinha, há meio século, bolandeira, terços, candeias de azeite e adivinhações em noites de São João. Com mais de setenta anos, andava a pé, de preferência pelas veredas. E só falava ao telefone constrangido. Odiava a época em que vivia, mas tirava-se de dificuldades empregando uns modos cerimoniosos e expressões que hoje não se usam. O reduzido calor que ainda guardava servia para aquecer aqueles livros grossos, de cantos e lombadas de couro. Escrevia neles com amor lançamentos complicados, e gastava quinze minutos para abrir um título, em letras grandes e curvas, um pouco trêmulas, as iniciais cheias de enfeites.

     - Entende muito, continuou. E embora eu não concorde integralmente com o método que preconiza, reconheço que poderá, querendo, encarregar-se da escrita.

        - Obrigada.

      - Não há de quê. A excelentíssima conhece a matéria e tem caligrafia. Eu sou uma ruína. Qualquer dia destes ...

                                                                                                     Graciliano Ramos, São Bernardo


As informações contidas no texto, consideradas no contexto de São Bernardo, indicam como importante coordenada histórico-social dessa obra o processo de 

A
modernização do Brasil, compreendido entre o final do 2º Reinado e o final da década de 1920.
B
decadência cultural do País, determinado pela marginalização das elites católicas tradicionais.
C
regressão político-institucional deflagrado pela decretação do Estado Novo, na década de 1930.
D
burocratização das relações de trabalho imposta pela ditadura varguista.
E
urbanização provocado pela acelerada industrialização do País, no final do Séc. XIX.
36798d0d-42
FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos

       Por que o senhor não escreve coisas poéticas, soltas, gostosas? As crônicas, antigamente, nos deixavam mais leves, de bem com a vida e o mundo. Agora, tudo o que a gente lê nos leva para baixo. Está difícil de suportar. Escrevo na manhã de um domingo. Sete horas. Aquele sol que nos tem castigado, começava a dar sinais de ardência profunda. Olhei pela porta de vidro do terraço e descobri, maravilhado e feliz, que a pitangueira plantada em vaso, que chegou há dois anos, estava repleta de frutos vermelhos, reluzentes, envernizados. Os primeiros. Fiquei admirado. Os pássaros não tinham descoberto? Aquelas frutinhas tinham se salvado? Chupei uma, duas três, queria todas, mas precisava guardar para a família, afinal, eram as primeiras. Pitanga, coisa de infância, do interior. Uma das frutas mais sofisticadas do Brasil, a meu ver. Antigamente, quando viajávamos pela Varig, ao sair do Recife, recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado. Dia desses, Maria Eduarda, amiga pernambucana, me disse: “Você está chegando aqui, sabemos que gosta de vinhos. Que vinho prefere?”. E eu: “Nenhum! Quero suco de pitanga”. Maria Eduarda: “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai, Cornélio”. Foi uma celebração!

      Esta é a pitada de poesia que encontrei neste momento. Mas ficaram em minha mente essas perguntas cotidianas que todos estão fazendo. Ouço no dia a dia, pela manhã ao comprar o pão e o leite, no supermercado, no bar, numa escola, na livraria, ao entrar no cinema. Ouvi agora, ao percorrer cinco cidades do litoral (...). Jovens e mais velhos, acreditando que o escritor tem as respostas, me olhavam: “O senhor acha que a gente sai dessa?”. Só consegui dizer: “Não sei e acho que ninguém sabe”.

                                                     Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S. Paulo, 02/10/2015. 



Sobre os procedimentos do autor quanto aos recursos de construção, a única afirmação que NÃO está correta é:

A
Emprega tanto o discurso indireto como o direto e o indireto livre.
B
Recorre a frases nominais (sem verbo), visando a dar mais agilidade à narração.
C
Permite-se algum grau de informalidade, no uso de expressões, como “a gente” e “Dia desses”.
D
Expressa ideia de causa por meio de orações como “ao sair do Recife” e “ao entrar no cinema”.
E
Incorpora ao texto manifestações que atestam a interação com o leitor.
36770190-42
FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos

       Por que o senhor não escreve coisas poéticas, soltas, gostosas? As crônicas, antigamente, nos deixavam mais leves, de bem com a vida e o mundo. Agora, tudo o que a gente lê nos leva para baixo. Está difícil de suportar. Escrevo na manhã de um domingo. Sete horas. Aquele sol que nos tem castigado, começava a dar sinais de ardência profunda. Olhei pela porta de vidro do terraço e descobri, maravilhado e feliz, que a pitangueira plantada em vaso, que chegou há dois anos, estava repleta de frutos vermelhos, reluzentes, envernizados. Os primeiros. Fiquei admirado. Os pássaros não tinham descoberto? Aquelas frutinhas tinham se salvado? Chupei uma, duas três, queria todas, mas precisava guardar para a família, afinal, eram as primeiras. Pitanga, coisa de infância, do interior. Uma das frutas mais sofisticadas do Brasil, a meu ver. Antigamente, quando viajávamos pela Varig, ao sair do Recife, recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado. Dia desses, Maria Eduarda, amiga pernambucana, me disse: “Você está chegando aqui, sabemos que gosta de vinhos. Que vinho prefere?”. E eu: “Nenhum! Quero suco de pitanga”. Maria Eduarda: “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai, Cornélio”. Foi uma celebração!

      Esta é a pitada de poesia que encontrei neste momento. Mas ficaram em minha mente essas perguntas cotidianas que todos estão fazendo. Ouço no dia a dia, pela manhã ao comprar o pão e o leite, no supermercado, no bar, numa escola, na livraria, ao entrar no cinema. Ouvi agora, ao percorrer cinco cidades do litoral (...). Jovens e mais velhos, acreditando que o escritor tem as respostas, me olhavam: “O senhor acha que a gente sai dessa?”. Só consegui dizer: “Não sei e acho que ninguém sabe”.

                                                     Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S. Paulo, 02/10/2015. 


Está de acordo com o texto a seguinte afirmação:  

A
O autor expressa seu descontentamento com a realidade por meio da frase “Está difícil de suportar”.
B
O suco de pitanga oferecido ao cronista por sua amiga teve, para ele, uma significação especial.
C
O cronista satiriza, com a expressão “pitada de poesia”, o pedido de seus leitores para que aborde temas mais leves.
D
A amiga pernambucana do autor, ao dizer “sabemos que gosta de vinhos”, revela estar mal informada sobre ele.
E
As crônicas de antigamente, por tratarem de temas mais amenos, atendiam melhor aos critérios literários.
36744d52-42
FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos, Problemas da língua culta, Redação - Reescritura de texto

                                  Geração Z desafia mercado

      Eles já nasceram plugados e não conhecem a vida off-line. São generalistas, não gostam de hierarquia e querem fazer o próprio horário. Diferentes dos profissionais das gerações X e Y, valorizam mais a qualidade de vida ao poder aquisitivo. Empresas têm grande desafio para se adaptar e reter essa mão de obra.

      Esse é o perfil dos jovens que nasceram depois de 1995 e começam a entrar agora no mercado de trabalho.


                                                                                       Destak. 22.02.2016. Adaptado. 


Pode-se corrigir o erro gramatical presente na frase “valorizam mais a qualidade de vida ao poder aquisitivo”, substituindo o verbo “valorizar” por “preferir” e fazendo as adaptações necessárias, como ocorre em: 

A
preferem mais a qualidade de vida do que o poder aquisitivo.
B
preferem menos o poder aquisitivo e mais a qualidade de vida.
C
ao poder aquisitivo, preferem a qualidade de vida.
D
do que o poder aquisitivo preferem mais a qualidade de vida.
E
preferem ao poder aquisitivo mais que à qualidade de vida.
367192aa-42
FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

                                  Geração Z desafia mercado

      Eles já nasceram plugados e não conhecem a vida off-line. São generalistas, não gostam de hierarquia e querem fazer o próprio horário. Diferentes dos profissionais das gerações X e Y, valorizam mais a qualidade de vida ao poder aquisitivo. Empresas têm grande desafio para se adaptar e reter essa mão de obra.

      Esse é o perfil dos jovens que nasceram depois de 1995 e começam a entrar agora no mercado de trabalho.


                                                                                       Destak. 22.02.2016. Adaptado. 


Considere as seguintes afirmações sobre o texto:

I Ocorre oposição de sentido entre as expressões “plugados” e “off-line” bem como entre as palavras “generalistas” e “hierarquia”.

II A ordem alfabética de que se vale o texto corresponde à ordem cronológica.

III Para caracterizar sociologicamente a geração Y, o redator se vale de um subentendido.

Está totalmente correto apenas o que se afirma em 

A
III.
B
I.
C
II.
D
II e III.
E
I e III.
35a1fa47-c0
FGV 2016 - Português - Morfologia - Pronomes

Na frase “Aquele sol que nos tem castigado”, o pronome “que” exerce função de sujeito, da mesma forma que em:

  Por que o senhor não escreve coisas poéticas, soltas, gostosas? As crônicas, antigamente, nos deixavam mais leves, de bem com a vida e o mundo. Agora, tudo o que a gente lê nos leva para baixo. Está difícil de suportar. Escrevo na manhã de um domingo. Sete horas. Aquele sol que nos tem castigado, começava a dar sinais de ardência profunda. Olhei pela porta de vidro do terraço e descobri, maravilhado e feliz, que a pitangueira plantada em vaso, que chegou há dois anos, estava repleta de frutos vermelhos, reluzentes, envernizados. Os primeiros. Fiquei admirado. Os pássaros não tinham descoberto? Aquelas frutinhas tinham se salvado? Chupei uma, duas três, queria todas, mas precisava guardar para a família, afinal, eram as primeiras. Pitanga, coisa de infância, do interior. Uma das frutas mais sofisticadas do Brasil, a meu ver. Antigamente, quando viajávamos pela Varig, ao sair do Recife, recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado. Dia desses, Maria Eduarda, amiga pernambucana, me disse: “Você está chegando aqui, sabemos que gosta de vinhos. Que vinho prefere?”. E eu: “Nenhum! Quero suco de pitanga”. Maria Eduarda: “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai, Cornélio”. Foi uma celebração! 

  Esta é a pitada de poesia que encontrei neste momento. Mas ficaram em minha mente essas perguntas cotidianas que todos estão fazendo. Ouço no dia a dia, pela manhã ao comprar o pão e o leite, no supermercado, no bar, numa escola, na livraria, ao entrar no cinema. Ouvi agora, ao percorrer cinco cidades do litoral (...). Jovens e mais velhos, acreditando que o escritor tem as respostas, me olhavam: “O senhor acha que a gente sai dessa?”. Só consegui dizer: “Não sei e acho que ninguém sabe”. 

Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S. Paulo, 02/10/2015. 

A
“Agora, tudo o que a gente lê”.
B

“descobri (...) que a pitangueira plantada em vaso”.

C
que chegou há dois anos”.
D
“sabemos que gosta de vinhos”
E
Que vinho prefere?”.
359f2ba9-c0
FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

O trecho em que se pode apontar a elipse de um substantivo anteriormente mencionado é:

  Por que o senhor não escreve coisas poéticas, soltas, gostosas? As crônicas, antigamente, nos deixavam mais leves, de bem com a vida e o mundo. Agora, tudo o que a gente lê nos leva para baixo. Está difícil de suportar. Escrevo na manhã de um domingo. Sete horas. Aquele sol que nos tem castigado, começava a dar sinais de ardência profunda. Olhei pela porta de vidro do terraço e descobri, maravilhado e feliz, que a pitangueira plantada em vaso, que chegou há dois anos, estava repleta de frutos vermelhos, reluzentes, envernizados. Os primeiros. Fiquei admirado. Os pássaros não tinham descoberto? Aquelas frutinhas tinham se salvado? Chupei uma, duas três, queria todas, mas precisava guardar para a família, afinal, eram as primeiras. Pitanga, coisa de infância, do interior. Uma das frutas mais sofisticadas do Brasil, a meu ver. Antigamente, quando viajávamos pela Varig, ao sair do Recife, recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado. Dia desses, Maria Eduarda, amiga pernambucana, me disse: “Você está chegando aqui, sabemos que gosta de vinhos. Que vinho prefere?”. E eu: “Nenhum! Quero suco de pitanga”. Maria Eduarda: “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai, Cornélio”. Foi uma celebração! 

  Esta é a pitada de poesia que encontrei neste momento. Mas ficaram em minha mente essas perguntas cotidianas que todos estão fazendo. Ouço no dia a dia, pela manhã ao comprar o pão e o leite, no supermercado, no bar, numa escola, na livraria, ao entrar no cinema. Ouvi agora, ao percorrer cinco cidades do litoral (...). Jovens e mais velhos, acreditando que o escritor tem as respostas, me olhavam: “O senhor acha que a gente sai dessa?”. Só consegui dizer: “Não sei e acho que ninguém sabe”. 

Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S. Paulo, 02/10/2015. 

A
“Escrevo na manhã de um domingo”.
B
“Aquelas frutinhas tinham se salvado”.
C
“recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado”.
D
“sabemos que gosta de vinhos”.
E
“Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai”.
3597f8e6-c0
FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos

Está de acordo com o texto a seguinte afirmação:

  Por que o senhor não escreve coisas poéticas, soltas, gostosas? As crônicas, antigamente, nos deixavam mais leves, de bem com a vida e o mundo. Agora, tudo o que a gente lê nos leva para baixo. Está difícil de suportar. Escrevo na manhã de um domingo. Sete horas. Aquele sol que nos tem castigado, começava a dar sinais de ardência profunda. Olhei pela porta de vidro do terraço e descobri, maravilhado e feliz, que a pitangueira plantada em vaso, que chegou há dois anos, estava repleta de frutos vermelhos, reluzentes, envernizados. Os primeiros. Fiquei admirado. Os pássaros não tinham descoberto? Aquelas frutinhas tinham se salvado? Chupei uma, duas três, queria todas, mas precisava guardar para a família, afinal, eram as primeiras. Pitanga, coisa de infância, do interior. Uma das frutas mais sofisticadas do Brasil, a meu ver. Antigamente, quando viajávamos pela Varig, ao sair do Recife, recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado. Dia desses, Maria Eduarda, amiga pernambucana, me disse: “Você está chegando aqui, sabemos que gosta de vinhos. Que vinho prefere?”. E eu: “Nenhum! Quero suco de pitanga”. Maria Eduarda: “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai, Cornélio”. Foi uma celebração! 

  Esta é a pitada de poesia que encontrei neste momento. Mas ficaram em minha mente essas perguntas cotidianas que todos estão fazendo. Ouço no dia a dia, pela manhã ao comprar o pão e o leite, no supermercado, no bar, numa escola, na livraria, ao entrar no cinema. Ouvi agora, ao percorrer cinco cidades do litoral (...). Jovens e mais velhos, acreditando que o escritor tem as respostas, me olhavam: “O senhor acha que a gente sai dessa?”. Só consegui dizer: “Não sei e acho que ninguém sabe”. 

Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S. Paulo, 02/10/2015. 

A
O autor expressa seu descontentamento com a realidade por meio da frase “Está difícil de suportar”.
B
O suco de pitanga oferecido ao cronista por sua amiga teve, para ele, uma significação especial.
C
O cronista satiriza, com a expressão “pitada de poesia”, o pedido de seus leitores para que aborde temas mais leves.
D
A amiga pernambucana do autor, ao dizer “sabemos que gosta de vinhos”, revela estar mal informada sobre ele.
E
As crônicas de antigamente, por tratarem de temas mais amenos, atendiam melhor aos critérios literários.
35951e55-c0
FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos, Redação - Reescritura de texto

Pode-se corrigir o erro gramatical presente na frase “valorizam mais a qualidade de vida ao poder aquisitivo”, substituindo o verbo “valorizar” por “preferir” e fazendo as adaptações necessárias, como ocorre em:

Geração Z desafia mercado 

   Eles já nasceram plugados e não conhecem a vida off-line. São generalistas, não gostam de hierarquia e querem fazer o próprio horário. Diferentes dos profissionais das gerações X e Y, valorizam mais a qualidade de vida ao poder aquisitivo. Empresas têm grande desafio para se adaptar e reter essa mão de obra.

  Esse é o perfil dos jovens que nasceram depois de 1995 e começam a entrar agora no mercado de trabalho.

Destak. 22.02.2016. Adaptado

A
preferem mais a qualidade de vida do que o poder aquisitivo.
B
preferem menos o poder aquisitivo e mais a qualidade de vida.
C
ao poder aquisitivo, preferem a qualidade de vida.
D
do que o poder aquisitivo preferem mais a qualidade de vida.
E
preferem ao poder aquisitivo mais que à qualidade de vida.
359241b7-c0
FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos

Considere as seguintes afirmações sobre o texto:

I Ocorre oposição de sentido entre as expressões “plugados” e “off-line” bem como entre as palavras “generalistas” e “hierarquia”.

II A ordem alfabética de que se vale o texto corresponde à ordem cronológica.

III Para caracterizar sociologicamente a geração Y, o redator se vale de um subentendido.


Está totalmente correto apenas o que se afirma em

Geração Z desafia mercado 

   Eles já nasceram plugados e não conhecem a vida off-line. São generalistas, não gostam de hierarquia e querem fazer o próprio horário. Diferentes dos profissionais das gerações X e Y, valorizam mais a qualidade de vida ao poder aquisitivo. Empresas têm grande desafio para se adaptar e reter essa mão de obra.

  Esse é o perfil dos jovens que nasceram depois de 1995 e começam a entrar agora no mercado de trabalho.

Destak. 22.02.2016. Adaptado

A
lll.
B
l.
C
ll.
D
ll e lll.
E
l e lll.
359ad2b9-c0
FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos

Sobre os procedimentos do autor quanto aos recursos de construção, a única afirmação que NÃO está correta é:

  Por que o senhor não escreve coisas poéticas, soltas, gostosas? As crônicas, antigamente, nos deixavam mais leves, de bem com a vida e o mundo. Agora, tudo o que a gente lê nos leva para baixo. Está difícil de suportar. Escrevo na manhã de um domingo. Sete horas. Aquele sol que nos tem castigado, começava a dar sinais de ardência profunda. Olhei pela porta de vidro do terraço e descobri, maravilhado e feliz, que a pitangueira plantada em vaso, que chegou há dois anos, estava repleta de frutos vermelhos, reluzentes, envernizados. Os primeiros. Fiquei admirado. Os pássaros não tinham descoberto? Aquelas frutinhas tinham se salvado? Chupei uma, duas três, queria todas, mas precisava guardar para a família, afinal, eram as primeiras. Pitanga, coisa de infância, do interior. Uma das frutas mais sofisticadas do Brasil, a meu ver. Antigamente, quando viajávamos pela Varig, ao sair do Recife, recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado. Dia desses, Maria Eduarda, amiga pernambucana, me disse: “Você está chegando aqui, sabemos que gosta de vinhos. Que vinho prefere?”. E eu: “Nenhum! Quero suco de pitanga”. Maria Eduarda: “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai, Cornélio”. Foi uma celebração! 

  Esta é a pitada de poesia que encontrei neste momento. Mas ficaram em minha mente essas perguntas cotidianas que todos estão fazendo. Ouço no dia a dia, pela manhã ao comprar o pão e o leite, no supermercado, no bar, numa escola, na livraria, ao entrar no cinema. Ouvi agora, ao percorrer cinco cidades do litoral (...). Jovens e mais velhos, acreditando que o escritor tem as respostas, me olhavam: “O senhor acha que a gente sai dessa?”. Só consegui dizer: “Não sei e acho que ninguém sabe”. 

Ignácio de Loyola Brandão, O Estado de S. Paulo, 02/10/2015. 

A
Emprega tanto o discurso indireto como o direto e o indireto livre.
B
Recorre a frases nominais (sem verbo), visando a dar mais agilidade à narração.
C
Permite-se algum grau de informalidade, no uso de expressões, como “a gente” e “Dia desses”.
D
Expressa ideia de causa por meio de orações como “ao sair do Recife” e “ao entrar no cinema”.
E
Incorpora ao texto manifestações que atestam a interação com o leitor.
d830430c-b0
FGV 2016, FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos

Nesse poema de Bandeira, manifesta-se com bastante ênfase um aspecto temático amplamente considerado pela crítica como um dos mais característicos da poesia do autor, considerada em seu conjunto. Trata-se da

                     Poema tirado de uma notícia de jornal

         João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da

                                                     [Babilônia num barracão sem número.

         Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro

         Bebeu

         Cantou

         Dançou

         Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

                                                            Manuel Bandeira. Libertinagem.  

A
profunda nostalgia em relação às coisas e pessoas já desaparecidas (tema do “ubi sunt”).
B
colisão entre a máxima efusão vital e a morte.
C
figuração dramática da pobreza, para fins de militância política de esquerda.
D
preferência pelos aspectos mais típicos e exóticos das personagens, destinados a produzir o pitoresco e a cor local.
E
Exploração modernizada do tema classicista do “carpe diem” (aproveita o dia).
d81793c4-b0
FGV 2016, FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Na frase “Apesar de aparentar ser uma ideologia justa, a meritocracia, por causa principalmente de disparidades socioeconômicas, revela-se imparcial, uma vez que só detêm méritos aqueles que são beneficiados com oportunidades para alcançá-los”, pode-se apontar incoerência devido ao emprego inadequado da palavra

A
“ideologia”.
B
“disparidades”.
C
“imparcial”
D
“beneficiados”.
E
“oportunidades”.
d810e3a1-b0
FGV 2016, FGV 2016 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

No trecho “é essencial, mas está longe de ser suficiente” (L. 22-23), a palavra sublinhada poderia ser corretamente substituída por


A
porquanto.
B
posto que.
C
conquanto.
D
não obstante.
E
por conseguinte.
d80a3870-b0
FGV 2016, FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto, na visão do Banco Mundial, as “tecnologias digitais”


A
não devem ser disponibilizadas para as pessoas mais pobres de forma irrestrita.
B
dependem de sua associação a fatores socioeconômicos para gerar os benefícios esperados.
C
são consideradas dispensáveis em alguns países e essenciais em outros.
D
têm contribuído pouco para integrar as famílias mais pobres à comunicação globalizada.
E
tornam-se indispensáveis quando se trata de erradicar o analfabetismo.
d80717b2-b0
FGV 2016, FGV 2016 - Português - Morfologia - Pronomes

A única frase em que o pronome “o” está corretamente empregado é:

A
O garoto aguardava uma proposta que o permitisse ficar em casa se divertindo.
B
Antes da viagem, o grupo fez uma oração pedindo que nada de mal o acontecesse.
C
Depois de assistir a algumas competições de surfe, o garoto aderiu-o definitivamente.
D
O técnico não tolerará que os jogadores o respondam quando forem advertidos.
E
O motorista está convicto de que os próprios passageiros o implicaram no acidente.
d804234d-b0
FGV 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Examine esta tirinha:

O efeito de humor que se obtém na tirinha decorre, principalmente,

A
da despreocupação de Zé Lelé com a situação de risco em que se encontra seu amigo.
B
da variedade linguística empregada na fala do segundo quadrinho.
C
da incoerência que se verifica na relação entre fala e imagem.
D
da ambiguidade que pode resultar da compreensão da primeira fala.
E
da expressão de pavor da personagem representada no primeiro quadrinho.