Questõesde FGV sobre Colocação Pronominal

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Foram encontradas 5 questões
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FGV 2013 - Português - Pronomes demonstrativos, Regência, Colocação Pronominal, Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

Do ponto de vista das normas da língua escrita padrão, está correta apenas a proposta de substituição feita, entre colchetes, em

Texto para a questão



CHEGANDO AO RECIFE, O RETIRANTE SENTA-SE PARA DESCANSAR AO PÉ DE UM MURO ALTO E CAIADO E OUVE, SEM SER NOTADO, A CONVERSA DE DOIS COVEIROS

— O dia hoje está difícil;

não sei onde vamos parar.

Deviam dar um aumento,

ao menos aos deste setor de cá.

As avenidas do centro são melhores,

mas são para os protegidos:

há sempre menos trabalho

e gorjetas pelo serviço;

e é mais numeroso o pessoal

(toma mais tempo enterrar os ricos).

— pois eu me daria por contente

se me mandassem para cá.

Se trabalhasses no de Casa Amarela

não estarias a reclamar.

De trabalhar no de Santo Amaro

deve alegrar-se o colega

porque parece que a gente

que se enterra no de Casa Amarela

está decidida a mudar-se

toda para debaixo da terra.


João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina. 

A
“não sei onde [ou “aonde”] vamos parar”.
B
“Deviam dar um aumento / ao menos aos deste [ou “desse”] setor de cá”.
C
“Há [ou “existem”] sempre menos trabalho / e gorjetas pelo serviço”.
D
“— pois eu me daria [ou “daria-me”] por contente”.
E
“que se enterra [ou “enterra-se] no de Casa Amarela”.
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FGV 2013 - Português - Interpretação de Textos, Colocação Pronominal, Problemas da língua culta, Coesão e coerência, Pontuação, Redação - Reescritura de texto, Uso da Vírgula, Morfologia - Pronomes

Propõem-se, nas alternativas abaixo, reformulações para diferentes frases do texto. A única correta, do ponto de vista da norma-padrão, é:

Texto para a questão 


Capítulo um


        Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho.

         Dirigi-me a alguns amigos, e quase todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e a sintaxe; prometi ao Arquimedes a composição tipográfica; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro. Eu traçaria o plano, introduziria na história rudimentos de agricultura e pecuária, faria as despesas e poria o meu nome na capa.

São Bernardo, Graciliano Ramos. 

A
“Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho”: Imaginei construir este livro pela divisão do trabalho, antes de iniciar-lhe.
B
“e quase todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais”: e quase todos de boa vontade, aceitaram em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais.
C
“Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas”: Ao Padre Silvestre caberia as citações latinas e a parte moral.
D
“introduziria na história rudimentos de agricultura e pecuária”: por mim, seria introduzido na história, rudimentos de agricultura e pecuária.
E
“e poria o meu nome na capa”: e meu nome, pô-lo-ia na capa.
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FGV 2013 - Português - Pronomes demonstrativos, Regência, Colocação Pronominal, Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

Do ponto de vista das normas da língua escrita padrão, está correta apenas a proposta de substituição feita, entre colchetes, em

CHEGANDO AO RECIFE, O RETIRANTE SENTA-SE PARA DESCANSAR AO PÉ DE UM MURO ALTO E CAIADO E OUVE, SEM SER NOTADO, A CONVERSA DE DOIS COVEIROS 


— O dia hoje está difícil; 
não sei onde vamos parar. 
Deviam dar um aumento, 
ao menos aos deste setor de cá. 
As avenidas do centro são melhores, 
mas são para os protegidos: 
há sempre menos trabalho 
e gorjetas pelo serviço; 
e é mais numeroso o pessoal 
(toma mais tempo enterrar os ricos). 
— pois eu me daria por contente 
se me mandassem para cá. 
 Se trabalhasses no de Casa Amarela 
não estarias a reclamar. 
De trabalhar no de Santo Amaro 
deve alegrar-se o colega 
porque parece que a gente 
que se enterra no de Casa Amarela 
está decidida a mudar-se 
toda para debaixo da terra. 

João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina. 

A
“não sei onde [ou “aonde”] vamos parar”.
B
“Deviam dar um aumento / ao menos aos deste [ou “desse”] setor de cá”.
C
“Há [ou “existem”] sempre menos trabalho / e gorjetas pelo serviço”.
D
“— pois eu me daria [ou “daria-me”] por contente”.
E
“que se enterra [ou “enterra-se] no de Casa Amarela”.
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FGV 2015 - Português - Interpretação de Textos, Colocação Pronominal, Redação - Reescritura de texto, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa em que a passagem está reescrita, de acordo os sentidos do original e com a norma-padrão de emprego e colocação de pronomes.

                   
          O velho Lima

      O velho Lima, que era empregado – empregado antigo – numa das nossas repartições públicas, e morava no Engenho de Dentro, caiu de cama, seriamente enfermo, no dia 14 de novembro de 1889, isto é, na véspera da Proclamação da República dos Estados Unidos do Brasil.
      O doente não considerou a moléstia coisa de cuidado, e tanto assim foi que não quis médico. Entretanto, o velho Lima esteve de molho oito dias.
      O nosso homem tinha o hábito de não ler jornais e, como em casa nada lhe dissessem (porque nada sabiam), ele ignorava completamente que o Império se transformara em República.
      No dia 23, restabelecido e pronto para outra, comprou um bilhete, segundo o seu costume, e tomou lugar no trem, ao lado do comendador Vidal, que o recebeu com estas palavras:
      – Bom dia, cidadão.
      O velho Lima estranhou o cidadão, mas de si para si pensou que o comendador dissera aquilo como poderia ter dito ilustre, e não deu maior importância ao cumprimento, limitando-se a responder:
      – Bom dia, comendador.
      – Qual comendador! Chama-me Vidal! Já não há mais comendadores!
      – Ora essa! Então por quê?
      – A República deu cabo de todas as comendas! Acabaram-se!
      O velho Lima encarou o comendador e calou-se, receoso de não ter compreendido a pilhéria.
      Ao entrar na sua seção, o velho Lima sentou-se e viu que tinham tirado da parede uma velha litografia representando D. Pedro de Alcântara. Como na ocasião passasse um contínuo, perguntou-lhe:
      – Por que tiraram da parede o retrato de Sua Majestade?
      O contínuo respondeu num tom lentamente desdenhoso:
      – Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana?
      – Pedro Banana! – repetiu raivoso o velho Lima.
      – Não dou três anos para que isso seja República!

                                                  (Arthur Azevedo. Seleção de contos, 2014)

A

O nosso homem tinha o hábito de não ler jornais e, como em casa nada lhe dissessem... (3° parágrafo)

= O nosso homem desconhecia o hábito de não ler jornais e, como em casa nada falou-se a ele...

B

... ele ignorava completamente que o Império se transformara em República. (3° parágrafo)

= ... ele ignorava completamente que o Império tinha transformado-se em República.

C

... e tomou lugar no trem, ao lado do comendador Vidal, que o recebeu com estas palavras... (4° parágrafo)

= ... e tomou lugar no trem, ao lado do comendador Vidal, que acolheu-lhe com estas palavras...

D

O velho Lima estranhou o cidadão, mas de si para si pensou que o comendador dissera aquilo como poderia ter dito ilustre... (6° parágrafo)

= Espantou-se o velho Lima com o cidadão, mas pensou com seus botões que lhe dissera aquilo o comendador como poderia ter dito ilustre...

E

– Qual comendador! Chama-me Vidal! Já não há mais comendadores! (8°parágrafo)

= – Qual comendador! Me chama de Vidal! Agora não tem-se mais comendadores!

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FGV 2014 - Português - Colocação Pronominal, Problemas da língua culta, Morfologia - Pronomes

A colocação do pronome está adequada à situação comunicativa da narrativa literária, mas está em desacordo com a norma-padrão, na seguinte passagem do texto:

    Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com a fita verde- amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar. E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão, achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.

– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.

– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?

– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.

(José Lins do Rego, Fogo Morto)

A
E quando viu o compadre alegrou-se.
B
Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem.
C
... Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo...
D
... para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre.
E
Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado.