Questõesde UFMT sobre Literatura

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UFMT 2008 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Assinale a alternativa cujo enunciado caracteriza o Romantismo enquanto desenvolvimento temático e tratamento estilístico.

A
Observação da realidade marcada pelo senso quase fatalista das forças naturais e sociais pesando sobre o homem; estilo nervoso, capaz de reproduzir o relevo das coisas e sublinhar com firmeza a ação dos homens.
B
Gosto pela expressão dos sentimentos, sonhos e emoções que agitam o mundo interior do poeta; abandono gradual da linguagem lusitana em favor da brasileira, tanto no vocabulário quanto nas construções sintáticas.
C
Criação de uma realidade abstrata e intangível, presa aos temas da morte e das paisagens vagas, impregnadas de misticismo e espiritualidade; ritmos musicais, aliterativos e sinestésicos.
D
Representação objetiva da sociedade como meio de crítica às instituições sociais decadentes (igreja, casamento); linguagem narrativa minuciosa, acúmulo de detalhes para criar impressão de realidade.
E
Necessidade de romper com velhas formas na primeira fase do movimento, chocar o público com novas idéias; liberdade de criação como princípio fundamental, privilégio dado à inspiração.
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UFMT 2008 - Literatura - Versificação - Ritmo e Estrofes, Versificação - Metrificação, Estilística

Em relação aos aspectos formais do segundo verso do quarteto, Casualmente, uma vez, de um perfumado, assinale a afirmativa correta.

Leia a estrofe e responda à questão


Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o

Casualmente, uma vez, de um perfumado

Contador sobre o marmor luzidio

Entre um leque e o começo de um bordado. 

A
O verso é composto de 13 sílabas gramaticais.
B
A sílaba do constitui a 10ª sílaba métrica.
C
Trata-se de verso heróico, com acentuação na 6ª e 10ª sílabas.
D
Terminado em proparoxítona, esse verso é agudo.
E
Ocorrência de três sinalefas viabilizam esse decassílabo.
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UFMT 2008 - Literatura - Parnasianismo, Versificação - Metrificação, Escolas Literárias, Estilística

A estrofe acima pertence a um soneto que descreve um objeto de arte – um vaso chinês. A atitude do poeta é impessoal, a linguagem e as rimas são ricas, bem trabalhadas, a métrica é perfeita. Pode-se afirmar que pertence à estética

Leia a estrofe e responda à questão


Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o

Casualmente, uma vez, de um perfumado

Contador sobre o marmor luzidio

Entre um leque e o começo de um bordado. 

A
romântica.
B
barroca.
C
simbolista.
D
parnasiana.
E
modernista.
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UFMT 2006 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre a renovação da linguagem empreendida por Rosa, assinale a afirmativa INCORRETA.

Leia os trechos da obra Grande sertão: veredas, publicada há 50 anos, do escritor mineiro Guimarães Rosa – geração de 45 –

Eu ouvi aquilo demais. O pacto! Se diz – o senhor sabe. Bobéia. Ao que a pessoa vai, em meia-noite, a uma encruzilhada, e chama fortemente o Cujo – e espera. Se sendo, há-de que vem um pé-de-vento, sem razão, e arre se comparece uma porca com ninhada de pintos, se não for uma galinha puxando barrigada de leitões. Tudo errado, remedante, sem completação... O senhor imaginalmente percebe? O crespo – a gente se retém – então dá um cheiro de breu queimado. E o dito – o Coxo – toma espécie, se forma! Carece de se conservar coragem. Se assina o pacto. Se assina com o sangue de pessoa. O pagar é alma. Muito mais depois. O senhor vê, superstição parva? Estornadas!... Provei. Introduzi. (p.45)

O demo, tive raiva dele? Pensei nele? Em vezes. O que era em mim valentia, não pensava; e o que pensava produzia era dúvidas de me-enleios. Repensava, no esfriar do dia. A quando é o do sol entrar, que então até é o dia mesmo, por seu remorso. Ou então, ainda melhor, no madrugal, logo no instante em que eu acordava e ainda não abria os olhos: eram só os minutos, e, ali durante, em minha rede, eu preluzia tudo claro e explicado. Assim: – Tu vigia, Riobaldo, não deixa o diabo te pôr sela... – isto eu divulgava. Aí eu queria fazer um projeto: como havia de escapulir dele, do Temba, que eu tinha mal chamado. Ele rondava por me governar? (p.458)

(ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.) 
A
O trecho Riobaldo, não deixa o diabo te pôr sela. exemplifica a quebra da ordem canônica da língua portuguesa. 
B
Remedante, completação, imaginalmente são exemplos de neologismos por sufixação, que altera a classe gramatical, mas conserva o sentido original do radical. 
C
Em vezes e em meia-noite são expressões correntes na língua, utilizadas com nova regência.
D
O Cujo, o Coxo, o demo, o diabo, o temba, usados como sinônimos no texto, comprovam apropriação do vocabulário popular. 
E
Preluzia e me-enleios exemplificam neologismos por prefixação, com alteração do sentido original.
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UFMT 2006 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A respeito do processo de narração de Grande sertão: veredas, pode-se afirmar que Riobaldo, o narrador,

Leia os trechos da obra Grande sertão: veredas, publicada há 50 anos, do escritor mineiro Guimarães Rosa – geração de 45 –

Eu ouvi aquilo demais. O pacto! Se diz – o senhor sabe. Bobéia. Ao que a pessoa vai, em meia-noite, a uma encruzilhada, e chama fortemente o Cujo – e espera. Se sendo, há-de que vem um pé-de-vento, sem razão, e arre se comparece uma porca com ninhada de pintos, se não for uma galinha puxando barrigada de leitões. Tudo errado, remedante, sem completação... O senhor imaginalmente percebe? O crespo – a gente se retém – então dá um cheiro de breu queimado. E o dito – o Coxo – toma espécie, se forma! Carece de se conservar coragem. Se assina o pacto. Se assina com o sangue de pessoa. O pagar é alma. Muito mais depois. O senhor vê, superstição parva? Estornadas!... Provei. Introduzi. (p.45)

O demo, tive raiva dele? Pensei nele? Em vezes. O que era em mim valentia, não pensava; e o que pensava produzia era dúvidas de me-enleios. Repensava, no esfriar do dia. A quando é o do sol entrar, que então até é o dia mesmo, por seu remorso. Ou então, ainda melhor, no madrugal, logo no instante em que eu acordava e ainda não abria os olhos: eram só os minutos, e, ali durante, em minha rede, eu preluzia tudo claro e explicado. Assim: – Tu vigia, Riobaldo, não deixa o diabo te pôr sela... – isto eu divulgava. Aí eu queria fazer um projeto: como havia de escapulir dele, do Temba, que eu tinha mal chamado. Ele rondava por me governar? (p.458)

(ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.) 
A
caracteriza-se pela onisciência, que garante sua certeza sobre os eventos narrados: Se diz – o senhor sabe.
B
faz um relato de fatos passados, interrompendo-se para refletir sobre sua interpretação: Ele rondava por me governar?
C
conta suas aventuras a um leitor virtual, ausente da narrativa: O senhor imaginalmente percebe?
D
utiliza o discurso indireto ao retomar a fala alheia: Tu vigia, Riobaldo, não deixa o diabo te pôr sela...
E
relata, como testemunha, as ações de outras personagens: Repensava, no esfriar do dia.
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UFMT 2006 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A leitura dos dois excertos revela um dos temas que permeia a ação do romance. Qual é ele?

Leia os trechos da obra Grande sertão: veredas, publicada há 50 anos, do escritor mineiro Guimarães Rosa – geração de 45 –

Eu ouvi aquilo demais. O pacto! Se diz – o senhor sabe. Bobéia. Ao que a pessoa vai, em meia-noite, a uma encruzilhada, e chama fortemente o Cujo – e espera. Se sendo, há-de que vem um pé-de-vento, sem razão, e arre se comparece uma porca com ninhada de pintos, se não for uma galinha puxando barrigada de leitões. Tudo errado, remedante, sem completação... O senhor imaginalmente percebe? O crespo – a gente se retém – então dá um cheiro de breu queimado. E o dito – o Coxo – toma espécie, se forma! Carece de se conservar coragem. Se assina o pacto. Se assina com o sangue de pessoa. O pagar é alma. Muito mais depois. O senhor vê, superstição parva? Estornadas!... Provei. Introduzi. (p.45)

O demo, tive raiva dele? Pensei nele? Em vezes. O que era em mim valentia, não pensava; e o que pensava produzia era dúvidas de me-enleios. Repensava, no esfriar do dia. A quando é o do sol entrar, que então até é o dia mesmo, por seu remorso. Ou então, ainda melhor, no madrugal, logo no instante em que eu acordava e ainda não abria os olhos: eram só os minutos, e, ali durante, em minha rede, eu preluzia tudo claro e explicado. Assim: – Tu vigia, Riobaldo, não deixa o diabo te pôr sela... – isto eu divulgava. Aí eu queria fazer um projeto: como havia de escapulir dele, do Temba, que eu tinha mal chamado. Ele rondava por me governar? (p.458)

(ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.) 
A
A coragem do herói em momentos de luta e perigo.
B
A existência ou não do demônio, com o qual teria sido feito um pacto.
C
O embate entre o bem e o mal que atormenta Riobaldo.
D
A necessidade de confissão para alívio do espírito.
E
A indicação do espiritual como refúgio para problemas pessoais.
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UFMT 2012, UFTM 2012 - Literatura - Barroco, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

O texto traz características da narrativa

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A
modernista, uma vez que se apresenta um fato prosaico e sem relevância do cotidiano humano como objeto de reflexão literária.
B
árcade, uma vez que coloca a contenção dos sentimentos como forma de fazer o homem voltar-se a si mesmo e evitar grandes desgraças.
C
romântica, uma vez que apresenta uma visão idealizada do amor, ainda que não realizado conforme os desejos do narrador.
D
realista, uma vez que se expõe uma visão próxima de uma realidade vivida, afetada pelo estado psicológico do narrador.
E
barroca, uma vez que as contradições do homem, dividido entre a vida espiritual e a carnal, são levadas às últimas consequências.