Questõessobre Modernismo
Lima Barreto e a sua obra estão inseridos na chamada
literatura pré-modernistas. Crítico da sociedade do seu
tempo e dos descaminhos que o projeto republicano
foi tomando no Brasil, Lima Barreto também abordou
em sua obra outros temas como:
1) o racismo e a herança da escravidão.
2) a herança armorial na cultura brasileira.
3) o nacionalismo xenofóbico.
4) a defesa da nobreza agrária.
5) a vida intelectual carioca.
Estão corretas:
1) o racismo e a herança da escravidão.
2) a herança armorial na cultura brasileira.
3) o nacionalismo xenofóbico.
4) a defesa da nobreza agrária.
5) a vida intelectual carioca.
Estão corretas:
Carlos Drummond de Andrade tratou em sua obra de
vários temas do homem contemporâneo, a exemplo da
solidão, do amor perdido, da saudade das coisas
vividas, dos conflitos bélicos. Dentre os versos abaixo,
qual é da sua autoria?
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.;
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade
As armas nacionais;
Vêm quinhentos mil escravos no bojo das fábricas,
A metade morreu na escuridão, sem ar.
Dividamos Cristo:
Todos ressuscitarão iguais;
O conto “Vestida de Preto”, de Mário de Andrade, aborda o amor entre Juca e Maria, subitamente
interrompido por Tia Velha que descobre e condena o erotismo nascente na relação juvenil.
Analise as afirmativas
I. Juca e Maria sabem, de antemão, que o beijo é “feio”.
II. Juca e Maria percebem que o beijo pode ser “feio”.
III. Tia Velha demonstra apenas querer o bem do casal.
IV. Tia Velha age respaldada em valores progressistas.
Assinale a alternativa correta
O poema de João Cabral pode ser considerado como
uma produção artística que:
TEXTO 4
...
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias,
Lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas,
e iguais também porque o sangue
Que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
algum roçado da cinza.
“Aqui jaz um grande poeta. / Nada deixou escrito. / Este silêncio, acredito, / são suas obras completas”. Autoepitáfio. Paulo Leminski.
Pouco antes de morrer, em 1989, aos 44 anos, Leminski já se sabia, como poeta, um peixe fora
d’água no panorama cultural brasileiro, um sobrevivente de uma época. Morreu cercado de um
quase-silêncio, com uma aura de dinossauro porra-louca.
Fonte: TRIGO, Luciano. Máquina de Escrever, um olhar crítico sobre literatura, cinema e artes plásticas. http://g1.globo.com/
platb/maquinadeescrever/2013/03/30/toda-poesia-mostra-a-forca-e-a-fraqueza-de-paulo-leminski/ Adaptado. Publicado
em 30-03-2013. Acesso 17-09-2015.
O autoepitáfio de Leminski, publicado na obra Toda Poesia, relaciona a sua produção com a (o):
Leia o fragmento que inicia “Devaneios e embriaguez duma rapariga”, conto de Clarice Lispector,
publicado em Laços de família.
Pelo quarto parecia-lhe estarem a se cruzar os eletricos, a estremecerem-lhe a imagem refletida. Estava a
se pentear vagarosamente diante da penteadeira de tres espelhos, os bracos brancos e fortes arrepiavamse à frescurazita da tarde. Os olhos nao se abandonavam, os espelhos vibravam ora escuros, ora
luminosos. Cá fora, duma janela mais alta, caiu à rua uma cousa pesada e fofa. Se os miudos e o marido
estivessem à casa, já lhe viria à ideia que seria descuido deles. Os olhos nao se despregavam da imagem,
o pente trabalhava meditativo, o roupao aberto deixava aparecerem nos espelhos os seios entrecortados de
várias raparigas.
"A Noite!", gritou o jornaleiro ao vento brando da Rua do Riachuelo, e alguma cousa arrepiou-se
pressagiada. Jogou o pente à penteadeira, cantou absorta: "quem viu o par-dal-zito... passou pela jane-la...
voou pr'alem do Mi-nho!" — mas, colerica, fechou-se dura como um leque.
Deitou-se, abanava-se impaciente com um jornal a farfalhar no quarto. Pegou o lenco, aspirava-o a
comprimir o bordado áspero com os dedos avermelhados. Punha-se de novo a abanar-se, quase a sorrir. Ai,
ai, suspirou a rir. Teve a visao de seu sorriso claro de rapariga ainda nova, e sorriu mais fechando os olhos,
a abanar-se mais profundamente. Ai, ai, vinha da rua como uma borboleta.
[...]
LISPECTOR, Clarice. Devaneios e embriaguez duma rapariga. In: ___. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 5.
Assinale a alternativa correta sobre o fragmento de texto apresentado para a questão.
Leia o fragmento que inicia “Devaneios e embriaguez duma rapariga”, conto de Clarice Lispector, publicado em Laços de família.
Pelo quarto parecia-lhe estarem a se cruzar os eletricos, a estremecerem-lhe a imagem refletida. Estava a se pentear vagarosamente diante da penteadeira de tres espelhos, os bracos brancos e fortes arrepiavamse à frescurazita da tarde. Os olhos nao se abandonavam, os espelhos vibravam ora escuros, ora luminosos. Cá fora, duma janela mais alta, caiu à rua uma cousa pesada e fofa. Se os miudos e o marido estivessem à casa, já lhe viria à ideia que seria descuido deles. Os olhos nao se despregavam da imagem, o pente trabalhava meditativo, o roupao aberto deixava aparecerem nos espelhos os seios entrecortados de várias raparigas.
"A Noite!", gritou o jornaleiro ao vento brando da Rua do Riachuelo, e alguma cousa arrepiou-se pressagiada. Jogou o pente à penteadeira, cantou absorta: "quem viu o par-dal-zito... passou pela jane-la... voou pr'alem do Mi-nho!" — mas, colerica, fechou-se dura como um leque.
Deitou-se, abanava-se impaciente com um jornal a farfalhar no quarto. Pegou o lenco, aspirava-o a comprimir o bordado áspero com os dedos avermelhados. Punha-se de novo a abanar-se, quase a sorrir. Ai, ai, suspirou a rir. Teve a visao de seu sorriso claro de rapariga ainda nova, e sorriu mais fechando os olhos, a abanar-se mais profundamente. Ai, ai, vinha da rua como uma borboleta.
[...]
LISPECTOR, Clarice. Devaneios e embriaguez duma rapariga. In: ___. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 5.
Assinale a alternativa correta sobre o fragmento de texto apresentado para a questão.
Geleia Geral, composta por Gilberto Gil e Torquato Neto, é uma canção bastante representativa da
valorização do hibridismo proposta pelo movimento tropicalista nas artes nacionais. Nesse sentido, há na
canção uma quantidade significativa de referências a elementos culturais eruditos e populares das mais
variadas origens: literatura, música, cinema, carnaval, festividades religiosas, etc.
Nestas duas colunas, há três versos da canção e três obras a que esses versos fazem referência.
1- Minha terra é onde o sol é mais limpo
2- Pindorama, país do futuro
3- Salve o lindo pendão dos seus olhos
( ) Manifesto Antropófago, Oswald de Andrade
( ) Canção do Exílio, Gonçalves Dias
( ) Hino à Bandeira, Olavo Bilac
A sequência correta de preenchimento dos parêntesis, de cima para baixo, é:
Geleia Geral, composta por Gilberto Gil e Torquato Neto, é uma canção bastante representativa da valorização do hibridismo proposta pelo movimento tropicalista nas artes nacionais. Nesse sentido, há na canção uma quantidade significativa de referências a elementos culturais eruditos e populares das mais variadas origens: literatura, música, cinema, carnaval, festividades religiosas, etc.
Nestas duas colunas, há três versos da canção e três obras a que esses versos fazem referência.
1- Minha terra é onde o sol é mais limpo
2- Pindorama, país do futuro
3- Salve o lindo pendão dos seus olhos
( ) Manifesto Antropófago, Oswald de Andrade
( ) Canção do Exílio, Gonçalves Dias
( ) Hino à Bandeira, Olavo Bilac
A sequência correta de preenchimento dos parêntesis, de cima para baixo, é:
Sobre Sagarana, de João Guimarães Rosa, é correto afirmar que a grande novidade do
narrador reside no modo de ele:
Assinale a opção que identifica corretamente a característica deste excerto de "O burrinho
pedrês", que integra o volume Sagarana, de João Guimarães Rosa:
"As ancas haiançam, e as vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com as caudas,
mugindo no meio, na massa embolada, com atritos de couros, estralas de guampas;
estrondos e baques, e o berro queixoso do gado Junqueira, de chifres imensos, com muita
tristeza, saudade dos campos, querência dos pastos de iá do sertão.''
Assinale a opção que identifica corretamente a característica deste excerto de "O burrinho pedrês", que integra o volume Sagarana, de João Guimarães Rosa:
"As ancas haiançam, e as vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio, na massa embolada, com atritos de couros, estralas de guampas; estrondos e baques, e o berro queixoso do gado Junqueira, de chifres imensos, com muita tristeza, saudade dos campos, querência dos pastos de iá do sertão.''
Assinale a opção que identifica correta mente uma característica de Sagarana, de Jo io
Guimarães Rosa:
“O autor faz uma crítica à insensatez de governantes, à hierarquização da sociedade, à subordinação
descabida, às disputas amorosas entre outras. É um conto de poucos parágrafos, rico em detalhes e
ainda atual, apesar de seus mais de cem anos”.
Assinale a alternativa que corresponde ao conto aludido.
Em sua obra Alguma poesia, Carlos Drummond de Andrade exprime a relação do eu lírico
com a realidade social moderna. Tendo em vista essa afirmação e o poema “Coração
numeroso”, julgue as afirmativas a seguir:
I – A declaração “Acabemos com isso” (linha 14) prenuncia o desfecho fatídico do
eu lírico: o seu afogamento na rua do porto.
II – No décimo primeiro verso, a expressão “homem-realejo” revela a constituição de
uma identidade deslocada e em constante construção.
III – O poema simboliza o movimento constante do sujeito-lírico que, ao percorrer o
Rio de Janeiro, depara-se com uma realidade sociocultural diferente.
IV – O verso “a cidade sou eu” (linha 22) enfatiza a imagem do sujeito solitário diante
de uma metrópole impessoal e em processo de desenvolvimento.
Assinale a alternativa CORRETA
Em sua obra Alguma poesia, Carlos Drummond de Andrade exprime a relação do eu lírico com a realidade social moderna. Tendo em vista essa afirmação e o poema “Coração numeroso”, julgue as afirmativas a seguir:
I – A declaração “Acabemos com isso” (linha 14) prenuncia o desfecho fatídico do eu lírico: o seu afogamento na rua do porto.
II – No décimo primeiro verso, a expressão “homem-realejo” revela a constituição de uma identidade deslocada e em constante construção.
III – O poema simboliza o movimento constante do sujeito-lírico que, ao percorrer o Rio de Janeiro, depara-se com uma realidade sociocultural diferente.
IV – O verso “a cidade sou eu” (linha 22) enfatiza a imagem do sujeito solitário diante de uma metrópole impessoal e em processo de desenvolvimento.
Assinale a alternativa CORRETA
Ainda em relação à narrativa de Jorge Amado, leia o trecho de carta a seguir:
Sr redator,
Desculpe os erros e a letra pois não sou costumeira nestas coisas de escrever e se hoje venho a vossa
presença é para botar os pingos no ii. Vi no jornal uma notícia sobre os furtos dos Capitães da areia e logo
depois veio a polícia e disse que ia perseguir eles e então o doutor dos menores veio com uma conversa
dizendo que era uma pena que eles não se emendavam no reformatório para onde ele mandava os pobres. É
pra falar no tal do reformatório que eu escrevo estas mal traçadas linhas. Eu queria que seu jornal mandasse
uma pessoa ver o tal do reformatório para ver como são tratados os filhos dos pobres que têm a desgraça de
cair nas mãos daqueles guardas sem alma.
AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 12.
Examine as seguintes proposições e classifique-as como V (verdadeira) ou F (falsa).
( ) A obra inicia-se com os textos divulgados no Jornal da Tarde e dá seguimento
com a publicação de cartas de leitores como a da costureira Maria Ricardina, cujo
filho foi maltratado no reformatório.
( ) As cartas do padre e da costureira denunciam as péssimas condições humanas a
que os adolescentes são submetidos no reformatório, enquanto que a carta do juiz
de menores manifesta-se a favor da educação repressora.
( ) O fragmento de texto caracteriza-se por uma linguagem extremamente formal, um
rigor gramatical e o uso de expressões típicas da língua culta como “botar os
pingos no ii”.
Agora, aponte a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
Ainda em relação à narrativa de Jorge Amado, leia o trecho de carta a seguir:
Sr redator, Desculpe os erros e a letra pois não sou costumeira nestas coisas de escrever e se hoje venho a vossa presença é para botar os pingos no ii. Vi no jornal uma notícia sobre os furtos dos Capitães da areia e logo depois veio a polícia e disse que ia perseguir eles e então o doutor dos menores veio com uma conversa dizendo que era uma pena que eles não se emendavam no reformatório para onde ele mandava os pobres. É pra falar no tal do reformatório que eu escrevo estas mal traçadas linhas. Eu queria que seu jornal mandasse uma pessoa ver o tal do reformatório para ver como são tratados os filhos dos pobres que têm a desgraça de cair nas mãos daqueles guardas sem alma.
AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 12.
A respeito das personagens encontradas na obra Capitães da areia, marque a alternativa CORRETA.
A respeito das personagens encontradas na obra Capitães da areia, marque a alternativa CORRETA.