Questõesde UNICENTRO sobre Escolas Literárias

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UNICENTRO 2010 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O conto cômico de Primeiras Estórias, em que Guimarães Rosa tematiza a importância da linguagem, seu conhecimento, mostrando um médico narrador da história que recebe a visita de quatro cavaleiros rudes do sertão, é

A
As margens da alegria.
B
O cavalo que bebia cerveja.
C
Pirlimpsiquice.
D
Famigerado.
E
Os irmãos Dagobé.
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UNICENTRO 2010 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Em relação à obra A Hora da Estrela de Clarice Lispector, é INCORRETO afirmar que

A
Rodrigo S.M. é um narrador onisciente que conta a história de Macabéa, personagem protagonista.
B
o narrador homem Rodrigo S.M. tece reflexões sobre a posição que o escritor ocupa na sociedade.
C
a obra demonstra o sofrimento de uma mulher solitária que, enfim, conhece a felicidade no Rio de Janeiro.
D
a obra se caracteriza por apresentar uma sondagem psicológica, intimista, e evidencia os complexos mecanismos psicológicos.
E
Clarice Lispector funde em um trabalho de metalinguagem o narrador Rodrigo S.M. com a sua personagem protagonista.
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UNICENTRO 2010 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Escolas Literárias

        Aniceto fora cedo tirar o atestado de óbito no cartório de Palmeira e chegou no meio da tarde, encontrando grande confusão, o padre não permitia o enterro no cemitério de Santa Bárbara, era uma ateia.
      –– Mas vivemos na República –– gritou Rossi, que tinha ido acertar o sepultamento.
    –– A igreja é maior que o governo –– revidou o padre. –– Temos o direito de ser enterrados no cemitério.
     –– Essa terra só conhece católicos. — E o padre bateu a porta da sacristia.
   Quando souberam da proibição, os anarquistas se revoltaram, iam marchar juntos contra o padre e enterrar Gentille à força, viviam em um país livre, eram trabalhadores, davam lucro ao estado, ninguém era obrigado a ter religião para ser enterrado dignamente.

SANCHES NETO, Miguel. Um amor anarquista. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 219.

O texto, contextualizado na obra em sua totalidade, permite afirmar:

A
Os membros da comunidade anarquista, em função de sua ideologia, compreendem que devem respeitar o posicionamento do padre, pois ele não conhece verdadeiramente os ideais socialistas.
B
O padre, embora a personagem que deveria ser enterrada fosse católica, não admite o enterro de um membro da Colônia Cecília, pois rejeitava os valores anarquistas.
C
A atitude de indignação dos membros da comunidade anarquista explicita os valores pautados na violência e defendidos pela personagem Giovanni Rossi.
D
O fragmento exemplifica a denúncia da atitude intolerante da sociedade diante dos padrões de vida propostos pela Colônia socialista/anarquista Cecília.
E
A proposta anarquista da comunidade limita-se ao ideal de uma terra partilhada com todos os membros da Colônia.
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UNICENTRO 2010 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Consolo na praia

Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Consolo na praia. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 1989. p. 129.

Para o eu poético,

A
nada supera o amor.
B
a vida é feita de perdas.
C
tudo está perdido, menos a poesia.
D
apesar de tudo, ainda há razão para recomeçar.
E
a vida só vale a pena quando se tem um amigo.
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UNICENTRO 2010 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

      Tornou-se Pereira pálido, franzindo os sobrolhos e olhando de esguelha para quem tão imprudentemente elogiava assim, cara a cara, a beleza de sua filha; Inocência enrubesceu que nem uma romã; Cirino sentiu um movimento impetuoso, misturado de estranheza e desespero, e, lá da sua pele de tamanduá-bandeira, ergueu-se meio apavorado o anão.
       Nem reparou Meyer e com a habitual ingenuidade prosseguiu:
   –– Aqui, no sertão do Brasil, há o mau costume de esconder as mulheres.
      Viajante não sabe de todo se são bonitas, se feias, e nada pode contar nos livros para o conhecimento dos que leem. Mas, palavra de honra, senhor Pereira, se todas se parecem com esta sua filha, é coisa muito e muito digna de ser vista e escrita! Eu...
   –– O senhor não quer retirar-se? Interrompeu Pereira com modo áspero.
   –– Pois não! Replicou o alemão.

TAUNAY, Visconde de. Inocência. Disponível em: <www.nead.unama.br> . Acesso em: 19 jun. 2010.


O diálogo entre as personagens Meyer, que representa a ideologia europeia, e Pereira, que traduz os valores sertanejos, evidencia

A
uma convergência ideológica entre culturas tão distintas.
B
a desigualdade social entre a Europa e o Sertão brasileiro.
C
o contraste entre o conceito de beleza europeu e o sertanejo.
D
a indignação do europeu, que não compreende por que é maltratado por Pereira.
E
a denúncia do choque cultural e ideológico entre os valores do homem europeu e do homem sertanejo brasileiro.
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UNICENTRO 2010 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

     Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai. Se me tem pedido a coisa por favor, alcançá-la-ia do mesmo modo, como de outras vezes, mas parece que era lembrança das outras vezes, o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não aprender como queria, — e pode ser mesmo que em alguma ocasião lhe tivesse ensinado mal,–– parece que tal foi a causa da proposta. [...]
      Não queria recebê-la, e custava-me recusá-la. Olhei para o mestre, que continuava a ler, com tal interesse, que lhe pingava o rapé do nariz.
      — Ande, tome, dizia-me baixinho o filho. [...]
      –– Tome, tome...
      Relancei os olhos pela sala, e dei com os do Curvelo em nós; disse ao Raimundo que esperasse. Pareceu-me que o outro nos observava, então dissimulei; mas daí a pouco deitei-lhe outra vez o olho, e –– tanto se ilude a vontade! –– não lhe vi mais nada. Então cobrei ânimo.
     –– Dê cá...

ASSIS, Machado de. Conto de Escola. Contos. São Paulo: Ática. 1989. p. 34. ( Série Bons Livros).

Tem comprovação no texto a ideia de

A
valorização da amizade.
B
fragilidade dos valores éticos.
C
preconceito diante do oprimido.
D
ruptura com as relações sociais.
E
desrespeito à figura paterna e professoral.
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UNICENTRO 2010 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

    Sou um homem arrasado. Doença? Não. Gozo perfeita saúde.
  O que estou é velho. Cinquenta anos pelo S. Pedro. Cinquenta anos perdidos, cinquenta anos gastos sem objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade embotada.
    Cinquenta anos! Quantas horas inúteis! Consumir-se uma pessoa a vida inteira sem saber para quê! Comer e dormir como um porco! Levantar-se cedo todas as manhãs e sair correndo, procurando comida! E depois guardar comida para os filhos, para os netos, para muitas gerações. Que estupidez! Que porcaria! Não é bom vir o diabo e levar tudo?

RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1979. p. 179-180.


Na percepção que constrói de si mesmo, o sujeito-narrador

A
valoriza a resistência emocional que adquiriu ao longo dos anos.
B
expressa, ao escrever o seu livro, a sensação de aniquilamento em face da vida que escolheu.
C
sente-se orgulhoso de seu itinerário existencial, embora esteja bastante triste e melancólico.
D
considera que todos os seus erros podem ser remediados através da conciliação com seus filhos e seus futuros netos.
E
julga proveitoso o esforço que fez para se tornar um homem de posses, já que pode guardar bens para as próximas gerações.
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UNICENTRO 2011 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

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Contextualizada na obra “O Rei da Vela”, a análise das personagens em destaque no fragmento permite afirmar:

A
Tanto Abelardo I quanto Abelardo II, com exceção de Pinote e de Heloisa, são inconformados com o sistema político e social da época.
B
Todas as personagens presentes no fragmento compartilham de ideologias materialistas e são indiferentes aos problemas de ordem socioeconômica.
C
Pinote vai ao encontro de Abelardo I com o objetivo de questionar sua atitude usurária diante dos mais humildes.
D

Heloisa, filha de um fazendeiro arruinado pela crise, representa a classe dos oprimidos, que é excluída do processo social.
E
Abelardo II, embora se espelhe nos valores de seu chefe, apresenta uma postura diferente e mais humilde em relação aos que o procuram para pedir empréstimos.