Questõessobre Literatura
Anelise, protagonista e narradora do romance As parceiras, de Lya Luft, conta a própria história,
recuperando a memória de sua família.
No bloco superior, abaixo, estão listadas algumas personagens do romance; no inferior, a relação de
parentesco que têm com a protagonista.
Associe adequadamente o bloco inferior ao bloco superior.
1 - Catarina
2 - Sibila
3 - Vânia
4 - Otávio
5 - Tiago
( ) Irmã de Anelise.
( ) Avó de Anelise.
( ) Tia anã de Anelise.
( ) Primo de Anelise.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
O cortiço (1890) e Dom Casmurro (1899) foram publicados na mesma década, porém apresentam
registros de linguagem diferentes, como se pode ver nos trechos abaixo.
No bloco superior, estão listados nomes de personagens de O cortiço e de Dom Casmurro; no
inferior, os trechos dos romances em que essas personagens são descritas.
Associe adequadamente o bloco inferior ao bloco superior.
1 - Firmo (O cortiço)
2 - Escobar (Dom Casmurro)
3 - Jerônimo (O cortiço)
4 - José Dias (Dom Casmurro)
( ) [...] viera da terra, com a mulher e uma filhinha ainda pequena, tentar a vida no Brasil, na
qualidade de colono de um fazendeiro, em cuja fazenda mourejou durante dois anos, sem
nunca levantar a cabeça, e de onde afinal se retirou de mãos vazias e uma grande birra pela
lavoura brasileira. Para continuar a servir na roça tinha que sujeitar-se a emparelhar com os
negros escravos e viver com eles no mesmo meio degradante, encurralado como uma besta,
sem aspirações, nem futuro, trabalhando eternamente para outro.( ) [...] era um mulato pachola, delgado de corpo e ágil como um cabrito; capadócio de marca,
pernóstico, só de maçadas, e todo ele se quebrando nos seus movimentos de capoeira. Teria
seus trinta e tantos anos, mas não parecia ter mais de vinte e poucos. Pernas e braços finos,
pescoço estreito, porém forte; não tinha músculos, tinha nervos.( ) Era um rapaz esbelto, olhos claros, um pouco fugitivos, como as mãos, como os pés, como a
fala, como tudo. Quem não estivesse acostumado com ele podia acaso sentir-se mal, não
sabendo por onde lhe pegasse. Não fitava de rosto, não falava claro nem seguido; as mãos não
apertavam as outras, nem se deixavam apertar delas, porque os dedos, sendo delgados e
curtos, quando a gente cuidava tê-los entre os seus, já não tinha nada.( ) [...] apareceu ali vendendo-se por médico homeopata; levava um Manual e uma botica. Havia
então um andaço de febres; [...] curou o feitor e uma escrava, e não quis receber nenhuma
remuneração. Então meu pai propôs-lhe ficar ali vivendo, com pequeno ordenado. [...] recusou,
dizendo que era justo levar a saúde à casa de sapé do pobre.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Assinale a alternativa correta sobre a peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues.
Assinale a alternativa correta a respeito da vida e da obra do poeta português Fernando Pessoa.
Leia o seguinte trecho adaptado de Terras do sem-fim, de Jorge Amado.
O jornal da oposição, ........, que saía aos sábados, ressumava naquele número uma violência
inaudita. Era dirigido por Filemon Andreia, um ex-alfaiate que viera da Bahia para Ilhéus, onde
abandonara a profissão. Constava na cidade que Filemon era incapaz de escrever uma linha, que
mesmo os artigos que assinava eram escritos por outros, ele não passava de um testa de ferro. Por
que ele terminara diretor do jornal da oposição ninguém sabia. Antes fazia trabalhos políticos para
........, e, quando este comprou a máquina impressora e as caixas de tipos para o semanário, toda a
gente se surpreendeu com a escolha de Filemon Andreia para diretor. [...] Manuel de Oliveira era
profissional de imprensa. Trabalhara em vários jornais da Bahia até que ........, que o conhecera nos
cabarés da capital, o contratara para dirigir ........ Era mais ágil e mais direto, quase sempre fazia
mais sucesso.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do trecho acima, na ordem em que
aparecem.
Leia o seguinte trecho adaptado de Terras do sem-fim, de Jorge Amado.
O jornal da oposição, ........, que saía aos sábados, ressumava naquele número uma violência inaudita. Era dirigido por Filemon Andreia, um ex-alfaiate que viera da Bahia para Ilhéus, onde abandonara a profissão. Constava na cidade que Filemon era incapaz de escrever uma linha, que mesmo os artigos que assinava eram escritos por outros, ele não passava de um testa de ferro. Por que ele terminara diretor do jornal da oposição ninguém sabia. Antes fazia trabalhos políticos para ........, e, quando este comprou a máquina impressora e as caixas de tipos para o semanário, toda a gente se surpreendeu com a escolha de Filemon Andreia para diretor. [...] Manuel de Oliveira era profissional de imprensa. Trabalhara em vários jornais da Bahia até que ........, que o conhecera nos cabarés da capital, o contratara para dirigir ........ Era mais ágil e mais direto, quase sempre fazia mais sucesso.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do trecho acima, na ordem em que
aparecem.
Leia o seguinte trecho de O cortiço.
A criadagem da família do Miranda compunha-se de Isaura, mulata ainda moça, moleirona e tola,
que gastava todo o vintenzinho que pilhava em comprar capilé na venda de João Romão; uma
negrinha virgem, chamada Leonor, muito ligeira e viva, lisa e seca como um moleque, conhecendo
de orelha, sem lhe faltar um termo, a vasta tecnologia da obscenidade, e dizendo, sempre que os
caixeiros ou os fregueses da taverna, só para mexer com ela, lhe davam atracações: “Óia, que eu
me queixo ao juiz de orfe!”; e finalmente o tal Valentim, filho de uma escrava que foi de Dona Estela
e a quem esta havia alforriado.
Sobre o texto acima, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
( ) O fragmento reflete o tom geral do romance, no qual o narrador em terceira pessoa distancia-se
das personagens populares – especialmente as negras –, pois está atrelado às reduções do
cientificismo naturalista que antepõe raça superior a raça inferior.
( ) A linguagem do narrador é diferente da linguagem da personagem: a fala de Leonor não segue
o registro linguístico adotado pelo narrador.
( ) As personagens femininas descritas no trecho – e no romance de maneira geral – são
estereotipadas, respondem ao imaginário da mulata sensual e ociosa, especialmente Bertoleza e
Rita Baiana.
( ) O narrador em terceira pessoa simpatiza com as personagens populares; tal simpatia está
presente em todo o romance, nas inúmeras vezes em que a narração em terceira pessoa cede
espaço para o diálogo entre escravos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia o seguinte trecho de O cortiço.
A criadagem da família do Miranda compunha-se de Isaura, mulata ainda moça, moleirona e tola, que gastava todo o vintenzinho que pilhava em comprar capilé na venda de João Romão; uma negrinha virgem, chamada Leonor, muito ligeira e viva, lisa e seca como um moleque, conhecendo de orelha, sem lhe faltar um termo, a vasta tecnologia da obscenidade, e dizendo, sempre que os caixeiros ou os fregueses da taverna, só para mexer com ela, lhe davam atracações: “Óia, que eu me queixo ao juiz de orfe!”; e finalmente o tal Valentim, filho de uma escrava que foi de Dona Estela e a quem esta havia alforriado.
Sobre o texto acima, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
( ) O fragmento reflete o tom geral do romance, no qual o narrador em terceira pessoa distancia-se das personagens populares – especialmente as negras –, pois está atrelado às reduções do cientificismo naturalista que antepõe raça superior a raça inferior.
( ) A linguagem do narrador é diferente da linguagem da personagem: a fala de Leonor não segue o registro linguístico adotado pelo narrador.
( ) As personagens femininas descritas no trecho – e no romance de maneira geral – são estereotipadas, respondem ao imaginário da mulata sensual e ociosa, especialmente Bertoleza e Rita Baiana.
( ) O narrador em terceira pessoa simpatiza com as personagens populares; tal simpatia está presente em todo o romance, nas inúmeras vezes em que a narração em terceira pessoa cede espaço para o diálogo entre escravos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia o trecho do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, abaixo.
Essas coisas todas se passaram tempos depois. Talhei de avanço, em minha história. O senhor
tolere minhas más devassas no contar. É ignorância. Eu não converso com ninguém de fora, quase.
Não sei contar direito. Aprendi um pouco foi com o compadre meu Quelemém; mas ele quer saber
tudo diverso: quer não é o caso inteirado em si, mas a sobre-coisa, a outra-coisa. Agora, neste dia
nosso, com o senhor mesmo – me escutando com devoção assim – é que aos poucos vou indo
aprendendo a contar corrigido. E para o dito volto. Como eu estava, com o senhor, no meio dos
hermógenes.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o trecho.
( ) Riobaldo, narrador da história, tem consciência de que sua narrativa obedece ao fluxo da
memória e não à cronologia dos fatos.
( ) A ignorância de Riobaldo é expressa pelos erros gramaticais e pela inabilidade em contar sua
história, que carece de ordenação.
( ) “A sobre-coisa, a outra-coisa”, que o compadre Quelemém quer, é a interpretação da própria
vivência e não o simples relato dos acontecimentos.
( ) O ouvinte exerce um papel importante, pois obriga Riobaldo a organizar a narrativa e a dar
significado ao narrado.
Instrução: A questão refere-se ao romance A noite das mulheres cantoras, de Lídia Jorge.
Assinale a alternativa correta sobre o romance.
Instrução: A questão refere-se ao romance A noite das mulheres cantoras, de Lídia Jorge.
Assinale a alternativa correta sobre o romance.
Assinale a alternativa correta sobre os três sermões do Padre Antônio Vieira.
Leia o segmento abaixo.
Há um fragmento do romance O amor de
Pedro por João, de Tabajara Ruas, que se
destacou do conjunto: o episódio em que
Dorival encarou a guarda. Nesse trecho,
Dorival, ........, enfrenta o soldado, o cabo, o
sargento e o tenente. Fica visível ........ da
guarda e ........ de Dorival.
Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas na ordem em que
aparecem.
Leia o segmento abaixo.
Há um fragmento do romance O amor de Pedro por João, de Tabajara Ruas, que se destacou do conjunto: o episódio em que Dorival encarou a guarda. Nesse trecho, Dorival, ........, enfrenta o soldado, o cabo, o sargento e o tenente. Fica visível ........ da guarda e ........ de Dorival.
Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas na ordem em que
aparecem.
Considere as seguintes afirmações sobre o
livro Dom Casmurro, de Machado de Assis.
I - O romance de Machado de Assis, narrado
em terceira pessoa, expõe o triângulo
amoroso entre Bentinho, Capitu e
Escobar. O narrador, que ingressa na
consciência de todas as personagens,
revela ao leitor a traição de Capitu e a
paternidade de seu filho Ezequiel. II - O livro está estruturado em forma de
diário, por isso guarda as lembranças
mais íntimas de Dom Casmurro. A
personagem registra que não quer ter
suas memórias reveladas, pois isso
macularia sua imagem ante a sociedade
fluminense.III- O agregado da família Santiago, José
Dias, desempenha funções elevadas de
conselheiro e rebaixadas de mandalete.
Sua acomodação nessa família dá mostras
dos arranjos sociais entre homens livres e
classe dominante.
Quais estão corretas?
Sobre o romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as
seguintes afirmações.
( ) No início do romance, está o vendeiro português João Romão que, com força de trabalho e boa
dose de oportunismo, constrói o cortiço, seu primeiro caminho para a ascensão social.
( ) No romance, a ex-escrava Bertoleza é a companheira de João Romão, por ele tratada com
respeito, o que dá mostras do tom conciliatório do livro, que trata a escravidão como problema
resolvido.
( ) No sobrado contíguo ao cortiço de João Romão, vivem Miranda, Dona Estela e a filha
Zulmirinha, família financeiramente confortável, que cria sinceros vínculos de amizade com João
Romão e Bertoleza.
( ) No romance, Dona Estela, sempre descrita pelo narrador como uma dama séria e decorosa,
sofre com as constantes traições de seu marido Miranda.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Considerando os estudos sobre o romance
Dom Casmurro, assinale com V (verdadeiro)
ou F (falso) as seguintes afirmações.
( ) No final do século XIX e início do XX, a
interpretação do romance tende à
aderência ao ponto de vista do narrador.
Assim, em geral, os leitores aceitam os
fatos narrados por Bentinho sem muita
desconfiança da sua narração
comprometida. ( ) Em torno de 1960, talvez por influência
de leituras feministas, críticos
problematizam a visão unilateral de
Bentinho e passam a ponderar que o
ponto de vista de Capitu não vinha sendo
considerado e que a sua traição deveria
ser ao menos discutida. ( ) Perto de 1980, são comuns as leituras
que desviam o foco do debate
sentimental para o social, e a diferença
de classe entre o filho do deputado
(Bentinho) e a filha do vizinho pobre
(Capitu) passa a figurar como um dos
tópicos do romance.( ) Atualmente, e por obra das muitas
adaptações do romance para o cinema e
para a televisão, que revelaram
conteúdos da narrativa antes ocultos, é
consenso que a traição de Capitu é o
centro do enredo e que esta pode ser
comprovada pelas pistas deixadas no
texto por Machado de Assis.
A sequência correta de preenchimento dos
parênteses, de cima para baixo, é
Leia o poema abaixo, presente em Mensagem, de Fernando Pessoa.
Noite
A nau de um deles tinha-se perdido
No mar indefinido.
O segundo pediu licença ao Rei
De, na fé e na lei
Da descoberta, ir em procura
Do irmão no mar sem fim e a névoa escura.
Tempo foi. Nem primeiro nem segundo
Volveu do fim profundo
Do mar ignoto à pátria por quem dera
O enigma que fizera.
Então o terceiro a El-Rei rogou
Licença de os buscar, e El-Rei negou.
Como a um cativo, o ouvem a passar
Os servos do solar.
E, quando o veem, veem a figura
Da febre e da amargura,
Com fixos olhos rasos de ânsia
Fitando a proibida azul distância.
Senhor, os dois irmãos do nosso Nome
— O Poder e o Renome —
Ambos se foram pelo mar da idade
À tua eternidade;
E com eles de nós se foi
O que faz a alma poder ser de herói.
Queremos ir buscá-los, desta vil
Nossa prisão servil:
É a busca de quem somos, na distância
De nós; e, em febre de ânsia,
A Deus as mãos alçamos.
Mas Deus não dá licença que partamos.
Considere as seguintes afirmações sobre o poema e suas relações com o livro Mensagem.
I - As três primeiras estrofes estão relacionadas a um episódio real: a história dos irmãos Gaspar e
Miguel Corte Real que desapareceram em expedições marítimas, no início do século XVI, para
desespero do terceiro irmão, Vasco, que queria procurá-los, mas não obteve a autorização do
rei.
II - O sujeito lírico, na quarta e na quinta estrofes, assume a primeira pessoa do plural, sugerindo
que o drama individual dos irmãos pode representar um problema coletivo: a perda de poder e
renome de Portugal, perda esta já associada à difícil situação do país no início do século XX,
momento da escritura do poema.
III- O diagnóstico das perdas de Portugal está ausente em outros poemas de Mensagem, por
exemplo, Mar português, Autopsicografia e Nevoeiro, que apresentam a visão eufórica e
confiante do sujeito lírico em relação ao futuro de Portugal.
Quais estão corretas?
Leia o poema abaixo, presente em Mensagem, de Fernando Pessoa.
Noite
A nau de um deles tinha-se perdido
No mar indefinido.
O segundo pediu licença ao Rei
De, na fé e na lei
Da descoberta, ir em procura
Do irmão no mar sem fim e a névoa escura.
Tempo foi. Nem primeiro nem segundo
Volveu do fim profundo
Do mar ignoto à pátria por quem dera
O enigma que fizera.
Então o terceiro a El-Rei rogou
Licença de os buscar, e El-Rei negou.
Como a um cativo, o ouvem a passar
Os servos do solar.
E, quando o veem, veem a figura
Da febre e da amargura,
Com fixos olhos rasos de ânsia
Fitando a proibida azul distância.
Senhor, os dois irmãos do nosso Nome
— O Poder e o Renome —
Ambos se foram pelo mar da idade
À tua eternidade;
E com eles de nós se foi
O que faz a alma poder ser de herói.
Queremos ir buscá-los, desta vil
Nossa prisão servil:
É a busca de quem somos, na distância
De nós; e, em febre de ânsia,
A Deus as mãos alçamos.
Mas Deus não dá licença que partamos.
Considere as seguintes afirmações sobre o poema e suas relações com o livro Mensagem.
I - As três primeiras estrofes estão relacionadas a um episódio real: a história dos irmãos Gaspar e Miguel Corte Real que desapareceram em expedições marítimas, no início do século XVI, para desespero do terceiro irmão, Vasco, que queria procurá-los, mas não obteve a autorização do rei.
II - O sujeito lírico, na quarta e na quinta estrofes, assume a primeira pessoa do plural, sugerindo que o drama individual dos irmãos pode representar um problema coletivo: a perda de poder e renome de Portugal, perda esta já associada à difícil situação do país no início do século XX, momento da escritura do poema.
III- O diagnóstico das perdas de Portugal está ausente em outros poemas de Mensagem, por exemplo, Mar português, Autopsicografia e Nevoeiro, que apresentam a visão eufórica e confiante do sujeito lírico em relação ao futuro de Portugal.
Quais estão corretas?