Questõessobre Barroco

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Foram encontradas 88 questões
bcdb8d59-b3
UFBA 2013 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

O Barroco é a expressão artística do conflito e do esforço de síntese entre as tradições clássica e medieval.

Descreve o que era realmente naquele tempo a cidade da Bahia

A cada canto um grande conselheiro,
que nos quer governar a cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.


Em cada porta um frequentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.

Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.

Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia. (MENDES, 1998, p. 27).


 A partir do estudo crítico de Cleise Mendes, em Senhora Dona Bahia, pode-se afirmar:
C
Certo
E
Errado
bcd898a4-b3
UFBA 2013 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

A poesia satírica de Gregório de Matos inclui ataques pessoais a seus inimigos.

Descreve o que era realmente naquele tempo a cidade da Bahia

A cada canto um grande conselheiro,
que nos quer governar a cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.


Em cada porta um frequentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.

Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.

Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia. (MENDES, 1998, p. 27).


 A partir do estudo crítico de Cleise Mendes, em Senhora Dona Bahia, pode-se afirmar:
C
Certo
E
Errado
bcd46342-b3
UFBA 2013 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

A produção satírica de Gregório de Matos foi aceita com dificuldade pelos críticos de literatura, pois não a consideravam expressão legítima da criação artística.

Descreve o que era realmente naquele tempo a cidade da Bahia

A cada canto um grande conselheiro,
que nos quer governar a cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.


Em cada porta um frequentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.

Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.

Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia. (MENDES, 1998, p. 27).


 A partir do estudo crítico de Cleise Mendes, em Senhora Dona Bahia, pode-se afirmar:
C
Certo
E
Errado
bcd0b76b-b3
UFBA 2013 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

O poema pertence à poesia satírica de Gregório de Matos pelo uso da ironia para expor ao ridículo certos comportamentos da sociedade baiana do século XVII.

Descreve o que era realmente naquele tempo a cidade da Bahia

A cada canto um grande conselheiro,
que nos quer governar a cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.


Em cada porta um frequentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.

Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.

Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia. (MENDES, 1998, p. 27).


 A partir do estudo crítico de Cleise Mendes, em Senhora Dona Bahia, pode-se afirmar:
C
Certo
E
Errado
8b57544c-b0
UFGD 2016 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Com base na obra Narciso de Caravaggio (1571-1610) e em sua releitura sem título, reproduzidas abaixo, é correto afirmar:


A
A primeira pertence ao período barroco italiano e alude a um mito da antiguidade clássica sobre a criação do homem à imagem e semelhança das águas.
B
Tanto a primeira quanto a segunda fazem referência ao abuso de equipamentos tecnológicos na sociedade contemporânea.
C
A segunda pode ser considerada uma paródia da primeira e sugere uma leitura atual do individualismo e do amor à autoimagem.
D
A primeira é uma obra de arte renascentista e apresenta uma crítica ao sistema de tratamento de água na Idade Média.
E
A primeira serviu de modelo à segunda, porém, a ideia do reflexo não foi preservada na imitação.
5169376b-b1
UEMG 2010 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Durante o período colonial brasileiro, as principais manifestações artísticas, entre elas o Barroco, foram marcadas pela influência da religiosidade.


Com base na análise da imagem e da leitura do soneto de Gregório de Matos, constata-se que

OBSERVE a ilustração e LEIA o soneto de Gregório de Matos, a seguir.



SONETO

     Pequei, Senhor, mas não porque hei            

pecado,                                                    

de vossa alta clemência me despido;      

porque quanto mais tenho delinquido,    

vos tenho a perdoar mais empenhado.   


 Se basta a vos irar tanto um pecado,       

a abrandar-vos sobeja um só gemido:    

   que a mesma culpa, que vos há ofendido,

 vos tem para o perdão lisonjeado.          


Se uma ovelha perdida e já cobrada,     

  glória tal e prazer tão repentino vos deu, 

  como afirmais na sacra história,              


eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, 

cobrai-a; e não queirais, pastor divino,

 perder na vossa ovelha a vossa glória.

Gregório de Mattos

A
ambos se inspiram na fé cristã e representam a postura de submissão do homem ao julgamento divino.
B
a presença da temática religiosa em ambos deve-se à influência do racionalismo renascentista.
C
ambos recorrem a episódios bíblicos em sua configuração - uma citação no soneto e uma representação pictórica na obra de Aleijadinho.
D
a simplicidade estética das obras de Aleijadinho e de Gregório de Matos deriva da censura promovida pela Santa Inquisição às obras artísticas no Brasil.
3845eed2-b0
UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Considerando a poesia de Gregório de Matos e o momento literário em que sua obra se insere, avalie as seguintes afirmativas:


1. Apresentando a luta do homem no embate entre a carne e o espírito, a terra e o céu, o presente e a eternidade, os poemas religiosos do autor correspondem à sensibilidade da época e encontram paralelo na obra de um seu contemporâneo, Padre Antônio Vieira.

2. Os poemas erótico-irônicos são um exemplo da versatilidade do poeta, mas não são representativos da melhor poesia do autor, por não apresentarem a mesma sofisticação e riqueza de recursos poéticos que os poemas líricos ou religiosos apresentam.

3. Como bom exemplo da poesia barroca, a poesia do autor incrementa e exagera alguns recursos poéticos, deixando sua linguagem mais rebuscada e enredada pelo uso de figuras de linguagem raras e de resultados tortuosos.

4. A presença do elemento mulato nessa poesia resgata para a literatura uma dimensão social problemática da sociedade baiana da época: num país de escravos, o mestiço é um ser em conflito, vítima e algoz em uma sociedade violentamente desigual.


Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
E
Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
e7ceb17a-af
UFRGS 2017 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Assinale a alternativa correta sobre o Sermão do bom sucesso das armas e o Sermão de Santo Antônio, do padre Antônio Vieira.

A
No Sermão do bom sucesso das armas, o orador constrói argumentos para desqualificar o interlocutor e, então, provar seu erro em proteger os holandeses.
B
No Sermão de Santo Antônio, o orador dirige-se aos peixes, a fim de destacar suas virtudes, inexistentes nos homens.
C
No Sermão do bom sucesso das armas, o orador simula uma interpelação a Deus para conclamar os maranhenses a lutarem contra os holandeses.
D
No Sermão de Santo Antônio, o orador, simulando dirigir-se aos peixes, repreende, entre outras coisas, a tendência dos homens a se entredevorarem.
E
No Sermão do bom sucesso das armas, o orador simula a vitória dos holandeses, a fim de destacar a necessidade de os brasileiros abandonarem seus pecados.
edf9baa6-af
UNIOESTE 2017 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Tendo em vista a Carta XVII ao Rei D. Afonso VI, escrita pelo Pe. Antônio Vieira, assinale a alternativa que NÃO condiz com as afirmações do autor.

A
Aponta injustiças e tiranias impostas, afirmando que no espaço de quarenta anos se mataram e se destruíram, pela costa e sertões desta terra, mais de dois milhões de índios.
B
Solicita ao Rei não apenas a firmeza da lei, mas a necessidade de castigo aos que a violarem, e afirma que há religiosos corruptos que apregoam e fazem o contrário do que deveriam fazer
C
Insinua, em tom profético, que Deus castiga os reis injustos, e exemplifica que puniu o Faraó do Egito, tirando-lhes os primogênitos, por este consentir no cativeiro do povo hebreu.
D
Pede ao Rei que envie mais governadores e capitães-mores, tão decentes quanto os que aqui estão, pois só esses conseguem refrear a ganância e a imoralidade dos portugueses.
E
Afirma que os índios livres das aldeias, assistidos pelos missionários, estão tão bem instruídos na doutrina cristã quanto os portugueses que melhor a dominam.
6e4c8841-1b
IFN-MG 2017 - Literatura - Barroco, Simbolismo, Modernismo, Escolas Literárias, Romantismo

Considere o trecho da Obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, que se segue:


Virgília? Mas era a mesma senhora, que alguns anos depois...? (...) Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é um romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção – devoção, ou talvez medo; creio que medo. (ASSIS, Machado, 1994, p. 55)


Com base na leitura do trecho, considerando a referida obra e o conhecimento sobre as escolas literárias, podemos afirmar que há uma crítica explícita à seguinte estética:

A
Barroco
B
Modernismo
C
Romantismo
D
Simbolismo
ff0a5f9e-0a
UNESP 2018 - Literatura - Barroco, Simbolismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

Tal movimento não era apenas um movimento europeu de caráter universal, conquistando uma nação após outra e criando uma linguagem literária universal que, em última análise, era tão inteligível na Rússia e na Polônia quanto na Inglaterra e na França; ele também provou ser uma daquelas correntes que, como o Classicismo da Renascença, subsistiu como fator duradouro no desenvolvimento da arte. Na verdade, não existe produto da arte moderna, nenhum impulso emocional, nenhuma impressão ou estado de espírito do homem moderno, que não deva sua sutileza e variedade à sensibilidade que se desenvolveu a partir desse movimento. Toda exuberância, anarquia e violência da arte moderna, seu lirismo balbuciante, seu exibicionismo irrestrito e profuso, derivaram dele. E essa atitude subjetiva e egocêntrica tornou-se de tal modo natural para nós, tão absolutamente inevitável, que nos parece impossível reproduzir sequer uma sequência abstrata de pensamento sem fazer referência aos nossos sentimentos.

(Arnold Hauser. História social da arte e da literatura, 1995. Adaptado.)


O texto refere-se ao movimento denominado

A
Barroco.
B
Arcadismo.
C
Realismo.
D
Romantismo.
E
Simbolismo.
36325972-6e
INSPER 2017 - Literatura - Barroco, Simbolismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

Analisando-se os textos, conclui-se corretamente que a descrição da mulher destaca

                                                  Texto 1


                          Os teus olhos espalham luz divina,

                          a quem a luz do sol em vão se atreve;

                          papoila ou rosa delicada e fina

                          te cobre as faces, que são cor da neve.

                          Os teus cabelos são uns fios d’ouro;

                           teu lindo corpo bálsamo vapora.

                           Ah! não, não fez o céu, gentil pastora,

                           para a glória de amor igual tesouro!

                           Graças, Marília bela,

                            graças à minha estrela!

                                                   (Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas)


                                                Texto 2


      Jerônimo levantou-se, quase que maquinalmente, e, seguido por Piedade, aproximou-se da grande roda que se formara em torno dos dois mulatos. Aí, de queixo grudado às costas das mãos contra uma cerca de jardim, permaneceu, sem tugir nem mugir, entregue de corpo e alma àquela cantiga sedutora e voluptuosa que o enleava e tolhia, como à robusta gameleira brava o cipó flexível, carinhoso e traiçoeiro.

      E viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de ombros e braços nus, para dançar. A lua destoldara-se nesse momento, envolvendo-a na sua cama de prata, a cujo refulgir os meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito de serpente e muito de mulher.

                                                                   (Aluísio Azevedo, O Cortiço, 1991)

A
um ponto de vista objetivo, no Texto 1, expressão do Simbolismo, relacionando-se os atributos físicos e morais femininos; e um ponto de vista subjetivo, no Texto 2, expressão do Romantismo, ressaltando-se a graça feminina.
B
uma perspectiva erotizante em ambos, expressão do Romantismo, ressaltando-se os atributos físicos femininos e a forma como os homens são seduzidos por ela, sobretudo por ser-lhes inacessível.
C
a sensualidade em ambos os textos, expressão do Realismo, com forte apelo ao aspecto instintivo por meio do qual ela cria uma relação de sedução e dominação do homem amado.
D
sua idealização, expressão do Arcadismo, numa relação entre a beleza física e a natureza, no Texto 1; e sua sensualidade, expressão da prosa naturalista, enfatizando-se os instintos femininos, no Texto 2.
E
sua inacessibilidade, no Texto 1, expressão do Barroco, marcado por uma concepção divinizada da figura feminina; e sua idealização, no Texto 2, expressão do Parnasianismo, na qual se ressaltam os atributos morais femininos.
1a243eca-4b
ENEM 2014 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Sermão da Sexagésima


Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregações, nem tantos pregadores como hoje. Pois se tanto se semeia a palavra de Deus, como é tão pouco o fruto? Não há um homem que em um sermão entre em si e se resolva, não há um moço que se arrependa, não há um velho que se desengane. Que é isto? Assim como Deus não é hoje menos onipotente, assim a sua palavra não é hoje menos poderosa do que dantes era. Pois se a palavra de Deus é tão poderosa; se a palavra de Deus tem hoje tantos pregadores, por que não vemos hoje nenhum fruto da palavra de Deus? Esta, tão grande e tão importante dúvida, será a matéria do sermão. Quero começar pregando-me a mim. A mim será, e também a vós; a mim, para aprender a pregar; a vós, que aprendais a ouvir.

VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo: Edameris, 1965

No Sermão da sexagésima, padre Antônio Vieira questiona a eficácia das pregações. Para tanto, apresenta como estratégia discursiva sucessivas interrogações, as quais têm por objetivo principal

A
provocar a necessidade e o interesse dos fiéis sobre o conteúdo que será abordado no sermão.
B
conduzir o interlocutor à sua própria reflexão sobre os temas abordados nas pregações.
C
apresentar questionamentos para os quais a Igreja não possui respostas.
D
inserir argumentos à tese defendida pelo pregador sobre a eficácia das pregações.
E
questionar a importância das pregações feitas pela Igreja durante os sermões.
0b93bfe3-48
UNB 2010 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias, Arcadismo

No poema apresentado, a ideia de morte, apoiada em visão que evoca temáticas do modelo árcade tanto quanto do modelo barroco, surge por oposição à de vida, que, por sua vez, é satirizada, a partir de sua definição, apresentada no primeiro verso.

SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS
Mario Quintana

Imagem 039.jpg

Com base no poema acima, de Mario Quintana, julgue os itens

C
Certo
E
Errado
a97e808b-6d
UFT 2011 - Literatura - Barroco, Simbolismo, Modernismo, Parnasianismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

Leia os fragmentos abaixo para responder à questão 13.

Imagem 016.jpg

Os fragmentos acima representam os estilos de época, respectivamente:

A
Romantismo, Simbolismo e Barroco
B
Romantismo, Parnasianismo e Barroco
C
Barroco, Arcadismo e Simbolismo
D
Modernismo, Romantismo e Simbolismo
E
Parnasianismo, Barroco e Modernismo
cf49addd-be
UFPR 2017 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Sobre o Sermão de Santo Antônio aos peixes (século XVII), do Padre Antônio Vieira, assinale a alternativa correta.

A
Trata-se de um texto barroco, o que se nota pelo reaproveitamento intertextual que faz de um texto clássico, isto é, do sermão que três séculos antes o próprio Santo Antônio havia pregado.
B
O sermão é dirigido aos outros pregadores, indicando o que devem fazer para ser o sal da terra, ou seja, para que sejam eficazes em sua ação.
C
Na segunda metade do sermão, ao apontar os defeitos dos peixes, o Padre Antônio Vieira relaciona esses defeitos aos problemas das sociedades humanas.
D
Os peixes voadores são louvados no sermão, já que superam suas limitações de peixe para se levantarem o quanto possível na direção do céu, aproximando-se de Deus.
E
Vieira se refere a peixes mencionados por santos, pela Bíblia e por autores clássicos, mas não a peixes da costa brasileira, o que denota seu desinteresse por temas locais.
227d7a4a-84
UFAL 2014 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

A Nosso Senhor Jesus Christo com actos de

arrependimento e suspiros de amor


Ofendi-vos, Meu Deus, bem é verdade,

É verdade, meu Deus, que hei delinquido,

Delinquido vos tenho, e ofendido,

Ofendido vos tem minha maldade.


Maldade, que encaminha à vaidade,

Vaidade, que todo me há vencido;

Vencido quero ver-me, e arrependido,

Arrependido a tanta enormidade.


Arrependido estou de coração,

De coração vos busco, dai-me os braços,

Abraços, que me rendem vossa luz.


Luz, que claro me mostra a salvação,

A salvação pretendo em tais abraços,

Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus.

Disponível em: <http://pt.wikisource.org/wiki/Ofendi-vos,_Meu_Deus,_bem_%C3%A9_verdade> . Acesso em: 16 jun. 2014.


Da leitura do poema acima, de autoria de Gregório de Matos, é possível afirmar:

A
A elaboração formal do texto, um soneto, com a maioria dos finais de versos sendo retomados no começo do verso seguinte, num jogo que se aproxima do trabalho conceptista, além da relação conflituosa entre pecado e salvação, são alguns dos elementos que apontam para o Barroco.
B
Apresenta elementos argumentativos, a partir do reconhecimento, por parte do sujeito lírico, de suas culpas e da clara intenção de se redimir, como fica evidente no penúltimo verso. Tais características, a argumentação e a religiosidade cristã, são típicas do Arcadismo.
C
Embora composto em forma de soneto, o poema apresenta linguagem de simples compreensão, principalmente em decorrência das constantes repetições de palavras. Tal simplicidade e repetição são características do movimento modernista, ao qual o poema pertence.
D
É um típico poema romântico, uma vez que no Romantismo há um retorno à religiosidade cristã, que fora obscurecida pelo Arcadismo, período literário anterior. Assim, quando o poeta diz que ofendeu a Deus e cita Jesus, é um modo de falar do arrependimento de, no Arcadismo, ter cultuado deuses pagãos.
E
Uma vez que o sujeito lírico se assume como pecador e implora o perdão de Deus, mesmo sabendo que depois de perdoado pode voltar a pecar, o texto se enquadra como pertencente ao Barroco, em sua vertente satírica.
81190f73-31
PUC - Campinas 2015 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

A crítica galhofeira a autoridades e a pessoas de prestígio foi uma arma contundente de que se valeu

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Personagem frequente dos carros alegóricos, d. Pedro surgia, nos anos 1880, ora como Pedro Banana ou como Pedro Caju, numa alusão à sua falta de participação nos últimos anos do Império. Mas é só com a queda da monarquia que se passa a eleger um rei do Carnaval. Com efeito, o rei Momo é uma invenção recente, datada de 1933. No século XIX ele não era rei, mas um deus grego: zombeteiro, pândego e amante da galhofa. Nos anos 30 vira Rei Momo e logo depois cidadão. Novos tempos, novos termos.

(SCHWARCZ, Lilian Mortiz. As barbas do Imperador: Dom Pedro II , um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 281) 

A
o poeta barroco Gregório de Matos, em sua poesia satírica.
B
Claúdio Manuel da Costa, nas cartas que escreveu ao mandatário de Minas Gerais.
C
o poeta Carlos Drummond de Andrade, nos ácidos versos de Claro enigma.
D
Clarice Lispector, na prosa provocadora de A hora da estrela.
E
a geração de 45, reagindo contra os chamados “papas” do modernismo.
3cd846b6-67
UEG 2007 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Sobre o poema “Criação”, é INCORRETO afirmar:

Imagem 007.jpg
A
Ao usar os termos “verbo”, “sujeitos”, “predicados”, o eu lírico faz um jogo de sentido que evidencia o ato da criação referido no título.
B
Ao enumerar tudo que está “no início”, o eu lírico propõe uma nova criação, diferente daquela proposta pelo texto bíblico, com o qual o poema estabelece uma relação intertextual.
C
Algumas palavras deixam entrever a tônica metalingüística do autor, que marca em sua poesia o próprio fazer literário.
D
Predomina, na composição, a estética barroca, pois o poeta faz uso de antíteses, as quais se evidenciam, principalmente, nas palavras “início”/ “fim”, “bem”/ “mal”.
101a05e2-36
UNESP 2010 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

A cada canto um grande conselheiro,

Que nos quer governar cabana, e vinha,

Não sabem governar sua cozinha,

E podem governar o mundo inteiro.

(...)

Estupendas usuras nos mercados,

Todos, os que não furtam, muito pobres,

E eis aqui a Cidade da Bahia.


(Gregório de Matos. “Descreve o que era realmente naquelle tempo

a cidade da Bahia de mais enredada por menos confusa”,

in Obra poética (org. James Amado), 1990.)


O poema, escrito por Gregório de Matos no século XVII,

A
representa, de maneira satírica, os governantes e a desonestidade na Bahia colonial.
B
critica a colonização portuguesa e defende, de forma nativista, a independência brasileira.
C
tem inspiração neoclássica e denuncia os problemas de moradia na capital baiana.
D
revela a identidade brasileira, preocupação constante do modernismo literário.
E
valoriza os aspectos formais da construção poética parnasiana e aproveita para criticar o governo.