Questõesde IF-SE
O filo Mollusca é o segundo maior do Reino Animal em
número de espécies. É correto afirmar que os moluscos
da Classe Gastropoda:
A concentração de glicose (C6H12O6) na urina é determinada pela média da intensidade da cor resultante da reação desse açúcar com ácido 3,5-dinitrossalicílico. A tabela abaixo mostra a relação entre a concentração de glicose em solução aquosa e intensidade da cor resultante:
Qual é a concentração, em gramas por litro, de uma solução
de glicose que, após a reação, apresenta intensidade de cor
igual a 0,80?
Umectantes são aditivos que entram na fabricação de
bolos, panetones, rocamboles etc. A finalidade é evitar que
a massa resseque. Para tanto, um umectante deve possuir
alta afinidade pela água. Indique qual das substâncias
abaixo é usada como umectante:
O soro caseiro, recomendado para evitar a desidratação
infantil, consiste em uma solução aquosa de NaCl (3,5
g/L) e de C12H22O11 (11,0 g/L). As concentrações, em
mol/L, de cloreto de sódio e da sacarose nessa solução
valem respectivamente:
Um gás perfeito realiza o ciclo esquematizado no
diagrama de trabalho no sentido ABCA. Determine o
valor trabalho, em módulo, realizado no processo A → B
→ C.
(Dados: 1,0 atm = 105 N/m2 e 1,0 litro = 10-3 m3
).
Um gás perfeito realiza o ciclo esquematizado no diagrama de trabalho no sentido ABCA. Determine o valor trabalho, em módulo, realizado no processo A → B → C.
(Dados: 1,0 atm = 105 N/m2 e 1,0 litro = 10-3 m3 ).
No circuito representado no esquema a seguir, a
resistência R2 = 3. R1, a corrente que percorre, R2 é 0,3
Ampéres e a d.d.p em R é 6,0 volts.
Dessa forma, o valor do resistor R, em ohms, é igual a:
No circuito representado no esquema a seguir, a resistência R2 = 3. R1, a corrente que percorre, R2 é 0,3 Ampéres e a d.d.p em R é 6,0 volts.
Dessa forma, o valor do resistor R, em ohms, é igual a:
Duas placas planas e paralelas, separadas por 25 cm de
distância, estão uniformemente carregadas com cargas
de sinais opostos, de modo que entre as placas há um
campo elétrico uniforme de 800N/C, perpendicular às
placas. Qual deve ser a energia cinética com que uma
carga de 0,02 C atinge a placa negativa, tendo partido
do repouso da placa positiva?
Dadas as funções: ƒ(ⅹ) = 3ⅹ + 4 e g(ⅹ) = 2ⅹ -1, o valor de ⅹ que satisfaz à igualdade: g-1 (ƒ(ⅹ)) = ƒ(g(2)) é:
4
7
5
3
Seja a matriz A = (aij)3x3, na qual: aij = 0, se i = j, aij = 1, se i > j, aij = -1, se i<j, então A - At + I3 é igual a:
No lançamento simultâneo de dois dados, um branco e
um vermelho, a probabilidade de que a soma dos
pontos obtidos seja menor que 4 é:
Quantos termos devemos tomar na Progressão
Aritmética (8, 2,...) a fim de que a soma valha (- 4360)?
TEXTO II
– Puxa vida! Este Cabo Viloso é homem até debaixo d’água!
– Arre, égua! Este sim, tem coragem de mamar em onça!
A bem da verdade, eu nunca soube se, naquele momento
eles aplaudiam o cabo por sua postura empombada, ou se
pilheriavam às suas costas. Será que botavam fogo no
coitado, fingindo enaltecer-lhe a bravura? Em Contendas do
Papudo, o que não falta é cabra safado e gaiato.
DANTAS, Francisco J. C. Cabo Josino Viloso. São Paulo:
Planeta, 2005.
No Texto II, o emprego das expressões “arre, égua”,
“coragem de mamar em onça” e “cabra safado” contribui
para:
TEXTO II
– Puxa vida! Este Cabo Viloso é homem até debaixo d’água!
– Arre, égua! Este sim, tem coragem de mamar em onça!
A bem da verdade, eu nunca soube se, naquele momento
eles aplaudiam o cabo por sua postura empombada, ou se
pilheriavam às suas costas. Será que botavam fogo no
coitado, fingindo enaltecer-lhe a bravura? Em Contendas do
Papudo, o que não falta é cabra safado e gaiato.
DANTAS, Francisco J. C. Cabo Josino Viloso. São Paulo:
Planeta, 2005.
No Texto II, o emprego das expressões “arre, égua”, “coragem de mamar em onça” e “cabra safado” contribui para:
A estrutura sintática é uma importante ferramenta na
organização e na progressão do texto. Considerando a
organização sintática do segundo parágrafo do Texto I,
é INCORRETO o que se afirma em:
PORTUGUÊS
Foi na noite de trinta e um, aberta a champanhe na quitinete de Raul, que Saul ergueu a taça e brindou à nossa amizade que nunca vai terminar. Beberam até quase cair. Na hora de deitar, trocando a roupa no banheiro, muito bêbado, Saul falou que ia dormir nu. Raul olhou para ele e disse você tem um corpo bonito. Você também, disse Saul, e baixou os olhos. Deitaram ambos nus, um na cama atrás do guarda-roupa, outro no sofá. Quase a noite inteira, um conseguia ver a brasa acesa do cigarro do outro, furando o escuro feito um demônio de olhos incendiados. Pela manhã, Saul foi embora sem se despedir para que Raul não percebesse suas fundas olheiras.
Quando janeiro começou, quase na época de tirarem férias — e tinham planejado, juntos, quem sabe Parati, Ouro Preto, Porto Seguro — ficaram surpresos naquela manhã em que o chefe de seção os chamou, perto do meio-dia. Fazia muito calor. Suarento, o chefe foi direto ao assunto. Tinha recebido algumas cartas anônimas. Recusou-se a mostrá-las. Pálidos, os dois ouviram expressões como "relação anormal e ostensiva", "desavergonhada aberração", "comportamento doentio", "psicologia deformada", sempre assinadas por Um Atento Guardião da Moral. Saul baixou os olhos desmaiados, mas Raul colocou-se em pé. Parecia muito alto quando, com uma das mãos apoiadas no ombro do amigo e a outra erguendo-se atrevida no ar, conseguiu ainda dizer a palavra nunca, antes que o chefe, entre coisas como a-reputação-de-nossa-firma ou tenho-que-zelar-pela-moral-dos-meus-funcionários, declarasse frio: os senhores estão despedidos.
Esvaziaram lentamente cada um a sua gaveta, a sala deserta na hora do almoço, sem se olharem nos olhos.O sol de verão escaldava o tampo de metal das mesas. Raul guardou no grande envelope pardo um par de olhos enormes, sem íris nem pupilas, presente de Saul, que guardou no seu grande envelope pardo, com algumas manchas de café, a letra de Tú Me Acostumbraste, escrita à mão por Raul numa tarde qualquer de agosto e com algumas manchas de café. Desceram juntos pelo elevador, em silêncio.
Mas quando saíram pela porta daquele prédio grande e antigo, parecido com uma clínica ou uma penitenciária, vistos de cima pelos colegas todos postos na janela, a camisa branca de um, a azul do outro, estavam ainda mais altos e mais altivos. Demoraram alguns minutos na frente do edifício. Depois apanharam o mesmo táxi, Raul abrindo a porta para que Saul entrasse. Ai-ai! alguém gritou da janela. Mas eles não ouviram. O táxi já tinha dobrado a esquina.
Pelas tardes poeirentas daquele resto de janeiro, quando o sol parecia a gema de um enorme ovo frito no azul sem nuvens no céu, ninguém mais conseguiu trabalhar em paz na repartição. Quase todos ali dentro tinham a nítida sensação de que seriam infelizes para sempre. E foram.
ABREU, Caio Fernando. Morangos mofados. Rio de Janeiro: Agir, 2005.
Partindo do Texto I e considerando, em seu conjunto, a
obra Morangos Mofados de Caio Fernando Abreu, está
INCORRETO o que se afirma em:
PORTUGUÊS
Foi na noite de trinta e um, aberta a champanhe na quitinete de Raul, que Saul ergueu a taça e brindou à nossa amizade que nunca vai terminar. Beberam até quase cair. Na hora de deitar, trocando a roupa no banheiro, muito bêbado, Saul falou que ia dormir nu. Raul olhou para ele e disse você tem um corpo bonito. Você também, disse Saul, e baixou os olhos. Deitaram ambos nus, um na cama atrás do guarda-roupa, outro no sofá. Quase a noite inteira, um conseguia ver a brasa acesa do cigarro do outro, furando o escuro feito um demônio de olhos incendiados. Pela manhã, Saul foi embora sem se despedir para que Raul não percebesse suas fundas olheiras.
Quando janeiro começou, quase na época de tirarem férias — e tinham planejado, juntos, quem sabe Parati, Ouro Preto, Porto Seguro — ficaram surpresos naquela manhã em que o chefe de seção os chamou, perto do meio-dia. Fazia muito calor. Suarento, o chefe foi direto ao assunto. Tinha recebido algumas cartas anônimas. Recusou-se a mostrá-las. Pálidos, os dois ouviram expressões como "relação anormal e ostensiva", "desavergonhada aberração", "comportamento doentio", "psicologia deformada", sempre assinadas por Um Atento Guardião da Moral. Saul baixou os olhos desmaiados, mas Raul colocou-se em pé. Parecia muito alto quando, com uma das mãos apoiadas no ombro do amigo e a outra erguendo-se atrevida no ar, conseguiu ainda dizer a palavra nunca, antes que o chefe, entre coisas como a-reputação-de-nossa-firma ou tenho-que-zelar-pela-moral-dos-meus-funcionários, declarasse frio: os senhores estão despedidos.
Esvaziaram lentamente cada um a sua gaveta, a sala deserta na hora do almoço, sem se olharem nos olhos.O sol de verão escaldava o tampo de metal das mesas. Raul guardou no grande envelope pardo um par de olhos enormes, sem íris nem pupilas, presente de Saul, que guardou no seu grande envelope pardo, com algumas manchas de café, a letra de Tú Me Acostumbraste, escrita à mão por Raul numa tarde qualquer de agosto e com algumas manchas de café. Desceram juntos pelo elevador, em silêncio.
Mas quando saíram pela porta daquele prédio grande e antigo, parecido com uma clínica ou uma penitenciária, vistos de cima pelos colegas todos postos na janela, a camisa branca de um, a azul do outro, estavam ainda mais altos e mais altivos. Demoraram alguns minutos na frente do edifício. Depois apanharam o mesmo táxi, Raul abrindo a porta para que Saul entrasse. Ai-ai! alguém gritou da janela. Mas eles não ouviram. O táxi já tinha dobrado a esquina.
Pelas tardes poeirentas daquele resto de janeiro, quando o sol parecia a gema de um enorme ovo frito no azul sem nuvens no céu, ninguém mais conseguiu trabalhar em paz na repartição. Quase todos ali dentro tinham a nítida sensação de que seriam infelizes para sempre. E foram.
ABREU, Caio Fernando. Morangos mofados. Rio de Janeiro: Agir, 2005.
Denotação e conotação são duas estratégias por meio
das quais se ativam o jogo de sentidos proporcionados
pelo uso das palavras no texto. O fragmento do Texto I
em que se faz uso da linguagem conotativa é:
PORTUGUÊS
Foi na noite de trinta e um, aberta a champanhe na quitinete de Raul, que Saul ergueu a taça e brindou à nossa amizade que nunca vai terminar. Beberam até quase cair. Na hora de deitar, trocando a roupa no banheiro, muito bêbado, Saul falou que ia dormir nu. Raul olhou para ele e disse você tem um corpo bonito. Você também, disse Saul, e baixou os olhos. Deitaram ambos nus, um na cama atrás do guarda-roupa, outro no sofá. Quase a noite inteira, um conseguia ver a brasa acesa do cigarro do outro, furando o escuro feito um demônio de olhos incendiados. Pela manhã, Saul foi embora sem se despedir para que Raul não percebesse suas fundas olheiras.
Quando janeiro começou, quase na época de tirarem férias — e tinham planejado, juntos, quem sabe Parati, Ouro Preto, Porto Seguro — ficaram surpresos naquela manhã em que o chefe de seção os chamou, perto do meio-dia. Fazia muito calor. Suarento, o chefe foi direto ao assunto. Tinha recebido algumas cartas anônimas. Recusou-se a mostrá-las. Pálidos, os dois ouviram expressões como "relação anormal e ostensiva", "desavergonhada aberração", "comportamento doentio", "psicologia deformada", sempre assinadas por Um Atento Guardião da Moral. Saul baixou os olhos desmaiados, mas Raul colocou-se em pé. Parecia muito alto quando, com uma das mãos apoiadas no ombro do amigo e a outra erguendo-se atrevida no ar, conseguiu ainda dizer a palavra nunca, antes que o chefe, entre coisas como a-reputação-de-nossa-firma ou tenho-que-zelar-pela-moral-dos-meus-funcionários, declarasse frio: os senhores estão despedidos.
Esvaziaram lentamente cada um a sua gaveta, a sala deserta na hora do almoço, sem se olharem nos olhos.O sol de verão escaldava o tampo de metal das mesas. Raul guardou no grande envelope pardo um par de olhos enormes, sem íris nem pupilas, presente de Saul, que guardou no seu grande envelope pardo, com algumas manchas de café, a letra de Tú Me Acostumbraste, escrita à mão por Raul numa tarde qualquer de agosto e com algumas manchas de café. Desceram juntos pelo elevador, em silêncio.
Mas quando saíram pela porta daquele prédio grande e antigo, parecido com uma clínica ou uma penitenciária, vistos de cima pelos colegas todos postos na janela, a camisa branca de um, a azul do outro, estavam ainda mais altos e mais altivos. Demoraram alguns minutos na frente do edifício. Depois apanharam o mesmo táxi, Raul abrindo a porta para que Saul entrasse. Ai-ai! alguém gritou da janela. Mas eles não ouviram. O táxi já tinha dobrado a esquina.
Pelas tardes poeirentas daquele resto de janeiro, quando o sol parecia a gema de um enorme ovo frito no azul sem nuvens no céu, ninguém mais conseguiu trabalhar em paz na repartição. Quase todos ali dentro tinham a nítida sensação de que seriam infelizes para sempre. E foram.
ABREU, Caio Fernando. Morangos mofados. Rio de Janeiro: Agir, 2005.
O conto “Aqueles dois” narra com suspense e sutileza
a relação entre Saul e Raul, dois amigos que trabalham
na mesma repartição e cuja amizade supria suas
carências afetivas e suas angústias diante do mundo. O
texto I é a última parte do conto e também é a mais tensa
porque:
O conto “Aqueles dois” narra com suspense e sutileza
a relação entre Saul e Raul, dois amigos que trabalham
na mesma repartição e cuja amizade supria suas
carências afetivas e suas angústias diante do mundo. O
texto I é a última parte do conto e também é a mais tensa
porque:
PORTUGUÊS
Foi na noite de trinta e um, aberta a champanhe na quitinete de Raul, que Saul ergueu a taça e brindou à nossa amizade que nunca vai terminar. Beberam até quase cair. Na hora de deitar, trocando a roupa no banheiro, muito bêbado, Saul falou que ia dormir nu. Raul olhou para ele e disse você tem um corpo bonito. Você também, disse Saul, e baixou os olhos. Deitaram ambos nus, um na cama atrás do guarda-roupa, outro no sofá. Quase a noite inteira, um conseguia ver a brasa acesa do cigarro do outro, furando o escuro feito um demônio de olhos incendiados. Pela manhã, Saul foi embora sem se despedir para que Raul não percebesse suas fundas olheiras.
Quando janeiro começou, quase na época de tirarem férias — e tinham planejado, juntos, quem sabe Parati, Ouro Preto, Porto Seguro — ficaram surpresos naquela manhã em que o chefe de seção os chamou, perto do meio-dia. Fazia muito calor. Suarento, o chefe foi direto ao assunto. Tinha recebido algumas cartas anônimas. Recusou-se a mostrá-las. Pálidos, os dois ouviram expressões como "relação anormal e ostensiva", "desavergonhada aberração", "comportamento doentio", "psicologia deformada", sempre assinadas por Um Atento Guardião da Moral. Saul baixou os olhos desmaiados, mas Raul colocou-se em pé. Parecia muito alto quando, com uma das mãos apoiadas no ombro do amigo e a outra erguendo-se atrevida no ar, conseguiu ainda dizer a palavra nunca, antes que o chefe, entre coisas como a-reputação-de-nossa-firma ou tenho-que-zelar-pela-moral-dos-meus-funcionários, declarasse frio: os senhores estão despedidos.
Esvaziaram lentamente cada um a sua gaveta, a sala deserta na hora do almoço, sem se olharem nos olhos.O sol de verão escaldava o tampo de metal das mesas. Raul guardou no grande envelope pardo um par de olhos enormes, sem íris nem pupilas, presente de Saul, que guardou no seu grande envelope pardo, com algumas manchas de café, a letra de Tú Me Acostumbraste, escrita à mão por Raul numa tarde qualquer de agosto e com algumas manchas de café. Desceram juntos pelo elevador, em silêncio.
Mas quando saíram pela porta daquele prédio grande e antigo, parecido com uma clínica ou uma penitenciária, vistos de cima pelos colegas todos postos na janela, a camisa branca de um, a azul do outro, estavam ainda mais altos e mais altivos. Demoraram alguns minutos na frente do edifício. Depois apanharam o mesmo táxi, Raul abrindo a porta para que Saul entrasse. Ai-ai! alguém gritou da janela. Mas eles não ouviram. O táxi já tinha dobrado a esquina.
Pelas tardes poeirentas daquele resto de janeiro, quando o sol parecia a gema de um enorme ovo frito no azul sem nuvens no céu, ninguém mais conseguiu trabalhar em paz na repartição. Quase todos ali dentro tinham a nítida sensação de que seriam infelizes para sempre. E foram.
ABREU, Caio Fernando. Morangos mofados. Rio de Janeiro: Agir, 2005.