Questõesde IF-RR

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4879d8d9-b6
IF-RR 2016 - Matemática - Matrizes, Álgebra Linear

Sendo o valor dos elementos a1 e a4 da matriz A igual ao valor do 9º termo e da razão respectivamente de uma P.G. cujo o 4° termo é 20 e o sétimo termo 160, então o valor do determinante da matriz A dada abaixo é:



A
2960 + √3 + √2 / 2
B
5920 + √6 + √2 / 4
C
1480 + √3 - √2 / 4
D
0
E
n.d.a.
4875119e-b6
IF-RR 2016 - Matemática - Progressão Aritmética - PA, Progressões

Sabe-se que uma Progressão Aritmética crescente possui o terceiro e o sétimo termo dado pelas raízes da equação x²- 18x+45 = 0. O valor do primeiro termo dessa P. A. vale:

A
-6
B
15
C
0
D
-3
E
3
486d2c83-b6
IF-RR 2016 - Matemática - Aritmética e Problemas, Porcentagem

Para melhorar o desempenho no funcionamento de uma empresa foi contratada uma equipe para fazer uma pesquisa sobre como estava distribuído os funcionários por setor. Constatou – se que uma classe de X servidores exerce suas funções em pelo menos um de três setores: Almoxarifado, Administração e Recursos Humanos. Dentre estes verificou – se que 48%, 32% e 36% trabalham respectivamente no Almoxarifado, Recursos Humanos e Administração. Observou – se ainda que 8 % dos servidores trabalham no Almoxarifado e Administração, enquanto 4% trabalham nos três setores. Os servidores que trabalham apenas no Recursos Humanos e na Administração mais aqueles que trabalham no Almoxarifado e Recursos Humanos somam 63 servidores. Com base nas informações acima pode – se afirmar que o valor de X é:

A
55
B
250
C
550
D
5550
E
650
484599b8-b6
IF-RR 2016 - Português - Ortografia, Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paraxítonas, Oxítonas e Hiatos

Com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a acentuação gráfica de algumas palavra foi modificada. Isso pode ser confirmado como verdadeiro pelo item:

Para responder a questão, considere o fragmento do conto O Enfermeiro, de Machado de Assis, da obra Várias Histórias.

     Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; estou desenganado. 
    Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.
    Já sabe que foi em 1860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fiz-me teólogo, — quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro de colégio, que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859, recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao coronel Felisberto, mediante um bom ordenado. O padre falou-me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à Corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.
     Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios. A dous deles quebrou a cara. Respondi que não tinha medo de gente sã, menos ainda de doentes; e depois de entender-me com o vigário, que me confirmou as notícias recebidas, e me recomendou mansidão e caridade, segui para a residência do coronel.
    Achei-o na varanda da casa estirado numa cadeira, bufando muito. Não me recebeu mal. Começou por não dizer nada; pôs em mim dous olhos de gato que observa; depois, uma espécie de riso maligno alumiou-lhe as feições, que eram duras. Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada, dormiam muito, eram respondões e andavam ao faro das escravas; dous eram até gatunos!
    — Você é gatuno?
    — Não, senhor
   Em seguida, perguntou-me pelo nome: disse-lho e ele fez um gesto de espanto. Colombo? Não, senhor: Procópio José Gomes Valongo. Valongo? achou que não era nome de gente, e propôs chamar-me tão somente Procópio, ao que respondi que estaria pelo que fosse de seu agrado. Conto-lhe esta particularidade, não só porque me parece pintá-lo bem, como porque a minha resposta deu de mim a melhor idéia ao coronel. Ele mesmo o declarou ao vigário, acrescentando que eu era o mais simpático dos enfermeiros que tivera. A verdade é que vivemos uma lua-de-mel de sete dias.
     No oitavo dia, entrei na vida dos meus predecessores, uma vida de cão, não dormir, não pensar em mais nada, recolher injúrias, e, às vezes, rir delas, com um ar de resignação e conformidade; reparei que era um modo de lhe fazer corte. Tudo impertinências de moléstia e do temperamento. A moléstia era um rosário delas, padecia de aneurisma, de reumatismo e de três ou quatro afecções menores. Tinha perto de sessenta anos, e desde os cinco toda a gente lhe fazia a vontade. Se fosse só rabugento, vá; mas ele era também mau, deleitava-se com a dor e a humilhação dos outros. No fim de três meses estava farto de o aturar; determinei vir embora; só esperei ocasião. Não tardou a ocasião.
      Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dous ou três golpes. Não era preciso mais; despedi-me imediatamente, e fui aprontar a mala. Ele foi ter comigo, ao quarto, pediu-me que ficasse, que não valia a pena zangar por uma rabugice de velho. Instou tanto que fiquei.
      — Estou na dependura, Procópio, dizia-me ele à noite; não posso viver muito tempo. Estou aqui, estou na cova. Você há de ir ao meu enterro, Procópio; não o dispenso por nada. Há de ir, há de rezar ao pé da minha sepultura. Se não for, acrescentou rindo, eu voltarei de noite para lhe puxar as pernas. Você crê em almas de outro mundo, Procópio?
      — Qual o quê!
     — E por que é que não há de crer, seu burro? redargüiu vivamente, arregalando os olhos.
    Eram assim as pazes; imagine a guerra. Coibiu-se das bengaladas; mas as injúrias ficaram as mesmas, se não piores. Eu, com o tempo, fui calejando, e não dava mais por nada; era burro, camelo, pedaço d’asno, idiota, moleirão, era tudo. Nem, ao menos, havia mais gente que recolhesse uma parte desses nomes.
      Não tinha parentes; tinha um sobrinho que morreu tísico, em fins de maio ou princípios de julho, em Minas. Os amigos iam por lá às vezes aprová-lo, aplaudi-lo, e nada mais; cinco, dez minutos de visita. Restava eu; era eu sozinho para um dicionário inteiro. Mais de uma vez resolvi sair; mas, instado pelo vigário, ia ficando. Não só as relações foram-se tornando melindrosas, mas eu estava ansioso por tornar à Corte. Aos quarenta e dois anos não é que havia de acostumar-me à reclusão constante, ao pé de um doente bravio, no interior.
     Para avaliar o meu isolamento, basta saber que eu nem lia os jornais; salvo alguma notícia mais importante que levavam ao coronel, eu nada sabia do resto do mundo. Entendi, portanto, voltar para a Corte, na primeira ocasião, ainda que tivesse de brigar com o vigário. Bom é dizer (visto que faço uma confissão geral) que, nada gastando e tendo guardado integralmente os ordenados, estava ansioso por vir dissipá-los aqui. Era provável que a ocasião aparecesse.
     O coronel estava pior, fez testamento, descompondo o tabelião, quase tanto como a mim. O trato era mais duro, os breves lapsos de sossego e brandura faziam-se raros. Já por esse tempo tinha eu perdido a escassa dose de piedade que me fazia esquecer os excessos do doente; trazia dentro de mim um fermento de ódio e aversão.
     No princípio de agosto resolvi definitivamente sair; o vigário e o médico, aceitando as razões, pediram-me que ficasse algum tempo mais. Concedi-lhes um mês; no fim de um mês viria embora, qualquer que fosse o estado do doente. O vigário tratou de procurar-me substituto. Vai ver o que aconteceu. Na noite de vinte e quatro de agosto, o coronel teve um acesso de raiva, atropelou-me, disse-me muito nome cru, ameaçou-me de um tiro, e acabou atirando-me um prato de mingau, que achou frio, o prato foi cair na parede onde se fez em pedaços.
         — Hás de pagá-lo, ladrão! bradou ele. Resmungou ainda muito tempo.
       Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um velho romance de d’Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o. (...)
A
ânimo que hoje passou a ser grafada animo em razão da nova regra aplicada aos proparoxítonos.
B
redargüiu que hoje passou a ser grafada redarguiu em razão da nova regra que excluiu o trema.
C
propôs que hoje passou a ser grafada propos em razão da nova regra do acento diferencial.
D
impenetrável que hoje passou a ser grafada impenetravel em razão da nova regra do acento dos paroxítonos.
E
estúrdio hoje passou a ser grafada esturdio em razão da nova regra do acento dos paroxítonos terminado em ditongo crescente.
484f19c1-b6
IF-RR 2016 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Analise o trecho abaixo:
Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel.

Do ponto de vista da construção sintática, é correto afirmar que esse período é composto por:

Para responder a questão, considere o fragmento do conto O Enfermeiro, de Machado de Assis, da obra Várias Histórias.

     Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; estou desenganado. 
    Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.
    Já sabe que foi em 1860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fiz-me teólogo, — quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro de colégio, que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859, recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao coronel Felisberto, mediante um bom ordenado. O padre falou-me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à Corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.
     Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios. A dous deles quebrou a cara. Respondi que não tinha medo de gente sã, menos ainda de doentes; e depois de entender-me com o vigário, que me confirmou as notícias recebidas, e me recomendou mansidão e caridade, segui para a residência do coronel.
    Achei-o na varanda da casa estirado numa cadeira, bufando muito. Não me recebeu mal. Começou por não dizer nada; pôs em mim dous olhos de gato que observa; depois, uma espécie de riso maligno alumiou-lhe as feições, que eram duras. Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada, dormiam muito, eram respondões e andavam ao faro das escravas; dous eram até gatunos!
    — Você é gatuno?
    — Não, senhor
   Em seguida, perguntou-me pelo nome: disse-lho e ele fez um gesto de espanto. Colombo? Não, senhor: Procópio José Gomes Valongo. Valongo? achou que não era nome de gente, e propôs chamar-me tão somente Procópio, ao que respondi que estaria pelo que fosse de seu agrado. Conto-lhe esta particularidade, não só porque me parece pintá-lo bem, como porque a minha resposta deu de mim a melhor idéia ao coronel. Ele mesmo o declarou ao vigário, acrescentando que eu era o mais simpático dos enfermeiros que tivera. A verdade é que vivemos uma lua-de-mel de sete dias.
     No oitavo dia, entrei na vida dos meus predecessores, uma vida de cão, não dormir, não pensar em mais nada, recolher injúrias, e, às vezes, rir delas, com um ar de resignação e conformidade; reparei que era um modo de lhe fazer corte. Tudo impertinências de moléstia e do temperamento. A moléstia era um rosário delas, padecia de aneurisma, de reumatismo e de três ou quatro afecções menores. Tinha perto de sessenta anos, e desde os cinco toda a gente lhe fazia a vontade. Se fosse só rabugento, vá; mas ele era também mau, deleitava-se com a dor e a humilhação dos outros. No fim de três meses estava farto de o aturar; determinei vir embora; só esperei ocasião. Não tardou a ocasião.
      Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dous ou três golpes. Não era preciso mais; despedi-me imediatamente, e fui aprontar a mala. Ele foi ter comigo, ao quarto, pediu-me que ficasse, que não valia a pena zangar por uma rabugice de velho. Instou tanto que fiquei.
      — Estou na dependura, Procópio, dizia-me ele à noite; não posso viver muito tempo. Estou aqui, estou na cova. Você há de ir ao meu enterro, Procópio; não o dispenso por nada. Há de ir, há de rezar ao pé da minha sepultura. Se não for, acrescentou rindo, eu voltarei de noite para lhe puxar as pernas. Você crê em almas de outro mundo, Procópio?
      — Qual o quê!
     — E por que é que não há de crer, seu burro? redargüiu vivamente, arregalando os olhos.
    Eram assim as pazes; imagine a guerra. Coibiu-se das bengaladas; mas as injúrias ficaram as mesmas, se não piores. Eu, com o tempo, fui calejando, e não dava mais por nada; era burro, camelo, pedaço d’asno, idiota, moleirão, era tudo. Nem, ao menos, havia mais gente que recolhesse uma parte desses nomes.
      Não tinha parentes; tinha um sobrinho que morreu tísico, em fins de maio ou princípios de julho, em Minas. Os amigos iam por lá às vezes aprová-lo, aplaudi-lo, e nada mais; cinco, dez minutos de visita. Restava eu; era eu sozinho para um dicionário inteiro. Mais de uma vez resolvi sair; mas, instado pelo vigário, ia ficando. Não só as relações foram-se tornando melindrosas, mas eu estava ansioso por tornar à Corte. Aos quarenta e dois anos não é que havia de acostumar-me à reclusão constante, ao pé de um doente bravio, no interior.
     Para avaliar o meu isolamento, basta saber que eu nem lia os jornais; salvo alguma notícia mais importante que levavam ao coronel, eu nada sabia do resto do mundo. Entendi, portanto, voltar para a Corte, na primeira ocasião, ainda que tivesse de brigar com o vigário. Bom é dizer (visto que faço uma confissão geral) que, nada gastando e tendo guardado integralmente os ordenados, estava ansioso por vir dissipá-los aqui. Era provável que a ocasião aparecesse.
     O coronel estava pior, fez testamento, descompondo o tabelião, quase tanto como a mim. O trato era mais duro, os breves lapsos de sossego e brandura faziam-se raros. Já por esse tempo tinha eu perdido a escassa dose de piedade que me fazia esquecer os excessos do doente; trazia dentro de mim um fermento de ódio e aversão.
     No princípio de agosto resolvi definitivamente sair; o vigário e o médico, aceitando as razões, pediram-me que ficasse algum tempo mais. Concedi-lhes um mês; no fim de um mês viria embora, qualquer que fosse o estado do doente. O vigário tratou de procurar-me substituto. Vai ver o que aconteceu. Na noite de vinte e quatro de agosto, o coronel teve um acesso de raiva, atropelou-me, disse-me muito nome cru, ameaçou-me de um tiro, e acabou atirando-me um prato de mingau, que achou frio, o prato foi cair na parede onde se fez em pedaços.
         — Hás de pagá-lo, ladrão! bradou ele. Resmungou ainda muito tempo.
       Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um velho romance de d’Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o. (...)
A
apenas por subordinação, apresentando 5 orações.
B
apenas por coordenação, apresentando 4 orações.
C
coordenação e subordinação, apresentando apenas 3 orações.
D
apenas por coordenação, apresentando 5 orações.
E
coordenação e subordinação, apresentando mais de 4 orações.
484a4d09-b6
IF-RR 2016 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Assinale a alternativa cuja frase apresenta concordância correta, obedecendo à regra empregada em "Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada".

Para responder a questão, considere o fragmento do conto O Enfermeiro, de Machado de Assis, da obra Várias Histórias.

     Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; estou desenganado. 
    Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.
    Já sabe que foi em 1860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fiz-me teólogo, — quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro de colégio, que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859, recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao coronel Felisberto, mediante um bom ordenado. O padre falou-me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à Corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.
     Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios. A dous deles quebrou a cara. Respondi que não tinha medo de gente sã, menos ainda de doentes; e depois de entender-me com o vigário, que me confirmou as notícias recebidas, e me recomendou mansidão e caridade, segui para a residência do coronel.
    Achei-o na varanda da casa estirado numa cadeira, bufando muito. Não me recebeu mal. Começou por não dizer nada; pôs em mim dous olhos de gato que observa; depois, uma espécie de riso maligno alumiou-lhe as feições, que eram duras. Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada, dormiam muito, eram respondões e andavam ao faro das escravas; dous eram até gatunos!
    — Você é gatuno?
    — Não, senhor
   Em seguida, perguntou-me pelo nome: disse-lho e ele fez um gesto de espanto. Colombo? Não, senhor: Procópio José Gomes Valongo. Valongo? achou que não era nome de gente, e propôs chamar-me tão somente Procópio, ao que respondi que estaria pelo que fosse de seu agrado. Conto-lhe esta particularidade, não só porque me parece pintá-lo bem, como porque a minha resposta deu de mim a melhor idéia ao coronel. Ele mesmo o declarou ao vigário, acrescentando que eu era o mais simpático dos enfermeiros que tivera. A verdade é que vivemos uma lua-de-mel de sete dias.
     No oitavo dia, entrei na vida dos meus predecessores, uma vida de cão, não dormir, não pensar em mais nada, recolher injúrias, e, às vezes, rir delas, com um ar de resignação e conformidade; reparei que era um modo de lhe fazer corte. Tudo impertinências de moléstia e do temperamento. A moléstia era um rosário delas, padecia de aneurisma, de reumatismo e de três ou quatro afecções menores. Tinha perto de sessenta anos, e desde os cinco toda a gente lhe fazia a vontade. Se fosse só rabugento, vá; mas ele era também mau, deleitava-se com a dor e a humilhação dos outros. No fim de três meses estava farto de o aturar; determinei vir embora; só esperei ocasião. Não tardou a ocasião.
      Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dous ou três golpes. Não era preciso mais; despedi-me imediatamente, e fui aprontar a mala. Ele foi ter comigo, ao quarto, pediu-me que ficasse, que não valia a pena zangar por uma rabugice de velho. Instou tanto que fiquei.
      — Estou na dependura, Procópio, dizia-me ele à noite; não posso viver muito tempo. Estou aqui, estou na cova. Você há de ir ao meu enterro, Procópio; não o dispenso por nada. Há de ir, há de rezar ao pé da minha sepultura. Se não for, acrescentou rindo, eu voltarei de noite para lhe puxar as pernas. Você crê em almas de outro mundo, Procópio?
      — Qual o quê!
     — E por que é que não há de crer, seu burro? redargüiu vivamente, arregalando os olhos.
    Eram assim as pazes; imagine a guerra. Coibiu-se das bengaladas; mas as injúrias ficaram as mesmas, se não piores. Eu, com o tempo, fui calejando, e não dava mais por nada; era burro, camelo, pedaço d’asno, idiota, moleirão, era tudo. Nem, ao menos, havia mais gente que recolhesse uma parte desses nomes.
      Não tinha parentes; tinha um sobrinho que morreu tísico, em fins de maio ou princípios de julho, em Minas. Os amigos iam por lá às vezes aprová-lo, aplaudi-lo, e nada mais; cinco, dez minutos de visita. Restava eu; era eu sozinho para um dicionário inteiro. Mais de uma vez resolvi sair; mas, instado pelo vigário, ia ficando. Não só as relações foram-se tornando melindrosas, mas eu estava ansioso por tornar à Corte. Aos quarenta e dois anos não é que havia de acostumar-me à reclusão constante, ao pé de um doente bravio, no interior.
     Para avaliar o meu isolamento, basta saber que eu nem lia os jornais; salvo alguma notícia mais importante que levavam ao coronel, eu nada sabia do resto do mundo. Entendi, portanto, voltar para a Corte, na primeira ocasião, ainda que tivesse de brigar com o vigário. Bom é dizer (visto que faço uma confissão geral) que, nada gastando e tendo guardado integralmente os ordenados, estava ansioso por vir dissipá-los aqui. Era provável que a ocasião aparecesse.
     O coronel estava pior, fez testamento, descompondo o tabelião, quase tanto como a mim. O trato era mais duro, os breves lapsos de sossego e brandura faziam-se raros. Já por esse tempo tinha eu perdido a escassa dose de piedade que me fazia esquecer os excessos do doente; trazia dentro de mim um fermento de ódio e aversão.
     No princípio de agosto resolvi definitivamente sair; o vigário e o médico, aceitando as razões, pediram-me que ficasse algum tempo mais. Concedi-lhes um mês; no fim de um mês viria embora, qualquer que fosse o estado do doente. O vigário tratou de procurar-me substituto. Vai ver o que aconteceu. Na noite de vinte e quatro de agosto, o coronel teve um acesso de raiva, atropelou-me, disse-me muito nome cru, ameaçou-me de um tiro, e acabou atirando-me um prato de mingau, que achou frio, o prato foi cair na parede onde se fez em pedaços.
         — Hás de pagá-lo, ladrão! bradou ele. Resmungou ainda muito tempo.
       Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um velho romance de d’Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o. (...)
A
Nenhum de nós escutou o recado.
B
Metade dos convocados já está em Teresópolis.
C
Nenhuma das peças encontradas são do período clássico.
D
A maioria dos problemas ainda não foi resolvido.
E
Nenhum dos candidatos merecem nosso voto.
483c9158-b6
IF-RR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Partindo do pressuposto de que todo texto literário é resultado de um trabalho de linguagem feito com o objetivo de produzir determinados efeitos, considere as alternativas abaixo e assinale a correta:

Para responder a questão, considere o poema Ave Roraima da poetisa Eli Macuxi:

Ave Roraima

Ave Roraima que canta
Feito pássaro mítico.
No peito de quem se encanta
Por seus líricos fascínios
Correm rios, cores quentes
Queimam lavrados ardentes
Choram guaribas no cio.
Mesmo quem vem do asfalto
Do barulho e da poeira
Quando vê é roraimeira
Pretoneubereliakin...
Ave Roraima que canta
Amor que chega e suplanta
Todos males em mim!
A
É possível afirmar que em: Correm rios, cores quentes há um exemplo de uso denotativo da linguagem.
B
Em Ave Roraima, a expressão sublinhada tanto pode fazer referência a uma classe de seres vivos quanto a uma saudação romana que denota respeito, revelando que as palavras da língua portuguesa podem ser utilizadas em vários sentidos (polissemia).
C
Mesmo quem vem do asfalto é um exemplo de sentindo denotativo, pois a palavra sublinhada denota a ideia de cidade. 
D
Queimam lavrados está em sentido conotativo, pois a expressão é metafórica relativa a calor.
E
Em Ave Roraima que canta não se pode completar o sentido da expressão sem considerar o significado da palavra Roraima, sendo um uso, portanto, apenas acessório.
48414229-b6
IF-RR 2016 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Considere o seguinte fragmento e assinale a alternativa incorreta:


Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dous ou três golpes.

Para responder a questão, considere o fragmento do conto O Enfermeiro, de Machado de Assis, da obra Várias Histórias.

     Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; estou desenganado. 
    Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.
    Já sabe que foi em 1860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fiz-me teólogo, — quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro de colégio, que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859, recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao coronel Felisberto, mediante um bom ordenado. O padre falou-me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à Corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.
     Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios. A dous deles quebrou a cara. Respondi que não tinha medo de gente sã, menos ainda de doentes; e depois de entender-me com o vigário, que me confirmou as notícias recebidas, e me recomendou mansidão e caridade, segui para a residência do coronel.
    Achei-o na varanda da casa estirado numa cadeira, bufando muito. Não me recebeu mal. Começou por não dizer nada; pôs em mim dous olhos de gato que observa; depois, uma espécie de riso maligno alumiou-lhe as feições, que eram duras. Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada, dormiam muito, eram respondões e andavam ao faro das escravas; dous eram até gatunos!
    — Você é gatuno?
    — Não, senhor
   Em seguida, perguntou-me pelo nome: disse-lho e ele fez um gesto de espanto. Colombo? Não, senhor: Procópio José Gomes Valongo. Valongo? achou que não era nome de gente, e propôs chamar-me tão somente Procópio, ao que respondi que estaria pelo que fosse de seu agrado. Conto-lhe esta particularidade, não só porque me parece pintá-lo bem, como porque a minha resposta deu de mim a melhor idéia ao coronel. Ele mesmo o declarou ao vigário, acrescentando que eu era o mais simpático dos enfermeiros que tivera. A verdade é que vivemos uma lua-de-mel de sete dias.
     No oitavo dia, entrei na vida dos meus predecessores, uma vida de cão, não dormir, não pensar em mais nada, recolher injúrias, e, às vezes, rir delas, com um ar de resignação e conformidade; reparei que era um modo de lhe fazer corte. Tudo impertinências de moléstia e do temperamento. A moléstia era um rosário delas, padecia de aneurisma, de reumatismo e de três ou quatro afecções menores. Tinha perto de sessenta anos, e desde os cinco toda a gente lhe fazia a vontade. Se fosse só rabugento, vá; mas ele era também mau, deleitava-se com a dor e a humilhação dos outros. No fim de três meses estava farto de o aturar; determinei vir embora; só esperei ocasião. Não tardou a ocasião.
      Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dous ou três golpes. Não era preciso mais; despedi-me imediatamente, e fui aprontar a mala. Ele foi ter comigo, ao quarto, pediu-me que ficasse, que não valia a pena zangar por uma rabugice de velho. Instou tanto que fiquei.
      — Estou na dependura, Procópio, dizia-me ele à noite; não posso viver muito tempo. Estou aqui, estou na cova. Você há de ir ao meu enterro, Procópio; não o dispenso por nada. Há de ir, há de rezar ao pé da minha sepultura. Se não for, acrescentou rindo, eu voltarei de noite para lhe puxar as pernas. Você crê em almas de outro mundo, Procópio?
      — Qual o quê!
     — E por que é que não há de crer, seu burro? redargüiu vivamente, arregalando os olhos.
    Eram assim as pazes; imagine a guerra. Coibiu-se das bengaladas; mas as injúrias ficaram as mesmas, se não piores. Eu, com o tempo, fui calejando, e não dava mais por nada; era burro, camelo, pedaço d’asno, idiota, moleirão, era tudo. Nem, ao menos, havia mais gente que recolhesse uma parte desses nomes.
      Não tinha parentes; tinha um sobrinho que morreu tísico, em fins de maio ou princípios de julho, em Minas. Os amigos iam por lá às vezes aprová-lo, aplaudi-lo, e nada mais; cinco, dez minutos de visita. Restava eu; era eu sozinho para um dicionário inteiro. Mais de uma vez resolvi sair; mas, instado pelo vigário, ia ficando. Não só as relações foram-se tornando melindrosas, mas eu estava ansioso por tornar à Corte. Aos quarenta e dois anos não é que havia de acostumar-me à reclusão constante, ao pé de um doente bravio, no interior.
     Para avaliar o meu isolamento, basta saber que eu nem lia os jornais; salvo alguma notícia mais importante que levavam ao coronel, eu nada sabia do resto do mundo. Entendi, portanto, voltar para a Corte, na primeira ocasião, ainda que tivesse de brigar com o vigário. Bom é dizer (visto que faço uma confissão geral) que, nada gastando e tendo guardado integralmente os ordenados, estava ansioso por vir dissipá-los aqui. Era provável que a ocasião aparecesse.
     O coronel estava pior, fez testamento, descompondo o tabelião, quase tanto como a mim. O trato era mais duro, os breves lapsos de sossego e brandura faziam-se raros. Já por esse tempo tinha eu perdido a escassa dose de piedade que me fazia esquecer os excessos do doente; trazia dentro de mim um fermento de ódio e aversão.
     No princípio de agosto resolvi definitivamente sair; o vigário e o médico, aceitando as razões, pediram-me que ficasse algum tempo mais. Concedi-lhes um mês; no fim de um mês viria embora, qualquer que fosse o estado do doente. O vigário tratou de procurar-me substituto. Vai ver o que aconteceu. Na noite de vinte e quatro de agosto, o coronel teve um acesso de raiva, atropelou-me, disse-me muito nome cru, ameaçou-me de um tiro, e acabou atirando-me um prato de mingau, que achou frio, o prato foi cair na parede onde se fez em pedaços.
         — Hás de pagá-lo, ladrão! bradou ele. Resmungou ainda muito tempo.
       Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um velho romance de d’Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o. (...)
A
É possível afirmar que o sujeito do verbo pegar é o mesmo do verbo atirar. Ambos possuem, inclusive, a mesma classificação, sujeito elíptico.
B
Um dia pode ser classificado como adjunto adverbial de tempo e, por estar deslocado, deve vir seguido de vírgula.
C
Da bengala funciona como objeto direto preposicionado, pois o verbo pegar é transitivo direto e não exige preposição.
D
Me pode ser classificado como objeto direto do verbo atirar.
E
uma fomentação funciona como objeto direto do verbo dar.
4830d0ac-b6
IF-RR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No verso “Amor que chega e suplanta", é possível afirmar que:

Para responder a questão, considere o poema Ave Roraima da poetisa Eli Macuxi:

Ave Roraima

Ave Roraima que canta
Feito pássaro mítico.
No peito de quem se encanta
Por seus líricos fascínios
Correm rios, cores quentes
Queimam lavrados ardentes
Choram guaribas no cio.
Mesmo quem vem do asfalto
Do barulho e da poeira
Quando vê é roraimeira
Pretoneubereliakin...
Ave Roraima que canta
Amor que chega e suplanta
Todos males em mim!
A
O Eu-lírico revela a insatisfação diante do cenário de destruição ambiental percebido na paisagem de referência, como mostra o verso “Queimam lavrados ardentes”.
B
Trata-se de uma conclusão diante do arrebatamento vivenciado pelo Eu-lírico pelas descobertas que fez a partir da sua percepção sobre as belezas de Roraima.
C
Suplanta apresenta-se no sentido de extrapolar, pois o Eu-lírico percebe que a saudade da cidade grande, no poema retratado pelo verso “Mesmo quem vem do asfalto” , é maior do que as experiência vivenciadas em Roraima.
D
A sequência do verso em destaque, Todos males em mim!”, reforça a ideia de não-pertencimento experimentado pelo Eu-lírico ao longo do poema.
E
A chegada do amor, revelado por esse verso, faz referência ao gênero musical roraimeira, citado em versos anteriores.
4837708e-b6
IF-RR 2016 - Português - Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Morfologia

Sabe-se que as palavras podem apresentar diferentes elementos em suas estruturas e são formadas por alguns processos básicos que, articulados, ampliam o léxico da língua portuguesa. Considerando essa reflexão, o seu conhecimento sobre Estrutura e Formação de Palavras, e tomando como referência o poema lido, assinale a alternativa correta:

Para responder a questão, considere o poema Ave Roraima da poetisa Eli Macuxi:

Ave Roraima

Ave Roraima que canta
Feito pássaro mítico.
No peito de quem se encanta
Por seus líricos fascínios
Correm rios, cores quentes
Queimam lavrados ardentes
Choram guaribas no cio.
Mesmo quem vem do asfalto
Do barulho e da poeira
Quando vê é roraimeira
Pretoneubereliakin...
Ave Roraima que canta
Amor que chega e suplanta
Todos males em mim!
A
A palavra roraimeira é um exemplo de derivação parassintética, tendo em vista sua formação consistir em acréscimo simultâneo de um prefixo e um sufixo.
B
Em mítico ocorre o processo de composição por aglutinação, haja vista a palavra de origem ser mito.
C
Pretoneubereliakin é um exemplo de composição por justaposição, pois não há alteração fonética ou gráfica das palavras.
D
Encanta é uma palavra formada pelo processo de hibridismo.
E
Líricos é uma palavra derivada de lira pelo processo de redução ou abreviação vocabular.
1335055e-b6
IF-RR 2017 - Inglês - Vocabulário | Vocabulary, Interpretação de texto | Reading comprehension

Choose the CORRECT alternative which shows the term which cannot replace nonetheless:

TEXT
       Roraima  also differs from other areas of the Amazon, given the timid way in which corporate capital has ventured into the region. Despite its natural riches, there are no large-scale mining or timber operations, and local industries are embryonic. Resulting from the mild stage of capitalist exploration, and relatively recent human occupation, the number and intensity of conflicts over regional resources are substantially smaller.
      Migration represented a leading role in the territorial, political and cultural formation of Roraima. During the 1970s and 1980s the state received a considerable influx of migrants from the North and Northeast regions of Brazil, especially from Ceará, Maranhão, Pará and Amazonas states. Overtime migration flows were perpetuated due to the workings of very active migrant social networks, linking very specific communities at origins and destinations. Internally, the city of Boa Vista has played a paramount role attracting immigrants from other states and then redistributing them to other municipalities. The importance of Boa Vista can be grasped from a quick examination of Roraima's urban network, where it exerts the role of a primate city in a highly unbalanced system.
         The tremendous influx of migrants over the 1970s and 1980s had a direct impact in the creation of new municipalities, promoting regional development and economic change, which, in turn, fueled renewed migratory flows. The 1990s and 2000s witnessed an augmentation of such moves projecting an inversion in terms of importance of inter and intrastate moves in future years. After all, interstate long distance moves have historically dominated Roraima's migration system; nonetheless, over the last decades intrastate migration has grown at a much faster pace than longer moves.
           In the near future Roraima is likely to continue drawing migrants from traditional areas given the organic nature of migrant social networks and its tendency to remain active over time. On the other hand, new migration flows are likely to arise and intensify as regional development will create economic opportunities for many, intensifying formal and informal communication channels. Within this context, the service sector, especially the public administration system will allure urban bound migrants from various Brazilian cities. However, one cannot deny the fact that Roraima remains an active agriculture frontier, where the perspective of acquiring a free plot of land is still viable. Thus, Roraima will still receive large waves of landless peasants in the near future, most likely from traditional source areas. Nevertheless, in order to become a valid alternative for the Brazilian poor, it is imperative that current abandonment rates within colonization projects are diminished, preventing them from turning into a demographic void, while the peripheral areas of the encroaching urban places become increasingly plagued with poverty.

(Fragment from “The Colonization of Roraima State, Brazil: an Analysis of its Major Migration Flows (1970 to 2010)”, by Alexandre Magno Alves Diniz and Elisângela Gonçalves Lacerda, Espace populations sociétés [Online], 2014/2-3 | 2015, Online since 01 December 2014, connection on 10 January 2017. URL : http://eps.revues.org/5817 ; DOI : 10.4000/eps.5817)
A
Whenever
B
However
C
But
D
Even so
E
Nevertheless
132b9d5b-b6
IF-RR 2017 - Inglês - Vocabulário | Vocabulary, Sinônimos | Synonyms

Choose the only CORRECT alternative which exposes an appropriated synonymous to replace the word witnessed, on the third paragraph:

TEXT
       Roraima  also differs from other areas of the Amazon, given the timid way in which corporate capital has ventured into the region. Despite its natural riches, there are no large-scale mining or timber operations, and local industries are embryonic. Resulting from the mild stage of capitalist exploration, and relatively recent human occupation, the number and intensity of conflicts over regional resources are substantially smaller.
      Migration represented a leading role in the territorial, political and cultural formation of Roraima. During the 1970s and 1980s the state received a considerable influx of migrants from the North and Northeast regions of Brazil, especially from Ceará, Maranhão, Pará and Amazonas states. Overtime migration flows were perpetuated due to the workings of very active migrant social networks, linking very specific communities at origins and destinations. Internally, the city of Boa Vista has played a paramount role attracting immigrants from other states and then redistributing them to other municipalities. The importance of Boa Vista can be grasped from a quick examination of Roraima's urban network, where it exerts the role of a primate city in a highly unbalanced system.
         The tremendous influx of migrants over the 1970s and 1980s had a direct impact in the creation of new municipalities, promoting regional development and economic change, which, in turn, fueled renewed migratory flows. The 1990s and 2000s witnessed an augmentation of such moves projecting an inversion in terms of importance of inter and intrastate moves in future years. After all, interstate long distance moves have historically dominated Roraima's migration system; nonetheless, over the last decades intrastate migration has grown at a much faster pace than longer moves.
           In the near future Roraima is likely to continue drawing migrants from traditional areas given the organic nature of migrant social networks and its tendency to remain active over time. On the other hand, new migration flows are likely to arise and intensify as regional development will create economic opportunities for many, intensifying formal and informal communication channels. Within this context, the service sector, especially the public administration system will allure urban bound migrants from various Brazilian cities. However, one cannot deny the fact that Roraima remains an active agriculture frontier, where the perspective of acquiring a free plot of land is still viable. Thus, Roraima will still receive large waves of landless peasants in the near future, most likely from traditional source areas. Nevertheless, in order to become a valid alternative for the Brazilian poor, it is imperative that current abandonment rates within colonization projects are diminished, preventing them from turning into a demographic void, while the peripheral areas of the encroaching urban places become increasingly plagued with poverty.

(Fragment from “The Colonization of Roraima State, Brazil: an Analysis of its Major Migration Flows (1970 to 2010)”, by Alexandre Magno Alves Diniz and Elisângela Gonçalves Lacerda, Espace populations sociétés [Online], 2014/2-3 | 2015, Online since 01 December 2014, connection on 10 January 2017. URL : http://eps.revues.org/5817 ; DOI : 10.4000/eps.5817)
A
modernized
B
whispered
C
whistled
D
missed
E
viewed
132ee014-b6
IF-RR 2017 - Inglês - Vocabulário | Vocabulary, Interpretação de texto | Reading comprehension

Choose the only CORRECT alternative which exposes an opposite idea of immigrants:

TEXT
       Roraima  also differs from other areas of the Amazon, given the timid way in which corporate capital has ventured into the region. Despite its natural riches, there are no large-scale mining or timber operations, and local industries are embryonic. Resulting from the mild stage of capitalist exploration, and relatively recent human occupation, the number and intensity of conflicts over regional resources are substantially smaller.
      Migration represented a leading role in the territorial, political and cultural formation of Roraima. During the 1970s and 1980s the state received a considerable influx of migrants from the North and Northeast regions of Brazil, especially from Ceará, Maranhão, Pará and Amazonas states. Overtime migration flows were perpetuated due to the workings of very active migrant social networks, linking very specific communities at origins and destinations. Internally, the city of Boa Vista has played a paramount role attracting immigrants from other states and then redistributing them to other municipalities. The importance of Boa Vista can be grasped from a quick examination of Roraima's urban network, where it exerts the role of a primate city in a highly unbalanced system.
         The tremendous influx of migrants over the 1970s and 1980s had a direct impact in the creation of new municipalities, promoting regional development and economic change, which, in turn, fueled renewed migratory flows. The 1990s and 2000s witnessed an augmentation of such moves projecting an inversion in terms of importance of inter and intrastate moves in future years. After all, interstate long distance moves have historically dominated Roraima's migration system; nonetheless, over the last decades intrastate migration has grown at a much faster pace than longer moves.
           In the near future Roraima is likely to continue drawing migrants from traditional areas given the organic nature of migrant social networks and its tendency to remain active over time. On the other hand, new migration flows are likely to arise and intensify as regional development will create economic opportunities for many, intensifying formal and informal communication channels. Within this context, the service sector, especially the public administration system will allure urban bound migrants from various Brazilian cities. However, one cannot deny the fact that Roraima remains an active agriculture frontier, where the perspective of acquiring a free plot of land is still viable. Thus, Roraima will still receive large waves of landless peasants in the near future, most likely from traditional source areas. Nevertheless, in order to become a valid alternative for the Brazilian poor, it is imperative that current abandonment rates within colonization projects are diminished, preventing them from turning into a demographic void, while the peripheral areas of the encroaching urban places become increasingly plagued with poverty.

(Fragment from “The Colonization of Roraima State, Brazil: an Analysis of its Major Migration Flows (1970 to 2010)”, by Alexandre Magno Alves Diniz and Elisângela Gonçalves Lacerda, Espace populations sociétés [Online], 2014/2-3 | 2015, Online since 01 December 2014, connection on 10 January 2017. URL : http://eps.revues.org/5817 ; DOI : 10.4000/eps.5817)
A
Migrants
B
Refugees
C
Settlers
D
Colonizers
E
Emigrants
1331fafc-b6
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About Roraima is CORRECT to infer:

TEXT
       Roraima  also differs from other areas of the Amazon, given the timid way in which corporate capital has ventured into the region. Despite its natural riches, there are no large-scale mining or timber operations, and local industries are embryonic. Resulting from the mild stage of capitalist exploration, and relatively recent human occupation, the number and intensity of conflicts over regional resources are substantially smaller.
      Migration represented a leading role in the territorial, political and cultural formation of Roraima. During the 1970s and 1980s the state received a considerable influx of migrants from the North and Northeast regions of Brazil, especially from Ceará, Maranhão, Pará and Amazonas states. Overtime migration flows were perpetuated due to the workings of very active migrant social networks, linking very specific communities at origins and destinations. Internally, the city of Boa Vista has played a paramount role attracting immigrants from other states and then redistributing them to other municipalities. The importance of Boa Vista can be grasped from a quick examination of Roraima's urban network, where it exerts the role of a primate city in a highly unbalanced system.
         The tremendous influx of migrants over the 1970s and 1980s had a direct impact in the creation of new municipalities, promoting regional development and economic change, which, in turn, fueled renewed migratory flows. The 1990s and 2000s witnessed an augmentation of such moves projecting an inversion in terms of importance of inter and intrastate moves in future years. After all, interstate long distance moves have historically dominated Roraima's migration system; nonetheless, over the last decades intrastate migration has grown at a much faster pace than longer moves.
           In the near future Roraima is likely to continue drawing migrants from traditional areas given the organic nature of migrant social networks and its tendency to remain active over time. On the other hand, new migration flows are likely to arise and intensify as regional development will create economic opportunities for many, intensifying formal and informal communication channels. Within this context, the service sector, especially the public administration system will allure urban bound migrants from various Brazilian cities. However, one cannot deny the fact that Roraima remains an active agriculture frontier, where the perspective of acquiring a free plot of land is still viable. Thus, Roraima will still receive large waves of landless peasants in the near future, most likely from traditional source areas. Nevertheless, in order to become a valid alternative for the Brazilian poor, it is imperative that current abandonment rates within colonization projects are diminished, preventing them from turning into a demographic void, while the peripheral areas of the encroaching urban places become increasingly plagued with poverty.

(Fragment from “The Colonization of Roraima State, Brazil: an Analysis of its Major Migration Flows (1970 to 2010)”, by Alexandre Magno Alves Diniz and Elisângela Gonçalves Lacerda, Espace populations sociétés [Online], 2014/2-3 | 2015, Online since 01 December 2014, connection on 10 January 2017. URL : http://eps.revues.org/5817 ; DOI : 10.4000/eps.5817)
A
It tends to become a fragile area to the development of agriculture production.
B
The authors believe that this state will continue to receive great sum of dispossessed laborers.
C
It is impossible for immigrants to find an area to cultivate.
D
It has already received migrants from North and Northeast regions only.
E
Its development on the last decades based in organized projects of immigration.
1327d804-b6
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Choose the only INCORRECT alternative about Boa Vista:

TEXT
       Roraima  also differs from other areas of the Amazon, given the timid way in which corporate capital has ventured into the region. Despite its natural riches, there are no large-scale mining or timber operations, and local industries are embryonic. Resulting from the mild stage of capitalist exploration, and relatively recent human occupation, the number and intensity of conflicts over regional resources are substantially smaller.
      Migration represented a leading role in the territorial, political and cultural formation of Roraima. During the 1970s and 1980s the state received a considerable influx of migrants from the North and Northeast regions of Brazil, especially from Ceará, Maranhão, Pará and Amazonas states. Overtime migration flows were perpetuated due to the workings of very active migrant social networks, linking very specific communities at origins and destinations. Internally, the city of Boa Vista has played a paramount role attracting immigrants from other states and then redistributing them to other municipalities. The importance of Boa Vista can be grasped from a quick examination of Roraima's urban network, where it exerts the role of a primate city in a highly unbalanced system.
         The tremendous influx of migrants over the 1970s and 1980s had a direct impact in the creation of new municipalities, promoting regional development and economic change, which, in turn, fueled renewed migratory flows. The 1990s and 2000s witnessed an augmentation of such moves projecting an inversion in terms of importance of inter and intrastate moves in future years. After all, interstate long distance moves have historically dominated Roraima's migration system; nonetheless, over the last decades intrastate migration has grown at a much faster pace than longer moves.
           In the near future Roraima is likely to continue drawing migrants from traditional areas given the organic nature of migrant social networks and its tendency to remain active over time. On the other hand, new migration flows are likely to arise and intensify as regional development will create economic opportunities for many, intensifying formal and informal communication channels. Within this context, the service sector, especially the public administration system will allure urban bound migrants from various Brazilian cities. However, one cannot deny the fact that Roraima remains an active agriculture frontier, where the perspective of acquiring a free plot of land is still viable. Thus, Roraima will still receive large waves of landless peasants in the near future, most likely from traditional source areas. Nevertheless, in order to become a valid alternative for the Brazilian poor, it is imperative that current abandonment rates within colonization projects are diminished, preventing them from turning into a demographic void, while the peripheral areas of the encroaching urban places become increasingly plagued with poverty.

(Fragment from “The Colonization of Roraima State, Brazil: an Analysis of its Major Migration Flows (1970 to 2010)”, by Alexandre Magno Alves Diniz and Elisângela Gonçalves Lacerda, Espace populations sociétés [Online], 2014/2-3 | 2015, Online since 01 December 2014, connection on 10 January 2017. URL : http://eps.revues.org/5817 ; DOI : 10.4000/eps.5817)
A
The main extreme to send immigrants to the other parts of Roraima state.
B
It has works as the primate pole to receive immigrants in Roraima.
C
Its peripheral areas received immigrants from other municipalities of Roraima and sent to several states.
D
It has been the major destiny of immigration in Roraima.
E
It has been the main purpose of immigration in Roraima.
1324a5c8-b6
IF-RR 2017 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Choose the only alternative which shows what it is INCORRECT to affirm about the immigration process in Roraima:

TEXT
       Roraima  also differs from other areas of the Amazon, given the timid way in which corporate capital has ventured into the region. Despite its natural riches, there are no large-scale mining or timber operations, and local industries are embryonic. Resulting from the mild stage of capitalist exploration, and relatively recent human occupation, the number and intensity of conflicts over regional resources are substantially smaller.
      Migration represented a leading role in the territorial, political and cultural formation of Roraima. During the 1970s and 1980s the state received a considerable influx of migrants from the North and Northeast regions of Brazil, especially from Ceará, Maranhão, Pará and Amazonas states. Overtime migration flows were perpetuated due to the workings of very active migrant social networks, linking very specific communities at origins and destinations. Internally, the city of Boa Vista has played a paramount role attracting immigrants from other states and then redistributing them to other municipalities. The importance of Boa Vista can be grasped from a quick examination of Roraima's urban network, where it exerts the role of a primate city in a highly unbalanced system.
         The tremendous influx of migrants over the 1970s and 1980s had a direct impact in the creation of new municipalities, promoting regional development and economic change, which, in turn, fueled renewed migratory flows. The 1990s and 2000s witnessed an augmentation of such moves projecting an inversion in terms of importance of inter and intrastate moves in future years. After all, interstate long distance moves have historically dominated Roraima's migration system; nonetheless, over the last decades intrastate migration has grown at a much faster pace than longer moves.
           In the near future Roraima is likely to continue drawing migrants from traditional areas given the organic nature of migrant social networks and its tendency to remain active over time. On the other hand, new migration flows are likely to arise and intensify as regional development will create economic opportunities for many, intensifying formal and informal communication channels. Within this context, the service sector, especially the public administration system will allure urban bound migrants from various Brazilian cities. However, one cannot deny the fact that Roraima remains an active agriculture frontier, where the perspective of acquiring a free plot of land is still viable. Thus, Roraima will still receive large waves of landless peasants in the near future, most likely from traditional source areas. Nevertheless, in order to become a valid alternative for the Brazilian poor, it is imperative that current abandonment rates within colonization projects are diminished, preventing them from turning into a demographic void, while the peripheral areas of the encroaching urban places become increasingly plagued with poverty.

(Fragment from “The Colonization of Roraima State, Brazil: an Analysis of its Major Migration Flows (1970 to 2010)”, by Alexandre Magno Alves Diniz and Elisângela Gonçalves Lacerda, Espace populations sociétés [Online], 2014/2-3 | 2015, Online since 01 December 2014, connection on 10 January 2017. URL : http://eps.revues.org/5817 ; DOI : 10.4000/eps.5817)
A
The service segment in a public administration has also added to attract people to Roraima.
B
It has contributed to the economic growth of the region
C
Some cities were created due the intense flux of settlers.
D
It has decreased over the last decades.
E
The chance of getting a piece of area has been a fuel to encourage the immigration flux in Roraima.
132051bf-b6
IF-RR 2017 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Choose the only alternative which shows what it is CORRECT to say about the text:

TEXT
       Roraima  also differs from other areas of the Amazon, given the timid way in which corporate capital has ventured into the region. Despite its natural riches, there are no large-scale mining or timber operations, and local industries are embryonic. Resulting from the mild stage of capitalist exploration, and relatively recent human occupation, the number and intensity of conflicts over regional resources are substantially smaller.
      Migration represented a leading role in the territorial, political and cultural formation of Roraima. During the 1970s and 1980s the state received a considerable influx of migrants from the North and Northeast regions of Brazil, especially from Ceará, Maranhão, Pará and Amazonas states. Overtime migration flows were perpetuated due to the workings of very active migrant social networks, linking very specific communities at origins and destinations. Internally, the city of Boa Vista has played a paramount role attracting immigrants from other states and then redistributing them to other municipalities. The importance of Boa Vista can be grasped from a quick examination of Roraima's urban network, where it exerts the role of a primate city in a highly unbalanced system.
         The tremendous influx of migrants over the 1970s and 1980s had a direct impact in the creation of new municipalities, promoting regional development and economic change, which, in turn, fueled renewed migratory flows. The 1990s and 2000s witnessed an augmentation of such moves projecting an inversion in terms of importance of inter and intrastate moves in future years. After all, interstate long distance moves have historically dominated Roraima's migration system; nonetheless, over the last decades intrastate migration has grown at a much faster pace than longer moves.
           In the near future Roraima is likely to continue drawing migrants from traditional areas given the organic nature of migrant social networks and its tendency to remain active over time. On the other hand, new migration flows are likely to arise and intensify as regional development will create economic opportunities for many, intensifying formal and informal communication channels. Within this context, the service sector, especially the public administration system will allure urban bound migrants from various Brazilian cities. However, one cannot deny the fact that Roraima remains an active agriculture frontier, where the perspective of acquiring a free plot of land is still viable. Thus, Roraima will still receive large waves of landless peasants in the near future, most likely from traditional source areas. Nevertheless, in order to become a valid alternative for the Brazilian poor, it is imperative that current abandonment rates within colonization projects are diminished, preventing them from turning into a demographic void, while the peripheral areas of the encroaching urban places become increasingly plagued with poverty.

(Fragment from “The Colonization of Roraima State, Brazil: an Analysis of its Major Migration Flows (1970 to 2010)”, by Alexandre Magno Alves Diniz and Elisângela Gonçalves Lacerda, Espace populations sociétés [Online], 2014/2-3 | 2015, Online since 01 December 2014, connection on 10 January 2017. URL : http://eps.revues.org/5817 ; DOI : 10.4000/eps.5817)
A
Generally the capital of Roraima has recorded low rates of immigration flux.
B
The immigration is a process whose impact affected the increasing of Roraima, causing the disappearing of some cities.
C
Historically the migratory flux from different places of Brazil has contributed to the development of Roraima state.
D
Factually some aspects of Roraima culture reveal characteristics of immigration influence.
E
From 1970 to 1980 the great amount of immigrants in Roraima came from South parts of Brazil.
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IF-RR 2017 - História e Geografia de Estados e Municípios - História e Geografia do Estado de Roraima

Observando as tabelas publicadas pelo IBGE pode-se chegar a várias conclusões sobre a história recente de Roraima e seu povo, exceto:



A
Durante a década final do século XX, migraram para Roraima mais homens que mulheres.
B
O crescimento populacional de Roraima está diretamente ligado à chegada de novos habitantes, vindos de outras regiões.
C
A procedência do maior número de migrantes em Roraima, na década de 1950, era da própria região norte do Brasil.
D
A enorme e contínua chegada de migrantes provoca problemas e conflitos que impedem o desenvolvimento do Estado.
E
Devido à migração, entre os anos de 1980 e 2000, a população de Roraima foi mais que triplicada.
1319ca20-b6
IF-RR 2017 - História - Construção do Estado Liberal: Revolução Francesa, História Geral

“O conflito entre as facções políticas se agravava à medida que cresciam as dificuldades econômicas e militares. É desse período que herdamos o uso das expressões esquerda e direita, quando nos referimos a posições sociopolíticas progressistas e conservadoras, respectivamente”.
VICENTINO, Claudio. História Geral. São Paulo, Scipione:2010.

O trecho acima se refere, historicamente:

A
À Revolução Russa e o conflito entre Lênin e Stalin;
B
À Revolução Mexicana e o conflito entre Zapatistas e espanhóis;
C
À Revolução Francesa e o conflito entre jacobinos e girondinos;
D
À Revolução cubana e o conflito entre socialistas e capitalistas;
E
À Guerra Fria e o conflito entre URSS e EUA.
1312ae47-b6
IF-RR 2017 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIX

Leia o trecho da notícia internacional publicada pelo site UOL em novembro de 2017:


"Oitocentos dinares! Mil dinares! Mil e cem dinares! Quem dá mais?" Por 1.200 dinares líbios – cerca de R$ 2,6 mil reais – o negócio é finalmente fechado. Não é um carro, por exemplo, que está sendo vendido, e sim um grupo de jovens assustados provenientes da África Subsaariana...”


https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimasnoticias/2017/11/25/africanos-sao-torturados-e-vendidos-na-libia-o.htm


Embora as notícias atuais sejam chocantes, a escravidão marcou as relações entre África e América durante a Idade Moderna. Sobre o tema, assinale o que NÃO estiver correto:

A
Os mercados de escravos negros na África são consequência da miséria natural daquele continente, que não gera condições de vida a seus habitantes desde a antiguidade.
B
O tráfico de escravos pelo Atlântico tornou-se um rentável negócio para os europeus no contexto do Mercantilismo, prática econômica centrada na atividade comercial;
C
Tratados como meras mercadorias, os africanos eram trazidos ao Brasil em navios de carga chamados de “negreiros”.
D
Possuir escravos nas regiões coloniais da América era símbolo de status e poder econômico;
E
Os escravos negros eram empregados na produção agrícola, mineração, serviços domésticos e outras atividades econômicas desenvolvidas por colonos proprietários nas Américas.