Questõesde IF-PE

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71e9f055-33
IF-PE 2019 - Biologia - A química da vida, Moléculas, células e tecidos

Sobre as informações contidas no TEXTO 10, assinale a alternativa CORRETA.

TEXTO 10 


AMIDO DE MILHO E TOMILHO COMBATEM LARVAS DE AEDES AEGYPTI


Pesquisa da Unicamp descobriu que o óleo de tomilho funciona como larvicida e tem sua liberação controlada quando inserido em partículas de amido

  O amido de milho, uma matéria-prima abundante, barata e biodegradável, foi a base usada por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para o desenvolvimento de partículas capazes de armazenar e liberar controladamente compostos ativos letais para as larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika, febre amarela e chikungunya.
  No trabalho, apoiado pela FAPESP e coordenado por Ana Silvia Prata, professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA-Unicamp), foi testado o óleo essencial de tomilho como agente larvicida. Esse óleo também é biodegradável e, na concentração usada na pesquisa, não oferece riscos à saúde humana.
  “Conseguimos obter uma partícula que se comporta exatamente como os ovos do Aedes. Enquanto o ambiente está seco, ela se mantém inerte e conserva o agente ativo protegido. A partir do momento em que entra em contato com a água, começa a inchar para permitir a liberação do larvicida. Após três dias, período em que os ovos eclodem e tem início a fase larval, a partícula passa a liberar quantidades letais do princípio ativo na água”, disse Prata.

TOLEDO, Karina. Amido de milho e tomilho combatem larvas de Aedes aegypti. Disponível em:
<https://exame.abril.com.br/ciencia/amido-de-milho-e-tomilho-combatem-larvas-de-aedes-aegypti/> Acesso em:
12 out. 2019 (adaptado)
A
A dengue é uma virose que, nos casos graves, deve ser tratada com antibióticos potentes que conseguem matar os vírus.
B

O mosquito Aedes aegypti é um animal invertebrado classificado como molusco, devido ao fato de possuir patas articuladas.

C
O amido é uma molécula orgânica, classificada como polissacarídeo, enquanto que o óleo de tomilho é classificado como lipídeo.
D
Animais que, como o Aedes aegypti, possuem um estágio larval são aqueles que apresentam desenvolvimento direto.
E
Doenças como a dengue, a zika, a febre amarela e a chikungunya já conseguem ser prevenidas com vacinas, tipo de imunização passiva, que imuniza o paciente diretamente com o anticorpo.
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IF-PE 2019 - Química - Soluções e Substâncias Inorgânicas, Substâncias Inorgânicas e suas características: Ácidos, Bases, Sais e Óxidos. Reações de Neutralização.

Sobre o Cloreto de Sódio, é CORRETO afirmar que

TEXTO 8


EM CAMUNDONGOS, DIETA RICA EM SAL PIORA MEMÓRIA E CAUSA FALTA DE ATENÇÃO


Sal rosa, marinho e light são melhores? Do ponto de vista fisiológico, sal é sal. O gosto pode ser diferente devido a outras substâncias presentes em cada tipo. No entanto, essas substâncias diferentes presentes em cada sal apenas dão sabor, não existem em quantidades suficientes para fazer diferença do ponto de vista nutricional. Já o sal light tem diferentes percentuais de cloreto de potássio misturado com cloreto de sódio ou até 100% de cloreto de potássio. Mas o potássio não deve ser usado por pessoas com problemas renais graves.


Em camundongos, dieta rica em sal piora memória e causa falta de atenção. Disponível em: < https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/10/26/em-camundongos-dieta-rica-em-sal-piora-memoriae-causa-falta-de-atencao.htm >. Acesso em: 27 out. 2019. 

A
possui fórmula química NaCl2 e possui cor branca, enquanto o KCl2 é de cor rosa.
B
há, em sua estrutura, íons de sódio e de cloro combinados, formando uma rede cristalina.
C
não sofre dissociação nem conduz eletricidade quando dissolvido em água.
D
é constituído somente por elementos ametais e forma ligações covalentes polares.
E
é, diferentemente do cloreto de potássio, insolúvel em água e solúvel em solventes como acetona e éter.
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IF-PE 2019 - Física - Resistores e Potência Elétrica, Eletricidade

Na FIGURA 3, está representado um circuito elétrico contendo um gerador ideal de 42 Volts, com resistência interna desprezível, o qual alimenta três resistores.

FIGURA 3

Determine o valor da intensidade da corrente elétrica, expressa em amperes, que percorre o amperímetro A conectado ao circuito elétrico.


A
1,4 A
B
0,42 A
C
2,4 A
D
2 A
E
0,6 A
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IF-PE 2019 - Matemática - Álgebra, Problemas

Paulo Roberto deseja comprar para sua filha uma boneca que custa R$ 500,00. Então, decidiu juntar seu dinheiro, durante 30 dias, num cofre de barro, da seguinte forma: no primeiro dia, colocou R$ 1,00; no segundo dia, colocou R$ 2,00; no terceiro dia, colocou R$ 3,00 e, assim, sucessivamente, aumentando apenas R$ 1,00 de um dia para o outro. Ao final dos 30 dias, Paulo Roberto terá, em seu cofre,

A
R$ 50,00 a menos, com relação ao valor da boneca.
B
um valor igual ao valor da boneca.
C
R$ 35,00 a mais, com relação ao valor da boneca.
D
R$ 35,00 a menos, com relação ao valor da boneca.
E
R$ 50,00 a mais, com relação ao valor da boneca.
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IF-PE 2019 - Química - Petróleo, Gás Natural e Carvão, Madeira, Hulha, Biomassa, Biocombustíveis e Energia Nuclear, Energias Químicas no Cotidiano

Quanto ao petróleo, é CORRETO afirmar que

TEXTO 7


ENTENDA O VAZAMENTO DE PETRÓLEO NAS PRAIAS DO NORDESTE


  SÃO PAULO - Um vazamento de petróleo cru se espalha pelos nove Estados do Nordeste. O poluente foi identificado em uma faixa de mais de 2 mil quilômetros da costa brasileira. O governo federal afirma que análises já apontaram ser petróleo cru, de origem desconhecida e de tipo não produzido no Brasil. As manchas já foram encontradas em todos os Estados nordestinos: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. O poluente foi identificado em uma faixa de mais de 2 mil quilômetros da costa brasileira.

  A análise feita pela Marinha e pela Petrobrás "apontou que a substância é petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo". Conforme o órgão, a substância é o hidrocarboneto, conhecido como piche, e é a mesma em todos os pontos analisados. 


CORDEIRO, Felipe. Entenda o vazamento de petróleo nas praias do Nordeste. O Estado de S. Paulo.

Disponível em: <https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,entenda-o-vazamento-de-petroleo-empraias-do-nordeste,70003026922>. Acesso em: 27 out. 2019 (adaptado).

A
contém o benzeno, hidrocarboneto que é tóxico, altamente irritante e que possui cheiro forte característico.
B
é um material pouco viscoso, mais denso que a água, formado pela mistura de esteres.
C
é miscível com a água, o que dificulta sua separação em caso de acidentes ambientais no oceano.
D
é um combustível renovável não gerador de efeito estufa e que não tem sua origem de matéria prima fóssil.
E
contém o etanol, composto orgânico, inflamável e utilizado como combustível.
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IF-PE 2019 - Matemática - Áreas e Perímetros, Geometria Plana

A vista frontal da estante do quarto de uma criança é dada pela FIGURA 2.


FIGURA 2



A área, em cm², da FIGURA 2 é igual a





A
92.
B
266.
C
72.
D
276.480.
E
49.
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IF-PE 2019 - Matemática - Aritmética e Problemas, Sistemas de Numeração e Operações Fundamentais

Um professor do curso de Redes de Computadores do IFPE Campus Palmares realizará um trabalho sobre 11 tipos de redes de computadores. Considerando que cada aluno falará sobre 2 (dois) tipos, quantos alunos, no mínimo, estão matriculados nesta turma?

A
11
B
22
C
110
D
40
E
55
71b57626-33
IF-PE 2019 - Matemática - Geometria Espacial, Poliedros

Qual é a soma dos volumes dos sólidos da FIGURA 1?


FIGURA 1








A
5.625 cm³
B
110 cm³
C
230 cm³
D
470 cm³
E
3.750 cm³
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IF-PE 2019 - Matemática - Geometria Espacial, Poliedros

Leny é aluna do Curso de Química na modalidade Subsequente do IFPE Campus Ipojuca. Em 2019.1, cursou a disciplina de Processos Químicos Industriais, que a possibilitou estudar sobre o Naftaleno, cujo nome comercial é Naftalina. A estudante percebeu que essa substância é bastante tóxica ao ser humano, tem uma enorme volatilidade e é utilizada para matar traças, baratas e outros insetos. Por isso, deve ser mantida sempre longe das crianças, não deve ser ingerida e deve ser armazenada em recipientes/objetos fechados. No comércio, a Naftalina é encontrada no formato de bolas e é vendida em sacos lacrados. Após seu estudo, Leny ficou curiosa em saber quanto de volume de Naftaleno existe num saquinho com 20 bolas de Naftalina. Sabendo que Leny considerou cada bola como sendo uma esfera de diâmetro 1 mm, e com base no TEXTO 6, o volume encontrado por Leny foi de (Considere: )

TEXTO 6


Qual é o volume de uma onça morta?

O volume é , pois uma onça morta é uma ex-fera. 


Piadas matemáticas. Só Matemática. Disponível em:< https://www.somatematica.com.br/piadas3.php>. Acesso em: 23 out. 2019.

A
0,5 mm³.
B
10 mm³.
C
80 mm³.
D
4 mm³.
E
20 mm³.
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IF-PE 2019 - Matemática - Probabilidade

O Instituto Federal de Pernambuco, em Afogados da Ingazeira, oferece o Curso Técnico em Agroindústria, na modalidade Subsequente. Na matriz curricular desse curso, a disciplina Microbiologia de Alimentos, do primeiro período, é pré-requisito para a disciplina Higiene da Indústria de Alimentos, do segundo período. No semestre 2019.2, ocorreu a SNCT (Semana Nacional de Ciência e Tecnologia), cujo tema foi: “Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”, e foi selecionado um aluno desse curso, cuja matrícula teve início no semestre 2019.1, para palestrar na abertura do evento. Supondo que, no final do semestre de 2019.1, dos 40 alunos aprovados para tal curso, apenas 24 passaram na disciplina de Microbiologia de Alimentos, qual a probabilidade de ter sido escolhido um aluno que estava cursando a disciplina de Higiene da Indústria de Alimentos?

A
1 / 24
B
2 / 5
C
1 / 16
D
3 / 5
E
4 / 5
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IF-PE 2019 - Matemática - Geometria Espacial, Poliedros

No domingo, 20 de outubro deste ano, a Marinha informou que haviam sido retirados em torno de 600 toneladas de resíduos das praias brasileiras atingidas pelo derramamento de óleo. Considerando que a densidade do petróleo é de, aproximadamente, 0,8 g/cm³, o volume, em cm³, referente a essa quantidade de petróleo é igual a

TEXTO 4


COMO CONVERTER METROS CÚBICOS PARA TONELADA?


NUNES, Vitor. Como converter metros cúbicos para tonelada? Matemática.PT. Disponível em:< https://www.matematica.pt/faq/converter-metro-tonelada.php>. Acesso em: 20 out. 2019 (adaptado).

A
750 bilhões.
B
75 milhões.
C
75 mil.
D
750 mil.
E
750 milhões.
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IF-PE 2019 - Matemática - Análise Combinatória em Matemática

Nas condições, ambientes e tempo de duplicação sugeridos no TEXTO 5, em quantas horas existirão 31 bactérias Escherichia coli?

TEXTO 5


CRESCIMENTO MICROBIANO


O tempo de geração ou duplicação de um microrganismo é definido como o tempo necessário para que ocorra uma geração, isto é, para a formação de 2 células a partir de uma. Entre os microrganismos procariotas (bactérias), essa ocorre, principalmente, por fissão binária. O tempo de geração ou duplicação varia grandemente entre microrganismos. Por exemplo, em condições nutricionais e ambientais ótimas, a bactéria Escherichia coli pode ter um tempo de duplicação de somente 30 minutos.



Crescimento microbiano. e-escola. Disponível em: <https://www.escola.edu.gov.cv/index.php?option=com_rea&id_disciplina=&id_materia=7&id_capitulo=30&id_pagina=54&Ite

mid=399>. Acesso em: 22 out. 2019 (adaptado).



A
4 horas
B
1 hora e 30 minutos
C
2 horas
D
2 horas e 30 minutos
E
1 hora
71967508-33
IF-PE 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O Modernismo brasileiro costuma ser dividido em três fases: a Geração de 22, a de 30 e a de 45. Essas Gerações têm como um de seus representantes, respectivamente,

A
Mário de Andrade, Aluísio de Azevedo e Euclides da Cunha.
B
Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes.
C
José de Alencar, Machado de Assis e João Cabral de Melo Neto.
D
Oswald de Andrade, Cecília Meireles e Guimarães Rosa.
E
Vinícius de Moraes, Ariano Suassuna e Olavo Bilac.
718e8a27-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As tirinhas constituem um gênero textual multimodal, por terem seu sentido construído pela associação de mais de uma modalidade da linguagem. Na leitura do TEXTO 3, ao associarmos o texto verbal com as ilustrações, percebemos que


TEXTO 3



A
a conclusão à qual o personagem chega no terceiro quadrinho caracteriza um exagero no que diz respeito aos cuidados com a camisa e uma ironia quanto ao seu uso.
B
a ilustração do cômodo no qual o personagem se encontra caracteriza uma informação irrelevante, visto que as informações verbais quanto aos cuidados com a roupa são suficientes para compreendermos o sentido da tira.
C
a interpretação que o personagem dá à informação “não torcer” é equivocada já no segundo quadrinho, sendo dispensável a leitura do terceiro para compreendermos o sentido da tira.
D
a expressão do personagem no segundo quadrinho sugere que a informação da etiqueta da camisa o surpreendeu de algum modo e que isso atende às expectativas do leitor quanto ao que será dito no último quadrinho.
E
a polissemia de um termo provocou ambiguidade no texto, o que levou o personagem a uma interpretação equivocada sobre o que poderia ser feito com a camisa.
7192ea9e-33
IF-PE 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A Semana de Arte Moderna trouxe para a sociedade experiências distintas em relação ao contato com a leitura, através da literatura, e com a arte em geral. Dos excertos a seguir, assinale aquele que, com o advento do Modernismo, nos proporcionou a experiência da narrativa por meio do fluxo de consciência.

A
“Como a nordestina, há milhares de moças espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, atrás de balcões trabalhando até a estafa. Não notam sequer que são facilmente substituíveis e que tanto existiriam como não existiriam. Poucas se queixam e ao que eu saiba nenhuma reclama por não saber a quem. Esse quem será que existe?” (Clarice Lispector, em A hora da estrela)
B
“Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choraram também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral.” (Machado de Assis, em Dom Casmurro)
C
“Mas tinham ainda outra influência, que é justamente a que falta aos de hoje: era a influência que derivava de sua condições físicas. Os meirinhos de hoje são homens como quaisquer outros; nada têm de imponentes, nem no seu semblante nem no seu trajar, confundem-se com qualquer procurador, escrevente de cartório ou contínuo de repartição.” (Manuel Antônio de Almeida, em Memórias de um sargento de milícias)
D
“Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde então a beleza selvática; suas ondas são calmas e serenas como as de um lago, e não se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam sobre elas: escravo submisso, sofre o látego senhor.” (José de Alencar, em O Guarani)
E
João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro.” (Aluísio de Azevedo, em O cortiço)
718335c3-33
IF-PE 2019 - Português - Parênteses, Pontuação

Os parênteses foram utilizados em “sempre vai ter um (meio de entretenimento) mais popular” (6º parágrafo) para

TEXTO 2


FRONTEIRAS ENTRE GAMES, LIVROS E CINEMA ESTÃO CADA VEZ MENORES 


  (1) Interatividade, pioneirismo e criação. Essas são as palavras-chave que designam os meios do videogame, do livro e do cinema, e que levam à seguinte conclusão: o entretenimento contemporâneo nunca esteve em tamanha sincronia. Economicamente, são três plataformas com distâncias pequenas (em determinadas vertentes, até opostas), e criativamente, em consonância, a trindade do entretenimento visual caminha para um mundo com fronteiras cada vez mais ínfimas.

  (2) Recentemente, o ministro da Cultura espanhol, José Guirao, apresentou um dado sucinto, mas reverberante: em menos de cinco anos, espera-se que o faturamento do país europeu em videogames ultrapasse a arrecadação do mercado literário. Atualmente, o setor editorial do país fatura cerca de 2 bilhões de euros por ano, já a indústria de videogames ficou com pouco mais de 700 milhões de euros em 2017. Por essa perspectiva, a diferença pode até parecer inalcançável, mas tudo muda se considerado que os 700 milhões de euros tinham como marca, no ano anterior, “apenas” 300 milhões, ou seja, o faturamento anual do mercado de videogames mais do que dobrou nas terras do Dom Quixote.

  (3) Em geral, a alta de arrecadamento da indústria do videogame mundo afora não é necessariamente uma novidade. O instituto de data base Steam apontou, ainda em maio do ano passado, que, em mídias digitais, os jogos de computadores já rendiam mais do que o streaming de vídeo, livros e música globalmente. E se, na vertente econômica, os números ditam a narrativa, criativamente, contudo, é mais difícil perceber na prática essa exclusão de fronteiras. Mas elas existem. E, para falar sobre isso, nada melhor do que ouvir quem trabalha todo dia nesses meios.

  (4) Felipe Dantas é um desenvolvedor de videogames e explica um fator chave que comunga os três meios de forma bem profunda: a narrativa. “Existem narrativas muitos fortes que ultrapassam qualquer meio. São enredos que funcionam não só nos filmes, mas também em livros e videogames. Ter essa boa narrativa é a principal forma de quebrar fronteiras”, afirma ele.

  (5) Bárbara Morais é uma autora brasiliense que vê essa quebra de fronteiras de uma maneira extremamente positiva: “É super interessante, eu acho que não existem mais barreiras, na verdade. Lembro que um dos meus jogos favoritos tinha uma enciclopédia de personagens e passos, e eu parava para ficar lendo, em um jogo! Eu amava. Eu acho que está tudo integrado, as ideias são contadas de várias formas diferentes e cada meio dá uma roupagem diferente para a história. Cada uma dessas obras acaba completando a outra”.

  (6) Mas existe o risco dos livros perderem público para outros meios? De acordo com a autora, não: “Eu acho que, querendo ou não, sempre vai ter um (meio de entretenimento) mais popular, eu não acho que um interfere na produtividade do outro, os meios e as formas de contar história são independentes e podem se manter”. Bárbara também deixa claro como reagiria caso uma de suas obras literárias fosse adaptada para outros meios: “Eu ia amar, mesmo que não fosse uma adaptação boa, ia popularizar meu trabalho; eu toparia, sim”.

  (7) Segundo o professor do departamento de comunicação da Universidade Católica de Brasília, Ciro Inácio Marcondes, a ideia de uma consciência “transmídia” não é algo novo, pelo contrário, já marca um fluxo de conhecimento da humanidade - “como desde o texto oral para os livros” -, mas, atualmente, ganha um panorama monetário: “Essa questão da intermidialização tem se proliferado no contexto da comunicação, e essas narrativas transmídias passam não só pelos meios que foram criados, mas, também, por redes sociais, marketing, e isso funciona, inclusive, como uma nova economia”.

  (8) Mas, afinal, o fim das fronteiras no entretenimento é para o bem ou para o mal? A questão principal dessa discussão não tem uma solução simples: “Eu, sinceramente, não consigo ter uma opinião qualitativa. É muito complexo “bater o martelo”. É um fenômeno que já acontece, o grande desafio é você marcar cada cultura com uma vertente, e a expectativa é isso aumentar, pois as mídias já são muito manipuláveis e isso não tem como mudar, é um circuito novo que já está aí”, conclui o acadêmico.


NUNES, Ronayre. Fronteiras entre games, livros e cinema estão cada vez menores.

Disponível Em:

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-earte/2019/02/24/interna_diversao_arte,739280/relacao-entre-games-e-filmes.shtml. Acesso em: 25 out. 2019

(adaptado).




A
inserir um comentário do autor do texto sobre o meio ao qual se referia.
B
explicar o significado de um termo, uma vez que “meio” pode ter mais de uma interpretação.
C
tornar o texto mais claro, expondo algo que ficou implícito na fala da entrevistada.
D
indicar a supressão de uma parte que foi dita pela entrevistada, mas que o jornalista omitiu.
E
transcrever a fala da entrevistada na íntegra.
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IF-PE 2019 - Português - Análise sintática, Sintaxe, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia

Sobre as relações sintático-semânticas estabelecidas entre os períodos do TEXTO 2, analise as proposições a seguir e assinale a alternativa CORRETA.

I. No trecho: “E se, na vertente econômica, os números ditam a narrativa, criativamente, contudo, é mais difícil perceber na prática essa exclusão de fronteiras” (3º parágrafo), a conjunção em destaque expressa a ideia de contraste.
II. Em: “São enredos que funcionam não só nos filmes, mas também em livros e videogames” (4º parágrafo), as conjunções coordenativas em destaque provocam uma alternância entre o que funciona nos filmes, nos livros e nos videogames.
III. Em: “Eu ia amar, mesmo que não fosse uma adaptação boa, ia popularizar meu trabalho” (6º parágrafo), a conjunção subordinativa destaca uma razão pela qual a autora Barbara Morais ficaria feliz caso uma de suas obras literárias fosse adaptada para outros meios, caracterizando uma oração explicativa.
IV. No trecho: “Segundo o professor do departamento de comunicação da Universidade Católica de Brasília, Ciro Inácio Marcondes, a ideia de uma consciência ‘transmídia’ não é algo novo” (7º parágrafo), o termo sublinhado expressa uma ideia de conformidade. V. No trecho: “essas narrativas transmídias passam não só pelos meios que foram criados, mas também por redes sociais” (7º parágrafo), as conjunções coordenativas destacadas expressam a ideia de adição.

Estão CORRETAS, apenas, as proposições

TEXTO 2


FRONTEIRAS ENTRE GAMES, LIVROS E CINEMA ESTÃO CADA VEZ MENORES 


  (1) Interatividade, pioneirismo e criação. Essas são as palavras-chave que designam os meios do videogame, do livro e do cinema, e que levam à seguinte conclusão: o entretenimento contemporâneo nunca esteve em tamanha sincronia. Economicamente, são três plataformas com distâncias pequenas (em determinadas vertentes, até opostas), e criativamente, em consonância, a trindade do entretenimento visual caminha para um mundo com fronteiras cada vez mais ínfimas.

  (2) Recentemente, o ministro da Cultura espanhol, José Guirao, apresentou um dado sucinto, mas reverberante: em menos de cinco anos, espera-se que o faturamento do país europeu em videogames ultrapasse a arrecadação do mercado literário. Atualmente, o setor editorial do país fatura cerca de 2 bilhões de euros por ano, já a indústria de videogames ficou com pouco mais de 700 milhões de euros em 2017. Por essa perspectiva, a diferença pode até parecer inalcançável, mas tudo muda se considerado que os 700 milhões de euros tinham como marca, no ano anterior, “apenas” 300 milhões, ou seja, o faturamento anual do mercado de videogames mais do que dobrou nas terras do Dom Quixote.

  (3) Em geral, a alta de arrecadamento da indústria do videogame mundo afora não é necessariamente uma novidade. O instituto de data base Steam apontou, ainda em maio do ano passado, que, em mídias digitais, os jogos de computadores já rendiam mais do que o streaming de vídeo, livros e música globalmente. E se, na vertente econômica, os números ditam a narrativa, criativamente, contudo, é mais difícil perceber na prática essa exclusão de fronteiras. Mas elas existem. E, para falar sobre isso, nada melhor do que ouvir quem trabalha todo dia nesses meios.

  (4) Felipe Dantas é um desenvolvedor de videogames e explica um fator chave que comunga os três meios de forma bem profunda: a narrativa. “Existem narrativas muitos fortes que ultrapassam qualquer meio. São enredos que funcionam não só nos filmes, mas também em livros e videogames. Ter essa boa narrativa é a principal forma de quebrar fronteiras”, afirma ele.

  (5) Bárbara Morais é uma autora brasiliense que vê essa quebra de fronteiras de uma maneira extremamente positiva: “É super interessante, eu acho que não existem mais barreiras, na verdade. Lembro que um dos meus jogos favoritos tinha uma enciclopédia de personagens e passos, e eu parava para ficar lendo, em um jogo! Eu amava. Eu acho que está tudo integrado, as ideias são contadas de várias formas diferentes e cada meio dá uma roupagem diferente para a história. Cada uma dessas obras acaba completando a outra”.

  (6) Mas existe o risco dos livros perderem público para outros meios? De acordo com a autora, não: “Eu acho que, querendo ou não, sempre vai ter um (meio de entretenimento) mais popular, eu não acho que um interfere na produtividade do outro, os meios e as formas de contar história são independentes e podem se manter”. Bárbara também deixa claro como reagiria caso uma de suas obras literárias fosse adaptada para outros meios: “Eu ia amar, mesmo que não fosse uma adaptação boa, ia popularizar meu trabalho; eu toparia, sim”.

  (7) Segundo o professor do departamento de comunicação da Universidade Católica de Brasília, Ciro Inácio Marcondes, a ideia de uma consciência “transmídia” não é algo novo, pelo contrário, já marca um fluxo de conhecimento da humanidade - “como desde o texto oral para os livros” -, mas, atualmente, ganha um panorama monetário: “Essa questão da intermidialização tem se proliferado no contexto da comunicação, e essas narrativas transmídias passam não só pelos meios que foram criados, mas, também, por redes sociais, marketing, e isso funciona, inclusive, como uma nova economia”.

  (8) Mas, afinal, o fim das fronteiras no entretenimento é para o bem ou para o mal? A questão principal dessa discussão não tem uma solução simples: “Eu, sinceramente, não consigo ter uma opinião qualitativa. É muito complexo “bater o martelo”. É um fenômeno que já acontece, o grande desafio é você marcar cada cultura com uma vertente, e a expectativa é isso aumentar, pois as mídias já são muito manipuláveis e isso não tem como mudar, é um circuito novo que já está aí”, conclui o acadêmico.


NUNES, Ronayre. Fronteiras entre games, livros e cinema estão cada vez menores.

Disponível Em:

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-earte/2019/02/24/interna_diversao_arte,739280/relacao-entre-games-e-filmes.shtml. Acesso em: 25 out. 2019

(adaptado).




A
II, III e V.
B
I, IV e V.
C
I, II, e IV.
D
I, II e III.
E
III, IV e V.
71867610-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Sobre as estratégias de coesão textual utilizadas no TEXTO 2, analise as proposições a seguir e assinale a alternativa CORRETA.

I. No 1º parágrafo, “plataformas” e “trindade do entretenimento visual” substituem “videogame, livro e cinema” e promovem a coesão lexical.
II. A dicotomia entre “vertente econômica” e “vertente criativa” é utilizada ao longo do texto para promover a coesão textual e restringir os assuntos sobre os quais o autor poderá abordar.
III. No 1º parágrafo, o pronome demonstrativo “essas” funciona como elemento remissivo que retoma as três palavras que iniciam o TEXTO 2, caracterizando a coesão referencial.
IV.A expressão “terras de Dom Quixote”, no 2º parágrafo, faz alusão à Espanha e promove, portanto, um processo coesivo através de uma perífrase.
V. No último parágrafo do TEXTO 2, o termo “acadêmico” retoma Ciro Inácio Marcondes, mencionado no 8º parágrafo, e promove a coesão por elipse, uma vez que o nome do professor é omitido.

Estão CORRETAS, apenas, as proposições

TEXTO 2


FRONTEIRAS ENTRE GAMES, LIVROS E CINEMA ESTÃO CADA VEZ MENORES 


  (1) Interatividade, pioneirismo e criação. Essas são as palavras-chave que designam os meios do videogame, do livro e do cinema, e que levam à seguinte conclusão: o entretenimento contemporâneo nunca esteve em tamanha sincronia. Economicamente, são três plataformas com distâncias pequenas (em determinadas vertentes, até opostas), e criativamente, em consonância, a trindade do entretenimento visual caminha para um mundo com fronteiras cada vez mais ínfimas.

  (2) Recentemente, o ministro da Cultura espanhol, José Guirao, apresentou um dado sucinto, mas reverberante: em menos de cinco anos, espera-se que o faturamento do país europeu em videogames ultrapasse a arrecadação do mercado literário. Atualmente, o setor editorial do país fatura cerca de 2 bilhões de euros por ano, já a indústria de videogames ficou com pouco mais de 700 milhões de euros em 2017. Por essa perspectiva, a diferença pode até parecer inalcançável, mas tudo muda se considerado que os 700 milhões de euros tinham como marca, no ano anterior, “apenas” 300 milhões, ou seja, o faturamento anual do mercado de videogames mais do que dobrou nas terras do Dom Quixote.

  (3) Em geral, a alta de arrecadamento da indústria do videogame mundo afora não é necessariamente uma novidade. O instituto de data base Steam apontou, ainda em maio do ano passado, que, em mídias digitais, os jogos de computadores já rendiam mais do que o streaming de vídeo, livros e música globalmente. E se, na vertente econômica, os números ditam a narrativa, criativamente, contudo, é mais difícil perceber na prática essa exclusão de fronteiras. Mas elas existem. E, para falar sobre isso, nada melhor do que ouvir quem trabalha todo dia nesses meios.

  (4) Felipe Dantas é um desenvolvedor de videogames e explica um fator chave que comunga os três meios de forma bem profunda: a narrativa. “Existem narrativas muitos fortes que ultrapassam qualquer meio. São enredos que funcionam não só nos filmes, mas também em livros e videogames. Ter essa boa narrativa é a principal forma de quebrar fronteiras”, afirma ele.

  (5) Bárbara Morais é uma autora brasiliense que vê essa quebra de fronteiras de uma maneira extremamente positiva: “É super interessante, eu acho que não existem mais barreiras, na verdade. Lembro que um dos meus jogos favoritos tinha uma enciclopédia de personagens e passos, e eu parava para ficar lendo, em um jogo! Eu amava. Eu acho que está tudo integrado, as ideias são contadas de várias formas diferentes e cada meio dá uma roupagem diferente para a história. Cada uma dessas obras acaba completando a outra”.

  (6) Mas existe o risco dos livros perderem público para outros meios? De acordo com a autora, não: “Eu acho que, querendo ou não, sempre vai ter um (meio de entretenimento) mais popular, eu não acho que um interfere na produtividade do outro, os meios e as formas de contar história são independentes e podem se manter”. Bárbara também deixa claro como reagiria caso uma de suas obras literárias fosse adaptada para outros meios: “Eu ia amar, mesmo que não fosse uma adaptação boa, ia popularizar meu trabalho; eu toparia, sim”.

  (7) Segundo o professor do departamento de comunicação da Universidade Católica de Brasília, Ciro Inácio Marcondes, a ideia de uma consciência “transmídia” não é algo novo, pelo contrário, já marca um fluxo de conhecimento da humanidade - “como desde o texto oral para os livros” -, mas, atualmente, ganha um panorama monetário: “Essa questão da intermidialização tem se proliferado no contexto da comunicação, e essas narrativas transmídias passam não só pelos meios que foram criados, mas, também, por redes sociais, marketing, e isso funciona, inclusive, como uma nova economia”.

  (8) Mas, afinal, o fim das fronteiras no entretenimento é para o bem ou para o mal? A questão principal dessa discussão não tem uma solução simples: “Eu, sinceramente, não consigo ter uma opinião qualitativa. É muito complexo “bater o martelo”. É um fenômeno que já acontece, o grande desafio é você marcar cada cultura com uma vertente, e a expectativa é isso aumentar, pois as mídias já são muito manipuláveis e isso não tem como mudar, é um circuito novo que já está aí”, conclui o acadêmico.


NUNES, Ronayre. Fronteiras entre games, livros e cinema estão cada vez menores.

Disponível Em:

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-earte/2019/02/24/interna_diversao_arte,739280/relacao-entre-games-e-filmes.shtml. Acesso em: 25 out. 2019

(adaptado).




A
I, II e IV.
B
I, II e V.
C
III, IV e V.
D
I, III e IV.
E
II, III e V.
717dd084-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Um texto é escrito de maneira mais formal ou menos formal para atender aos objetivos de sua produção, os quais costumam estar em consonância com a sua função social, bem como com os meios de circulação, entre outros aspectos. Sobre o tipo de registro utilizado para produzir o TEXTO 2, assinale a alternativa CORRETA.

TEXTO 2


FRONTEIRAS ENTRE GAMES, LIVROS E CINEMA ESTÃO CADA VEZ MENORES 


  (1) Interatividade, pioneirismo e criação. Essas são as palavras-chave que designam os meios do videogame, do livro e do cinema, e que levam à seguinte conclusão: o entretenimento contemporâneo nunca esteve em tamanha sincronia. Economicamente, são três plataformas com distâncias pequenas (em determinadas vertentes, até opostas), e criativamente, em consonância, a trindade do entretenimento visual caminha para um mundo com fronteiras cada vez mais ínfimas.

  (2) Recentemente, o ministro da Cultura espanhol, José Guirao, apresentou um dado sucinto, mas reverberante: em menos de cinco anos, espera-se que o faturamento do país europeu em videogames ultrapasse a arrecadação do mercado literário. Atualmente, o setor editorial do país fatura cerca de 2 bilhões de euros por ano, já a indústria de videogames ficou com pouco mais de 700 milhões de euros em 2017. Por essa perspectiva, a diferença pode até parecer inalcançável, mas tudo muda se considerado que os 700 milhões de euros tinham como marca, no ano anterior, “apenas” 300 milhões, ou seja, o faturamento anual do mercado de videogames mais do que dobrou nas terras do Dom Quixote.

  (3) Em geral, a alta de arrecadamento da indústria do videogame mundo afora não é necessariamente uma novidade. O instituto de data base Steam apontou, ainda em maio do ano passado, que, em mídias digitais, os jogos de computadores já rendiam mais do que o streaming de vídeo, livros e música globalmente. E se, na vertente econômica, os números ditam a narrativa, criativamente, contudo, é mais difícil perceber na prática essa exclusão de fronteiras. Mas elas existem. E, para falar sobre isso, nada melhor do que ouvir quem trabalha todo dia nesses meios.

  (4) Felipe Dantas é um desenvolvedor de videogames e explica um fator chave que comunga os três meios de forma bem profunda: a narrativa. “Existem narrativas muitos fortes que ultrapassam qualquer meio. São enredos que funcionam não só nos filmes, mas também em livros e videogames. Ter essa boa narrativa é a principal forma de quebrar fronteiras”, afirma ele.

  (5) Bárbara Morais é uma autora brasiliense que vê essa quebra de fronteiras de uma maneira extremamente positiva: “É super interessante, eu acho que não existem mais barreiras, na verdade. Lembro que um dos meus jogos favoritos tinha uma enciclopédia de personagens e passos, e eu parava para ficar lendo, em um jogo! Eu amava. Eu acho que está tudo integrado, as ideias são contadas de várias formas diferentes e cada meio dá uma roupagem diferente para a história. Cada uma dessas obras acaba completando a outra”.

  (6) Mas existe o risco dos livros perderem público para outros meios? De acordo com a autora, não: “Eu acho que, querendo ou não, sempre vai ter um (meio de entretenimento) mais popular, eu não acho que um interfere na produtividade do outro, os meios e as formas de contar história são independentes e podem se manter”. Bárbara também deixa claro como reagiria caso uma de suas obras literárias fosse adaptada para outros meios: “Eu ia amar, mesmo que não fosse uma adaptação boa, ia popularizar meu trabalho; eu toparia, sim”.

  (7) Segundo o professor do departamento de comunicação da Universidade Católica de Brasília, Ciro Inácio Marcondes, a ideia de uma consciência “transmídia” não é algo novo, pelo contrário, já marca um fluxo de conhecimento da humanidade - “como desde o texto oral para os livros” -, mas, atualmente, ganha um panorama monetário: “Essa questão da intermidialização tem se proliferado no contexto da comunicação, e essas narrativas transmídias passam não só pelos meios que foram criados, mas, também, por redes sociais, marketing, e isso funciona, inclusive, como uma nova economia”.

  (8) Mas, afinal, o fim das fronteiras no entretenimento é para o bem ou para o mal? A questão principal dessa discussão não tem uma solução simples: “Eu, sinceramente, não consigo ter uma opinião qualitativa. É muito complexo “bater o martelo”. É um fenômeno que já acontece, o grande desafio é você marcar cada cultura com uma vertente, e a expectativa é isso aumentar, pois as mídias já são muito manipuláveis e isso não tem como mudar, é um circuito novo que já está aí”, conclui o acadêmico.


NUNES, Ronayre. Fronteiras entre games, livros e cinema estão cada vez menores.

Disponível Em:

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-earte/2019/02/24/interna_diversao_arte,739280/relacao-entre-games-e-filmes.shtml. Acesso em: 25 out. 2019

(adaptado).




A
Por ter sido veiculado em um jornal, o TEXTO 2 é escrito na norma culta da língua e não possui coloquialidades, uma vez que esse tipo de registro seria impróprio para o seu contexto de circulação.
B
No 6º parágrafo do TEXTO 2, o uso da forma “ia”, por duas vezes, em vez de “iria”, aproxima o texto da oralidade e caracteriza uma linguagem informal.
C
A utilização de palavras como “reverberante” (2º parágrafo) e “transmídia” (7º parágrafo) conferem ao texto uma linguagem rebuscada, própria da variedade na qual foi escrito.
D
Expressões como “toparia” (6º parágrafo), “bater o martelo” e “aí” (8º parágrafo), caracterizam uma linguagem informal, imprópria para o TEXTO 2, que é acadêmico.
E
O TEXTO 2 é acadêmico e, portanto, escrito na variedade formal da língua, o que é comprovado pela citação da fala de um professor universitário no 7º parágrafo.
7178db55-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O TEXTO 1 explicita alguns dos benefícios da leitura. Considerando esses benefícios e outros oriundos do hábito de ler, analise as alternativas a seguir e assinale aquela que NÃO apresenta claramente um desses benefícios.

TEXTO 1


LER NOS TORNA MAIS FELIZES


  (1) “A leitura nos torna mais felizes e nos ajuda a enfrentar melhor a nossa existência. Os leitores vivem mais contentes e satisfeitos do que os não leitores, e são, em geral, menos agressivos e mais otimistas”. A afirmação é dos responsáveis por uma análise efetuada recentemente pela Universidade de Roma III a partir de entrevistas com 1.100 pessoas. Aplicando índices como o da medição da felicidade de Vennhoven e escalas como a Diener para medir o grau de satisfação com a vida, os pesquisadores chegaram a essas conclusões, que demonstram, como afirma Nuccio Ordine, autor do manifesto “A Utilidade do Inútil”, que “alimentar o espírito pode ser tão importante quanto alimentar o corpo”. E que precisamos, bem mais do que se imagina, dessas experiências e conhecimentos que não se traduzem em benefícios econômicos.

  (2) Como nos sentimos e quais mudanças experimentamos ao mergulhar em uma história? Há um efeito transformador? Os protagonistas das ficções nos levam a que enxerguemos as nossas contradições e os nossos desejos? Fazem com que nos recordemos de coisas essenciais, talvez esquecidas?

  (3) A ciência possui cada vez mais recursos para responder a essas perguntas. Artigos publicados em revistas especializadas expõem resultados de ressonâncias magnéticas que revelam a alta conectividade que se estabelece no sulco central do cérebro, região do motor sensorial primário, e no córtex temporal esquerdo, área associada à linguagem, enquanto lemos um livro e depois de acabá-lo. 

  (4) O estresse se reduz e a inteligência emocional sai ganhando, assim como o desenvolvimento psicossocial, o autoconhecimento e o cultivo da empatia, segundo uma equipe de neurocientistas da Universidade de Emory, em Atlanta, que monitoraram as reações de 21 estudantes durante 19 dias seguidos. A leitura pode até mesmo alterar comportamentos por meio da identificação com os protagonistas das histórias lidas, defende Keith Oatley, romancista e professor de Psicologia Cognitiva da Universidade de Toronto. 

  (5) “É muito custoso, para nós, colocarmo-nos no lugar do outro no dia a dia, mas quantas vezes já não nos colocamos na pele de um personagem de romance? Criamos uma empatia com ele e isso nos ajuda a compreender melhor os sinais emitidos pelos outros”, argumenta Antonella Fayer, psicóloga e coach especializada no desenvolvimento da liderança, para quem “as lições sobre dilemas morais e emocionais que encontramos na literatura são necessárias para todas as pessoas, e, muito especialmente, para aquelas que estão convencidas de que não têm tempo. Seria conveniente para elas se conseguissem parar um pouco e fazer leituras para melhorar a sua compreensão dos outros”, assinala Fayer, fazendo uma alusão às palavras de Alan Brew, ex-editor do Financial Times: “Ler os grandes autores faz de você uma pessoa mais bem preparada para tomar decisões criativas, interessantes e educadas”.

  (6) O convencimento quanto aos benefícios gerados pela leitura é o que move a School of Life, um centro londrino de biblioterapia que prescreve livros para ajudar na superação de conflitos (rupturas, disputas etc). Como diz o filósofo Santiago Alba Rico - autor de “Leer con niños” (Ler com crianças), um ensaio que estimula nos pais o prazer de compartilhar histórias com seus filhos -, a leitura, como a paixão, é um “vício virtuoso”. Quando conhecemos o bem que ela nos proporciona, não conseguimos deixar de praticá-la. Voltemo-nos, portanto, para a literatura, como convidava Cortázar, “como se vai aos encontros mais essenciais da existência, como se vai ao encontro do amor e, às vezes, da morte, sabendo que fazem parte de um todo indissolúvel, e que um livro começa e termina muito antes e muito depois de sua primeira e de sua última página”.


RODRÍGUEZ, Emma. Ler nos torna mais felizes. Disponível em:

<https://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/22/eps/1453483676_726569.html>. Acesso em: 19 out. 2019 (adaptado).

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