Questõesde IF-MT 2018

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Foram encontradas 47 questões
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IF-MT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Texto V: base para a questão.


                              Epitáfio para um banqueiro

                                            NEGÓCIO

                                              EGO 

                                                    ÓCIO

                                                       CIO

                                                         O

                                                            (José Paulo Paes)


No texto há uma relação semântica (significado) do título com o conteúdo propriamente dito. Assim, da leitura do poema em destaque, podemos apreender que:


I - O eu-lírico explora, ao máximo, a decomposição do significante da palavra negócio em ego, ócio, cio, 0 (zero), porém elas não se relacionam com a ideia de epitáfio.

II - As palavras estão relacionadas com o epitáfio, ou seja, a homenagem post mortem dada a alguém, no caso o banqueiro, que sintetiza o seu estilo de vida passada.

III - Podemos entender que, para o eu-lírico, os negócios de um banqueiro são formados pelo ego (individualismo do mundo dos negócios), ócio (típicos daqueles que especulam, não produzem e se fartam nas inutilidades), cio (libertinagem sexual) e o zero (o valor do capital do banqueiro após a morte), ou seja: negócios + individualismo + ociosidade + sexo = 0.


Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):

A
I e II, somente.
B
I e III, somente.
C
II e III, somente.
D
III, somente.
E
Todos estão corretos.
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IF-MT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O protagonista é convencido, de maneira absoluta, de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível, quando:

Texto IV: base para a questão.


                          Um homem de consciência


      Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

      Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.

      Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.

      — Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons - agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está acabando...

      João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.

      — É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.

      Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada...

      Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!...

    João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada, botou-as num burro, montou no seu cavalo magro e partiu.

     — Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?

     — Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.

— Mas, como? Agora que você está delegado?

— Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus. E sumiu."

(Monteiro Lobato, CIDADES MORTAS. 12a Edição. São Paulo, Editora Brasiliense, 1965)

A
Recebe a notícia de que iria se tornar delegado.
B
Há o desaparecimento visível de sua Itaoca.
C
Percebe que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.
D
Nem circo de cavalinhos aparecia mais em Itaoca.
E
Itaoca perde seus advogados e médicos.
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IF-MT 2018 - Literatura - Vanguardas Europeias, Escolas Literárias, Romantismo

Podemos reconhecer no conto elementos que o inserem no:


I - Modernismo, cujo projeto era o desejo de revelar o "verdadeiro" Brasil para o brasileiro, numa perspectiva não idealizada.

II - Pré-modernismo, pois há um diálogo concomitante com as estruturas estéticas do passado (como o Realismo) e as de renovação que estavam para surgir (como o Modernismo).

III - Romantismo, pois a descrição de Itaoca, cidade do interior de São Paulo, segue os parâmetros do regionalismo dessa estética literária.


A partir das assertivas acima, julgue-as e marque a alternativa correta.

Texto IV: base para a questão.


                          Um homem de consciência


      Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

      Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.

      Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.

      — Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons - agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está acabando...

      João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.

      — É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.

      Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada...

      Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!...

    João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada, botou-as num burro, montou no seu cavalo magro e partiu.

     — Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?

     — Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.

— Mas, como? Agora que você está delegado?

— Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus. E sumiu."

(Monteiro Lobato, CIDADES MORTAS. 12a Edição. São Paulo, Editora Brasiliense, 1965)

A
Somente I e II são verdadeiras.
B
Somente II e III são verdadeiras.
C
Somente II é verdadeira.
D
Somente I e III são verdadeiras.
E
Somente a III é verdadeira.
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IF-MT 2018 - Literatura - Simbolismo, Parnasianismo, Escolas Literárias

Ao lermos o texto 3, percebemos diferenças e pontos de contato em relação ao texto 2, tanto na forma quanto no conteúdo. Isso se explicita, pois:


I - Em ambos se mantém uma estrutura poética formal em consonância com os modelos clássicos da literatura: versos decassílabos, rimas regulares, valorização de um estilo rebuscado sob os aspectos linguísticos.

II - Os pontos que diferem estão inseridos na temática.

III - No texto 2, a temática é calcada na observação pura e simples de um objeto de arte, o que provoca o distanciamento do eu-lírico para questões mais profundas da existência humana; no texto 3, tal fato não ocorre, pois nele o eu-lírico desnuda e se aprofunda em um dos grandes temas da humanidade: a vida e a morte.


A partir das assertivas acima, julgue-as e marque a alternativa correta.

Texto II e III: base para a questão.


                   VASO GREGO

                        (Texto 2)

Esta de áureos relevos, trabalhada

De divas mãos, brilhante copa, um dia,

Já de ais deuses servir como cansada,

Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.


Era o poeta de Teos que a suspendia

Então, e, ora repleta ora esvasada,

A taça amiga aos dedos seus tinia,

Toda de roxas pétalas colmada.


Depois...Mas o lavor da taça admira,

Toca-a, e de ouvido aproximando-a, às bordas

Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,


Ignota voz, qual se da antiga lira

Fosse a encantada música das cordas,

Qual se fosse a voz de Anacreonte fosse.

(Alberto de Oliveira) 


            CÁRCERE DAS ALMAS

                        (Texto3)

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,

Soluçando nas trevas, entre as grades

Do calabouço olhando imensidades,

Mares, estrelas, tardes, natureza.


Tudo se veste de uma igual grandeza

Quando a alma entre grilhões as liberdades

Sonha e sonhando, as imortalidades

Rasga no etéreo Espaço da Pureza.


Ó almas presas, mudas e fechadas

Nas prisões colossais e abandonadas,

Da Dor no calabouço atroz, funéreo!


Nesses silêncios solitários, graves,

Que chaveiro do Céu possui as chaves

Para abrir-vos as portas do Mistério?! 

(Cruz e Souza)

A
Somente I e II são verdadeiras.
B
Somente II e III são verdadeiras.
C
Somente III é verdadeira.
D
Somente I e III são verdadeiras.
E
Todas as afirmativas são verdadeiras.
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IF-MT 2018 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

As marcas narrativas presentes no texto são características da preponderância do discurso:

Texto IV: base para a questão.


                          Um homem de consciência


      Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.

      Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.

      Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.

      — Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons - agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está acabando...

      João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.

      — É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.

      Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada...

      Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado - e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!...

    João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada, botou-as num burro, montou no seu cavalo magro e partiu.

     — Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?

     — Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.

— Mas, como? Agora que você está delegado?

— Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus. E sumiu."

(Monteiro Lobato, CIDADES MORTAS. 12a Edição. São Paulo, Editora Brasiliense, 1965)

A
direto.
B
indireto.
C
indireto livre.
D
expositivo.
E
injuntivo.
b85bc100-10
IF-MT 2018 - Literatura - Parnasianismo, Escolas Literárias

Ao examinarmos a história da arte e da literatura, veremos que ela se constrói em ciclos, ou seja, o novo, muitas vezes, não passa de algo mais velho, só que revestido de uma linguagem diferente. O Parnasianismo no Brasil, surgido na década de 80 do século XIX, ilustra bem esse processo. De acordo com o texto 3, pode-se destacar algumas características de forma e conteúdo que justificam a inserção dele naquela estética literária, com exceção de:

Texto II e III: base para a questão.


                   VASO GREGO

                        (Texto 2)

Esta de áureos relevos, trabalhada

De divas mãos, brilhante copa, um dia,

Já de ais deuses servir como cansada,

Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.


Era o poeta de Teos que a suspendia

Então, e, ora repleta ora esvasada,

A taça amiga aos dedos seus tinia,

Toda de roxas pétalas colmada.


Depois...Mas o lavor da taça admira,

Toca-a, e de ouvido aproximando-a, às bordas

Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,


Ignota voz, qual se da antiga lira

Fosse a encantada música das cordas,

Qual se fosse a voz de Anacreonte fosse.

(Alberto de Oliveira) 


            CÁRCERE DAS ALMAS

                        (Texto3)

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,

Soluçando nas trevas, entre as grades

Do calabouço olhando imensidades,

Mares, estrelas, tardes, natureza.


Tudo se veste de uma igual grandeza

Quando a alma entre grilhões as liberdades

Sonha e sonhando, as imortalidades

Rasga no etéreo Espaço da Pureza.


Ó almas presas, mudas e fechadas

Nas prisões colossais e abandonadas,

Da Dor no calabouço atroz, funéreo!


Nesses silêncios solitários, graves,

Que chaveiro do Céu possui as chaves

Para abrir-vos as portas do Mistério?! 

(Cruz e Souza)

A
Estrutura formal que remonta aos clássicos com predileção pelo soneto.
B
Preciosismo vocabular.
C
Arte pela arte.
D
Descritivismo e subjetividade.
E
Valorização da cultura greco-romana.
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IF-MT 2018 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Texto I:



Com base na leitura da charge e de acordo com seus conhecimentos literários, podemos aproximá-la à estética:

A
Romântica, pois dialoga com uma visão de mundo idealizada, tendo a natureza como cenário para esse fim.
B
Árcade, pois dialoga com uma de suas tendências, o fugere urbem, tendo a natureza como seu "pano de fundo".
C
Realista, pois dialoga com o cientificismo do século XIX, em que a natureza deveria ser duramente observada e analisada.
D
Simbolista, pois a natureza é apresentada de modo subjetivo, místico e imaginado.
E
Moderna, pois a natureza, apesar de idealizada em um primeiro momento, é desconstruída em relação a sua representação tradicional.