Questõesde UNESP sobre História

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Foram encontradas 235 questões
ff7825fb-0a
UNESP 2018 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu durante os anos 1970 e 1980

A
contribuiu para a queda do regime cívico-militar brasileiro, depois que a imprensa denunciou grandes desvios de verbas da obra.
B
assegurou a autonomia energética definitiva de Argentina e Paraguai, países que participaram do projeto e se beneficiaram com sua execução.
C
permitiu o restabelecimento das relações diplomáticas entre Argentina, Brasil e Paraguai, rompidas desde a Guerra do Paraguai.
D
proporcionou a consolidação das hegemonias argentina e brasileira no comércio e no controle político da região do Rio da Prata.
E
foi uma iniciativa conjunta dos governos militares do Brasil e do Paraguai, que teve forte impacto geoestratégico na região do Rio da Prata.
ff65bb10-0a
UNESP 2018 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

É particularmente no Oeste da província de São Paulo – o Oeste de 1840, não o de 1940 – que os cafezais adquirem seu caráter próprio, emancipando-se das formas de exploração agrária estereotipadas desde os tempos coloniais no modelo clássico da lavoura canavieira e do “engenho” de açúcar. A silhueta antiga do senhor de engenho perde aqui alguns dos seus traços característicos, desprendendo-se mais da terra e da tradição – da rotina rural. A terra de lavoura deixa então de ser o seu pequeno mundo para se tornar unicamente seu meio de vida, sua fonte de renda […].

(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1987.)

O “caráter próprio” das fazendas de café do Oeste paulista de 1840 pode ser explicado, em parte, pelo

A
menor isolamento dessas fazendas em relação aos meios urbanos.
B
emprego exclusivo de mão de obra imigrante e assalariada.
C
desaparecimento das práticas de mandonismo local.
D
maior volume de produção de mantimentos nessas fazendas.
E
esforço de produzir prioritariamente para o mercado interno.
ff69567f-0a
UNESP 2018 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIX


O mapa representa a divisão da África no final do século XIX. Essa divisão

A
persistiu até a vitória dos movimentos de descolonização da África, ocorridos nas duas primeiras décadas do século XX.
B
foi rejeitada pelos países participantes da Conferência de Berlim, em 1885, por considerarem que privilegiava os interesses britânicos.
C
incluiu áreas conquistadas por europeus tanto durante a expansão marítima dos séculos XV-XVI quanto no expansionismo dos séculos XVIII-XIX.
D
foi determinada após negociação entre povos africanos e países europeus, durante o Congresso Pan-Africano de Londres, em 1890.
E
restabeleceu a divisão original dos povos africanos, que havia sido desrespeitada durante a colonização europeia dos séculos XV-XVIII.
ff61f9e0-0a
UNESP 2018 - História - História Geral, Revolução Industrial

Um homem transporta o fio metálico, outro endireita-o, um terceiro corta-o, um quarto aguça a extremidade, um quinto prepara a extremidade superior para receber a cabeça; para fazer a cabeça são precisas duas ou três operações distintas; colocá-la constitui também uma tarefa específica, branquear o alfinete, outra; colocar os alfinetes sobre o papel da embalagem é também uma tarefa independente. [...] Tive ocasião de ver uma pequena fábrica deste tipo, em que só estavam empregados dez homens, e onde alguns deles, consequentemente, realizavam duas ou três operações diferentes. Mas, apesar de serem muito pobres, e possuindo apenas a maquinaria estritamente necessária, [...] conseguiam produzir mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia. Se dividirmos esse trabalho pelo número de trabalhadores, poderemos considerar que cada um deles produz quatro mil e oitocentos alfinetes por dia; mas se trabalhassem separadamente uns dos outros, e sem terem sido educados para este ramo particular de produção, não conseguiriam produzir vinte alfinetes, nem talvez mesmo um único alfinete por dia.


(Adam Smith. Investigação sobre a natureza
e as causas da riqueza das nações, 1984.)

O texto, originalmente publicado em 1776, demonstra


A
o avanço tecnológico representado pelo surgimento da fábrica na Inglaterra, relacionando a riqueza com o aprimoramento científico e o trabalho simultâneo de milhares de operários.
B
o crescimento do mercado consumidor e a maior velocidade na distribuição das mercadorias inglesas, destacando o vínculo entre riqueza e uma boa relação entre oferta e procura.
C
a força crescente dos sindicatos e das federações de trabalhadores na Inglaterra, enfatizando o princípio marxista de que apenas o trabalho permite a geração de riqueza.
D
a produtividade do artesanato e o conhecimento da totalidade do processo produtivo pelos trabalhadores ingleses, relacionando a noção de riqueza ao acúmulo de metais nobres.
E
a disciplina no trabalho e o parcelamento de tarefas presentes nas manufaturas e fábricas inglesas, associando o crescimento da riqueza à produtividade do trabalho.
ff5b17f9-0a
UNESP 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, quando se celebra a invenção da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e por esta causa pôs nome à terra que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por este nome foi conhecida muitos anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz perdeu todo o domínio que tinha sobre os homens, receando perder também o muito que tinha em os desta terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau assim chamado de cor abrasada e vermelha com que tingem panos [...].

(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza.
O Diabo e a Terra de Santa Cruz, 1986. Adaptado.)

O texto revela que

A
a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o processo de conquista e colonização do Brasil.
B
um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil orientou as ações dos mercadores portugueses.
C
os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo Mundo sempre respeitaram motivações e princípios religiosos.
D
o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do protestantismo nas terras do Novo Mundo.
E
uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais existentes nas terras conquistadas.
ff50a9dd-0a
UNESP 2018 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

– São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...]

– Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua cidade?

(Platão. A República, 1987.)


O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza

A
a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da racionalidade.
B
a organização da pólis e sustenta a existência de um governo baseado na justiça e na sabedoria.
C
o caráter aristocrático da pólis durante o período das tiranias em Atenas e defende o princípio da igualdade social.
D
a estruturação social da pólis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período de Clístenes.
E
a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da militarização espartana.
ff542c59-0a
UNESP 2018 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Por muitíssimo tempo escreveu-se a história sem se preocupar com as mulheres. No século XII assim como hoje, masculino e feminino não andam um sem o outro. As damas de Guînes e as damas de Ardres tiveram todas por marido um ás da guerra, senhor de uma fortaleza que seu mais remoto ancestral havia edificado.

(Georges Duby. Damas do século XII:
a lembrança das ancestrais, 1997. Adaptado.)

O texto trata de relações desenvolvidas num meio social específico, durante a Idade Média ocidental. Nele,

A
as mulheres passavam a maior parte de seu tempo nas igrejas, o que incluía o trabalho de orientação religiosa, e os homens atravessavam as noites em tabernas e restaurantes.
B
os homens controlavam os espaços públicos, o que incluía as ações militares, e as mulheres, confinadas ao espaço doméstico, eram associadas à maternidade e, ocasionalmente, à santidade.
C
os homens responsabilizavam-se pelos assuntos culturais, o que incluía a instrução dos filhos, e as mulheres dedicavam-se ao preparo das refeições cotidianas e, ocasionalmente, de banquetes.
D
as mulheres eram obrigadas a pagar impostos, o que incluía o dízimo, e os homens, livres de qualquer tributo, conseguiam acumular mais bens e, ocasionalmente, enriquecer.
E
os homens dedicavam-se ao comércio, o que incluía deslocamentos para regiões afastadas de casa, e as mulheres incumbiam-se do trabalho nas lavouras e, ocasionalmente, na forja de metais.
ff57b54e-0a
UNESP 2018 - História - História da América Latina, Civilizações Pré-Colombianas: Maias, Aztecas e Incas

Outra prática comum aos povos mesoamericanos foi a construção de cidades. [...] As cidades mesoamericanas também serviam para dar identidade grupal aos seus habitantes, ou seja, as pessoas se reconheciam como pertencentes a tal cidade e não como “indígena”, termo que começou a ser utilizado pelos espanhóis para referir-se aos milhares de grupos que se [...] autodenominavam mexicas, cholutecas, tlaxcaltecas, dependendo da cidade que habitavam.

(Eduardo Natalino dos Santos.
Cidades pré-hispânicas do México e da América Central, 2004.)

As cidades existentes na América Central e no México no período pré-colombiano

A
foram objeto de disputa entre lideranças indígenas e conquistadores espanhóis, pois eram situadas em áreas próximas ao litoral.
B
eram centros comerciais, políticos e religiosos que contribuíam para a caracterização e diferenciação dos habitantes da região.
C
eram espaços dedicados essencialmente a cultos religiosos monoteístas, que asseguravam a unificação identitária dos povos da região.
D
eram as capitais de grandes unidades políticas e sociais, e seus governantes buscavam a homogeneização dos povos indígenas da região.
E
foram conservadas quase integralmente até os dias de hoje, graças às preocupações preservacionistas dos colonizadores espanhóis.
328d6d9d-58
UNESP 2018 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

A Proclamação da República, em 1889,

O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República era a maior cidade do país, com mais de 500 mil habitantes. Capital política e administrativa, estava em condições de ser também, pelo menos em tese, o melhor terreno para o desenvolvimento da cidadania. Desde a independência e, particularmente, desde o início do Segundo Reinado, quando se deu a consolidação do governo central e da economia cafeeira na província adjacente, a cidade passou a ser o centro da vida política nacional. O comportamento político de sua população tinha reflexos imediatos no resto do país. A Proclamação da República é a melhor demonstração dessa afirmação.

                                    (José Murilo de Carvalho. Os bestializados, 1987.)

A
expressou a interferência norte-americana e reduziu a influência britânica nos assuntos internos do país.
B
teve forte participação dos sindicatos operários da capital e ampliou os direitos de cidadania no Brasil.
C
representou o fim da hegemonia das elites cafeeiras e açucareiras na condução da política brasileira.
D
foi rejeitada e combatida militarmente pelos principais clérigos católicos no Brasil e no exterior.
E
resultou da ação de um setor das forças armadas e contou com o apoio de grupos políticos da capital.
328a2e0c-58
UNESP 2018 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O texto afirma que a consolidação do Rio de Janeiro como “o centro da vida política nacional” ocorreu com

O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República era a maior cidade do país, com mais de 500 mil habitantes. Capital política e administrativa, estava em condições de ser também, pelo menos em tese, o melhor terreno para o desenvolvimento da cidadania. Desde a independência e, particularmente, desde o início do Segundo Reinado, quando se deu a consolidação do governo central e da economia cafeeira na província adjacente, a cidade passou a ser o centro da vida política nacional. O comportamento político de sua população tinha reflexos imediatos no resto do país. A Proclamação da República é a melhor demonstração dessa afirmação.

                                    (José Murilo de Carvalho. Os bestializados, 1987.)

A
a reunião dos órgãos administrativos na capital e o fechamento das assembleias provinciais.
B
a proclamação da independência política e a implantação do regime republicano no país.
C
a concentração do poder nas mãos do imperador e a ascensão econômica de São Paulo.
D
o declínio da economia açucareira nordestina e o início da exploração do ouro nas Minas Gerais.
E
o crescimento populacional da capital e a democratização política no Segundo Reinado.
32870935-58
UNESP 2018 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil

A primeira Constituição brasileira, de 1824, foi

A
aprovada pela Câmara dos Deputados e estabeleceu o voto censitário.
B
imposta por Portugal e determinou o monopólio português do comércio colonial.
C
outorgada pelo imperador e definiu a existência de quatro poderes.
D
promulgada por uma Assembleia Constituinte e concentrou a autoridade no Poder Executivo.
E
determinada pela Inglaterra e estabeleceu o fim do tráfico de escravos.
3283b722-58
UNESP 2018 - História - Construção do Estado Liberal: Revolução Francesa, História Geral


A gravura representa a marcha de mulheres revolucionárias até o palácio real de Versalhes em 5 de outubro de 1789. A participação das mulheres na Revolução Francesa

A
levou à conquista do direito de voto, porém não do direito de exercer cargos executivos no novo governo francês.
B
teve ressonância parcial nas decisões políticas, pois apenas as mulheres da alta burguesia envolveram-se nos protestos políticos e civis.
C
foi notável nas manifestações e clubes políticos, porém seus direitos políticos e sociais não foram ampliados significativamente.
D
originou a igualdade de direitos civis em relação aos homens após a proclamação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
E
diminuiu bastante após os conflitos e a violência generalizada que marcaram a tomada da Bastilha.
327215a9-58
UNESP 2018 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

A era feudal tinha legado às sociedades que a seguiram a cavalaria, cristalizada em nobreza. [...] Até nas nossas sociedades, em que morrer pela sua terra deixou de ser monopólio de uma classe ou profissão, o sentimento persistente de uma espécie de supremacia moral ligada à função do guerreiro profissional — atitude tão estranha a outras civilizações, tal como a chinesa — permanece uma lembrança da divisão operada, no começo dos tempos feudais, entre o camponês e o cavaleiro.

(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987. Adaptado.)


Segundo o texto, a valorização da ação militar

A
representa a continuidade da estrutura social originária da Idade Média.
B
ultrapassa as barreiras de classe social, igualando os homens medievais.
C
deriva da associação, surgida na Idade Média, entre nobres e cavaleiros.
D
surgiu na Idade Média e é desconhecida nas sociedades modernas.
E
revela a identificação medieval de quem trabalhava com quem lutava.
32797a8a-58
UNESP 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

De acordo com o texto,

      As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando a geografia, as condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas, os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam pessoas que chegavam às praias, levando-as para os navios para serem vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, seguidores das leis de Maomé, considerados inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os povos encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos, mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no entender dos portugueses da época também podiam ser escravizados, pois ao se converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas na vida além desta.

                        (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

A
a motivação da conquista europeia da África foi essencialmente religiosa, destituída de caráter econômico.
B
os líderes políticos africanos apoiavam a catequização dos povos nativos pelos conquistadores europeus.
C
os africanos aceitavam a escravização e não resistiam à presença europeia no continente.
D
os povos africanos reconheciam a ação europeia no continente como uma cruzada religiosa e moral.
E
a escravização foi muitas vezes justificada pelos europeus como uma forma de redimir e salvar os africanos.
327cdc6e-58
UNESP 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Na colônia, a justiça era exercida por toda uma gama de funcionários a serviço do rei. A violência, a coerção e a arbitrariedade foram suas principais características. [...]

Nas regiões em que a presença da Coroa era mais distante, os grandes proprietários de terras exerciam considerável autoridade administrativa e judicial. No sertão, os potentados impunham seus interesses à população livre.

(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.)


Ao analisar o aparato judiciário no Brasil Colonial, o texto

A
identifica a isonomia e a impessoalidade na administração da justiça e seu embasamento no direito romano.
B
explicita a burocratização do sistema jurídico nacional e reconhece sua eficácia no controle interno.
C
indica o descompasso entre as determinações da Coroa portuguesa e os interesses pessoais dos governadores-gerais.
D
distingue o sistema oficial da dinâmica local e atesta o prevalecimento de ações autoritárias em ambas.
E
diferencia as funções do Poder Judiciário e do Poder Executivo e caracteriza a ação autônoma e independente de ambos.
3275f9ec-58
UNESP 2018 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIX

O texto caracteriza

      As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando a geografia, as condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas, os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam pessoas que chegavam às praias, levando-as para os navios para serem vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, seguidores das leis de Maomé, considerados inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os povos encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos, mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no entender dos portugueses da época também podiam ser escravizados, pois ao se converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas na vida além desta.

                        (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

A
o mercado atlântico de africanos escravizados em seu período de maior intensidade e o controle do tráfico pelas Companhias de Comércio.
B
o avanço gradual da presença europeia na África e a conformação de um modelo de exploração da natureza e do trabalho.
C
as estratégias da colonização europeia e a sua busca por uma exploração sustentável do continente africano.
D
o caráter laico do Estado português e as suas ações diplomáticas junto aos reinos e às sociedades organizadas da África.
E
o pioneirismo português na expansão marítima e a concentração de sua atividade exploradora nas áreas centrais do continente africano.
32803b1a-58
UNESP 2018 - História - História Geral, Renascimento Científico, Artístico e Cultural

Ainda hoje a palavra Renascimento evoca a ideia de uma época dourada e de homens libertos dos constrangimentos sociais, religiosos e políticos do período precedente. Nessa “época dourada”, o individualismo, o paganismo e os valores da Antiguidade Clássica seriam cultuados, dando margem ao florescimento das artes e à instalação do homem como centro do universo.

(Tereza Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995. Adaptado.)


O texto refere-se a uma concepção acerca do Renascimento cultural dos séculos XV e XVI que

A
projeta uma visão negativa da Idade Média e identifica o Renascimento como a origem de valores ainda hoje presentes.
B
estabelece a emergência do teocentrismo e reafirma o poder tutelar da Igreja Católica Romana.
C
caracteriza a história da arte e do pensamento como desprovida de rupturas e marcada pela continuidade nas propostas estéticas.
D
valoriza a produção artística anterior a esse período e identifica o Renascimento como um momento de declínio da criatividade humana.
E
afirma o vínculo direto das invenções e inovações tecnológicas do período com o pensamento mítico da Antiguidade.
3393d2f1-1b
UNESP 2017 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

Em meados da década de 1970, as condições externas que haviam sustentado o sucesso econômico do regime militar sofreram alterações profundas.

(Tania Regina de Luca. Indústria e trabalho na história do Brasil, 2001.)


As condições externas que embasaram o sucesso econômico do regime militar e as alterações que sofreram em meados da década de 1970 podem ser exemplificadas, respectivamente,

A
pelos investimentos oriundos dos países do Leste europeu e pelo aumento gradual dos preços em dólar das mercadorias importadas.
B
pela ampla disponibilidade de capitais para empréstimos a juros baixos e pelo aumento súbito do custo de importação do petróleo.
C
pelos esforços norte-americanos de ampliar sua intervenção econômica na América Latina e pela redução acelerada da dívida externa brasileira.
D
pela ampliação da capacidade industrial dos demais países latino-americanos e pelo crescimento das taxas internacionais de juros.
E
pela exportação de tecnologia brasileira de informática e pela recessão econômica enfrentada pelas principais potências do Ocidente.
338a8dd8-1b
UNESP 2017 - História - História da América Latina, Primeira metade do século XX: Revolução Mexicana, peronismo e cardenismo

      A Nação terá em qualquer tempo o direito de impor à propriedade privada as modalidades ditadas pelo interesse público [...]. Com esse objetivo serão determinadas as medidas necessárias ao fracionamento dos latifúndios [...]. Os povoados, vilarejos e comunidades que careçam de terras e águas ou não as tenham em quantidades suficientes para as necessidades de sua população terão direito a elas, tomando-as das propriedades vizinhas, porém respeitando, sempre, a pequena propriedade.

(Artigo 27 da Constituição mexicana de 1917. Apud Héctor H. Bruit. Revoluções na América Latina, 1988.)


O artigo 27 da Constituição elaborada ao final da Revolução Mexicana dispõe sobre a propriedade de terra e

A
contempla parcialmente as reivindicações dos movimentos camponeses e indígenas, por distribuição de terras.
B
representa a vitória dos projetos defendidos pelos setores operários e camponeses vinculados a grupos socialistas e anarquistas.
C
expõe o avanço do projeto liberal burguês e de sua concepção de desenvolvimento de uma agricultura integralmente voltada à exportação.
D
restabelece a hegemonia sociopolítica dos grandes proprietários rurais e da Igreja católica, que havia sido abalada nos anos de luta.
E
corresponde aos interesses dos grandes conglomerados norte-americanos, que se instalaram no país durante o período do porfirismo.
338dcfc4-1b
UNESP 2017 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Totalitarismos

A corporação tem como objetivo aumentar sempre o poder global da Nação em vista de sua extensão no mundo. É justo afirmar o valor internacional da nossa organização, pois é no campo internacional somente que serão avaliadas as raças e as nações, quando a Europa, daqui a alguns tempos, apesar do nosso firme e sincero desejo de colaboração e de paz, tiver novamente chegado a outra encruzilhada dos destinos.

(Apud Katia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea: 1789-1963, 1977.)


O texto apresenta características do movimento

A
modernista.
B
socialista.
C
positivista.
D
fascista.
E
liberal.