Questõesde USP sobre Medievalidade Europeia

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USP 2018 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Os comentadores do texto sagrado (…) reconhecem a submissão da mulher ao homem como um dos momentos da divisão hierárquica que regula as relações entre Deus, Cristo e a humanidade, encontrando ainda a origem e o fundamento divino daquela submissão na cena primária da criação de Adão e Eva e no seu destino antes e depois da queda.

CASAGRANDE, C., A mulher sob custódia, in: História das Mulheres, Lisboa: Afrontamento, 1993, v. 2, p. 122‐123.


O excerto refere‐se à apreensão de determinadas passagens bíblicas pela cristandade medieval, especificamente em relação à condição das mulheres na sociedade feudal. A esse respeito, é correto afirmar:

A
As mulheres originárias da nobreza podiam ingressar nos conventos e ministrar os sacramentos como os homens de mesma condição social.
B
A culpabilização das mulheres pela expulsão do Paraíso Terrestre servia de justificativa para sua subordinação social aos homens.
C
As mulheres medievais eram impedidas do exercício das atividades políticas, ao contrário do que acontecera no mundo greco‐romano.
D
As mulheres medievais eram iletradas e tinham o acesso à cultura e às artes proibido, devido à sua condição social e natural.
E
A submissão das mulheres medievais aos homens esteve desvinculada de normatizações acerca da sexualidade.
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USP 2017 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Um grande manto de florestas e várzeas cortado por clareiras cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o aspecto da Cristandade - algo diferente do Oriente muçulmano, mundo de oásis em meio a desertos. Num local a madeira é rara e as árvores indicam a civilização, noutro a madeira é abundante e sinaliza a barbárie. A religião, que no Oriente nasceu ao abrigo das palmeiras, cresceu no Ocidente em detrimento das árvores, refúgio dos gênios pagãos que monges, santos e missionários abatem impiedosamente.

                                J. Le Goff. A civilização do ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005. Adaptado.


Acerca das características da Cristandade e do Islã no período medieval, podese afirmar que

A
o cristianismo se desenvolveu a partir do mundo rural, enquanto a religião muçulmana teve como base inicial as cidades e os povoados da península arábica.
B
a concentração humana assemelhava-se nas clareiras e nos oásis, que se constituíam como células econômicas, sociais e culturais, tanto da Cristandade quanto do Islã.
C
a Cristandade é considerada o negativo do Islã, pela ausência de cidades, circuitos mercantis e transações monetárias, que abundavam nas formações sociais islâmicas.
D
o clero cristão, defensor do monoteísmo estrito, combateu as práticas pagãs muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas regiões desérticas da Cristandade ocidental.
E
a expansão econômica islâmica caracterizou-se pela ampliação das fronteiras de cultivo, em detrimento das florestas, em um movimento inverso àquele verificado no Ocidente medieval.
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USP 2016 - História - Medievalidade Europeia, História Geral


Encontram-se assinaladas no mapa, sobre as fronteiras dos países atuais, as rotas eurasianas de comércio a longa distância que, no início da Idade Moderna, cruzavam o Império Otomano, demarcado pelo quadro. A respeito dessas rotas, das regiões que elas atravessavam e das relações de poder que elas envolviam, é correto afirmar que

A
a China, com baixo grau de desenvolvimento político e econômico, era exportadora de produtos primários para a Europa.
B
a Índia era uma economia fracamente vinculada ao comércio a longa distância, em vista da pouca demanda por seus produtos.
C
a Europa, a despeito do poder otomano, exercia domínio incontestável sobre o conjunto das atividades comerciais eurasianas.
D
a África Ocidental se encontrava em posição subordinada ao poderio otomano, funcionando como sua principal fonte de escravos.
E
o Império Otomano, ao intermediar as trocas a longa distância, forçou os europeus a buscar rotas alternativas de acesso ao Oriente.
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USP 2016 - História - Medievalidade Europeia, História Geral


Esta imagem integra o manuscrito de uma das mais notáveis obras da cultura medieval. A alternativa que melhor caracteriza o documento é:

A
Fábula que enuncia o ideal eclesiástico, mescla a aventura cavalheiresca, o amor romântico e as aspirações religiosas que simbolizaram o espírito das cruzadas.
B
Poema inacabado que narra a viagem de formação de um cavaleiro e a busca do cálice sagrado; sua composição mistura elementos pagãos e cristãos.
C
Cordel muito popular, elaborado com base nos épicos celtas e lendas bretãs, divulgado para a conversão de fiéis durante a expansão do Cristianismo pelo Oriente.
D
Peça teatral que serviu para fortalecer o espírito nacionalista da Inglaterra, unindo a figura de um governante invencível a um símbolo cristão.
E
Romance que condensa vários textos, empregado pela Igreja para encorajar a aristocracia a assumir uma função idealizada na luta contra os inimigos de Deus.
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USP 2015 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

O texto associa a mudança da percepção do tempo pelos mercadores medievais ao

Assim como o camponês, o mercador está a princípio submetido, na sua atividade profissional, ao tempo meteorológico, ao ciclo das estações, à imprevisibilidade das intempéries e dos cataclismos naturais. Como, durante muito tempo, não houve nesse domínio senão necessidade de submissão à ordem da natureza e de Deus, o mercador só teve como meio de ação as preces e as práticas supersticiosas. Mas, quando se organiza uma rede comercial, o tempo se torna objeto de medida. A duração de uma viagem por mar ou por terra, ou de um lugar para outro, o problema dos preços que, no curso de uma mesma operação comercial, mais ainda quando o circuito se complica, sobem ou descem tudo isso se impõe cada vez mais à sua atenção. Mudança também importante: o mercador descobre o preço do tempo no mesmo momento em que ele explora o espaço, pois para ele a duração essencial é aquela de um trajeto.

Jacques Le Goff. Para uma outra Idade Média.
Petrópolis: Vozes, 2013. Adaptado.
A
respeito estrito aos princípios do livre comércio, que determinavam a obediência às regras internacionais de circulação de mercadorias.
B
crescimento das relações mercantis, que passaram a envolver territórios mais amplos e distâncias mais longas.
C
aumento da navegação oceânica, que permitiu o estabelecimento de relações comerciais regulares com a América.
D
avanço das superstições na Europa ocidental, que se difundiram a partir de contatos com povos do leste desse continente e da Ásia.

E
aparecimento dos relógios, que foram inventados para calcular a duração das viagens ultramarinas.
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USP 2014 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista “liberdades”, privilégios cada vez mais amplos.


Jacques Le Goff. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.


O texto trata de um período em que

A
os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e econômica, que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder.
B
o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais.
C
o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero.
D
a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
E
as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido completamente superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do livre comércio.
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USP 2013 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Durante muito tempo, sustentou-se equivocadamente que a utilização de especiarias na Europa da Idade Média era determinada pela necessidade de se alterar o sabor de alimentos apodrecidos, ou pela opinião de que tal uso garantiria a conservação das carnes. A utilização de especiarias no período medieval.

A
permite identificar a existência de circuitos mercantis entre a Europa, a Ásia e o continente africano.
B
demonstra o rigor religioso, caracterizado pela condenação da gastronomia e do requinte à mesa.
C
revela a matriz judaica da gastronomia medieval europeia
D
oferece a comprovação da crise econômica vivida na Europa a partir do ano mil
E
explicita o importante papel dos camponeses dedicados a sua produção e comercialização.
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USP 2011 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

A palavra “feudalismo” carrega consigo vários sentidos. Dentre eles, podem-se apontar aqueles ligados a

A
sociedades marcadas por dependências mútuas e assimétricas entre senhores e vassalos.
B
relações de parentesco determinadas pelo local de nascimento, sobretudo quando urbano.
C
regimes inteiramente dominados pela fé religiosa, seja ela cristã ou muçulmana.
D
altas concentrações fundiárias e capitalistas.
E
formas de economias de subsistência pré-agrícolas.
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USP 2009 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

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Esta frase sobre o feudalismo trata

A
da vassalagem.
B
do colonato.
C
do comitatus.
D
da servidão.
E
da guilda.