Questõesde UNESP sobre Imperialismo e Colonialismo do século XIX

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UNESP 2021 - História - Imperialismo e Colonialismo do século XIX

O reconhecimento do território africano empreendido pelas campanhas de exploração e pelas missões religiosas foi facilitador de uma verdadeira invasão de mercadores europeus nas caravanas e rotas de comércio que ligavam diferentes pontos do continente. Muitos desses mercadores começaram a controlar algumas redes de comércio, criando novos sistemas de autoridade que não passavam mais por líderes africanos. De início, isso não representou nenhum tipo de perigo para as elites africanas, que já estavam acostumadas a negociar com árabes, indianos e com os próprios europeus. No entanto, no decorrer do século, os europeus se tornaram senhores das principais rotas comerciais do litoral africano, inclusive as que ligavam as cidades orientais com o continente asiático.

(Ynaê Lopes dos Santos.
História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)


Ao avaliar a presença europeia no continente africano ao longo do século XIX, o texto caracteriza

A
um movimento de intensificação do comércio internacional, realizado a partir da difusão de valores universais como o cristianismo e a democracia.
B
o respeito europeu à multiplicidade de crenças e manifestações culturais e a insistência africana em manter formas arcaicas de organização política.
C
um esforço consciente e planejado de integração entre os continentes, por meio da constituição de ligações terrestres e marítimas.
D
um processo de interferência gradual e profunda nos padrões culturais africanos, de organização social e dinâmica política das sociedades locais.
E
a disposição europeia de colaborar para o progresso de países subdesenvolvidos, ampliando a capacidade produtiva das economias locais.
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UNESP 2021 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIX

A classificação das raças em “superiores” e “inferiores”, recorrente desde o século XVII, ganha uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista do saber científico, coincidindo com a necessária justificativa de que a dominação e a exploração da África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram “necessárias” para desenvolver os “selvagens” africanos, de acordo com as normas e os valores da civilização ocidental.

(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2005.)


As teorias raciais utilizadas durante o processo de colonização da África no século XIX eram

A
desdobramentos do pensamento ilustrado, que valorizava a liberdade e a igualdade social e de natureza.
B
manifestações ideológicas que buscavam justificar a exploração e o domínio europeus sobre o continente africano.
C
baseadas no pensamento lamarckista, que explicava a transmissão genética de características fisiológicas e intelectuais adquiridas.
D
validadas pela defesa darwinista do direito dos superiores se imporem aos demais seres vivos.
E
sustentadas pelo pensamento antropológico, que tratava as diferenças culturais dos diversos povos como positivas e necessárias.
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UNESP 2013 - História - História Geral, Ocupação de novos territórios: Colonialismo, Imperialismo e Colonialismo do século XIX

As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo dos séculos entre comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o sustentáculo do fornecimento de mercadorias para os europeus, só que agora estas não eram mais pessoas, e sim matérias-primas.


(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)


O texto refere-se à redefinição das relações comerciais entre europeus e africanos, ocorrida quando

A
portugueses e espanhóis libertaram suas colônias africanas e permitiram que elas comercializassem marfim, café e outros produtos livremente com o resto do mundo.
B
norte-americanos passaram a estimular a independência das colônias africanas, para ampliar o mercado consumidor de seus tecidos e produtos alimentícios.
C
ingleses e holandeses estabeleceram amplo comércio escravista entre os dois litorais do Atlântico Sul.
D
ingleses e franceses buscaram resinas, tinturas e outros produtos na África e desestimularam o comércio escravista.
E
portugueses e espanhóis conquistaram e colonizaram as costas leste e oeste da África.
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UNESP 2018 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIX


O mapa representa a divisão da África no final do século XIX. Essa divisão

A
persistiu até a vitória dos movimentos de descolonização da África, ocorridos nas duas primeiras décadas do século XX.
B
foi rejeitada pelos países participantes da Conferência de Berlim, em 1885, por considerarem que privilegiava os interesses britânicos.
C
incluiu áreas conquistadas por europeus tanto durante a expansão marítima dos séculos XV-XVI quanto no expansionismo dos séculos XVIII-XIX.
D
foi determinada após negociação entre povos africanos e países europeus, durante o Congresso Pan-Africano de Londres, em 1890.
E
restabeleceu a divisão original dos povos africanos, que havia sido desrespeitada durante a colonização europeia dos séculos XV-XVIII.
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UNESP 2018 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIX

O texto caracteriza

      As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando a geografia, as condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas, os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam pessoas que chegavam às praias, levando-as para os navios para serem vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, seguidores das leis de Maomé, considerados inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os povos encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos, mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no entender dos portugueses da época também podiam ser escravizados, pois ao se converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas na vida além desta.

                        (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

A
o mercado atlântico de africanos escravizados em seu período de maior intensidade e o controle do tráfico pelas Companhias de Comércio.
B
o avanço gradual da presença europeia na África e a conformação de um modelo de exploração da natureza e do trabalho.
C
as estratégias da colonização europeia e a sua busca por uma exploração sustentável do continente africano.
D
o caráter laico do Estado português e as suas ações diplomáticas junto aos reinos e às sociedades organizadas da África.
E
o pioneirismo português na expansão marítima e a concentração de sua atividade exploradora nas áreas centrais do continente africano.
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UNESP 2015 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIX

O “novo tipo de colonialismo”, mencionado no texto, tem, entre suas características

A África só começou a ser ocupada pelas potências europeias exatamente quando a América se tornou independente, quando o antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvimento das economias mais dinâmicas, que se industrializavam e ampliavam seus mercados consumidores. Nesse momento foi criado um novo tipo de colonialismo, implantado na África a partir do final do século XIX [...].
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)
A
a busca de fontes de energia e de matérias-primas pelas potências europeias, associada à realização de expedi- ções científicas de exploração do continente africano.
B
a tentativa das potências europeias de reduzir a hegemonia norte-americana no comércio internacional e retomar posição de liderança na economia mundial.
C
o esforço de criação de um mercado consumidor global, sem hierarquia política ou prevalecimento comercial de um país ou continente sobre os demais.
D
a aquisição de escravos pelos mercadores africanos, para ampliar a mão de obra disponível nas colônias remanescentes na América e em ilhas do Oceano Pacífico.
E
o estabelecimento de alianças políticas entre líderes europeus e africanos, que favorecessem o avanço militar dos países do Ocidente europeu na Primeira Guerra Mundial.