Questõesde ENEM sobre História Geral

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Foram encontradas 257 questões
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - História Geral, Mundo Árabe : de Maomé ao Império

A população africana residente nesta província, bem como a de todo o Império, compõe-se de indivíduos de diferentes lugares da África que variam em costumes e religiões; a que aqui segue o maometismo, à qual pertencemos, é uma população pequena, porém, distinta entre si, e notando a necessidade de sustentarmos nosso culto e fundados ainda no artigo 5º da Constituição do Império, requeremos ao sr. chefe de polícia licença para exercermos o culto.
REIS, J. J.; GOMES, F. S.; CARVALHO, M. J. M. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro (1822-1853). São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).

O pedido de um grupo de africanos de Recife ao chefe de polícia local tinha como objetivo, naquele contexto,

A
criticar a doutrina oficial.
B
professar uma fé alternativa.
C
assegurar a cidadania política.
D
legalizar os terreiros de candomblé.
E
eliminar algumas tradições culturais.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

A ausência quase completa de fantasmas na Bíblia deve ter favorecido também a vontade de rejeição dos fantasmas pela cultura cristã. Várias passagens dos Evangelhos manifestam mesmo uma grande reticência com relação a um culto dos mortos: “Deixa os mortos sepultar os mortos”, diz Jesus (Mt 8:21), ou ainda: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mt 22:32). Por certo, numerosos mortos são ressuscitados por Jesus (e, mais tarde, por alguns de seus discípulos), mas tal milagre — o mais notório possível segundo as classificações posteriores dos hagiógrafos medievais — não é assimilável ao retorno de um fantasma. Ele prefigura a própria ressurreição do Cristo três dias depois de sua Paixão. Antecipa também a ressurreição universal dos mortos no fim dos tempos.
SCHMITT, J.-C. Os vivos e os mortos na sociedade medieval. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.

De acordo com o texto, a representação da morte ganhou novos significados nessa religião para

A
extinguir as formas de ritualismo funerário.
B
evitar a expressão de antigas crenças politeístas.
C
sacramentar a execução do exorcismo de infiéis.
D
enfraquecer a convicção na existência de demônios.
E
consagrar as práticas de contato mediúnico transcendental.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - História Geral, Questões Internacionais: história do tempo presente

TEXTO I
A adesão da Alemanha à Otan
A adesão da Alemanha Ocidental à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) há 50 anos teve como pano de fundo o conflito entre o Ocidente e o Leste da Europa e o projeto da integração europeia. A adesão da República Federal da Alemanha foi um passo importante para a reconstrução do país no pós-guerra e abriu o caminho para a Alemanha desempenhar um papel relevante na defesa da Europa Ocidental durante a Guerra Fria.
HAFTENDORN, H. A adesão da Alemanha à Otan: 50 anos depois. Disponível em: www.nato.int. Acesso em: 5 out. 2015 (adaptado).

TEXTO II
Otan discute medidas para deter os jihadistas no Iraque e na Síria
O regime de terror imposto pelos islamitas radicais no Oriente Médio alarma a Otan tanto ou mais que a Rússia, ainda que a estratégia para detê-los ainda seja difusa. O avanço do chamado Estado Islâmico, que instalou um califado repressor em zonas do Iraque e da Síria, comandou boa parte das reuniões bilaterais que mantiveram os líderes da organização atlântica no País de Gales.
ABELLÁN, L. Otan discute medidas para deter os jihadistas no Iraque e na Síria. Disponível em: http://brasil.elpais.com. Acesso em: 5 out. 2015.

As diferentes estratégias da Otan, demonstradas nos textos, são resultantes das transformações na

A
composição dos países-membros.
B
localização das bases militares.
C
conformação do cenário geopolítico.
D
distribuição de recursos naturais.
E
destinação dos investimentos financeiros.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Guerra Fria e seus desdobramentos, História Geral

Produto do fim da Guerra Fria, a Convenção sobre a Proibição das Armas Químicas (CPAQ) marcou um momento novo das relações internacionais no campo da segurança. Aberta para assinaturas em Paris, em janeiro de 1993, após cerca de duas décadas de negociações na Conferência do Desarmamento em Genebra, a CPAQ entrou em vigor em abril de 1997. Ao abrir a I Conferência dos Estados-Partes na CPAQ, em Haia, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, descreveu o evento como um “momentoso ato de paz”. Disse: “O que vocês fizeram com sua livre vontade foi anunciar a essa e a todas as futuras gerações que as armas químicas são instrumentos que nenhum Estado com algum respeito por si mesmo e nenhum povo com algum senso de dignidade usaria em conflitos domésticos ou internacionais”.
BUSTANI, J. M. A Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas: trajetória futura. Parcerias Estratégicas, n. 9, out. 2000.

O que a Convenção representou para o cenário geopolítico mundial?

A
Esgotamento dos pactos bélicos multilaterais.
B
Restrição aos complexos industriais militares.
C
Enfraquecimento de blocos políticos regionais.
D
Cerceamento às agências de inteligência estatal.
E
Desestabilização das empresas produtoras de munições.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Demandas políticas e sociais no mundo atual, História Geral, Questões Internacionais: história do tempo presente


Disponível em: http://operamundi.uol.com.br. Acesso em: 28 ago. 2014 (adaptado).

As imagens representam fases de um conflito geopolítico no qual as forças envolvidas buscam

A
garantir a posse territorial.
B
promover a conversão religiosa.
C
explorar as reservas petrolíferas.
D
controlar os sítios arqueológicos.
E
monopolizar o comércio marítimo.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

Uma privatização do espaço maior do que aquela proporcionada pelo quarto evidencia-se cada vez mais nos séculos XVII e XVIII. Como as ruelles [espaço entre a cama e a parede], as alcovas são espaços além do leito, longe da porta que dá acesso à sala (ou à antecâmara, nas casas da elite). Thomas Jefferson, tecnólogo do estilo século XVIII, mandou construir uma parede em torno de sua cama a fim de fechar completamente o pequeno cômodo além do leito — cômodo no qual só ele podia entrar, descendo da cama do lado da ruelle.
RANUM, O. Os refúgios da intimidade. In: CHARTIER, R. (Org.). História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).

A partir do século XVII, a história da casa, que foi se modificando para atender aos novos hábitos dos indivíduos, provocou o(a)

A
ampliação dos recintos.
B
iluminação dos corredores.
C
desvalorização da cozinha.
D
embelezamento dos jardins.
E
especialização dos aposentos.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Para dar conta do movimento histórico do processo de inserção dos povos indígenas em contextos urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujeitos, foi necessário construir um método de investigação, baseado na História Oral, que desvelasse essas vivências ainda não estudadas pela historiografia, bem como as conflitivas relações de fronteira daí decorrentes. A partir da história oral foi possível entender a dinâmica de deslocamento e inserção dos índios urbanos no contexto da sociedade nacional, bem como perceber os entrelugares construídos por estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no enfrentamento da sua condição de invisibilidade.
MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008. O

uso desse método para compreender as condições dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras justifica-se por

A
focalizar a empregabilidade de indivíduos carentes de especialização técnica.
B
permitir o recenseamento de cidadãos ausentes das estatísticas oficiais.
C
neutralizar as ideologias de observadores imbuídos de viés acadêmico.
D
promover o retorno de grupos apartados de suas nações de origem.
E
registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita.
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ENEM 2019 - História - História Geral, Ocupação de novos territórios: Colonialismo

A ocasião fez o ladrão: Francis Drake travava sua guerra de pirataria contra a Espanha papista quando roubou as tropas de mulas que levavam o ouro do Peru para o Panamá. Graças à cumplicidade da rainha Elizabeth I, ele reincide e saqueia as costas do Chile e do Peru antes de regressar pelo Oceano Pacífico, e depois pelo Índico. Ora, em Ternate ele oferece sua proteção a um sultão revoltado com os portugueses; assim nasce o primeiro entreposto inglês ultramarino.

FERRO, M. História das colonizações. Das colonizações às independências. Séculos XIII a XX. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.


A tática adotada pela Inglaterra do século XVI, conforme citada no texto, foi o meio encontrado para

A
restabelecer o crescimento da economia mercantil.
B
conquistar as riquezas dos territórios americanos.
C
legalizar a ocupação de possessões ibéricas.
D
ganhar a adesão das potências europeias.
E
fortalecer as rotas do comércio marítimo
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ENEM 2019 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Totalitarismos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi um acontecimento histórico de grande relevância. Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o papel dos direitos humanos na convivência coletiva, pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepção de vida internacional.

LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). In: MAGNOLI, D. (Org.). História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.


A declaração citada no texto introduziu uma nova concepção nas relações internacionais ao possibilitar a

A
superação da soberania estatal.
B
defesa dos grupos vulneráveis.
C
redução da truculência belicista.
D
impunidade dos atos criminosos.
E
inibição dos choques civilizacionais.
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ENEM 2019 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.

CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.


Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do seguinte critério para a participação política:

A
Controle da terra.
B
Liberdade de culto.
C
Igualdade de gênero.
D
Exclusão dos militares.
E
Exigência da alfabetização.
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ENEM 2019 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Totalitarismos

Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentração. Vistos de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível que termina levando à aceitação do extermínio como solução perfeitamente normal.

ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (adaptado).


A partir da análise da autora, no encontro das temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à naturalização do(a)

A
ideário nacional, que legitima as desigualdades sociais.
B
alienação ideológica, que justifica as ações individuais.
C
cosmologia religiosa, que sustenta as tradições hierárquicas.
D
segregação humana, que fundamenta os projetos biopolíticos.
E
enquadramento cultural, que favorece os comportamentos punitivos.
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ENEM 2019 - História - História Geral, Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos

O cristianismo incorporou antigas práticas relativas ao fogo para criar uma festa sincrética. A igreja retomou a distância de seis meses entre os nascimentos de Jesus Cristo e João Batista e instituiu a data de comemoração a este último de tal maneira que as festas do solstício de verão europeu com suas tradicionais fogueiras se tornaram “fogueiras de São João”. A festa do fogo e da luz no entanto não foi imediatamente associada a São João Batista. Na Baixa Idade Média, algumas práticas tradicionais da festa (como banhos, danças e cantos) foram perseguidas por monges e bispos. A partir do Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja resolveu adotar celebrações em torno do fogo e associá-las à doutrina cristã.

CHIANCA, L. Devoção e diversão: expressões contemporâneas de festas e santos católicos. Revista Anthropológicas, n. 18, 2007 (adaptado).


Com o objetivo de se fortalecer, a instituição mencionada no texto adotou as práticas descritas, que consistem em

A
promoção de atos ecumênicos.
B
fomento de orientações bíblicas.
C
apropriação de cerimônias seculares.
D
retomada de ensinamentos apostólicos.
E
ressignificação de rituais fundamentalistas.
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ENEM 2019 - História - Construção de Estados e o Absolutismo, História Geral

Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não diretamente envolvidos nos ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena que não foi a casa”; “podemos nos aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas, há um fogo ótimo para cozinhá-las”.

HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).


A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao seguinte processo socioespacial:

A
Restrição da propriedade privada.
B
Expropriação das terras comunais.
C
Imposição da estatização fundiária.
D
Redução da produção monocultora.
E
Proibição das atividades artesanais.
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ENEM 2018 - História - História Geral, Revolução Industrial

A partir da segunda metade do século XVIII, com a primeira Revolução Industrial e o nascimento do proletariado, cresceram as pressões por uma maior participação política, e a urbanização intensificou-se, recriando uma paisagem social muito distinta da que antes existia.

QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002.


As mudanças citadas foram conduzidas principalmente pelos seguintes atores sociais:

A
Burguesia e trabalhadores assalariados.
B
Igreja e corporações de ofício.
C
Realeza e comerciantes
D
Campesinato e artesãos.
E
Nobreza e artífices.