Questõesde UEL sobre Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano

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UEL 2010 - História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano, História da América Latina, Civilizações Pré-Colombianas: Maias, Aztecas e Incas

Leia o texto a seguir.


Quando Cortés apodera-se do México e Pizarro, do Peru, os dois conquistadores realizaram um empreendimento militar de conquista. Mas a colonização espanhola não se limitou a esse episódio [...] foi também uma gigantesca tentativa de apropriação dos seres e das coisas da América [...]. Trata-se daquilo que chamei a ocidentalização do Novo Mundo. [...] Mas esse imenso empreendimento [...] só podia se realizar com o concurso ativo dos indígenas. [...] Nessa política de ocidentalização [...] as elites indígenas tinham um papel essencial a desempenhar. Situadas entre os milhões de índios e os poucos milhares de invasores espanhóis, elas serviram em toda parte de intermediários obrigatórios entre o novo poder e as massas vencidas.
(GRUZINSKI, S. O renascimento ameríndio. In NOVAES, A. ( Org.). A outra margem do ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 283-285.)



De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre a conquista e a colonização da América, é correto afirmar:

A
A colonização espanhola dependeu fundamentalmente da superioridade militar e quantitativa dos exércitos de ocupação em toda a América para garantir a extração da prata e a produção agrícola de exportação.
B
Os antigos senhores indígenas foram ocidentalizados e incorporados à administração colonial espanhola, nela permanecendo, ao longo de séculos, como intermediários entre os conquistadores e a população local.
C
Os colonos espanhóis conseguiram estabelecer seu domínio com o apoio da Igreja e seus missionários que, reunindo os índios nas missões e reduções, forneciam mão de obra escravizada e domesticada para os empreendimentos mercantis coloniais.
D
A produção agrícola foi o principal objetivo dos conquistadores, cujo sucesso foi garantido na medida em que os indígenas aceitaram os espanhóis como senhores naturais e, voluntariamente, a eles se submeteram.
E
A construção de um espaço colonial na América espanhola foi fruto da revolução empreendida pelas massas indígenas que, cristianizadas, rechaçaram seus antigos senhores, pois o domínio espanhol era muito mais pacífico e benigno.
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UEL 2010 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, História da América Latina, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Sobre a crise colonial e os movimentos pelas independências dos territórios americanos colonizados pelos espanhóis e portugueses, é correto afirmar:

A
No caso da América hispânica, o movimento revolucionário que culminou com as independências latino-americanas constituiu-se num empreendimento político levado a cabo pela coroa espanhola e também pelos camponeses e índios.
B
A relação com as respectivas metrópoles desagradava a elite crioula cafeeira, pois esta consolidava o fortalecimento do comércio com outras nações interessadas neste produto; assim, o vigor econômico destas relações comerciais interferiu nas taxações impostas pela metrópole.
C
A colônia de Portugal, denominada Brasil, referendou seu processo de independência adotando o Regime Republicano. A partir desse marco, a Princesa Isabel assinou a lei que libertou os escravos, permitindo que a sociedade se constituísse a partir dos princípios liberais.
D
Os movimentos emancipacionistas das colônias espanholas e da portuguesa refletiram na política mundial, inaugurando uma etapa de livre comércio com as demais nações, o que dinamizou a economia hispano e luso-americana.
E
No início do século XIX, a Espanha vivenciava um processo de decadência interna. Essa debilidade e seus reflexos, tanto na metrópole quanto nas colônias, contribuíram para que os movimentos independentistas ocorressem.
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UEL 2010 - História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano, História da América Latina

Leia o texto a seguir.


Tenha-se como certo e firme, pois afirmam-no autores sapientíssimos, que é justo e natural que homens prudentes, íntegros e humanos dominem sobre os que não o são. [...] Sendo assim, [...] com perfeito direito os espanhóis dominam sobre os bárbaros do Novo Mundo [...], os quais em prudência, engenho, toda virtude e humanidade são superados pelos espanhóis como [...] macacos por homens.

(SEPÚLVEDA, J. G. As justas causas de guerra contra os índios. In: SUESS, P. (Coord.). A conquista espiritual da América Espanhola. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 531.)


Com base no texto, que foi escrito em 1547, e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:

A
A superioridade moral espanhola, fundada no cristianismo e nos valores capitalistas, como a busca pelo lucro, fez com que a colonização da América fosse um sucesso do ponto de vista humano, tendo promovido a civilização do índio e a prosperidade social.
B
Os índios, por sua liberdade natural, deveriam ser aceitos em seu estado edênico, portanto não deveriam ser condenados a expiar em cativeiro os pecados da idolatria, do paganismo, do incesto, da feitiçaria, do canibalismo e da antropofagia.
C
Os europeus, devido à inferioridade de sua cultura, necessitavam absorver os fundamentos técnicos dos nativos sobre o ambiente americano, para posteriormente dominá-los e transformá-los em consumidores dos produtos industrializados espanhóis.
D
A colonização espanhola no Novo Mundo era legítima, pois, baseada na escravização do indígena, promoveu a civilização europeia, ao popularizar o consumo de produtos tropicais como o açúcar, o café e o fumo, além de fornecer grande quantidade de mão de obra para a industrialização.
E
O discurso através do qual se justificava a conquista e a submissão dos povos era baseado na convicção da superioridade natural da cultura europeia, que se manifestaria no uso de roupas, na crença em uma divindade única e no casamento monogâmico.