Questõessobre O Fazer Filosófico
Dentre algumas das características da filosofia, a partir da modernidade, encontramos a
necessidade da crítica. O pensamento e a obra de Kant são um marco nos procedimentos críticos da
filosofia.
Assinale a alternativa que corresponde à função da crítica na filosofia.
Pode acontecer que, para a educação do verdadeiro
filósofo, seja preciso que ele percorra todas as gradações
nas quais os “trabalhadores da filosofia” estão instalados e
devem permanecer firmes: ele deve ter sido crítico, cético,
dogmático e histórico e, ademais, poeta, viajante, moralista
e vidente e “espírito livre”, tudo enfim para poder percorrer
o círculo dos valores humanos, dos sentimentos de valor, e
poder lançar um olhar de múltiplos olhos e múltiplas consciências, da mais sublime altitude aos abismos, dos baixios
para o alto. Mas tudo isso é apenas uma condição preliminar
da sua incumbência. Seu destino exige outra coisa: a criação
de valores.
(Friedrich Nietzsche. Além do bem e do mal, 2001. Adaptado.)
No texto, Nietzsche propõe que a formação do filósofo deve
Pode acontecer que, para a educação do verdadeiro filósofo, seja preciso que ele percorra todas as gradações nas quais os “trabalhadores da filosofia” estão instalados e devem permanecer firmes: ele deve ter sido crítico, cético, dogmático e histórico e, ademais, poeta, viajante, moralista e vidente e “espírito livre”, tudo enfim para poder percorrer o círculo dos valores humanos, dos sentimentos de valor, e poder lançar um olhar de múltiplos olhos e múltiplas consciências, da mais sublime altitude aos abismos, dos baixios para o alto. Mas tudo isso é apenas uma condição preliminar da sua incumbência. Seu destino exige outra coisa: a criação de valores.
(Friedrich Nietzsche. Além do bem e do mal, 2001. Adaptado.)
No texto, Nietzsche propõe que a formação do filósofo deve
“Não é possível aprender qualquer filosofia; [...]só é possível aprender a filosofar, ou seja, exercitar o talento da razão,
fazendo-a seguir os seus princípios universais em certas tentativas filosóficas já existentes, mas sempre reservando à
razão o direito de investigar aqueles princípios até mesmo em suas fontes confirmando-os ou rejeitando-os.” (KANT,
Immanuel. Crítica da razão pura. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 407). Sobre o processo do filosofar, considere as
afirmativas abaixo e assinale a alternativa INCORRETA.
O ato de filosofar pode definir-se como:
O ato de filosofar pode definir-se como sendo:
O ato de filosofar, de acordo com os grandes filósofos
do Período Antropológico grego, deve entender-se
como sendo:
O ato de filosofar é muito importante porque, através
dele, o homem:
Uma hipótese que pode ser testada por
experimentos e experiências diversificados tem
igual grau de aceitabilidade de uma hipótese
testada por experimentos e experiências mais
restritos.
O ato de filosofar consiste em buscar:
O verdadeiro 'ato de filosofar' tem que se entender
como sendo aquele em que o indivíduo:
O ato de filosofar deve entender-se como sendo:
“Será preciso ter saudade do tempo em que os filósofos eram ao mesmo tempo cientistas? Seria
ingenuidade. Se hoje os cientistas não têm mais necessidade dos filósofos nem, sobretudo, de se fazer
filósofos, é na medida em que seus métodos estão em ordem, seus conceitos são universalmente admitidos e
as querelas científicas rareiam. Que apareçam contradições (…), que nasçam controvérsias (…), e bem
depressa o cientista volta a tornar-se filósofo.” (Gérard Lebrun, O papel do espaço na elaboração do
pensamento kantiano)
Dentre as diversas formas de se caracterizar a relação entre o saber científico e o filosófico elencadas abaixo,
indique a que NÃO se coaduna com a apresentada no trecho acima.
“Será preciso ter saudade do tempo em que os filósofos eram ao mesmo tempo cientistas? Seria ingenuidade. Se hoje os cientistas não têm mais necessidade dos filósofos nem, sobretudo, de se fazer filósofos, é na medida em que seus métodos estão em ordem, seus conceitos são universalmente admitidos e as querelas científicas rareiam. Que apareçam contradições (…), que nasçam controvérsias (…), e bem depressa o cientista volta a tornar-se filósofo.” (Gérard Lebrun, O papel do espaço na elaboração do pensamento kantiano)
Dentre as diversas formas de se caracterizar a relação entre o saber científico e o filosófico elencadas abaixo, indique a que NÃO se coaduna com a apresentada no trecho acima.
Martin Heidegger (1889-1976) afirmou: “ser homem já significa filosofar”. Sua tese é a seguinte: o
homem se caracteriza pela distinção entre o “é” e as características de qualquer coisa, ou seja, de qualquer
ente; com isso, no encontro cotidiano com os entes, antecipadamente (antes de encontrá-los e conhecê-los)
sabemos (a) que eles são e (b) que eles não são o “ser”, que são diferentes de sua “existência”. Eis por que
todos podemos, a qualquer instante, nos lançar às perguntas pelo ser dos entes e pelo sentido do ser em geral,
ou seja, às perguntas filosóficas. Independente de filosofarmos expressamente, as questões e a força para a
investigação, portanto, estariam na raiz mesma de nosso ser, e precedem todo conhecimento e pensamento
aplicado.
De modo análogo, a primeira frase da Metafísica de Aristóteles afirma: “Todos os seres humanos tendem
essencialmente ao Saber”. Essa tendência essencial significa que uma propensão para o Saber está presente,
ainda que inexplorada, em todos os seres humanos. Como Aristóteles escolheu, para o Saber, uma palavra
grega que se assemelha ao “Ver” imediato (eidénai), pode-se compreender que se trata tanto do
conhecimento em geral quanto (e principalmente) do Saber metafísico, sobre o princípio essencial ou
estrutura metafísica da realidade. Em suma, Aristóteles já estaria dizendo que ser homem significa filosofar.
Com base no que foi dito, marque a alternativa CORRETA.
Martin Heidegger (1889-1976) afirmou: “ser homem já significa filosofar”. Sua tese é a seguinte: o homem se caracteriza pela distinção entre o “é” e as características de qualquer coisa, ou seja, de qualquer ente; com isso, no encontro cotidiano com os entes, antecipadamente (antes de encontrá-los e conhecê-los) sabemos (a) que eles são e (b) que eles não são o “ser”, que são diferentes de sua “existência”. Eis por que todos podemos, a qualquer instante, nos lançar às perguntas pelo ser dos entes e pelo sentido do ser em geral, ou seja, às perguntas filosóficas. Independente de filosofarmos expressamente, as questões e a força para a investigação, portanto, estariam na raiz mesma de nosso ser, e precedem todo conhecimento e pensamento aplicado.
De modo análogo, a primeira frase da Metafísica de Aristóteles afirma: “Todos os seres humanos tendem essencialmente ao Saber”. Essa tendência essencial significa que uma propensão para o Saber está presente, ainda que inexplorada, em todos os seres humanos. Como Aristóteles escolheu, para o Saber, uma palavra grega que se assemelha ao “Ver” imediato (eidénai), pode-se compreender que se trata tanto do conhecimento em geral quanto (e principalmente) do Saber metafísico, sobre o princípio essencial ou estrutura metafísica da realidade. Em suma, Aristóteles já estaria dizendo que ser homem significa filosofar.
Com base no que foi dito, marque a alternativa CORRETA.