Questõesde UNESP sobre A Razão e seus Sentidos

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UNESP 2015 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, A Razão e seus Sentidos

A fonte do conceito de autonomia da arte é o pensamento estético de Kant. Praticamente tudo o que fazemos na vida é o oposto da apreciação estética, pois praticamente tudo o que fazemos serve para alguma coisa, ainda que apenas para satisfazer um desejo. Enquanto objeto de apreciação estética, uma coisa não obedece a essa razão instrumental: enquanto tal, ela não serve para nada, ela vale por si. As hierarquias que entram em jogo nas coisas que obedecem à razão instrumental, isto é, nas coisas de que nos servimos, não entram em jogo nas obras de arte tomadas enquanto tais. Sendo assim, a luta contra a autonomia da arte tem por fim submeter também a arte à razão instrumental, isto é, tem por fim recusar também à arte a dimensão em virtude da qual, sem servir para nada, ela vale por si. Trata-se, em suma, da luta pelo empobrecimento do mundo.
(Antonio Cícero. “A autonomia da arte”. Folha de S.Paulo, 13.12.2008. Adaptado.)
De acordo com a análise do autor,

A
a racionalidade instrumental, sob o ponto de vista da filosofia de Kant, fornece os fundamentos para a apreciação estética.
B
um mundo empobrecido seria aquele em que ocorre o esvaziamento do campo estético de suas qualidades intrínsecas.
C
a transformação da arte em espetáculo da indústria cultural é um critério adequado para a avaliação de sua condição autônoma.
D
o critério mais adequado para a apreciação estética consiste em sua validação pelo gosto médio do público consumidor.
E
a autonomia dos diversos tipos de obra de arte está prioritariamente subordinada à sua valorização como produto no mercado.
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UNESP 2017 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, A Razão e seus Sentidos

   Todas as vezes que mantenho minha vontade dentro dos limites do meu conhecimento, de tal maneira que ela não formule juízo algum a não ser a respeito das coisas que lhe são claras e distintamente representadas pelo entendimento, não pode acontecer que eu me equivoque; pois toda concepção clara e distinta é, com certeza, alguma coisa de real e de positivo, e, assim, não pode se originar do nada, mas deve ter obrigatoriamente Deus como seu autor; Deus que, sendo perfeito, não pode ser causa de equívoco algum; e, por conseguinte, é necessário concluir que uma tal concepção ou um tal juízo é verdadeiro.

                                              (René Descartes. “Vida e Obra”. Os pensadores, 2000.)

Sobre o racionalismo cartesiano, é correto afirmar que

A
sua concepção sobre a existência de Deus exerceu grande influência na renovação religiosa da época.
B
sua valorização da clareza e distinção do conhecimento científico baseou-se no irracionalismo.
C
desenvolveu as bases racionais para a crítica do mecanicismo como método de conhecimento.
D

formulou conceitos filosóficos fortemente contrários ao heliocentrismo defendido por Galileu.

E
se tratou de um pensamento responsável pela fundamentação do método científico moderno.