O desenvolvimento urbano sustentável,
compreendido como um ideal de gestão e
planejamento das cidades capaz de aliar o
crescimento econômico à inclusão social e à
proteção e preservação do meio ambiente, natural e
construído, de modo a atender as necessidades das
gerações presentes, sem comprometer os interesses
e as necessidades das gerações futuras, tem
influenciado a elaboração, a execução e o controle
de planos urbanísticos em todo o mundo, a partir
dos parâmetros fixados pela Agenda 21, elaborada
na Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento em 1992, e pela
Agenda Habitat, firmada na Conferência da ONU
para os Assentamentos Humanos em Istambul no
ano de 1996.
SOTTO, Debora. Cidades do futuro. Geografia/conhecimento prático. São Paulo: Escala, p. 30- 32, e. 55.
Considerando-se as informações do texto e os conhecimentos
sobre cidades, pode-se afirmar:
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: desenvolvimento urbano sustentável — gestão e planejamento das cidades que articulam crescimento econômico, inclusão social e proteção ambiental, conforme parâmetros da Agenda 21 (UNCED, 1992) e da Agenda Habitat (1996).
Resumo teórico: uma cidade sustentável exige políticas integradas e governança eficiente com participação social (planejamento participativo, controle social, inclusão de grupos vulneráveis). Esses princípios constam em documentos internacionais e em legislação nacional como o Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001), que reforça instrumentos de gestão democrática do solo e do planejamento urbano.
Justificativa da alternativa B: a afirmação diz que “A cidade sustentável é gerida por padrões de governança eficiente com participação da sociedade.” Isso sintetiza exatamente os princípios das agendas internacionais e do Estatuto da Cidade: sustentabilidade urbana depende de gestão transparente, articulação intersetorial e participação cidadã. Portanto, B é correta.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: não há relação direta entre localização (Centro‑Oeste) e maior sustentabilidade; origem “espontânea” não garante práticas sustentáveis. Sustentabilidade urbana é produto de políticas públicas e gestão, não de região de origem.
C — incorreta: cidades globais mais influentes concentram‑se no Hemisfério Norte (ex.: Nova York, Londres, Tóquio). O conceito de “autossuficiência” não caracteriza cidades globais, que dependem de redes e fluxos globais (financeiros, informacionais, etc.).
D — incorreta: cidades sustentáveis não são homogêneas; ao contrário, precisam reconhecer e gerir a diversidade demográfica, histórica, cultural e política para promover inclusão.
E — incorreta: “cidade global” é resultado de funções econômicas e conexões na economia mundial (S. Sassen), não apenas de grandes obras urbanísticas; e o IDH igual a 1 é impossível na prática e não é critério único para esse status.
Dica de prova: procure palavras-chave (governança, participação, Agenda 21) e elimine alternativas absolutas ou que confundem causa com efeito. Relacione conceitos a documentos oficiais (Agenda 21, Habitat II, Estatuto da Cidade) para fortalecer sua resposta.
Fontes sugeridas: Agenda 21 (UNCED, 1992); Habitat II (1996); Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade); Saskia Sassen, The Global City (1991).
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






