Considerado o “Pai” da Sociologia Moderna, Émile Durkheim definiu que os Fatos Sociais constituem o objeto de estudo da Sociologia, pois decorrem da vida em sociedade. Segundo ele, fatos sociais são "coisas". São maneiras de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de um poder coercitivo. Dessa forma, não podem ser confundidos com os fenômenos orgânicos nem com os psíquicos, constituem uma espécie nova de fatos.O sociólogo francês defende que os fatos sociais possuem três características básicas.

Resposta correta: Alternativa D

Tema central: A questão trata dos fatos sociais em Émile Durkheim — conceito fundamental para entender como a sociedade molda comportamentos, crenças e normas. É exigido reconhecer as três características que, para Durkheim, definem um fato social.

Resumo teórico (claro e progressivo):

Durkheim afirma que fatos sociais são maneiras de agir, pensar e sentir que existem fora do indivíduo e exercem sobre ele uma pressão. Três características básicas:
Exterioridade — os fatos sociais são externos ao indivíduo (ex.: língua, leis).
Coercitividade — impõem-se ao indivíduo por meio de sanções, costumes, restrições (ex.: multa por infração, reprovação social).
Generalidade — são fenônemos coletivos, comuns ou difundidos numa sociedade ou grupo (ex.: hábitos compartilhados).

Fonte clássica: Émile Durkheim, Les Règles de la Méthode Sociologique (1895) — em inglês, The Rules of Sociological Method.

Por que a alternativa D está correta:

Ela reúne as três características durkheimianas: coercitividade, exterioridade e generalidade. O enunciado indica explicitamente “exteriores ao indivíduo” e “dotadas de um poder coercitivo”; associando isso com o fato de que decorrem da vida em sociedade leva à ideia de generalidade — portanto, D corresponde ao conjunto conceitual correto.

Análise das alternativas incorretas:

A — “Coercitividade, generalidade, coletividade”: troca a característica técnica “generalidade” por “coletividade”. Embora pareça próximo, Durkheim fala em generalidade (difusão/abrangência), não em “coletividade” como termo-chave; portanto é impreciso para a formulação clássica.

B — “Exterioridade, coletividade, coercitividade”: inclui “coletividade” em vez de “generalidade” — mesma objeção; falta o termo técnico preciso.

C — “Generalidade, coletividade, exterioridade”: novamente traz “coletividade” no lugar de “coercitividade”, omitindo a ideia de imposição/pressão social central para Durkheim.

E — “Organicidade, exterioridade, generalidade”: “organicidade” confunde com fatos orgânicos (biológicos). Durkheim justamente distingue fatos sociais de fatos orgânicos e psíquicos, então esse termo é incorreto.

Estratégia de prova (dicas práticas):

- Busque no enunciado termos-chave: “exteriores ao indivíduo” aponta para exterioridade; “poder coercitivo” aponta para coercitividade. - Pergunte: esse fenômeno é individual, orgânico ou social? Se social, Durkheim exige ainda a noção de generalidade. - Desconfie de sinônimos próximos (ex.: “coletividade” vs “generalidade”) — a banca costuma cobrar a terminologia durkheimiana precisa.

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