As palavras e as expressões são mediadoras dos sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar, a expressão “é como se” ajuda a conduzir o conteúdo enunciado para o campo da

É muito comum o uso de histórias em quadrinhos nas provas do Enem. O intuito é perceber como o aluno interpreta um texto visual e como o associa ao contexto do enunciado da questão. No quadrinho vemos o conhecido guerreiro viking Hagar e sua tropa navegando no mar, e todos olham para um grupo de tubarões próximos ao barco. Sem perceberem, eles sofrerão um acidente ao terem o navio atingido por uma pedra, ocasionando, provavelmente, o afundamento do barco. A fala de Hagar dá o tom irônico ao quadrinho, pois, sem perceber, ele adianta a possibilidade dos homens serem atacados pelos tubarões caso o navio afunde. A fala “É como se eles soubessem que algo ruim vai acontecer!” O interessante é o guerreiro viking associar diretamente os tubarões a algo muito inesperado e negativo, como se adivinhasse, justamente, do perigo de ser atacado por eles. Como não está vendo a proa do navio, então ele estabelece uma possibilidade de algo muito ruim acontecer verdadeiramente com eles. Outro fato interessante é que o “como” pode ser considerado como uma conjunção causal, comparativa ou conformativa, porém, neste caso, esta conjunção retrata uma possibilidade porque ela faz uma associação entre um fato existente (os tubarões) com um fato que ainda irá acontecer (o afundamento do navio). A letra que responde a questão, então, é a letra D.