Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?

Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo.

Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?

Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.

Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.

BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).

Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido

A questão se refere a mudanças no registro de fala entre a gerente e o cliente. O enunciado pede que seja marcada a alternativa voltada para o momento em que o tom da conversa muda. Percebemos que a conversa, no início, se apresenta dentro das formalidades de fala, num tom impessoal, porém atencioso da gerente para com o cliente, que responde no mesmo tom de formalidade. A conversa muda quando o cliente informa o seu nome completo, remetendo ao reconhecimento do mesmo como um amigo da gerente. A partir disso, a formalidade dá lugar ao tom informal, marcada pela espontaneidade da fala (marcada pelos sinais de exclamação) e pelos registros próprios da fala (“Cê” e “pra”). Desta forma, a alternativa correta é a letra A. O foco da questão é o momento da mudança no registro de fala.