O fragmento do Texto 4 “Todo rio tem seu leito,
suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além
de seu leito original provoca estragos [...] Tem a hora de
abrir e a hora de fechar as comportas.” pode nos remeter
à necessidade de uso racional de energia hidrelétrica,
para evitar a construção de novas usinas geradoras desse
tipo de energia. Uma das maneiras de se economizar
energia é a substituição de lâmpadas por outras equivalentes
e mais econômicas. Um fabricante informa que
uma lâmpada de LED de 10 W equivale a uma eletrônica
de 20 W ou a uma incandescente de 60 W. Suponha que
em uma residência sejam necessárias 50 lâmpadas com
qualquer das especificações citadas e que cada lâmpada
fique ligada 8 horas por dia. O dono da residência deseja
saber em quanto tempo a economia gerada por lâmpadas
de consumo mais econômico equivalerá à diferença do
valor usado na compra das 50 lâmpadas. Considere que
o valor unitário das lâmpadas seja de R$ 18,00 para as de
LED com 10 W, R$ 15,00 para as eletrônicas de 20 W e
R$ 8,00 para as incandescentes de 60 W, e que cada kWh
custe R$ 0,50. Em relação a essa questão, analise os itens
a seguir:
I - Seriam necessários 50 dias para as lâmpadas de LED
em relação às incandescentes.
II - Seriam necessários 75 dias para as lâmpadas de LED
em relação às eletrônicas
III - Seriam necessários 40 dias para as lâmpadas
eletrônicas em relação às incandescentes
Marque a alternativa que contém todos os itens corretos:
TEXTO 4
Não desejei a morte de minha filha. Ou desejei?
Aí é que reside a dúvida, é onde habita o nó
que nada nem ninguém no mundo tem o poder de
desatar. O inconsciente, desculpe-me a vulgaridade
do termo, minha filha, é uma merda. Sendo autônomo,
o inconsciente age por si, sem pedir licença nem
se revelar. Desejei ou não a morte de minha filha,
hein? Você pode responder a essa pergunta? Alguém
pode? Eu não posso. Busquei na fonte a resposta e ela
não veio. Como minha filha havia feito, busquei nas
águas do Cristal a cura imediata para uma dor que parecia
infinda. A ferida tinha sido cavada pelas águas,
então elas que tratassem de cicatrizá-la. O rio recusou
meu corpo, mas não a dor. Nem o aconselhamento.
Pediu tempo, apenas. Permaneci plantada no barranco,
juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas.
Disseram que eu tinha enlouquecido, talvez tivesse
mesmo. Em diálogo profundo, as águas me fizeram
compreender verdades para as quais eu nunca havia
me atinado. Todo rio tem seu leito, suas margens, seu
limite, toda vez que ele avança além de seu leito original
provoca estragos, descalabros. O rio de nossa
vida não é diferente. Ele também está sujeito a limitações intransponíveis. Existe você e você; seu campo
de visão, a capacidade de administrar o próprio caudal.
Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas.
Felicidade ou dor, a escolha é sua, depende do
grau de intensidade que você der a cada coisa. Hoje
posso dizer que me conheço um pouquinho, mesmo
assim, perguntas continuam sem resposta.
(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes.
Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)
TEXTO 4
Não desejei a morte de minha filha. Ou desejei? Aí é que reside a dúvida, é onde habita o nó que nada nem ninguém no mundo tem o poder de desatar. O inconsciente, desculpe-me a vulgaridade do termo, minha filha, é uma merda. Sendo autônomo, o inconsciente age por si, sem pedir licença nem se revelar. Desejei ou não a morte de minha filha, hein? Você pode responder a essa pergunta? Alguém pode? Eu não posso. Busquei na fonte a resposta e ela não veio. Como minha filha havia feito, busquei nas águas do Cristal a cura imediata para uma dor que parecia infinda. A ferida tinha sido cavada pelas águas, então elas que tratassem de cicatrizá-la. O rio recusou meu corpo, mas não a dor. Nem o aconselhamento. Pediu tempo, apenas. Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas. Disseram que eu tinha enlouquecido, talvez tivesse mesmo. Em diálogo profundo, as águas me fizeram compreender verdades para as quais eu nunca havia me atinado. Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além de seu leito original provoca estragos, descalabros. O rio de nossa vida não é diferente. Ele também está sujeito a limitações intransponíveis. Existe você e você; seu campo de visão, a capacidade de administrar o próprio caudal. Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas. Felicidade ou dor, a escolha é sua, depende do grau de intensidade que você der a cada coisa. Hoje posso dizer que me conheço um pouquinho, mesmo assim, perguntas continuam sem resposta.
(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)