A combinação de vários elementos naturais no Brasil gera uma grande diversidade de paisagens. Entretanto,
atualmente, observam-se inúmeros impactos ambientais decorrentes das atividades econômicas e do processo de
urbanização. Assinale a alternativa que relaciona corretamente cada fitogeografia brasileira aos seus respectivos
impactos ambientais:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A
Tema central: trata-se de biomas brasileiros e seus impactos ambientais decorrentes da ocupação humana. É preciso reconhecer características físicas (clima, vegetação, hidrografia) e relacioná‑las a pressões antrópicas típicas.
Resumo teórico sintético: a Mata Atlântica é uma floresta tropical densa que originalmente cobria o litoral do Sul ao Nordeste; por ser de encostas e áreas costeiras, a retirada de cobertura florestal favorece erosão, deslizamentos, assoreamento de rios e perda de biodiversidade (fonte: IBGE; SOS Mata Atlântica; MMA).
Justificativa da alternativa A: descreve corretamente a Mata Atlântica (extensão litorânea, vegetação densa) e lista impactos coerentes com sua história de exploração desde o período colonial: desmatamento em encostas => erosão e deslizamentos; assoreamento e poluição de cursos d'água; extinção de espécies. Essa correspondência entre causa (desmatamento/ocupação) e efeitos é factual e bem documentada.
Análise das incorretas
B – Caatinga: bioma semiárido com rios intermitentes e reservatórios naturais temporários. Os problemas típicos são desertificação, degradação do solo, manejo inadequado da água e perda de biodiversidade, não a poluição de mananciais hídricos perenes (estes são escassos). A ênfase em "poluição do ar e dos mananciais perenes" não condiz com o quadro geral da Caatinga.
C – Pantanal: é planície alagável sazonal (pulso de inundação natural), área de transição entre Amazônia, Cerrado e Chaco. Embora hidrelétricas e barragens na bacia possam alterar regimes hídricos, não se caracteriza por "alagamento constante" promovido por hidrelétricas que elimine toda a diversidade — os principais riscos reais são desmatamento na cabeceira, drenagem para agricultura, incêndios e poluição.
D – Campos (Pampa): vegetação de gramíneas e arbustos (pampa gaúcho). Suas ameaças reais incluem conversão para agricultura e silvicultura, pastoreio intensivo e perda de habitat. A alternativa exagera ao afirmar que o problema principal é “exacerbado extrativismo vegetal e mineral” — mineração não é a pressão dominante nem o quadro descrito é específico do bioma.
E – Floresta Amazônica: é vegetação equatorial com alta biodiversidade. Porém, a expansão agrícola predominante é voltada para gado e grãos (soja), não primariamente para rizicultura; além disso, o desmatamento ocorre em áreas de terra firme e várzea, não “apenas” nas matas de várzea. Portanto a afirmação é imprecisa.
Dica de prova: atente para termos absolutos (sempre, apenas, constante) e para a coerência entre características do bioma e impactos listados. Relacione fatos físicos (clima, hidrologia, relevo) às pressões socioeconômicas conhecidas.
Fontes consultadas: IBGE (mapas e descrições de biomas), SOS Mata Atlântica (relatórios de desmatamento), MMA/EMBRAPA (relatórios técnicos).
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