O Texto 6 apresenta uma situação do cotidiano
da cidade do Rio de Janeiro. Além dos acontecimentos
diários, outro aspecto nos chama atenção na paisagem
carioca: os morros, que por vezes formam notáveis monólitos,
que caracterizam a paisagem não só da capital
fluminense, mas de todo o estado. Acerca dessa paisagem,
das manifestações humanas e seus desdobramentos,
avalie os itens apresentados a seguir:
I-O estado do Rio de Janeiro está inserido no domínio
geomorfológico de Mares de Morros, os quais são
formados por grandes volumes rochosos expostos
pelo processo de soerguimento.
II-As ocupações, por vezes irregulares, nos sopés de
vertentes íngremes estão entre as principais causas
de acidentes gerados pelo desmoronamento de terra
em algumas áreas do Rio de Janeiro.
III-Em grande parte do domínio de Mares de Morros,
como na conhecida Região Serrana do Rio de Janeiro,
em anos de excepcionais elevados índices pluviométricos,
são recorrentes os desmoronamentos
de terra, que provocam prejuízos socioambientais
diversos.
IV-Os acidentes envolvendo os deslizamentos de terra
em encostas íngremes é um fenômeno tipicamente
urbano, praticamente inexistindo nas áreas rurais
do Rio de Janeiro.
Marque a alternativa que contém apenas afirmações corretas:
I-O estado do Rio de Janeiro está inserido no domínio geomorfológico de Mares de Morros, os quais são formados por grandes volumes rochosos expostos pelo processo de soerguimento.
II-As ocupações, por vezes irregulares, nos sopés de vertentes íngremes estão entre as principais causas de acidentes gerados pelo desmoronamento de terra em algumas áreas do Rio de Janeiro.
III-Em grande parte do domínio de Mares de Morros, como na conhecida Região Serrana do Rio de Janeiro, em anos de excepcionais elevados índices pluviométricos, são recorrentes os desmoronamentos de terra, que provocam prejuízos socioambientais diversos.
IV-Os acidentes envolvendo os deslizamentos de terra em encostas íngremes é um fenômeno tipicamente urbano, praticamente inexistindo nas áreas rurais do Rio de Janeiro.
Marque a alternativa que contém apenas afirmações corretas:
TEXTO 6
[…]
Amado (na sua euforia profissional) – Cunha,
escuta. Vi um caso agora. Ali, na praça da
Bandeira. Um caso que. Cunha, ouve. Esse caso
pode ser a tua salvação!
Cunha (num lamento) – Estou mais sujo do que pau
de galinheiro!
Amado (incisivo e jocundo) – Porque você é uma
besta, Cunha. Você é o delegado mais burro do
Rio de Janeiro.
(Cunha ergue-se.)
Cunha (entre ameaçador e suplicante) – Não pense
que. Você não se ofende, mas eu me ofendo.
Amado (jocundo) – Senta!
(Cunha obedece novamente.)
Cunha (com um esgar de choro) – Te dou um tiro!
Amado – Você não é de nada. Então, dá. Dá!
Quedê?
Cunha – Qual é o caso?
Amado – Olha. Agorinha, na praça da Bandeira.
Um rapaz foi atropelado. Estava juntinho
de mim. Nessa distância. O fato é que caiu.
Vinha um lotação raspando. Rente ao meio-fio.
Apanha o cara. Em cheio. Joga longe. Há aquele
bafafá. Corre pra cá, pra lá. O sujeito estava lá,
estendido, morrendo.
Cunha (que parece beber as palavras do repórter) –
E daí?
Amado (valorizando o efeito culminante) – De
repente, um outro cara aparece, ajoelha-se
no asfalto, ajoelha-se. Apanha a cabeça do
atropelado e dá-lhe um beijo na boca.
CUNHA (confuso e insatisfeito) – Que mais?
Amado (rindo) – Só.
Cunha (desorientado) – Quer dizer que. Um sujeito
beija outro na boca e. Não houve mais nada. Só
isso?
(Amado ergue-se. Anda de um lado para outro.
Estaca, alarga o peito.)
Amado – Só isso!
Cunha – Não entendo.
Amado (abrindo os braços para o teto) – Sujeito
burro! (para o delegado) Escuta, escuta! Você não
quer se limpar? Hein? Não quer se limpar?
Cunha – Quero!
Amado – Pois esse caso.
Cunha – Mas ...
Amado – Não interrompe! Ou você não percebe?
Escuta […]
(RODRIGUES, Nelson. O beijo no asfalto. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 12/13.)
TEXTO 6
[…]
Amado (na sua euforia profissional) – Cunha,
escuta. Vi um caso agora. Ali, na praça da Bandeira. Um caso que. Cunha, ouve. Esse caso pode ser a tua salvação!
Cunha (num lamento) – Estou mais sujo do que pau de galinheiro!
Amado (incisivo e jocundo) – Porque você é uma besta, Cunha. Você é o delegado mais burro do Rio de Janeiro.
(Cunha ergue-se.)
Cunha (entre ameaçador e suplicante) – Não pense que. Você não se ofende, mas eu me ofendo.
Amado (jocundo) – Senta!
(Cunha obedece novamente.)
Cunha (com um esgar de choro) – Te dou um tiro!
Amado – Você não é de nada. Então, dá. Dá!
Quedê?
Cunha – Qual é o caso?
Amado – Olha. Agorinha, na praça da Bandeira. Um rapaz foi atropelado. Estava juntinho de mim. Nessa distância. O fato é que caiu. Vinha um lotação raspando. Rente ao meio-fio. Apanha o cara. Em cheio. Joga longe. Há aquele bafafá. Corre pra cá, pra lá. O sujeito estava lá, estendido, morrendo.
Cunha (que parece beber as palavras do repórter) – E daí?
Amado (valorizando o efeito culminante) – De repente, um outro cara aparece, ajoelha-se no asfalto, ajoelha-se. Apanha a cabeça do atropelado e dá-lhe um beijo na boca.
CUNHA (confuso e insatisfeito) – Que mais?
Amado (rindo) – Só.
Cunha (desorientado) – Quer dizer que. Um sujeito beija outro na boca e. Não houve mais nada. Só isso?
(Amado ergue-se. Anda de um lado para outro. Estaca, alarga o peito.)
Amado – Só isso!
Cunha – Não entendo.
Amado (abrindo os braços para o teto) – Sujeito burro! (para o delegado) Escuta, escuta! Você não quer se limpar? Hein? Não quer se limpar?
Cunha – Quero!
Amado – Pois esse caso.
Cunha – Mas ...
Amado – Não interrompe! Ou você não percebe?
Escuta […]
(RODRIGUES, Nelson. O beijo no asfalto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 12/13.)