O trecho do Texto 6 “Te dou um tiro!” indica a possibilidade
de uso de arma de fogo. No estudo balístico,
temos a análise do poder de impacto de projéteis com
alvos e dos danos causados por esse impacto. Para se
analisar os efeitos de impactos, pode-se usar diferentes
projéteis e diferentes alvos. Para se determinar a velocidade
no momento de impacto, um projétil de 25 gramas
é disparado horizontalmente contra um bloco cúbico de
argila de 10 kg de massa, que está fixo num determinado
local. Sabe-se que o projétil chega ao repouso após penetrar
15 cm no bloco de argila e que a força média que
a argila exerce sobre o projétil é de 3 × 104
N. Considerando-se
que o bloco de argila permaneça em repouso,
a velocidade do projétil no momento do impacto com o
bloco tem o valor de (marque a alternativa correta):
TEXTO 6
[…]
Amado (na sua euforia profissional) – Cunha,
escuta. Vi um caso agora. Ali, na praça da
Bandeira. Um caso que. Cunha, ouve. Esse caso
pode ser a tua salvação!
Cunha (num lamento) – Estou mais sujo do que pau
de galinheiro!
Amado (incisivo e jocundo) – Porque você é uma
besta, Cunha. Você é o delegado mais burro do
Rio de Janeiro.
(Cunha ergue-se.)
Cunha (entre ameaçador e suplicante) – Não pense
que. Você não se ofende, mas eu me ofendo.
Amado (jocundo) – Senta!
(Cunha obedece novamente.)
Cunha (com um esgar de choro) – Te dou um tiro!
Amado – Você não é de nada. Então, dá. Dá!
Quedê?
Cunha – Qual é o caso?
Amado – Olha. Agorinha, na praça da Bandeira.
Um rapaz foi atropelado. Estava juntinho
de mim. Nessa distância. O fato é que caiu.
Vinha um lotação raspando. Rente ao meio-fio.
Apanha o cara. Em cheio. Joga longe. Há aquele
bafafá. Corre pra cá, pra lá. O sujeito estava lá,
estendido, morrendo.
Cunha (que parece beber as palavras do repórter) –
E daí?
Amado (valorizando o efeito culminante) – De
repente, um outro cara aparece, ajoelha-se
no asfalto, ajoelha-se. Apanha a cabeça do
atropelado e dá-lhe um beijo na boca.
CUNHA (confuso e insatisfeito) – Que mais?
Amado (rindo) – Só.
Cunha (desorientado) – Quer dizer que. Um sujeito
beija outro na boca e. Não houve mais nada. Só
isso?
(Amado ergue-se. Anda de um lado para outro.
Estaca, alarga o peito.)
Amado – Só isso!
Cunha – Não entendo.
Amado (abrindo os braços para o teto) – Sujeito
burro! (para o delegado) Escuta, escuta! Você não
quer se limpar? Hein? Não quer se limpar?
Cunha – Quero!
Amado – Pois esse caso.
Cunha – Mas ...
Amado – Não interrompe! Ou você não percebe?
Escuta […]
(RODRIGUES, Nelson. O beijo no asfalto. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 12/13.)
TEXTO 6
[…]
Amado (na sua euforia profissional) – Cunha,
escuta. Vi um caso agora. Ali, na praça da Bandeira. Um caso que. Cunha, ouve. Esse caso pode ser a tua salvação!
Cunha (num lamento) – Estou mais sujo do que pau de galinheiro!
Amado (incisivo e jocundo) – Porque você é uma besta, Cunha. Você é o delegado mais burro do Rio de Janeiro.
(Cunha ergue-se.)
Cunha (entre ameaçador e suplicante) – Não pense que. Você não se ofende, mas eu me ofendo.
Amado (jocundo) – Senta!
(Cunha obedece novamente.)
Cunha (com um esgar de choro) – Te dou um tiro!
Amado – Você não é de nada. Então, dá. Dá!
Quedê?
Cunha – Qual é o caso?
Amado – Olha. Agorinha, na praça da Bandeira. Um rapaz foi atropelado. Estava juntinho de mim. Nessa distância. O fato é que caiu. Vinha um lotação raspando. Rente ao meio-fio. Apanha o cara. Em cheio. Joga longe. Há aquele bafafá. Corre pra cá, pra lá. O sujeito estava lá, estendido, morrendo.
Cunha (que parece beber as palavras do repórter) – E daí?
Amado (valorizando o efeito culminante) – De repente, um outro cara aparece, ajoelha-se no asfalto, ajoelha-se. Apanha a cabeça do atropelado e dá-lhe um beijo na boca.
CUNHA (confuso e insatisfeito) – Que mais?
Amado (rindo) – Só.
Cunha (desorientado) – Quer dizer que. Um sujeito beija outro na boca e. Não houve mais nada. Só isso?
(Amado ergue-se. Anda de um lado para outro. Estaca, alarga o peito.)
Amado – Só isso!
Cunha – Não entendo.
Amado (abrindo os braços para o teto) – Sujeito burro! (para o delegado) Escuta, escuta! Você não quer se limpar? Hein? Não quer se limpar?
Cunha – Quero!
Amado – Pois esse caso.
Cunha – Mas ...
Amado – Não interrompe! Ou você não percebe?
Escuta […]
(RODRIGUES, Nelson. O beijo no asfalto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 12/13.)