Para todas as categorias de “furacões”, quanto maior
a velocidade dos ventos, menor é a pressão
atmosférica local.
A escala Saffir/Simpson (1974), apresentada no quadro a
seguir, é utilizada pela Agência Nacional Norte Americana de Administração da Atmosfera e do Oceano.
Essa escala classifica os “furacões” em cinco categorias e
relaciona a velocidade dos ventos, a pressão atmosférica
local e a elevação local do nível do mar, quando ocorre
esse tipo de tempestade. Considerando essas informações
e a tabela a seguir, assinale o que for correto.
Categoria : 1
Velocidade
dos ventos
(km/h) : 119 a 153
Pressão
atmosférica
local
(mmHg) : Maior que 735
Elevação
local do
nível do
mar (m) : 1,2 a 1,6
Categoria : 2
Velocidade dos ventos (km/h) : 154 a 177
Pressão atmosférica local (mmHg) :734 a 724
Elevação local do nível do mar (m) :1,7 a 2,5
Categoria : 3
Velocidade dos ventos (km/h) : 178 a 210
Pressão atmosférica local (mmHg) : 723 a 708
Elevação local do nível do mar (m) : 2,6 a 3,8
Categoria : 4
Velocidade dos ventos (km/h) : 211 a 249
Pressão atmosférica local (mmHg) : 707 a 690
Elevação local do nível do mar (m) : 3,9 a 5,5
Categoria : 5
Velocidade dos ventos (km/h) : Maior que
249
Pressão atmosférica local (mmHg) : Menor que
690
Elevação local do nível do mar (m) : Maior que
5,5
Gabarito comentado
Resposta: C — Certo
Tema central: a relação entre velocidade dos ventos e pressão central em ciclones tropicais, conforme a escala Saffir–Simpson. Esse tema é essencial em geografia física e meteorologia porque explica por que tempestades mais intensas provocam ventos mais fortes e maiores impactos costeiros.
Resumo teórico: o vento em um ciclone é gerado pela força do gradiente de pressão — quanto maior a diferença de pressão entre o centro da tempestade e as áreas circunvizinhas, mais íngreme é o gradiente e maior a velocidade do vento. Em ciclones intensos, o centro apresenta pressões muito baixas, o que aumenta o gradiente de pressão e, consequentemente, os ventos. Conceitos úteis: gradiente de pressão, equilíbrio de gradiente (balanceamento entre pressão e forças centrífuga/Coriolis) e a prática meteorológica usada na escala Saffir–Simpson. Fontes: NOAA/NHC — Saffir–Simpson Hurricane Wind Scale; livros introdutórios de meteorologia (ex.: Ahrens, Meteorology Today).
Justificativa objetiva: a afirmativa diz que "para todas as categorias de furacões, quanto maior a velocidade dos ventos, menor é a pressão atmosférica local". Observando a própria escala (valores por categoria), nota‑se que, ao subir de categoria (ventos maiores), os intervalos de pressão indicados diminuem progressivamente. Isso é uma expressão direta do princípio físico do gradiente de pressão: furacões mais intensos têm centros de pressão mais baixa e, portanto, ventos mais fortes. Logo, a afirmativa é correta.
Dica de prova: ao enfrentar afirmações do tipo "quanto maior X, menor Y", procure na tabela a monotonicidade dos intervalos; se os intervalos mostram variação consistente (aumentos de X associados a diminuições de Y), a afirmação tende a ser verdadeira. Aqui a tabela da Saffir–Simpson fornece exatamente essa evidência.
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