Questão a628dbce-d4
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Analise alguns termos do vocabulário em uso no Texto
3, considerando, inclusivamente, os contextos em que
eles aparecem.
1) “Respondo no mesmo tom evasivo”, quer dizer no
mesmo tom contundente.
2) “Conheço a faina dos homens empoeirados que
lá labutam.”, isto é, a lida dos homens que lá
trabalham.
3) “o talento daquele escultor de estátuas
equestres”, isto é, estátuas em pedra.
4) “rotinas que servem para quebrar o gelo”, isto é,
para descontrair.
Estão corretos os comentários feitos em:
Analise alguns termos do vocabulário em uso no Texto
3, considerando, inclusivamente, os contextos em que
eles aparecem.
1) “Respondo no mesmo tom evasivo”, quer dizer no mesmo tom contundente.
2) “Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam.”, isto é, a lida dos homens que lá trabalham.
3) “o talento daquele escultor de estátuas equestres”, isto é, estátuas em pedra.
4) “rotinas que servem para quebrar o gelo”, isto é, para descontrair.
Estão corretos os comentários feitos em:
1) “Respondo no mesmo tom evasivo”, quer dizer no mesmo tom contundente.
2) “Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam.”, isto é, a lida dos homens que lá trabalham.
3) “o talento daquele escultor de estátuas equestres”, isto é, estátuas em pedra.
4) “rotinas que servem para quebrar o gelo”, isto é, para descontrair.
Estão corretos os comentários feitos em:
TEXTO 3
O canteiro de palavras
Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o
simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento
habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem
para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre
desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera
compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me
policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.
– Vivo de escrever. – Respondo no mesmo tom evasivo,
tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar
enrugado. (...)
– Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável
orgulho de quem detém um dote raro.
Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir
algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos
da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a
quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para
não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é
estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a
faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em
quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e
pensando na célebre fábula sobre “a tenacidade de nossas
ações”, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem
exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o
seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o
homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas
de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na
centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E
eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre,
mas todas as que vieram antes”.
Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque,
não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela
centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do
dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de
servir à construção literária planejada. Nem sempre se
consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o
talento daquele escultor de estátuas equestres que
explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição:
– Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.
(Nilson de Souza. Zero Hora. 17/7/1996).
TEXTO 3
Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.
– Vivo de escrever. – Respondo no mesmo tom evasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. (...)
– Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro.
Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e pensando na célebre fábula sobre “a tenacidade de nossas ações”, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes”.
Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque, não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas equestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição:
– Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.
O canteiro de palavras
Qual é o seu ofício – me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão.
– Vivo de escrever. – Respondo no mesmo tom evasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. (...)
– Eu sou cortador de pedras – me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro.
Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos canteiros e pensando na célebre fábula sobre “a tenacidade de nossas ações”, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: “Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes”.
Pois escrever, me dou conta enquanto preencho o cheque, não deixa de ser um processo semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas equestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição:
– Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo.
(Nilson de Souza. Zero Hora. 17/7/1996).
A
1, 2, 3 e 4
B
1, 2 e 3 apenas
C
1, 2 e 4 apenas
D
2 e 3 apenas
E
2 e 4 apenas