O enredo de Memórias de um sargento de milícias é situado na época em que o rei D. João VI havia fugido para o Brasil. Nesse sentido, a contextualização histórica do romance remete a uma época marcada

Alternativa correta: A

Tema central: Identificar a contextualização histórica e social de Memórias de um sargento de milícias (Manuel Antônio de Almeida) — romance ambientado no Rio de Janeiro da chegada da família real — e reconhecer como o texto descreve a vida urbana, costumes e festas populares da cidade.

Resumo teórico (claro e progressivo): O romance, publicado em 1854, situa-se no início do século XIX e é marcado pelo costumbrismo e pela ironia. Em vez de abordar grandes lutas políticas, a narrativa privilegia a representação da vida cotidiana carioca — bairros, festas, tipos sociais e linguajar popular — característica da prosa realista-costumbrista que antecede o Romantismo pleno no Brasil. Fonte básica: Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias; leitura crítica: Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira.

Justificativa da alternativa A: O enredo privilegia a cena urbana do Rio e descreve festas populares (como o capítulo “Domingo do Espírito Santo”), procissões e celebrações que revelam costumes locais. Portanto, a alternativa A é correta por associar corretamente o romance ao crescimento e à vida pública urbana carioca e às festas populares retratadas.

Análise das alternativas incorretas:

B — Incorreta. A Guarda Nacional é criação posterior (contexto da década de 1830) e a patente de “sargento de milícias” no romance refere‑se a estruturas militares locais e milícias urbanas do período colonial/imperial inicial, não à criação institucional da Guarda Nacional como explicação direta.

C — Incorreta. O livro não tem foco na economia de exportação (café/açúcar) nem em beneficiamento de personagens ligados a essas atividades; concentra‑se na vida urbana e nas classes populares do Rio, não em grandes plantações.

D — Incorreta. Não há no romance um tom de protesto generalizado contra o domínio português; a obra é eminentemente picaresca e satírica, interessada em costumes e tipos, e não num discurso revolucionário explícito contra Portugal.

Dica de prova: Procure no enunciado por marcas temporais (reis, eventos) e por pistas de ambiente (urbano vs. rural; festas vs. economia de exportação). Relacione essas pistas ao conteúdo do romance (capítulos, tipos sociais) antes de escolher.

Fontes sugeridas: Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias; Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira; enciclopédias literárias sobre o Romantismo e o costumbrismo no Brasil.

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