Em “[Einstein] mostrou que a presença de massa (ou de energia)
também influencia a passagem do tempo, embora esse
efeito seja irrelevante em nosso dia a dia.” (4o
parágrafo), a
conjunção destacada pode ser substituída, sem prejuízo para
o sentido do texto, por:
Leia um trecho do artigo “Reflexões sobre o tempo e a origem
do Universo”, do físico brasileiro Marcelo Gleiser.
Qualquer discussão sobre o tempo deve começar com
uma análise de sua estrutura, que, por falta de melhor expressão,
devemos chamar de “temporal”. É comum dividirmos
o tempo em passado, presente e futuro. O passado é o
que vem antes do presente e o futuro é o que vem depois. Já
o presente é o “agora”, o instante atual.
Isso tudo parece bastante óbvio, mas não é. Para definirmos
passado e futuro, precisamos definir o presente. Mas,
segundo nossa separação estrutural, o presente não pode ter
duração no tempo, pois nesse caso poderíamos definir um
período no seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos
coerentes em nossas definições, o presente não pode
ter duração no tempo. Ou seja, o presente não existe!
A discussão acima nos leva a outra questão, a da origem
do tempo. Se o tempo teve uma origem, então existiu um
momento no passado em que ele passou a existir. Segundo
nossas modernas teorias cosmogônicas, que visam explicar
a origem do Universo, esse momento especial é o momento
da origem do Universo “clássico”. A expressão “clássico” é
usada em contraste com “quântico”, a área da física que lida
com fenômenos atômicos e subatômicos.
[...]
As descobertas de Einstein mudaram profundamente
nossa concepção do tempo. Em sua teoria da relatividade
geral, ele mostrou que a presença de massa (ou de energia)
também influencia a passagem do tempo, embora esse efeito
seja irrelevante em nosso dia a dia. O tempo relativístico
adquire uma plasticidade definida pela realidade física à sua
volta. A coisa se complica quando usamos a relatividade geral
para descrever a origem do Universo.
(Folha de S.Paulo, 07.06.1998.)
Leia um trecho do artigo “Reflexões sobre o tempo e a origem do Universo”, do físico brasileiro Marcelo Gleiser.
Qualquer discussão sobre o tempo deve começar com uma análise de sua estrutura, que, por falta de melhor expressão, devemos chamar de “temporal”. É comum dividirmos o tempo em passado, presente e futuro. O passado é o que vem antes do presente e o futuro é o que vem depois. Já o presente é o “agora”, o instante atual.
Isso tudo parece bastante óbvio, mas não é. Para definirmos passado e futuro, precisamos definir o presente. Mas, segundo nossa separação estrutural, o presente não pode ter duração no tempo, pois nesse caso poderíamos definir um período no seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos coerentes em nossas definições, o presente não pode ter duração no tempo. Ou seja, o presente não existe!
A discussão acima nos leva a outra questão, a da origem do tempo. Se o tempo teve uma origem, então existiu um momento no passado em que ele passou a existir. Segundo nossas modernas teorias cosmogônicas, que visam explicar a origem do Universo, esse momento especial é o momento da origem do Universo “clássico”. A expressão “clássico” é usada em contraste com “quântico”, a área da física que lida com fenômenos atômicos e subatômicos.
[...]
As descobertas de Einstein mudaram profundamente nossa concepção do tempo. Em sua teoria da relatividade geral, ele mostrou que a presença de massa (ou de energia) também influencia a passagem do tempo, embora esse efeito seja irrelevante em nosso dia a dia. O tempo relativístico adquire uma plasticidade definida pela realidade física à sua volta. A coisa se complica quando usamos a relatividade geral para descrever a origem do Universo.
(Folha de S.Paulo, 07.06.1998.)