Leia a notícia em 11.02.2014 para responder à  questão.

As chuvas torrenciais que costumam causar tormentas nesta época do ano em diversas cidades brasileiras desapareceram neste verão. O lugar delas foi tomado por uma seca considerada atípica e por muito calor. Este é, sem dúvida, um verão de recordes. São Paulo registra há mais de 48 dias seguidos temperaturas máximas acima dos 30 oC, mais do que as médias históricas dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro registradas nos verões dos últimos 20 anos.

(http://brasil.elpais.com. Adaptado.)

Considerando conhecimentos geográficos sobre as formas de uso dos recursos hídricos brasileiros, é correto afirmar que, dentre as consequências associadas ao cenário apresentado pela região Centro-Sul do Brasil em janeiro e fevereiro de 2014, estão

Resposta: Alternativa B

Tema central: efeitos de uma seca atípica no Centro‑Sul (verão 2014) sobre o uso dos recursos hídricos e a geração de energia. É preciso relacionar a redução de chuvas com impacto no abastecimento urbano e na operação de hidrelétricas.

Resumo teórico: em sistemas com vazões reduzidas, os reservatórios perdem armazenamento, diminuindo a capacidade de geração hidrelétrica e a oferta de água para consumo. Em curto prazo as medidas mais comuns são racionamento/restrição no fornecimento e priorização de usos essenciais (abastecimento humano). Fontes: ANA, ONS (Agência Nacional de Águas; Operador Nacional do Sistema).

Por que a alternativa B é correta: seca prolongada → menor recarga de rios e reservatórios → necessidade de racionamento em áreas urbanas e queda na produção das usinas hidrelétricas por falta de água disponível para turbinas. Esse encadeamento é o efeito direto esperado e foi observado em crises hídricas no Brasil (ex.: 2014‑2015).

Análise das incorretas:

A: menciona "esgotamento dos recursos hídricos" (termo demasiadamente absoluto) e "ampliação imediata da geração por solar e eólica" — a substituição por fontes alternativas é uma adaptação de médio/longo prazo, não consequência imediata da seca.

C: afirma "redução da produção industrial" e "aumento do abastecimento de água" — a indústria pode ser afetada, mas a consequência mais direta é restrição no abastecimento, não seu aumento; frase contraditória.

D: "extinção do abastecimento público" é exagero; interrupções locais e racionamento ocorrem, mas não extinção generalizada. Medidas socioeducativas existem, mas são complementares, não a consequência principal.

E: compromete a produção agropecuária (parcialmente verdadeiro), mas a ideia de "reserva de água para abastecimento exclusivo das usinas hidrelétricas" é equivocada — em crise há conflito de usos; prioriza‑se consumo humano, não exclusividade para usinas.

Dica de prova: busque o efeito imediato e direto do evento climático. Desconfie de alternativas com termos absolutos (extinção, exclusivo, esgotamento total) ou que misturem causas e soluções de curto x longo prazo.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!