No segmento: “A identificação do aquecimento global
como de origem antrópica”, a palavra em negrito
significa que ‘este tipo de aquecimento’:
Ciência e aquecimento global
1. O que até recentemente parecia ficção tomou forma na
realidade como desafio que exige – se não solução
imediata, algo bem provável – ao menos encaminhamento
promissor.
2. O aquecimento global, como consequência da liberação
crescente na atmosfera de gases de efeito estufa, é o maior
impacto ambiental da história da civilização, o que não
significa que aponte para o final dos tempos. (...)
3. O conhecimento científico tem participação ampla e
profunda tanto no processo de aquecimento da Terra como
nos encaminhamentos para evitar uma tragédia de
proporções inéditas para a humanidade. Foram avanços de
natureza científica – particularmente na termodinâmica, o
estudo das transformações da energia – que permitiram a
substituição de músculos humanos e animais pelas
engrenagens das máquinas. Este mesmo conhecimento
advertiu, já no século XIX, para o praticamente inevitável
aquecimento futuro da atmosfera por elementos tão
insuspeitos quanto vapor d’água e dióxido de carbono.
4. As manchetes dos jornais, anunciando a identificação do
aquecimento global a partir de atividades humanas, fizeram
do dióxido de carbono um vilão quase indefensável ao
longo dos últimos meses. A verdade, no entanto, é que este
gás é imprescindível para a vida como a conhecemos e,
além disso, atua como cobertor químico, para fazer da
Terra o mundo aconchegante que ela é.
5. Quais as possibilidades de o atual conhecimento
científico permitir uma reversão deste processo, ainda que
nem tudo volte a ser como antes?
6. A identificação do aquecimento global como de origem
antrópica, devidamente separada de causas naturais que já
foram responsáveis por esta ocorrência mais de uma vez
na história da Terra, certamente não deve passar
despercebida. Assim, o obstáculo maior, ao que tudo indica,
não está no estoque de conhecimentos – promissores ainda
que não ilimitados – mas na necessidade de mudança de
hábitos, pela primeira vez na história da civilização, de toda
a humanidade.
(Ponto de Vista. Scientific American Brasil, São Paulo: Ed.
Especial, dez. 2003, p. 7)
Ciência e aquecimento global
1. O que até recentemente parecia ficção tomou forma na realidade como desafio que exige – se não solução imediata, algo bem provável – ao menos encaminhamento promissor.
2. O aquecimento global, como consequência da liberação crescente na atmosfera de gases de efeito estufa, é o maior impacto ambiental da história da civilização, o que não significa que aponte para o final dos tempos. (...)
3. O conhecimento científico tem participação ampla e profunda tanto no processo de aquecimento da Terra como nos encaminhamentos para evitar uma tragédia de proporções inéditas para a humanidade. Foram avanços de natureza científica – particularmente na termodinâmica, o estudo das transformações da energia – que permitiram a substituição de músculos humanos e animais pelas engrenagens das máquinas. Este mesmo conhecimento advertiu, já no século XIX, para o praticamente inevitável aquecimento futuro da atmosfera por elementos tão insuspeitos quanto vapor d’água e dióxido de carbono.
4. As manchetes dos jornais, anunciando a identificação do aquecimento global a partir de atividades humanas, fizeram do dióxido de carbono um vilão quase indefensável ao longo dos últimos meses. A verdade, no entanto, é que este gás é imprescindível para a vida como a conhecemos e, além disso, atua como cobertor químico, para fazer da Terra o mundo aconchegante que ela é.
5. Quais as possibilidades de o atual conhecimento científico permitir uma reversão deste processo, ainda que nem tudo volte a ser como antes?
6. A identificação do aquecimento global como de origem antrópica, devidamente separada de causas naturais que já foram responsáveis por esta ocorrência mais de uma vez na história da Terra, certamente não deve passar despercebida. Assim, o obstáculo maior, ao que tudo indica, não está no estoque de conhecimentos – promissores ainda que não ilimitados – mas na necessidade de mudança de hábitos, pela primeira vez na história da civilização, de toda a humanidade.
(Ponto de Vista. Scientific American Brasil, São Paulo: Ed. Especial, dez. 2003, p. 7)