Em nome da Segurança Nacional, foram realizados seqüestros, prisões, torturas e encarceramentos em campos de concentração, para quem se manifestou contra o governo. Logo no início do regime foi feita queima dos acervos das bibliotecas públicas e particulares. Essa realidade durou até 1989, quando, por pressão internacional, foi realizado um plebiscito no qual o povo deveria optar pela permanência do governante por mais cinco anos. O plebiscito foi realizado e ficou conhecido historicamente como “El Plebiscito del No”, já que a maioria do povo disse não à permanência do regime, implantado com o apoio da CIA.
O relato é parte da história
O relato é parte da história
Gabarito comentado
Alternativa correta: E — Chile
Tema central: regime militar de Augusto Pinochet no Chile (golpe de 1973), violação de direitos humanos (seqüestros, prisões, tortura, campos de detenção como Villa Grimaldi e Londres 38), censura cultural e o plebiscito de 1988 — conhecido como “El Plebiscito del No” — que abriu o caminho para a redemocratização.
Resumo teórico e fontes: Em 11 de setembro de 1973 o governo constitucional de Salvador Allende foi derrubado por um golpe liderado pelo general Augusto Pinochet. Seguiu-se política de repressão sistemática documentada pelas Comissões oficiais: Comissão Nacional sobre Prisões e Tortura (Comissão Valech, 2004) e Comissão Nacional sobre a Verdade e Reconciliação (Relatório Rettig, 1991). Documentos desclassificados mostram apoio logístico e político dos EUA/CIA ao golpe e às políticas anticomunistas (National Security Archive).
Justificativa da resposta: O enunciado menciona expressamente o “Plebiscito del No” — termo histórico e específico do plebiscito chileno de 5 de outubro de 1988, em que a opção “No” venceu e impediu a prorrogação do mandato de Pinochet. A combinação de: (1) repressão em campos de concentração e tortura, (2) censura e queima de acervos culturais, e (3) apoio da CIA ao golpe, identifica univocamente o Chile sob Pinochet.
Análise das alternativas incorretas:
Argentina: Também viveu uma ditadura violenta (1976–1983) com desaparecimentos e tortura, mas não teve o “Plebiscito del No” de 1988; sua transição ocorreu antes, com processo interno e julgamento dos militares posteriormente (Relatório CONADEP).
Colômbia: conflito armado interno e violência política, mas não houve regime militar com plebiscito similar nem política de queima generalizada de acervos patrocinada pelo Estado.
Bolívia: série de golpes e ditaduras militares em outras décadas, porém sem o evento específico do plebiscito de 1988 e o contexto descrito.
Venezuela: teve ditaduras (ex.: Pérez Jiménez nos anos 1950) mas não corresponde ao conjunto de sinais do enunciado nem ao plebiscito “No” de 1988.
Dica de interpretação: procure palavras-chave únicas (aqui: “Plebiscito del No”, “CIA”, “campos de concentração” com nomes como Villa Grimaldi) — elas costumam identificar o país-alvo. Verifique datas e órgãos oficiais (Rettig, Valech) para confirmação.
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