Questão 899bee9b-fd
Prova:UNICENTRO 2017
Disciplina:Sociologia
Assunto:Cidadania e movimentos sociais

Sobre o contexto histórico e social do movimento protestante, considere as afirmativas abaixo.

I) Muita convulsão política, social e religiosa havia no final da Idade Média, revoltas dos camponeses, guerras, epidemias, o declínio do Feudalismo e da liderança dos Papas e da Igreja. A população se ressentia dos abusos da Igreja e da sua falta de propósitos e corrupção.
II) Muita violência, baixa expectativa de vida, contrastes e desigualdades sociais e econômicas às vésperas da Reforma, havia até mesmo certa revolta com a chamada “matemática da salvação” ou “religiosidade contábil” que tratava pecados como débitos e as boas obras como créditos e a venda de “indulgências” para perdão das penas temporais do pecado.
III) Nos séculos XIV e XV, alguns movimentos esporádicos de protestos surgiram contra os ensinos e práticas da Igreja medieval e alguns líderes foram chamados de pré-reformadores: João Wycliff (1325-1384), João Huss (1372-1415) e Jerônimo Savonarola (1452-1498), por combaterem irregularidades e imoralidades do Clero, condenar superstições, peregrinações, veneração de santos, celibato e as pretensões papais.

Está correto o contido em:

A
I apenas
B
II apenas
C
III apenas
D
I e II apenas
E
I, II e III

Gabarito comentado

V
Vitor CarvalhoMonitor do Qconcursos

Resposta correta: E - I, II e III

Tema central: o enunciado trata do contexto histórico-social que preparou o terreno para a Reforma Protestante: crises da Idade Média, práticas religiosas contestadas (como as indulgências) e a existência de pré-reformadores.

Resumo teórico (claro e progressivo):

- Final da Idade Média: choque de epidemias (Peste Negra), guerras (ex.: Guerra dos Cem Anos), revoltas camponesas e enfraquecimento do feudalismo; crise de autoridade papal (Cativeiro Babilônico, Grande Cisma) e percepção de corrupção clerical.

- Práticas religiosas criticadas: a comercialização da salvação (venda de indulgências) e a ideia de que boas obras/obras religiosas eram tratadas quase como “créditos”. Essas práticas alimentaram rejeições e pedidos de reforma.

- Pré-reformadores: intelectuais e líderes — como João Wycliffe, João Huss e Savonarola — anteciparam críticas à Igreja medieval, atacando superstições, abuso do clero e pretensões papais, preparando terreno intelectual e popular para Lutero e outros.

Fontes indicadas: Diarmaid MacCulloch, The Reformation; estudos sobre Wycliffe e Huss (Oxford Reference); sínteses de história medieval e da Igreja.

Justificativa da alternativa correta (E): Todas as três afirmações reproduzem, de forma concisa e correta, aspectos reconhecidos pela historiografia: I descreve corretamente as convulsões sociais e a crise de autoridade; II aponta práticas religiosas especificamente criticadas (indulgências e visão contábil da salvação); III identifica figuras historicamente reconhecidas como pré-reformadoras e suas críticas. Assim, I, II e III estão corretas.

Análise das alternativas incorretas:

- A (I apenas): incorreta porque II e III também apresentam informações verdadeiras e relevantes.

- B (II apenas): incorreta porque I e III também estão historicamente corretas.

- C (III apenas): incorreta por mesma razão — I e II também valem.

- D (I e II apenas): incorreta pois omite que houve pré-reformadores relevantes (III) que influenciaram o processo.

Estratégia de prova: busque palavras-chave (ex.: indulgências, pré-reformadores, crise do final da Idade Média). Se todas as afirmações tratam de aspectos distintos e comprováveis pelo conhecimento histórico, a resposta tende a ser “todas corretas”. Evite eliminar alternativas apenas por parecerem “muito gerais”.

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