A noção de gênero consiste em uma categoria de análise fundamental para os estudos contemporâneos destinados
à compreensão da dominação masculina e às representações sociais do feminino e masculino.
Com base na afirmação acima, conclui-se que:
Gabarito comentado
Alternativa correta: C
Tema central: gênero como categoria analítica para entender a dominação masculina e as representações do feminino e do masculino — ou seja, a ideia de que as diferenças entre homens e mulheres não são apenas biológicas, mas também socialmente construídas.
Resumo teórico e conceitos-chave (claro e progressivo):
Sexo = características biológicas e anatômicas. Gênero = papéis, normas, expectativas e representações socialmente produzidas sobre o que é “ser homem” ou “ser mulher”. Autoras e autores básicos: Simone de Beauvoir (contextualiza diferenças sociais), Ann Oakley (1972) — distinção sexo/gênero, Judith Butler (1990) — gênero como performance e construção social. Organizações como a OMS e ONU também distinguem sexo e gênero em suas definições.
Por que a alternativa C é correta:
A alternativa afirma que a noção de gênero envolve a concepção da distinção entre os sexos como construção social. Isso corresponde exatamente ao sentido da categoria 'gênero' na sociologia contemporânea: não negar as dimensões biológicas, mas explicar como significados, papéis e desigualdades são produzidos socialmente. É essa perspectiva que permite analisar a dominação masculina e as representações do feminino/masculino.
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta. Dizer que “gênero substituiu o termo sexo para caracterização anátomo‑fisiológica” confunde os conceitos. Gênero NÃO é sinônimo de sexo; ao contrário, distingue-se dele: sexo = biologia; gênero = dimensões sociais e culturais.
B — Incorreta. Estudos de gênero não tratam apenas de comportamento sexual. Eles abrangem papéis sociais, divisão do trabalho, poder, identidade, violência de gênero, representações culturais, políticas públicas, etc.
D — Incorreta. A noção de gênero não surgiu nos anos 1990. O debate acadêmico sobre gênero e a distinção sexo/gênero já existem desde meados do século XX (p.ex. Simone de Beauvoir, Ann Oakley) e se consolidaram ao longo das décadas seguintes; Judith Butler (1990) é importante, mas não marca a origem do conceito.
Dica para provas: Procure palavras-chave como “construção social” e evite alternativas que confundam termos técnicos (sexo × gênero) ou que atribuam datas/títulos absolutos sem fundamento. Perguntas de “gênero” frequentemente testam essa distinção conceitual.
Fontes sugeridas: Ann Oakley (1972), Simone de Beauvoir (1949), Judith Butler (1990), documentos da OMS/ONU sobre gênero.
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