O tipo textual predominante no texto é o:

Tema central da questão: O foco está na interpretação de texto, mais especificamente na identificação do tipo textual predominante. Essa habilidade é fundamental em provas como vestibulares e concursos, pois exige leitura atenta e aplicação de conceitos da norma-padrão para reconhecer as estruturas características de cada tipo de texto.

Justificativa da alternativa correta (C): O texto de Lygia Fagundes Telles apresenta uma sequência de ações realizadas por um personagem ao longo do tempo: o jardineiro colhe rosas ao anoitecer, sonha que corta as rosas de manhã, presencia as rosas gritando e, ao acordar, percebe as mãos sujas de sangue. Isto caracteriza sequencialidade de eventos e progressão temporal, elementos essenciais do tipo narrativo. Segundo Celso Cunha e Lindley Cintra, narrativa é o tipo textual em que predominam verbos de ação, estrutura temporal e personagens, o que está plenamente presente no texto analisado.

Análise das alternativas incorretas:

A) Descritivo: Embora haja descrições (“aço frio”, “rosas despertas”, “mãos sujas”), o objetivo maior do texto não é detalhar características, mas contar uma história. As passagens descritivas servem de apoio à ação, e não são o elemento central.

B) Argumentativo: Não se observam no texto tentativas de persuasão ou defesa de ponto de vista. A frase “Só colhia rosas ao anoitecer porque durante o sono elas não sentiam o aço frio da tesoura” traz apenas uma justificativa factual dentro da narrativa, não um argumento com função persuasiva.

D) Injuntivo: O tipo injuntivo é marcado por ordens, conselhos ou instruções, geralmente dirigidos ao leitor (ex.: “faça”, “leia”, “prepare”). Não há esse tipo de orientação no texto de Lygia Fagundes Telles.

Como chegar à resposta correta? Para acertar esse tipo de questão, a estratégia ideal é:

• Identificar ações principais e verificar se ocorrem progressivamente no tempo.
• Analisar se há sentido de sequência, mudança de estado ou acontecimentos vivenciados por personagens.
• Desconfiar de descrições isoladas ou justificativas como principal função textual — muitas vezes, são recursos complementares à narrativa.

Conforme Evanildo Bechara, a distinção entre tipos textuais exige leitura cuidadosa dos elementos estruturais, e não apenas de palavras soltas ou expressões descritivas.

Resumo: O texto é narrativo, pois conta uma história com progressão temporal e focaliza ações do jardineiro, sendo esta a fundamentação para a resposta correta.

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