O metabolismo da atividade física envolve um baixo
consumo de energia, independente do volume e da
intensidade do exercício físico praticado,
correspondendo a menos de 20% do gasto calórico
diário.
Sobre atividade física e saúde, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: E — Errado
Tema central: metabolismo energético da atividade física — quanto o exercício e o movimento diário contribuem para o gasto energético total (GET/TDEE). Esse tópico é relevante para prescrição de exercício, controle de peso e políticas de saúde pública.
Resumo teórico: o GET é composto por três grandes parcelas: taxa metabólica basal (TMB), efeito térmico dos alimentos (ETA) e termogênese relacionada à atividade (TRA), que inclui o exercício programado (EAT) e a atividade não-exercício (NEAT). Em adultos sedentários a TMB costuma responder por cerca de 60–70% do GET; o ETA por ~≈10%; e a TRA varia amplamente, de ~15% em pessoas menos ativas até >30% (ou muito mais) em indivíduos fisicamente ativos ou atletas. (Fontes: ACSM Guidelines; WHO Physical Activity Guidance.)
Por que a afirmativa é errada: a frase afirma que o metabolismo da atividade física envolve sempre baixo consumo de energia (<20%) e que isso é independente do volume e da intensidade. Isso é incorreto porque a contribuição da atividade ao gasto diário é variável e dependente do tempo, da intensidade e do tipo de atividade. Treinos longos ou intensos (ex.: corrida, ciclismo, trabalho físico) e altos níveis de NEAT podem aumentar a TRA muito além de 20% do GET.
Exemplo prático: uma pessoa com GET de 2.500 kcal/dia pode ter 375–750 kcal/dia proveniente de atividade (15–30%). Um atleta que treina 2 h/dia pode gastar 800–1.500 kcal só no exercício, elevando a participação da TRA acima de 30%.
Dica de prova: desconfie de afirmações absolutas ("independente", "sempre", "menos de...") em questões sobre fisiologia — a variabilidade individual e a dependência de volume/intensidade são pontos-chave.
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